Cap. 013
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Eu odeio aviões.
Não, odeio aeroportos.
De verdade? Eu apenas tenho vontade de sumir em meio a tantas pessoas e a essa exposição.
Ontem à noite, Pedro me ligou e disse que o agente de viagens dele gostaria de falar comigo. Basicamente, ficamos os três em chamada de vídeo com o senhor me passando instruções do que fazer para não sermos descobertos pela mídia. A sensação de poder ser flagrada com um dos jogadores mais cobiçados da Espanha não é das melhores.
Ao menos não do meu ponto de vista.
Acho que nunca rezei tanto na minha vida para que meu lado desastrada se controlasse. Nem na apresentação do meu TCC eu tremi tanto.
Quando eu finalmente embarquei no avião algumas pessoas me encaravam na cara dura mesmo, ouvi até alguns murmurinhos do tipo "ela não é aquela fisioterapeuta que apareceu nos últimos jogos do Barcelona?" Irei negar até a morte.
Ou até as pessoas realmente descobrirem e tiverem certeza de que sou eu.
A aeromoça me encaminhou até o meu assento na primeira classe, nunca tinha voado aqui antes, é muito diferente da econômica.
Me acomodei em meu lugar com vista para janela, Pedri fez questão de que eu ficasse com a janela e eu confesso que isso foi muito fofo da parte dele.
Por mais que eu esteja totalmente nervosa por estar sozinha aqui, ainda sim não deixo de demonstrar minha felicidade. Ontem a noite eu enviei os meus estudos para Sérgio e Matteo, ambos me deram retornos positivos e me disseram que em breve me comunicarão sobre o que acharam.
- Eu li em uma página do Instagram que quando as pessoas estão paradas observando o nada estão pensando em dar um pé na bunda do parceiro. - Ouvi a voz de Pedro e pisquei algumas vezes indo observá-lo. - Devo ficar preocupado?
- Que droga de páginas no Instagram você está seguindo? - Ele riu e guardou alguma coisa no compartimento de cima das bagagens e logo em seguida sentou-se ao meu lado.
- Nada demais. E você não levou a sério né?
- Nem um pouco. Aliás, a que horas você chegou aqui e como não houve tumulto lá fora? - O espanhol deu de ombros enquanto fazia uma expressão aleatória.
- A gente aprende a se virar em situações assim. E você, como se sente em ser reconhecida como parte da equipe do Barcelona pelas pessoas? - Escondi o rosto entre minhas mãos e ele riu.
- É estranho, só "apareci" em campo para atendimentos duas vezes. Como as pessoas são tão rápidas a esse ponto?
- Convenhamos que você é uma médica linda, óbvio que as pessoas iriam prestar atenção em você mi corazón. - Senti minhas bochechas queimarem e mordi o lábio inferior.
- Não tem...
- Claro que tem, até os narradores dos jogos comentaram sobre você. Ficou famosa em! - Ele bateu seu ombro contra o meu braço e deixei uma pequena risada escapar.
- Vou pedir ao Matteo que me deixe de forma totalmente anônima, credo, já pensou nessa possibilidade? Eu sendo famosa? - Disse com ironia.
- Bom, quando nós dois tivermos filhos será um pouco difícil continuar sendo uma pessoa anônima, não acha?
- Filhos? Você não está pensando muito para frente, não?
- Minha mãe gosta de crianças...
- Fer pode encaminhar isso um pouquinho mais rápido. - Pedro me encarou maliciosamente e eu neguei enquanto ele erguia uma das sobrancelhas.
- Fernando não tem nem ficante, pela lógica, eu posso dar um jeito nisso mais rápido. - Se eu pudesse me jogar por essa janela, estaria fazendo isso nesse exato momento.
- Inseminação artificial e barriga de aluguel resolvem. - Pedri riu e segurou minha mão deixando alguns beijos sobre a mesma.
- Tudo bem corazón, se um dia for da vontade de Deus que nós dois tenhamos filhos será no tempo dele e se você quiser, é claro. - Acariciei sua mão com meu polegar e encarei seus olhos.
- Conversamos sobre isso em outro momento. Ainda é cedo para pensarmos sobre um passo deste tamanho.
- Tem toda razão, mas nós vamos ter filhos, não vamos? - Ri com sua insistência e assenti. Eu não sei ao certo o que pensar sobre, não me vejo sendo mãe, ao menos nem tão cedo.
Eu sempre fui uma mulher decidida em tudo aquilo que eu quero, e sinceramente, filhos não estão nos meus planos atualmente. Mas por outro lado, ficar com alguém também não estava.
Se tudo der certo, acho que eu devo repensar sobre esse detalhe na minha vida. Sobre vários detalhes.
A aeromoça falou conosco pelos alto falantes pedindo que ficássemos sentados e com os cintos para a decolagem.
Procurei a mão do espanhol ao meu lado o mais depressa que pude e entrelacei nossos dedos, confesso que aviões me dão um pouquinho de medo.
