Não há mais nada aqui

Quando chegamos na Coreia já era noite, saímos cedo da Finlândia, mas como a viagem foi longa e cheia de contra tempos acabamos perdendo o dia todo quando chegamos ao nosso país.

Estávamos exaustos e não queríamos fazer nada além de voltar para nossas respectivas casas e descansar os corpos cansados de tantas aventuras e surpresas que aquela viagem nos proporcionou.

Jin estava ainda um pouco abatido, mesmo dormindo no caminho de volta e ficando de repouso depois que acordou daquele longo sono parecia que precisava de ainda mais tempo para todo o seu corpo voltar a ordem natural, e para não o fazer se esforçar mais resolvi ligar para Hyunwoo o buscar, assim o mesmo poderia em sua casa tomar um bom banho e descansar tranquilamente em sua cama confortável.

Não demorou muito tempo e o secretário que mais era o braço direito de Seokjin apareceu, ele parecia correr em nossa direção com um sorriso que poderia contagiar a qualquer um mesmo cansado.

- Estou feliz que chegaram em segurança! - pegou as coisas de Seokjin mesmo ele teimando que poderia levar - e também aliviado que tudo ocorreu bem.

- Sim, estamos bem, mas ele precisa de uma boa refeição e também um bom repouso.

Caminhei lado a lado daqueles dois explicando logo em seguida um pouco mais sobre os dias que passamos naquele local frio e diferente, Hyunwoo ouviu atentamente concordando e argumentando algumas vezes não deixando passar despercebido a felicidade de seu amigo ter conseguido o que tanto sonhava.

Quando chegamos em frente ao carro cinza esportivo fiz reverência me despedindo de Hyunwoo, no entanto quando estava prestes a me afastar a mão de Jin me agarrou meu braço fazendo meu corpo se arrepiar em todas as partes. Me virei rapidamente pronta a perguntar o que havia de errado, mas sua voz e olhar me alcançaram antes:

- Você já vai? Não pode ficar mais um tempo comigo?

- Mas... Pensei que tudo havia acabado... E aliás o que podem dizer se nos virem juntos?

- Não pense demais, você ficou comigo todos esses dias e nenhum momento pensamos nos outros, somente em nós. Então por que aqui seria diferente?

Aquilo que disse era verdade, por que somente agora eu pensaria nos outros? Havia me preocupado, dormido e até feito coisas a mais nos dias que passei com ele na Finlândia e somente agora eu me importaria com a opinião alheia. Não, eu me importaria com a minha e a minha era querer ficar com ele e o ver bem!

- Eu vou ficar! – exclamei por fim vendo-o sorrir e concordar.

...

Na manhã seguinte fomos acordados no susto, vozes invadiram a casa até então silenciosa como uma briga entre Hyunwoo – a voz que consegui identificar logo de cara – e outras pessoas decididas a ver Jin. Me sentei na cama já para o despertar, mas ao invés disso ele estava em minha frente se vestindo.

- Não se preocupe, ontem eu recebi a mensagem dizendo que eles estavam nos procurando, era uma questão de tempo até achar essa casa e a mim.

- Então quer dizer que...

- Sim, essa será a prova final, onde terei que os enfrentar e os provar que a estão errados ou certos!

Aquelas pessoas que estavam na frente da porta do quarto eram os mesmos cientistas que tentaram me levar para o lado deles para capturar Jin e agora eles estavam ali na tentativa de terem gloria e poder capturando-o e provando ao mundo que seres que vivem eternamente existem, fariam ele de experimento e sabe-se lá mais o que tentariam.

- Eu vou com você!

- Seung-Ah!

- Não adianta teimar – quase cai vestindo a calça – eu vou e juntos vamos passar por isso, preciso ver a cara deles de decepção.

Sua risada reverberou pelo ambiente e seus passos se fizeram até mim, depositando um beijo em meus lábios por minha fala ter sido taxativa e cômica.

- Havia esquecido como era decidida.

Assim que a porta foi aberta revelando o gerente chefe e outros três cientistas sendo um deles Yumi - que tinha um sorriso vitorioso nos lábios - segurei firme a mão de Jin deixando claro que não ele iria sem mim e que estaria com ele independente do que ocorresse.

- Perdoe-nos Kim Seokjin, mas gostaria de nos acompanhar para um exame urgente? – o gerente chefe que eu conhecia bem falou debochando da situação.

- E por que deveria? – o aperto em minha mão se tornou mais forte

- Creio que há um problema neste apartamento e o senhor será examinado como todos os outros moradores foram – estalei os lábios com a desculpa esfarrapada.

- E se eu me recusar a ir? – senti uma certa provocação em sua voz e lhe olhei em reprovação o melhor era aceitar logo e se livrar daquilo, não sabíamos do que eles eram capazes...

- Teremos que tomar medidas mais sérias...

- Ok, me convenceu – ele sorriu novamente irônico – mas já vou alertando, o que procuram... Não está mais aqui!

Eles se entreolharam sem entender, mas eu e Jin tínhamos a certeza que tudo terminaria bem para nós e mal para eles.

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