Capítulo 26
Após três semanas nos conhecendo posso dizer que Henry e eu nos tornamos grandes amigos, ele tem sido um fofo comigo e até já foi conhecer minha tia, ela o adorou. Ultimamente até rolou uns boatos de que eu e ele estavamos ficando, tudo não passou de uma grande mentira mas confesso que seria meu sonho beijar aqueles lábios maravilhosos.
Hoje eu prometi pra May que vou ajuda-lá a pintar sua sala, então como vou me sujar toda de tinta visto um shorts velho e uma camiseta branca e vou até sua casa. Chegando lá ela me recebe com muita animação e diz:
- Que bom que você veio, já deixei tudo preparando para começarmos a pintar!.
- Ótimo, então vamos lá!.
Ela escolheu um tom de cinza escuro para pintar a sala e realmente ficou muito bom, assim que terminamos de pintar ela vai preparar algo para bebemos e eu fico pra limpar toda bagunça, ando pelos corredores para varre-los até que paro em frete do quarto de Peter, e como sou muito curiosa entro no cômodo. Peter é um cara bem organizado, seu quarto permanece absolutamente igual a quando vim aqui há um tempo atrás, livros organizados por cores e revistas hq's em ordem alfabética. Eu estava olhando um mural de fotos que ele tinha, até que desvio minha atenção pra um barulho que ouvi vindo da janela, quando olho na diração para ver o que é, me espanto com a presença de Peter vestido no seu traje de herói.
- O-oi Peter. Falei.
- O que faz no meu quarto?.
- É... é que eu vim ajudar sua tia pintar a sala, ai eu estava limpando a bagunça e aproveitei pra vê se os outros cômodos precisavam de uma limpeza também. Naquele momento eu torci pra essa mentira ser convincente.
- Ah, que bom que veio ajudar ela, hoje eu não pude.
- É percebi, muito problema por aí?.
- Um pouco, uns idiotas sequestraram uma mulher e pediram pra família levar cem mil em troca da liberdade dela.
- Que horror! deve ter sido um dia e tanto, você parece bem cansado.
- É, preciso dormir um pouco pra descansar.
Antes de falar mais alguma coisa sou interrompida pela May que vem pelo corredor chamando o sobrinho.
- Peter você chegou?.
Antes que ela entre no quarto Peter tranca a porta.
- Peter você tá ai?. Ela pergunta batendo na porta.
- Sim, é que-que eu pedi pra Tori me ajudar a organizar meus livros.
- Mas já não estava organizada?. May perguntou.
- Eu vim vê se precisava arrumar alguma coisa aqui e sem querer derrubei alguns livros. Falei.
- Hum, estou fazendo uma limonada pra nós e quando terminarem aí me ajudem a tirar os respingos de tinta da porta. E aliás porque essa porta está trancada?.
Nessa hora Peter e eu nos olhamos na tentativa de termos alguma coisa para responder até que do nada ele diz:
- É que tem uma cadeira na frente.
- Ta bom, não demorem aí.
Um grande alívio tomou conta de nós.
- Ufa, se ela me vê com essa roupa ela vai ter um surto. Falou.
- Sério mesmo que ela acreditou no lance da cadeira?. Perguntei.
- Acho que não, mas depois eu me viro com ela.
- Você é louco, cabeça de teia. Falo aos risos.
- E só você pra viver esses momentos loucos comigo. Ele diz rindo também.
Peter vai se trocar no banheiro do seu quarto enquanto eu volto pra arrumar a sala, aquele momento me fez sentir algo bom dentro de mim, uma certa felicidade em estar do lado dele mesmo que num momento embaraçoso.
Estavamos nós dois limpando as coisas até que ele fala:
- Sabe Tori, estão falando por aí que você e o Henry estão... bom você sabe o que falam, só queria saber se estão juntos mesmo.
- E porque quer saber?.
- Por nada, Mas na real eu não confio nesse cara.
- Você nem conhece ele, e somos apenas amigos.
- Se eu fosse você tomaria mais cuidado.
- Eu sei me cuidar sozinha.
- Só estou te dando um conselho.
- Obrigada, mas eu não pedi nenhum conselho.
- Ótimo, mas depois não venha dizer que eu não te avisei.
Depois que ele falou isso ficamos num profundo poço do silêncio, até que a tia May aparece segurando uma bandeja com uma jarra de limonada e três copos.
- Olha a limonada!!. Ela diz empolgada.
- Essa limonada deve está amarga de tanto que você demorou. Peter falou.
- Perdão pela demora, é que uma amiga me ligou e... eu atrapalhei alguma coisq aqui?, quero dizer, tá tudo bem?.
- Sim, tudo ótimo tia. Ele responde.
Depois de tomar a limonada eu termino de ajudar na arrumação e volto para casa. Fiquei pensando sobre o que Peter me falou sobre ter cuidado, ele deve estar com inveja da minha amizade com o Harry e por isso saí falando besteiras. Antes de chegar em casa eu passei no mercado pra comprar algumas coisas que minha tia pediu, ao sair do mercado avisto de longe Henry conversando com uma garota, ela estava de costas por isso não consegui ver quem era. Fico olhando os dois até que a garota se vira e não acredito no que meus olhos vêem, é a Liz, rapidamente me abaixo atrás de um carro estacionado para que eles não possam me vê. Eu não sabia que eles se falavam, há uns dias atrás ele tinha me dito que não ia com a cara da Liz porque ela não é muito legal e hoje estão batendo papo e dando risada juntos, isso é um pouco estranho.
Quando chego em casa deixo as coisas que comprei na mesa e vou até a sala pra ficar com a tia Lexi, percebo que ela me analisa por um tempo e diz:
- Você não está com a cara muito boa, aconteceu alguma coisa?.
- Não, é só que...tia você acha que eu não posso confiar em uma pessoa que conheço há pouco tempo?.
- Não se deve confiar tão rápido nas pessoas.
- Mesmo se elas parecerem ser super confiáveis?.
- Minha gatinha, só vou te dizer uma coisa, nem tudo é o que parece ser.Ela me dá uma piscadela.
Algo na minha cabeça me deixa preocupada, mas sei lá, acho que fiquei paranóica depois do que Peter me falou, mas preciso ignorar o que ele diz afinal o Henry não é como os outros garotos, ele é especial e jamais seria um babaca comigo.
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