Luto
" A dor de perder um ente-querido pode causa um vazio tão grande, fazendo com que a pessoa morra aos poucos. Meus sentimentos, Tori."
Semanas se passaram e Tori nunca contou para os amigos sobre a morte de David, ela preferiu lidar com isso e com ajuda da irmã. Não queria que as pessoas tivessem pena dela. Tori sentia que David estava vivo, mas logo percebia que não estava mais.
Parece que foi ontem quando a mãe de David veio falar com ela.
" Tori estava bem, ou aparentava estar bem para o pai não reclamar dela chorando, na lanchonete com sua família. Fazia uma semana que David havia falecido.
- Eu vou ao banheiro. - Tori se levantou lentamente
- Você quer que eu vá? - Trina já estava se levantando, mas Tori a impediu colocando a mão do ombro da irmã - Hã?
- Eu consigo segurar a porta da cabine com o pé. - Tori brincou
Trina riu, mas ainda estava preocupada.
- Não entendo essa preocupação com sua irmã. Tori, finalmente, entendeu que não precisa chorar por aquele garoto. Não era namorado. - o senhor Vega sem se importar com sentimentos da filha
Tori cerrou os punhos e foi ao banheiro.
Ela lavou as mãos e jogou água na cara, e ficou olhando para espelho quando vi uma mulher saindo da segunda cabine. Não era uma mulher qualquer, era mãe de David. Não a via desde o velório.
Ela estava bem pálida e nem notou a presença de Tori, só quando olhou para espelho.
- Tori?
- Olá, senhora Puckett. - Tori deu um sorriso de canto
As duas se viraram de frente uma para outra.
- Como você está minha querida?
- Pode se dizer que estou indo e a senhora?
- Bem... - ela suspirou - é difícil, eu queria que estivesse aqui. - uma lagrima escorreu do olho da senhora Puckett - Aquelas flores que me deu... Me ajudaram bastante. Obrigada.
Senhora Puckett a abraçou e Tori sentiu que o pouco de felicidade que tinha antes sumiu. Tori retribuiu, mas não se permitiu chorar.
- De nada, senhora Puckett.
Tori deu um sorriso fraco para a mãe do seu melhor amigo. "
Naquele dia, Tori voltou para mesa com uma expressão vazia e seu pai insistiu em saber o que houve naquele meio tempo, mas pra quê serviria? Seus pais culpariam a senhora Puckett por ser motivo da dor permanecer no coração de Tori.
Ninguém entende a dor de alguém até que passe pela coisa e os pais de Tori não tinham empatia. Apenas Tori e Trina foram ao velório e encontraram com a Samantha, ou Sam, e nunca mais a viram.
Tori estava na cantina da universidade tentando escrever algo para pagina de Mariposa, mas ela travou pensando em David. Uma lagrima teimosa insistiu em escapar.
- Ai está você! - Jade disse
Tori limpou lagrima rapidamente e botou logo um sorriso.
- O que foi? Você está bem animada. - Tori apontou para sorriso da amiga
- Você vai adorar. - Jade sentou - Que rufem os tambores! - as duas bateram na mesa - Tem um piano no restaurante japonês que sempre íamos. Andre viu ontem e nós vamos.
- Como assim?
- Desmarque tudo que vamos sair. Você poderá realizar seu sonho de tocar piano ao vivo.
Jade, Andre, Tori, Cat, Robbie e Beck foram ao restaurante, mas já havia um musico tocando piano. Eles resolveram comer enquanto apreciava a musica calma que transformava em trilha sonora do grupo de amigos.
- Vem cá. - Jade pegou a mão de Tori
- Para onde você quer ir? - Tori perguntou
Jade a levou até o musico.
- Ela pode tocar enquanto você dá uma pausa? - Jade perguntou
O musico olhou para dois lados e depois olhou para Jade.
- Eu poderia perder meu emprego se eu deixar isso acontecer. - o musico revelou
- Mas ela sabe tocar. Acredito que seu chefe não se irritaria, se a garota souber tocar o piano. - Jade olhou para Tori
Tori parecia no próprio mundo dela.
- Só irei deixar porque eu tenho que fazer uma pausa. - depois olhou para Tori - É bom que saiba tocar mesmo
Jade se animou e já foi colocando a Tori para sentar e começar tocando. Assim que Jade voltou para lugar dela, Tori começou a tocar Thousands miles. Ela dedicou a musica para David.
https://youtu.be/pm68IZDMrJI
As lagrimas caiam aos poucos a medida que cantava a musica e as pessoas concentraram na voz de Tori. Assim que ela terminou de cantar, limpou os olhos e sorriu para o publico. Todos a aplaudiam.
Tori desceu no palco e quem estava parado esperando por ela, era Beck. Aquilo a surpreendeu como se ele soubesse que precisava de alguém para consola-la.
- Beck? - Tori disse em tom de sussurro
Beck a abraçou.
Tori não se importou se Jade ficaria irritada ou Cat comemoraria. Tori apenas queria um abraço sem perguntas.
Tori se afastou e o agradeceu.
- Eu realmente estava precisando desse abraço. - Tori sussurrou
- Eu sei. - Beck sussurrou de volta
Aquele havia sido o primeiro abraço entre dois, ou primeiro toque físico que tiveram em anos tirando aquele dia no parque.
Depois Andre a abraçou, depois foi Cat.
- Não acredito que vocês se abraçaram. - Cat sussurrou no ouvido animada
Depois foi Robbie e em seguida Jade.
- Eu vou te matar por deixar Beck fazer isso. - Jade sussurrou
- Mas por que escolheu essa musica? - Cat perguntou
- Eu gosto dessa musica, foi primeira que eu aprendi no piano e que eu ainda lembro como toca. - Tori coça a nuca
- Você foi demais. - Andre estendeu a mão - Toca aqui.
Tori tocou.
- Você foi muito bem. - disse o musico se aproximando - Se quiser voltar aqui para cantar, me avise. Na verdade, eu sou dono do restaurante.
Todos ficaram em choque, principalmente Tori e Jade.
- Por essa eu não esperava. - Robbie disse rindo
- Por que não nos disse antes? - Jade perguntou
Talvez seja porque aquele musico tinha uma aparência muito jovem para ser dono do restaurante.
- Talvez eu gosto de brincar. - o musico/chefe disse rindo
O chefe do restaurante se aproximou de Tori, de frente para ela.
- Mas é serio. Eu tenho interesse em você cantando. Eu pago.
- Não, obrigada. - Tori deu um sorriso fraco - Eu não tenho interesse em subir ao palco tão cedo.
- Mas, quando você sentir que está pronta me procure. - ele piscou pra Tori
- Claro. - Tori disse
Na porta do restaurante, Beck parou do lado de Tori. Ele tinha um ar desinteressado e a mão dele roçava na mão de Tori, mas nenhum dos dois segurou a mão do outro. Tori disse para ela mesma que não daria primeiro passo mais e se ele quisesse, ele teria que vir.
- Sinto muito. - Beck olhava para rua
Tori olhou para ele confusa e ele a olhou.
- Sinto muito pelo David. Deve ser difícil. Eu sei que você dedicou aquela musica para ele.
- Vamos Tori. - Andre disse - Eu vou te dá carona. - Andre segurou a mão dela
- Está bem. - Tori disse
Tori olhou para trás e viu Beck entrando no carro dele.
" A gente nunca sabe que realmente gostamos da pessoa até o dia que ela vai embora. Deixando um vazio no seu coração. Pode ser um amor ou uma simples amizade. Adeus, meu amigo." - Mariposa
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