capítulo 30
Já era manhã e minha cabeça estava lotada de pensamentos pela ansiedade, não conseguia parar de pensar que faltavam apenas duas horas para eu ver meu menino, eu sentia tanta falta daquele cheirinho gostoso que só ele tinha.
Olhei no relógio vendo que ainda eram 5:24 da manhã, enrolei um pouco para levantar já que ainda tinha muito tempo para me arrumar e ajeitar as coisas que faltavam.
Peguei meu celular e fui ver as notícias, as vezes eu passava dias sem entrar nas redes sociais, aquele mundo tão falso de alegria em que todos viviam era desanimador para mim, minha vida já possuía muito disso.
Jimin ainda estava dormindo, mas mesmo assim eu mandei mensagem desejando uma ótima manhã para ele, minhas mensagens eram sempre a primeira coisa que meu pequeno via quando acordava.
O loiro sempre deixou claro o amor que sentia por todos os momentos de carinho e por todas as mensagens tão apaixonadas, entretanto não podia ser diferente, tudo que eu fazia era em função da felicidade dele.
Acho que eu acabei me acostumando até demais com todo esse afeto, pois finalmente podia ser eu mesmo, a criança dentro de mim que sempre sonhou com um amor estava tão animada, envolvida em um calor acolhedor de sensações boas.
Ouvi batidas na porta e antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, Nari entrou com um de seus pijamas que a deixavam quase semi nua, mesmo que o frio ainda fosse extremo, desviei o olhar pois aquela visão não me agradava.
Talvez fosse o fato de eu não gostar de Nari ou simplesmente o fato de que nesse momento eu só tinha olhos para meu pequeno, mas eu não conseguia sentir qualquer coisa boa ao olhar para o corpo daquela que devia ser minha mulher.
-Eu preciso de uma favor seu - para a mulher estar pedindo algo com tanto “ carinho “ era porque ela de fato não possuía outras opções.
-Claro…o que você precisa? - disse tentando soar o mais simpático possível, era a primeira vez que a mulher me pedia algo sem que eu sentisse que era uma ordem, mesmo que fosse.
-Quando for buscar meu irmão - disse com um claro tom de nojo - e Jooheon, você pode me deixar no aeroporto?.
Olhei incrédulo para ela, não pelo pedido e sim pela forma que ela se referia ao irmão como se ele fosse a escória da família, meu menino não merecia tal tratamento e eu me controlei para não dizer coisas que eu me arrependeria depois.
-Posso te levar sim - falei com indiferença.
Eu não me importava de ter que levar ela, sinceramente eu poderia levar Nari para o outro lado do mundo nas minhas costas, se isso significasse que ela passaria alguns dias longe de mim, eu faria com um sorriso no rosto.
Ela nem mesmo agradeceu, apenas saiu e fechou a porta, respirei melhor fora de sua presença a Park tinha o dom de pesar o clima apenas por estar no ambiente. Infelizmente morar com ela não me deixava na melhor situação.
Por mais que eu não consiga gostar dela, me deixa mal saber que nunca consigo dizer algo bom sobre a mulher sem ser ligada a sua aparência que eu raramente reparo, queria poder dizer o quanto ela era um ser humano maravilhoso, mas suas atitudes me impossibilitaram disso.
Me levantei da cama e fui para o banheiro, precisava de um banho quente para me aquecer, o frio estava fora do normal e permaneceria assim por um bom tempo.
Tirei minhas roupas e liguei o chuveiro e depois de muito tempo eu me peguei olhando para minhas tatuagens, as cobras tão bonitas que cercavam minha cintura, adorava o jeito que elas davam uma enorme sensualidade ao meu corpo.
Queria poder fazer mais, talvez algumas no braço ou até mais fazer um piercing em meus lábios, na minha cabeça passavam inúmeras possibilidades para adornar meu corpo.
Com aquela ideia ainda na mente, eu entrei debaixo do chuveiro e deixei a água quente relaxar meu corpo, banho sempre era um dos meus momentos favoritos do dia, talvez fosse porque eu sempre amei água, era como se eu fosse um peixinho.
Lavei meus cabelos que já estavam precisando de um corpo, entretanto eu não queria cortar, eu sempre amei cabelos cumpridos e após ver o amor que Jimin tem por meus fios, meu amor por eles só aumentou.
O meu garoto é apaixonado por meu pescoço e cabelo, quando estamos no trabalho e ele começa a se sentir sobrecarregado emocionalmente é cheirando meu pescoço e mexendo em meu cabelo que ele consegue encontrar um mundinho de paz.
Assim que meu corpo também já estava limpo eu desliguei o chuveiro e me enrolei na toalha, fui até o closet e peguei algumas roupas, em todos os 3 quartos de hóspedes da minha casa havia algumas roupas minhas, Nari às vezes me mandava para dormir em um deles.
Coloquei um conjunto preto confortável já que passaria algumas horas dirigindo, coloquei uma corrente em meu pescoço, Jimin havia me dado ela de presente de natal e eu havia amado.
Era uma corrente prata simples e delicada, mas que dava um destaque para qualquer roupa que eu usasse, por mais básica que fosse.
