151 | Saphira Dallas
Abro a porta de casa encontrando o garoto de cabelos loiros, ele mantinha aquele sorriso nos lábios, o sorriso de quando estava envergonhado ou com medo.
— Oi Saphira. — Murmurou ele e eu sorri fraco, não queria dar confiança para ele.
— Oi. — Resmunguei e dei passagem para que ele entrasse. — Entra.
E então ele entrou, se sentando no sofá mesmo sem ser convidado. Ele era como da família já, pois nos conhecemos a tanto tempo.
Quando ele e sua irmã se foram, eu fiquei muito mal mesmo. Nao só eu, mas meu irmão também, por isso Cam se tornou o que era antes de Arabella chegar. O pegador.
Sentei no sofá da frente dele e o encarei, ele intercalava olhares entre eu e o chão, eu não sei o que ele queria falar.
— Não sei o que dizer agora. — Resmungou ele enquanto fitava os sapatos.
— Que tal o que você veio dizer? — Indaguei com um sorriso brincalhão nos lábios.
— Eu quero ser seu amigo, é isso. — Disse ele rapidamente e me olhou nos olhos, seus olhos azuis estavam verdes hoje, eles estavam escuros.
— Como? — Ergui as sobrancelhas, confusa.
— Ser seu amigo, sabe... Como éramos antes de eu ir embora. — Ele mordeu o lábio inferior e desviou o olhar novamente.
— Antes de você ir embora, éramos mais que amigos, Arthur. — Falei e me levantei, passando as mãos nos cabelos.
— Eu estou falando antes disso também. — O garoto também se levantou, gesticulando com as mãos enquanto falava.
— Tudo bem, se isso vai te deixar mais feliz. — Suspirei pesadamente pensando que eu me importava mais com que os outros pensavam e sentiam.
Era como se eu dissesse um grande dane-se para mim e abrisse as portas do meu coração para os outros e para o que eles sentem, mesmo que não seja a minha vontade.
— Posso te dar um abraço? — Arthur perguntou e eu assenti, um abraço não mataria ninguém.
Ele se aproximou de mim e me abraçou, passando os braços por minha cintura e eu passando os meus pelo seu pescoço. O abraço foi bom, mas não passava nem perto do abraço do meu amado.
Ficamos neste abraço por um tempo, até que ouvimos alguém limpar a garganta.
— Cheguei. — Nash disse e então me separei de Arthur, sorrindo para meu namorado.
— Oi amor. — Murmurei e me aproximei dele, lhe dando um selinho.
— Oi Nash. — Murmurou Arthur.
Nash olhou de relance para ele e nao respondeu mesmo, me dando mais um selinho e sorrindo.
— Estava com saudade. — Disse ele.
— Eu também. — Resmunguei com um sorriso.
Ele iria me beijar, mas seu telefone tocou indicando uma ligação. O garoto dos olhos azuis foi atender a ligação num canto mais afastado da sala, e eu apenas reparei em suas expressões.
— Oi. — Murmurou o garoto para o telefone franzindo a testa, parecendo confuso. — Sim, sou eu mesmo. — Assentiu ele e eu olhei para Arthur preocupada.
— Quem será? — Sussurrou Arthur e eu dei de ombros, sem saber.
Do nada Nash largou o telefone no chão, ele estava sem reação e se apressou à pegar as chaves do carro no bolso, ele saiu as pressas de minha casa. Eu fui atrás dele. O que estava acontecendo?
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(01/05)
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