Capítulo 7

Tori:

Dia de sábado eu não costumo fazer nada de mais, as vezes a tia Lexi e eu vamos ao cinema ou fazer compras, mas hoje ela está cansada pois chegou muito tarde de uma festa que foi na noite anterior.
Eu estava indo à caminho da sorveteria, quando meu celular começa a vibrar, olho a tela e vejo uma mensagem de Eliot.
" Você tá ferrada, vem pra cá agora."
Fico assustada, afinal a Eva deve está muito brava comigo, já que ontem eu não fui lá depois de ter visto o homem aranha. No caminho penso em mil desculpas que eu poderia dar para a Eva, mas nenhuma daria certo. Eu já havia contado pra Eliot que eu não descobri quem estava por baixo do traje de homem aranha, espero que ele tenha ficado de bico calado. Chegando lá sou recebida por Eliot que me olha com uma cara de deboche.
- Oi Victori.
- O que ela quer comigo?.
- Ela sabe de tudo.
- O que?, Você contou?. Pergunto furiosa.
- Mas é claro, não vou perder a chance de ferrar com você.
Saio de perto dele e dou de cara com Eva me olhando com um sorriso maligno.
- Tori, que bom que chegou. Acho que precisamos ter uma conversinha.
- Olha, eu posso explicar, eu não consegui tirar a máscara dele e...
- Eliot me contou tudo, vc o seduziu, o beijou, mas não tirou a máscara. Eu confiei que você faria isso e você não fez. Qual castigo você acha que merece?.
- Eu não sei, sinto muito.
Somos interrompidos pelo celular de Eva que tocava, ela olha pra tela do celular parecendo lêr alguma mensagem e quando termina diz:
- Eliot, tenho que resolver umas coisinhas, Você toma conta do recado?. Ela pergunta para Eliot.
- Com certeza. Eliot responde.
Os dois se entreolham e dão um sorriso, confesso que agora estou com medo do que ele poderá fazer comigo. Ele vem em minha direção e me pede para sentar em uma cadeira próxima, obedeço ele me sentando na cadeira. Ele pega uma corda e amarra minhas mãos para trás.
- Lembra quando a eva cortou minha barriga?. Ele pergunta.
- S-s-sim. Falo gaguejando.
- Você não fez nada para interromper.
- Eli, eu não pude fazer nada.
- Xiiii, fique quieta Tori.
Ele se aproxima de mim e rasga minha blusa, deixando meu sutiã amostra. Ele me analisa um pouco e se ajoelha na minha frente.
- Você é muito bonita Victori.
Respiro fundo tentando controlar minha respiração acelerada.
- O que você vai fazer Eliot?.
Ele põe uma mecha do meu cabelo que caia em meu rosto, atrás da orelha.
- Que sorte que o homem aranha teve em poder te beijar.
Fiquei em silêncio.
- Será que eu poderia ter a mesma sorte que ele?.
- Se você não fizer nada comigo, acho que pode.
Ele aproxima nossos lábios e me beija, foi um beijo calmo e bom, mas não sei dizer se eu senti algo naquele beijo. Quando paramos de nos beijar por falta de ar ele analisa meu corpo mais uma vez e puxa do bolso um pedaço de vidro semelhante ao que a treinadora Eva usou para corta-lo.
- Você disse que não ia fazer nada. Digo a ele.
- É... eu menti. Ele ri.
- Eli porfavor...
Ele me puxa com força me fazendo ficar em pé e me empurra contra a parede.
- Olha pra mim!. Ele ordena puxando meu cabelo de modo que eu olhe fixamente para ele.
- Você está com medo? Tori?.
- Estou. Respondo.
- Ótimo!. Ele sorri e me beija novamente.
Dessa vez eu não retribui o beijo, percebo que ele ficou furioso quando se afastou de mim. Ele pega o pedaço de vidro e passa levemente na minha barriga, percebo o quanto ele está se divertindo e quando ele pressiona o vidro fecho os olhos já imaginando o que iria acontecer. Até que ele para, ele se afasta de mim e eu fico sem entender.
- Da próxima vez cumpra sua missão Victori.
- O-o que?, Você tinha que me machucar, o que houve?.
- Não vou fazer isso com você. Vá embora.
- Obrigada Eliot. Vou até ele e dou um abraço.
- Tá, tá, já chega. Agora vá antes que a Eva volte.
- Não posso ir assim só de sutiã, Você rasgou minha camiseta.
Ele tira a camiseta dele dando-á para mim.
- Vista isso.
- Obrigada Eli.
Eliot podia ser um pouco durão de mais, mas no fundo ele tinha um bom coração. Ele só é assim porque a Eva domina muito ele, e faz dele um brinquedinho.
Enquanto volto para casa encontro a tia de Peter, perto de uma lanchonete. Dou um sorriso para ela, que me retribui com um sorriso radiante como se estivesse feliz por me vê. Ela me chama e eu vou até ela.
- Oi Dona May. Digo sorrindo.
- Porfavor não me chame de dona, só May.
- Certo, me desculpa May.
- Imagina, é só que dona faz com que eu me sinta velha demais. (Risos)
- E o Peter?. Pergunto.
- Ele passou a manhã toda trancado naquele quarto, saiu apenas para tomar café.
- Ele deve está estudando, ele é muito inteligente e dedicado.
- As vezes me preocupo com esse negócio de estudar no fim de semana. Ele é jovem, tem que curtir com os amigos, ir à festas, sabe?.
- Acho que ele é um pouco tímido demais. Não que isso seja ruim, mas isso torna ele especial.
- Verdade, ele é muito especial. May responde.
- Porque não aparece lá em casa qualquer dia?...Me desculpa, esqueci seu nome. Diz ela.
- É Tori, e claro,qualquer dia desses eu apareço por lá.
- Vai ser bom pro Peter. Bom, agora tenho que ir, até mais Tori.
- Até mais!, manda um beijo pro Peter.
- Claro!.

