XII
"I'm in love with a zombie
When he put his hands on me
Sent chills through my body
But then he don't call me
And I know that he like me, cause he's chasing me
Nightly
And I want him to bite me, cause I know I'm gonna like it
Like it, like it, like it
I'm in love with a zombie (boy)
I'm in love with a zombie (boy)
I'm in love with a zombie (boy)
But his heart is so cold".
-Zombie, Natalia Kills.
70 dias antes...
Berk, 05:35 am.
Astrid ajeitou o martelo em sua mão, se acostumando com o peso dele. Ela ergueu o martelo para traze-lo para baixo outra vez, atingindo o saco sobre o balcão e ouvindo o celular dentro dele se quebrar em vários pedaços. Ela o atingiu mais duas vezes antes de soltar o martelo.
Ela pegou o saco onde estava o celular, guardou o martelo no armário de ferramentas, colocou o saco em uma bolsa e saiu do apartamento.
Astrid desceu até a garagem e foi até sua Jaguar. Ela dirigiu até alcançar a ponte, parando ao alcançar o topo da mesma. Astrid desceu do carro com a bolsa em maos.
Ela foi até o limite da ponte e olhou para o rio abaixo dela, sem um segundo pensamento ela jogou a bolsa no rio, vendo os restos do celular afundarem e serem levados pelas águas para longe da capital.
09:40 am.
-Nada disso parece fazer sentido. - Disse o detetive olhando para as imagens das cenas dos crimes mais recentes do Fúria da Noite.
-Talvez sejam apenas mortes aleatórias, - seu parceiro sugeriu pela enésima vez - você sabe como ele é, cria o caos apenas por diversão.
O detetive negou.
-Ele nunca assassinou ninguém por diversão. Alguma coisa tem que ligar esses dois.
O parceiro suspirou.
-Nada liga os dois, Drago. São rapazes com idades diferentes, que nunca se viram na vida. Não tinham envolvimentos com drogas ou gangues, não deviam dinheiro para ninguém, nunca arranjaram nenhum tipo de confusão... A única coisa que há por trás desses assassinatos é uma mente doentia.
-Não pode ser apenas isso, Perna-de-Peixe, tem que existir alguma razão. Ele fez desses dois asaassinatos algo grandioso, quase como uma execução para que servisse de exemplo de alguma coisa.
Perna-de-Peixe revirou os olhos, desistindo de argumentar.
-Chefe, - chamou um dos homens da Homicídios entrando na sala, Drago e Perna-de-Peixe o olharam - encontramos algo que ligue os dois.
Merda. Foi o que Perna-de-Peixe pensou.
O homem do Departamento de Homicídios foi até um notebook que estava na mesa, acessando as imagens do posto de gasolina na noite do crime. Drago e Perna-de-Peixe se aproximaram.
-Esta é Astrid Hofferson. - Ele disse pausando o vídeo e apontando para a loira que saía da loja de conveniência com o funcionário que seria morto naquela noite, os dois detetives apenas esperaram que ele continuasse. - Olhem para a hora marcada no vídeo.
Eles olharam para onde foi dito: 22:23 pm.
Drago franziu a testa.
-Momentos depois, - o agente da Homicídios continuou - ela vai embora e o Fúria da Noite aparece.
-Isso não significa muita coisa. - Perna-de-Peixe disse.
-Foi o que eu pensei também, até saber que Eret, a vítima da Catedral, era namorado da melhor amiga de Astrid Hofferson. - O agente da Homicídios finalizou e Perna-de-Peixe franziu a testa.
-Está sugerindo que comecemos uma investigação contra a filha de um bilionário por uma simples coincidência?
Drago o olhou com uma sobrancelha erguida.
-E se não for uma coincidência?
-O que uma Hofferson iria querer com alguém da laia do Fúria da Noite? Não faz o menor sentido. Por que uma garota como ela estaria envolvida com o crime organizado?
Drago apenas o ignorou e se virou para o agente.
-Chame a Hofferson para depor hoje mesmo.
O agente assentiu e saiu da sala, deixando os dois detetives sozinhos. Perna-de-Peixe cerrou os punhos.
-Nós vamos acabar nos fodendo por causa disso.
14:18 pm.
Astrid entrou na delegacia, sem entender muito bem o motivo de estar ali.
'Fodeu, nos pegaram, nós vamos para a cadeia.'
Astrid revirou os olhos.
Não seja tão pessimista, eles não podem ser tão burros para começarem uma investigação sobre mim.
-Senhorita Hofferson. - Um homem, que ela acreditava ser um dos detetives, a chamou e Astrid sorriu para ele. - Sou o detetive Ingerman, vou te levar até a sala de interrogatório.
Astrid franziu a testa.
-Por que esrou aqui, senhor Ingerman? - Ela perguntou enquanto o acompanhava pela delegacia. O detetive suspirou.
-Meu parceiro apenas quer fazer algumas perguntas, senhorita, nada mais.
Os dois desceram algumas escadas e o detetive abriu a porta de uma sala para ela.
