8: Uma Brilhante Ideia
- O que você faz caçando esse nome na internet? – Yoongi olhou por cima de meus ombros enquanto eu procurava concentradamente o nome 'So-Hyung' na barra do google.
- Nada demais! – disse entre os dentes
- Você quer mesmo achar uma garota em um milhão? – ele disse seco
- Estou procurando por região! – respondi entediado
- E quando achar vai fazer o que? Chega lá na cara limpa e falar "Oi, sou Kim Taehyung"
- Claro que não né hyong, tenho tudo preparado.
- Não me diga que... – ele arregalou os olhos para me olhar
Eu tinha toda uma ideia panejada, eu me disfarçaria e iria até a casa da mesma, alegaria que estava ali para fazer uma pesquisa e quando tudo estivesse certo eu me identificaria, já havia até falado com Sejin para me ajudar naquilo, obvio que o disfarçaria também afinal quase todas sabiam que ele era um staff do BTS.
- E ai o que achou da minha ideia?
- Namjoon, nós precisamos internar o Taehyung! – ele saiu da sala gritando me fazendo bufar pelo seu deboche. Iria dar certo, eu tinha certeza disso e qualquer coisa eu recorreria a algum de meus amigos para me ajudar, só não queria que continuassem me desanimando por que sabia que se continuasse daquele jeito eu ficaria triste e desistiria.
- Yoongi e Jimin estão rindo de você na cozinha – Jin hyeong se sentou ao meu lado com um sorriso
- E você veio rir aqui do meu lado? – disse sem paciência, não aguentava mais aquela tarde de deboches.
- Não, vim te ajudar! – o mesmo colocou um papel em cima do teclado do notebook – ela achou que eu estava dando em cima dela, mas Namjoon me contou que ela era a garota que você anda tendo sonhos...
- Lembranças! – o corrigi – e como Namjoon hyeong sabe?
- Jimin o contou! – Jin riu com vontade
- E você sabe...
- Namjoon e JK me contaram... - disse gargalhando
- Aish bando de fofoqueiros! – murmurei
- Somos uma família Taehyung, nos preocupamos e queremos o melhor um dos outros, então é comum um contar para o outro quando quer ajudar – ele apertou meu ombro e se levantou me deixando lá encarando aquele papel com o endereço da garota.
- Hyeong! – chamei fazendo o mesmo novamente me olhos – muito obrigado mesmo!
O mesmo sorriu e saiu, me deixando segurando o papelzinho e permitindo sorrir que nem um bobo!
(...)
Sejin me olhava tentando abafar o riso, meu cabelo ainda continuava o mesmo porém tratei de colocar barba e pedir uma maquiagem que desfaçasse meus traços o que ao meu ver deu certo, mas para meu staff eu parecia um bobão que seria descoberto assim que abrisse a boca; ele negou passar por alguma vergonhosa transformação e afirmou que só usaria a mascara, casaco e boné permanecendo a todo momento afastado e observando.
Durante o caminho rumo a casa da menina permaneci em silencio e nervoso, eu havia pensado em toda a encenação que faria, no entanto não tinha como prever como seria sua reação ou a atitude que teria, por mais que eu respirasse fundo diversas vezes o nervosismo ainda estava ali.
- Chegamos Tae! Boa sorte! – meu staff disse com um sorriso no rosto, o que eu estava fazendo era errado e fazia escondido, mas ele não deixou de me apoiar e dar força algo, sempre admirei nele que cuidava com amor de todos nós sete!
- Obrigado hyeong!
Esgueirei-me para fora do carro e dei um ultimo suspiro caminhando a porta de tom azul escuro para tocar a campainha, torcendo para que quem atendesse fosse à garota e não seus pais. E para minha sorte foi a garota que abriu ela me examinou e encostou um pouco a porta, não duvidei que fosse por minha aparência e também por eu ser um total desconhecido, disse que iria ser breve e que tinha somente algumas perguntas para ser feitas, ela concordou um pouco incomodada, mas se mostrou prestativa em me ajudar, fiz perguntas sobre os estudos, cursos, pretensões para o futuro e também sobre possíveis oportunidades de emprego tudo estava indo muito bem, ate uma risada escapar de seus lábios. A encarei com um pouco de duvida e a mesma virou o rosto para rir um pouco mais.
- Me desculpe? Algum problema? – perguntei tentando ao máximo não me deixar levar por aquela risada doce e fofa
- Bem – ela fechou os olhos e respirou fundo – sua barba está descolando.
Foi ai que um desespero me tomou, tentei ajeitar o mais rápido possível, mas eu era péssimo nervoso e me tornava estabanado, o resultado: ela caiu revelando meu queixo.
- Desculpe, mas quem é você? – ela se mostrou seria diante a revelação, ah tudo estava indo tão bem porque não colocaram aquilo direito? Talvez tenha sido o suor ou a umidade, só sei que agora havia perdido o controle da situação e teria que me revelar.
- Sou o V! – disse tirando o boné e o recolocando rapidamente apenas para a mesma me ver – eu precisava te ver mais uma vez.
Sua boca formava um "o" perfeito por sua surpresa e ela gaguejava palavras tais quais: como ou por que? Tratei de explicar rapidamente a mesma sobre as lembranças que estava tendo e como queria a encontrar e esclarecer tudo, ele piscava nervosa e tremia sem esboçar nenhuma reação.
- Por favor diga algo meu tempo está acabando – disse inquieto
- O que irei dizer? Kim Taehyung vem em minha casa, diz que se recorda sobre o que aconteceu com sua copia do pôster e ainda diz que quer esclarecer essa historia comigo, o que tenho a dizer? – ela repetiu tudo rapidamente – olha isso foi uma enorme surpresa, meu Deus, você... como? A gente precisa conversa sobre isso com calma e ver como isso tudo foi parar em sua cabeça!
Ri da forma que ela falava tudo e fiz menção de entrar em sua casa.
- O que esta fazendo?
- Entrando em sua casa, assim poderemos conversar melhor!
- Não você não pode! – me assustei com a forma que falou, mas logo ela tentou se acalmar e se explicar – meus parentes estão hoje aqui, um almoço que tenho certeza que se tornara um jantar, se você entra minhas primas, pais, tios e quem quer que esteja lá irão te cercar e encher afinal todos te conhecem, precisamos fazer isso outro dia e com calma.
Ela disse algo certo, então rabisquei no papel da prancheta meu numero e entreguei em sua mão.
- Confio que você não irá contar para ninguém que tem o numero do famoso V do BTS – brinquei e ela concordou ficando vermelha – me ligue quando tiver livre, precisamos esclarecer essa historia o quanto antes e assim... – me pausei, o que iria dizer a ela, ela era uma fã, não poderia jogar assim me ver livre de você preferi ficar mudo.
- E assim cada um seguir suas vidas normalmente! – ela completou com um ar decidido e triste, mas eu sabia que em parte ela havia entendido meu silencio.
Com tudo certo nos despedimos e eu voltei para o caso, explicando a um Sejin curioso tudo que havia acontecido entre minha interação com a garota do pôster arrancando dele gargalhadas e palavras engraçadas.
Mas na volta para casa algo não abandonava meu pensamentos, e essa pergunta durante esses dias vinha crescendo cada vez mais: E se eu não quisesse ver-me livre dela? E se eu a quisesse para mim?
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