PETER ON:

Passei praticamente todo o meu dia fazendo trabalhos da escola, a única hora que eu saí foi quando meu celular apitou e eu recebi um aviso de um roubo que estava acontecendo perto do posto de gasolina. A tia May ficava de minuto em minuto batendo na porta do meu quarto perguntando se eu estava bem, só quando ela saiu que eu pude me concentrar melhor nas lições. Depois de alguns minutos fora de casa, May chega gritando meu nome.
- PETEEEEE?!!
- Estou no meu quarto.
Ela chega e para na porta do quarto que estava aberta.
- Sabe quem eu vi hoje?, aquela menina. Como é mesmo o nome dela?,Lembrei!, Tori.
- Aonde viu ela?.
- Quando voltei do supermercado encontrei ela perto daquela lanchonete que abriu semana passada.
- Hmm.
- Ela é bem simpática né?, eu gosto dela e acho bom vocês serem amigos. Eu até convidei ela pra vim aqui em casa qualquer dia.
- Que bom, espero que ela venha.
- Bom, agora vou fazer algumas coisas na cozinha. Antes que me esqueça, a Tori te mandou um beijo.
Tori é realmente uma menina incrível, mas as vezes parece que ela esconde algo. Quem sou eu pra falar que as pessoas escondem algo?, afinal sou o homem aranha e ninguém jamais imaginaria que um nerd seria um super herói.
Tenho pensado no beijo que aquela garota me deu, ela é uma criminosa que eu já tentei prender há um bom tempo. Eu jamais passei por uma situação como aquela, meu unico contato com garotas é apenas o básico, mas aquele beijo, o corpo dela e seus seios me deixaram totalmente louco. Eu sei que aquilo foi apenas uma coisa que aconteceu inesperadamente e que foi um truque dela para tentar me pegar e provavelmente me matar, mas eu senti algo muito forte e familiar vindo daquela garota.




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