Astrid entrou. A sala era pequena, com apenas uma mesa e duas cadeiras, a única iluminação era uma lâmpada que pendia do teto, todas as paredes eram cinzas, exceto pela parede espelhada e havia uma câmera em um dos cantos da sala. Um homem estava sentado em uma das cadeiras e Astrid se sentou na outra, olhando de relance para as pastas de papel em um dos cantos da mesa.
-Obrigado por vir, senhorira Hofferson.
Astrid sorriu.
-Por que estou aqui, senhor detetive?
O detetive pegou uma das pastas e a abriu.
-Conhece este homem? - Ele perguntou mostrando as fotos da cena do crime no posto de gasolina. Astrid deu de ombros.
-Acho que todos conhecem. É uma das vítimas daquele gangster, não é? - Ela inclinou um pouco a cabeça para o lado, fingindo ignorância.
-Também é o homem que foi visto com a senhorita nesse mesmo posto de gasolina na noite do assassinato. Estou errado?
Astrid franziu a testa, fingindo tentar se lembrar.
-Não sei, posso olhar as fotos? Talvez possam me ajudar. - Ela sugeriu, o detetive apenas assentiu.
Astrid pegou os arquivos, vendo as imagens da cena do crime e do corpo do pobre homem.
"... Eu deixei uma mensagem para você!" A voz do gangster veio em sua cabeça e ela passou a procurar a tal mensagem.
Ela não viu nada que parecia ser uma mensagem para ela, a única coisa estranha no corpo era a palavra "Nadder" escrita com uma faca no peito do homem. Ela olhou para o detetive curiosa.
-O que "Nadder" significa?
-Ainda não sabemos. Conseguiu se lembrar de alguma coisa, senhorita? - Ele perguntou sorrindo para ela.
'Ele quer nos derrubar' A avisou a voz. 'Ele está atrás do Fúria da Noite, não podemos deixar que o encontre. O proteja. Proteja o Fúria da Noite.'
Astrid deu de ombros.
-Eu devo tê-lo visto por um ou dois minutos naquela noite. Ainda não entendi o por quê estou aqui, detetive.
O detetive pegou a outra pasta e a abriu.
-Conhece Eret, Filho de Eret? Morto pelo Fúria da Noite duas noites atrás.
Astrid assentiu.
-Conheço, era namorado da minha melhor amiga até ele terminar com ela há três dias.
O detetive assentiu.
-Exatamente. Sabe, senhorita Hofferson, esses dois casos parecem muito desconexos, nada parecia ligar os dois. Exceto a ligação que os dois tinham com a senhorita, então eu pensei: por que o Fúria da Noite mataria duas pessoas que tinham alguma ligação com a bilionária Astrid Hofferson? - Ele perguntou em tom de acusação. Astrid franziu a testa.
-O que está insinuando, detetive?
-Acho que a senhorita possui ligações com o Fúria da Noite.
Astrid riu alto.
-E que tipo de ligações eu teria com ele? Eu seria uma capanga? Uma informante? Ou melhor: amante? - Ela sorriu de forma irônica. - É o que está sugerindo, detetive? Que eu estou dormindo com o Fúria da Noite?
O detetive diria alguma coisa, mas Astrid o interrompeu rindo outra vez.
-Detetive, olhe para mim: eu sou linda e rica, por que eu me envolveria com alguém tão asqueroso quanto o Fúria da Noite? - Ela suspirou, parando de rir. - Posso ir agora?
-Claro, apenas mais uma pergunta: onde estava nas noites dos assassinatos?
Astrid revirou os olhos.
-Com a Cabeça-Quente, nas duas noites. - Ela se levantou, assim como o detetive. Ele abriu a porta da sala de interrogatório.
-Leve-a. - Ele disse para um dos guardas que estavam na porta.
O guarda assentiu e... prendeu os pulsos dela com as algemas. Astrid olhou para o detetive sem entender.
-O que está fazendo?
-Você vai ficar sob custódia até que seu álibi seja confirmado. - Ele explicou e o coração de Astrid quase saiu pela boca.
O guarda a levou pelo corredor e Drago subiu as escadas. Ele encontrou Perna-de-Peixe em uma das máquinas de refrigerantes. Perna-de-Peixe franziu a testa ao ver o parceiro sozinho.
-E a Hofferson? - Ele perguntou.
-Foi levada sob custódia até que eu confirme o álibi dela.
Perna-de-Peixe o olhou assustadoe começou a andae para longe do parceiro.
-Aonde vai? - Drago o chamou, Perna-de-Peixe não parou para vê-lo.
-O advogado dela vai chegar com a imprensa em, no máximo, dez minutos, eu não vou estar aqui quando essa bomba explodir no Departamento.
Ele saiu da delegacia e Drago revirou os olhos.
Do lado de fora, Perna-de-Peixe se certificou de que não estava sendo seguido, saiu do perímetro da delegacia e pegou seu celular, digitando um número e esperando que antendessem.
-Chefe? - Ele disse assim que atenderam. - É o Gronkle. Nós temos um problema?
-O que aconteceu dessa vez? - Perguntou o gangster. Perna-de-Peixe engoliu a seco antes de dizer:
-Os tiras pegaram a Rainha.
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