Para meu amor eu também entreguei um presente, era algo que eu sabia que ele iria amar, pois foi algo que meu menino queria muito e eu sabia disso apenas por observar seu olhar ao ver a jóia.
Era uma pulseira de ouro branco com algumas estrelas com pontinhos de diamantes, era linda e nada muito pesado, combinada perfeitamente com meu menino e deixava ele mais bonito ainda.
Calcei os sapatos e sai do quarto levando todas as malas para o andar debaixo, eram duas malas pequenas, porque ficaríamos 4 dias lá e eu queria estar preparado para qualquer imprevisto.
Nari já estava na mesa me esperando, suas malas também já estavam na sala, sentei na mesa e comecei a me servir, o café da manhã possuía alguns pães, bolos, frios e sucos diversos, era algo até muito grandioso para duas pessoas que mal comiam.
Assim que a refeição acabou, Nari subiu para pegar seus documentos para a viajem e eu fui colocar as coisas no carro, passaríamos na casa dos Park para pegar Jimin e logo depois eu deixaria ela no aeroporto, a casa de meu irmão ficava perto do aeroporto então eu passaria lá depois.
Com tudo pronto entramos no carro e eu dei partida, apesar de ser fim de ano e véspera de um feriado, as ruas estavam tranquilas, então pude dirigir com mais calma, mesmo com a neve a estrada não estava tão lisa, pois haviam sido limpas a pouco tempo.
Não demorou para que chegássemos ao condomínio onde os Park moravam e a visão que eu tive me fez ferver de raiva, meu menino estava me esperando no portão do lugar, usando roupas finas e todo encolhido apenas com uma bolsa nas costas.
Parei o carro e desci para ajudar meu garoto, mantive a postura para que Nari não questionasse minhas ações. Abri a porta do carro para que ele entrasse e aumentei o aquecedor.
Jimin estava com os lábios roxos e eu podia ver como seu queixo tremia, sua família era desumana, por mais que minha família tivesse seus defeitos eu sabia que meus pais jamais me deixariam naquele frio extremo, claro que eles fariam isso apenas para que eu não ficasse doente e pudesse continuar sendo seu empregado.
Nari olhou para o garoto como se gostasse de ver seu sofrimento, seu olhar era ácido e me causava ânsia, como uma pessoa podia ser tão podre ao ponto de se divertir com o sofrimento de alguém.
O menor permanecia encolhido no banco de trás, como se tentasse se esquentar ao mesmo tempo que tentava se esconder do olhar da irmã.
-Pare de se tremer sua aberração, isso está irritando - a mulher disse raivosa.
-Eu sinto muito - Jimin disse abaixando a cabeça.
- Imbecil !.
Respirei fundo tentando não xingar minha esposa, mas minha mente gritava que eu precisava dizer algo, então tentei falar de maneira tranquila.
-Nari - ela me olhou sorrindo ao ouvir meu tom doce - não grite com seu irmão, ele está com frio amor isso é normal, ele já está se aquecendo e logo vai parar de tremer .
Sorri para mim mesmo por não tê-la xingado, mesmo que eu quisesse muito fazer isso, apenas traria consequências para meu amor e eu. A mulher não se deu a importância de pedir desculpas, apenas virou o rosto para o vidro e fechou a cara.
Não demorou muito para que chegássemos no aeroporto, desci do carro e abri a porta para a Park, diversos fotógrafos estavam à nossa volta e alguns seguranças já nos cercavam, peguei suas malas e me despedi com um leve selar em seu cabelos.
Assim que ela entrou no lugar, voltei para o carro e peguei uma coberta no porta malas, liguei o carro e saí de lá pois não aguentava mais o flash de todas aquelas câmeras, entreguei a coberta para Jimin e fui para a casa de Jooheon.
Meu irmão também estava me esperando na porta, porém muito mais agasalhado, eu havia mandado uma mensagem para ele, pedindo para que ele pegasse um dos meus blusões de frio que estavam em sua casa.
Não desci do carro, meu irmão e Kyung se ajeitaram sozinhos, guardaram suas coisas e entraram, meu menino veio para o banco da frente ainda enrolado na coberta.
Peguei o blusão das mãos de Jojo e entreguei para meu menino vestir, ele sorriu em forma de agradecimento e voltou a se encolher na coberta, ele parecia um pintinho pequenininho, era tão fofo. Seus lábios não estavam mais roxos e ele parecia mais aquecido.
Mantive uma conversa tranquila com meu irmão e com meu cunhado, os dois estavam animados demais e em alguns momentos eu desviava minha atenção para o pequeno que acabou dormindo com alguns minutos de viagem.
Ele era belo até mesmo dormindo, o menor sempre estava com um biquinho fofo nos lábios e uma expressão de calmaria, era como um anjo e eu o amava tanto.
❤️❤️❤️notas da autora ❤️❤️❤️
Oiê amores, como vocês estão ? Espero que bem, enfim um novo capítulo para vocês e novamente me desculpem pela demora, o próximo vai sair 0:00, então aguardem ❤️
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