\Hi future me\

Eai, futura nova eu?

Está tudo tão confuso aqui, sabe? É, sim, eu sei que sabe, você sou eu ... Uma eu mais vivida, talvez uma eu mais feliz... E ... tudo mais. Sim, tudo é muito confuso. Será que ainda se lembra ?

Eu tenho certeza que ele não me ama, eu tenho certeza que ela me odeia, ou eles podem só não demostrar ... É está tudo muito confuso, eu não tenho certeza mais de nada.

Olha... Você sabe muito bem que muitas coisas aconteceram neste ano, muitas coisas ruins aconteceram, muitas coisas que estão me matando por dentro, sabe? A Mia, Ele, além de outras coisas "pequenas" que se tornaram gigantes, elas se tornaram grandes de mais para eu lidar sozinha. E ... Bem, sinto que nunca estive tão sozinha.

Mas está tudo bem! Ainda tenho a mim. Eu ainda me amo. Sim, eu ainda me amo mesmo assim...

É o que eu tento acreditar, pois eu não sei mais nem do que penso. Eu não sei nem se acredito que está tudo bem, não sei se acredito quando falo que me amo.

Pois falo todos os dias que me amo, mas nesses mesmo dias eu me odeio. E todos esses dias eu acordo pior. Eu acordo me perguntando : "pra que continuar?". Eu acordo me odiando, e odiando tudo em mim - até mesmo as coisas que os outros falam que é incrível em mim.

Mas vai ficar tudo bem, vai ser uma boa vida. Acho que vai ser bem melhor mais pra frente, sim, vai ser uma vida boa ... Uma boa vida, quem sabe?

Pelo menos é o que meu psicólogo diz sempre. É o que "nosso" psicólogo tenta me convencer dia a dia. Agora me diga, eu devo acreditar nele?

Ainda não melhorou nada! Ainda parece que todos comemoram as minhas falhas. Ainda parece que todos apontam (e aumentam) todos os pequenos erros. Ainda ecoa na minha cabeça cada risada e cada momento bom, e isso não é nada bom, eles estão me correndo. Pois sei que os momentos bons nunca vão se repetir. E os momentos ruins, eles me fazem querer morrer, sei que todos são culpa minha.

Des que ela se foi tenho a impressão que ninguém se importa em ficar com a garota de humor imprevisível, ah claro, des que eu pague a saída. Como se comprasse meus "amigos".

Meu avô sempre me disse que só os verdadeiros amigos ficam quando a coisa aperta. Eu deferia ter entendido isso, isso me impediria de afastar todos que insistiram em ficar e me ajudar.
Não confio mais em nada, não falo sobre meus pensamentos com ninguém.

A verdade é que não tenho um pingo de coragem, sou fraca, muito fraca.

Construí aos poucos um grande muro ao meu redor, e agora sou só alguém que não consegue mais desconstruído. Sou alguém feita de prisioneira na sela que construí. Sou alguém que foi pego na sua própria armadilha. Sou uma guerreira derrotada, sou a guerreira que pinta a sua armadura para não deixar as fraquezas serem vistas.

Eu tento ser forte, juro que tento. Mas eu tento passar uma confiança que nunca vou ter! A verdade é que sou uma perdedora. Sou uma bagunça, sou um bagunçada.

Então quando tudo estava acabando "ele" apareceu. Naquele segundo o mundo pareceu mais com o que eu queria ; Naquele minuto tudo parecia melhor ;  Naquela hora todos os muros pichados com frases de felicidade pareciam, finalmente, fazer algum sentido.

Mas aquilo não foi eterno, seu amigo o chamou, e ele esqueceu que eu estava bem ali, que estávamos conversando.

Mas pra mim isso não estava "ok". Eu queria mais um pouco daquela dose de felicidade, eu precisava. Sua voz passou a ser um vício, pra mim. Seu jeito de me fazer rir passou a ser a pior das drogas. Seu jeito de mexer em seu próprio cabelo enquanto ria passou a ser a melhor das melodias, a melodia mais viciante.

Eu estava obcecada e agora... Agora estou envergonhada!

Cada vírgula que eu tento escrever são como flechas, que me ferem constantemente. Magoas que revivem, que continuam  (e cada vez mais) a me atormentar. Espadas que eu mesma enfio em meu coração.

Eu sou uma bagunça, eu sou uma perdedora!

Mas espero que esteja tudo bem ai, futura nova eu. Sim, vai estar tudo bem!  Vai ser uma vida boa (?).

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