A chance de mostrar seu caráter

Assim que fui liberada pensei que poderia respirar livremente, contudo foi totalmente ao contrario, meu celular vibrou mostrando uma mensagem daqueles para quem trabalhava:

"Não se esqueça, assim que tiver contato com ele, nos reporte!"

Respirei fundo tentando lutar com a vontade de gritar, estava tão decepcionada com tudo e todos ali dentro daquele local, o tempo todo me enganaram e me fizeram trabalhar para uma organização que somente focava em perseguir alguém que queria ser livre, em o tornar o alvo de uma pesquisa e pior de o invalidar com uma ser humano como nós.

Eu não faria o que eles queriam, não agiria do método que achavam e os surpreenderia ajudando Seokjin a se livrar daquela sina...

Sabendo que ainda estava sendo perseguida segui para meu apartamento, neguei todas as ligações que foram feitas a mim tanto por Jin como por Hyunwoo e tentei completar os vacus que existiam ainda na pesquisa em questão a viagem que eles poderiam fazer para ver a aurora boreal, eu não estava me incluindo no meio de tudo aquilo com medo de que se eu fosse pudessem me perseguir e complicar toda a situação de Jin. Eu seria leal e confiável aquele que me ajudou desde o inicio e não aqueles que me ameaçaram...

Depois que passou de certa hora da noite consegui arranjar um jeito de sair sem eles perceberem, acho que naquela hora da madrugada seria a troca de expediente, então me aproveitei e sai deixando o celular para trás, usei um dos telefones que tem na rua para discar o numero de Seokjin que havia anotado no papel demorou um pouco, mas ele atendeu com a voz um pouco rouca revelando que estava dormindo:

- Quem é?

- Sou eu, Seung-Ah, precisamos conversar em um lugar seguro!

- Não me diga que você... – ele não se atreveu a terminar a frase

- Eu estou bem, mas precisamos apressar sua partida, eles estão no meu pé e não demorará muito a unirem todos os pontos para atacar.

- Onde você está? Vamos me diga e eu peço a Hyun...

- Jin calma, eu estou bem, vou me encontrar com você na sua casa, deixe alguma passagem aberta para mim, não adianta mandar e acabarmos sendo descobertos.

- Tudo bem, irei te esperar e cuidado ao vir.

Finalizamos a ligação ali e analisei a melhor forma de ir até ele, talvez ônibus seria mais rápido, mas será que naquele horário passava algum? Decidi me arriscar e esperar, por sorte o primeiro do itinerário passou e consegui chegar a casa de Jin, chequei se havia alguém na minha cola e como não reparei em ninguém, entrei quando achei a porta que havia pedido aberta.

Encontrei ele na sala do local andando de um lado para o outro evidentemente preocupado e quando anunciei minha presença senti seus braços rodarem meu corpo e um suspiro sair por sua boca...

- Que bom que conseguiu, que está bem!

- Eles só conversaram comigo, como um aviso, felizmente não fizeram nada...

- O que querem?

- Você! – lhe encarei depois que nos afastamos e o mesmo fechou os olhos pensando no que fazer – por isso você tem que ir, tem que achar o local e...

- Não irei sem você, não deixarei você aqui sendo vigiada e correndo perigo!

- Mas Jin – caminhei atrás dele quando se afastou passando a mão no cabelo – eles estão me seguindo, se acabarmos dando uma fora poderemos estragar tudo.

- Iremos juntos, faremos isso juntos independente de ser risco para mim ou não!

Meu coração falhou novamente, quem diria que eu faria uma coisa dessa por alguém, se me perguntassem a algum tempo atrás e me contasse essa história eu riria e afirmaria que não era real, mas agora eu estava disposta a sacrificar até mesmo minha carreira para não ver aquele homem em minha frente ser uma cobaia de laboratório.

- Quando vamos? – mudei meu tom

- Hoje ao amanhecer! – pisquei algumas vezes perdida com o que acabou de falar

- Hoje... Mas... como planejar tudo?

- Já planejei, enquanto vinha pedi a Hyunwoo para separar os passaportes e também o meu jato, sinto que é a Finlândia e se meus sentidos estiverem certos tudo poderá acabar nesta semana.

- Eu não pensei nos riscos, se você for exposto por tempo demais, ou se um breve momento o pode fazer envelhecer ou...

- Eu não ligo! – novamente ele estava próximo de mim, nossos olhares estavam vidrados um no outro com tamanha intensidade e eu não queria que aquilo fosse quebrado – se envelhecer, se morrer... Bem, eu já vivi mais do que qualquer humano poderia imaginar.

- Calcularei as probabilidades e...

- Vai dar certo, Seung-Ah, eu sei que irá...

Eu não tinha muita coisa para levar, porém atencioso como sempre era, aquele homem preparou uma mala com roupas quentes se importando comigo, quando o interroguei ele falou que era mais que justo fazer aquilo por mim, já que eu havia feito muito por ele, até colocando minha carreira em risco.

Não conseguirmos dormir nada por conta da ansiedade e aproveitei aquele momento para juntar algumas coisas que haviam por ali de nossa pesquisa para levar também a Finlândia.

- Quando tudo isso acabar – ele disse quando me juntei a ele no café da manhã, o sol já estava começando a brilhar dando o anuncio que em breve partiríamos – prometo lhe reembolsar com tudo que tem direito e não mais te incomodar!

Fiquei em silencio encarando a comida e me perguntando: O que eu tinha direito? Será que eu queria que ele sumisse da minha vida?

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