Pedro apertou meus dedos e eu sorri involuntariamente, esses pequenos gestos fazem com que coisas simples se tornem únicas e especiais.
- Clara? Ei, precisa acordar agora corazón. - A voz de González parecia longe, mas o seu toque em meu rosto estava bem próximo.
Abri os olhos devagar e pisquei algumas vezes observando os olhos dele percorrerem o meu rosto.
- Já chegamos? - Questionei um pouco confusa e ele negou.
- Ainda não, só estranhei você ter dormido desde o momento em que decolamos e não ter acordado depois de tanto tempo. - Estiquei meus braços e resmunguei baixinho. Ficar muito tempo parada, mesmo que seja uma viagem, me deixa entediada. Por isso tomei um comprimido para dormir mais rápido, só deveria ter avisado isso primeiramente ao Pedri.
- Eu tô bem, só não gosto de passar muito tempo viajando, daí tomei um remédio para dormir.
- E eu te acordei. Sou o antídoto dos seus comprimidos corazón. - Empurrei seu ombro e olhei brevemente pela janela, apenas nuvens brancas e um imenso céu azul.
- E então, como está sendo sua viagem até então?
- Vai melhorar quando eu puder andar de verdade ou puder deitar na cama macia do hotel. Mas por hora, eu já dormi, comi e assisti algumas coisas aleatórias.
- Um belo tédio, credo. - Ele riu e assentiu. - Você já leu algum livro da Colleen Hoover?
- De quem? - Era óbvio que não, sinceramente eu acho que nem mesmo livros esse garoto lê.
- Uma autora incrível que tem uma coleção de livros mais incríveis ainda. - Peguei minha bolsa e comecei a revirar algumas coisas até encontrar um dos meus livros da Coho.
Estendi o mesmo para Pedro que pegou o objeto e ergueu uma das sobrancelhas.
- "Até o verão terminar", ele fala sobre o que?
- Nem ferrando que eu vou te dar spoiler, se quiser saber você vai ler e depois discutimos.
- Clara, eu sou péssimo em leitura.
- Se você não tentar, nunca vai conseguir melhorar isso. E pensa pelo lado positivo, eu vou criticar os pontos com você! É bem mais divertido quando outra pessoa já leu e vocês podem debater juntos. - Disse com certo entusiasmo, sempre que consigo fazer alguém ler meus livros favoritos sinto como se tivesse vencido a maior guerra do século. É exatamente assim que me sinto.
O espanhol me observou cautelosamente e seus lábios se moveram em um sorriso torto.
- Eu vou tentar, só não garanto que irei ler tão rápido ou que vou gostar.
- Tudo bem, mas eu tenho certeza que você vai gostar. Todos gostam! - Me gabei e ele riu. O fato de eu ter obrigado a Angela e o Lucca a lerem todos os meus livros favoritos fizeram aquelas cabecinhas se expandirem e agora temos até um "clube do livro" via whatsapp onde falamos e damos recomendações sobre achados e até promoções.
Pedri abriu o livro nas primeiras páginas e sua atenção começou a se prender brevemente nas palavras escritas. Já na minha situação, meus olhos estavam presos em seu rosto, ele prestava atenção no livro e seus lábios se movimentavam levemente ao ler silenciosamente as palavras.
Sorri boba com a cena diante dos meus olhos e encostei a cabeça na poltrona outra vez, o remédio que tomei era um pouco forte e o efeito ainda não havia passado totalmente.
Enquanto observava o espanhol se perder imerso ao mar de palavras à sua frente, meus olhos se fecharam aos poucos até tudo estar escuro e em silêncio novamente.
Outra rodada de sono até o destino final vem aí.
Assim que desembarcamos, os seguranças do aeroporto pediram que nós dois fossemos com eles até a saída do local, uma "porta" dos fundos, digamos.
Não foi tão ruim assim, até que o fato de Pedri ser mundialmente conhecido não nos atrapalhou em nada. Ao menos não até aqui.
Um carro de vidros escuros nos aguardava fora do aeroporto, acredito que o espanhol deva ter alugado ou algo do tipo.
O caminho até o hotel em que ficaríamos não foi tão demorado, claro que o trânsito ajudou bastante nesse quesito.
Nosso hotel fica localizado em um ponto bem estratégico de Lisboa, e pelo que pude apreciar pela janela do carro é uma cidade muito linda.
Fizemos o check-in do quarto e os funcionários do hotel nos ajudaram a subir com as malas - uma dele e duas enormes minhas.
O hotel em que ficamos é lindo, a estética do tempo imperial é de deixar qualquer um impressionado. Ele não errou em nada quando optou pelo Avenida Palace, claro que com exceção do valor das diárias desse lugar, uns três meses do meu salário pagariam uma noite aqui.
O quarto é outra coisa com uma beleza majestosa, realmente, a exploração que os portugueses fizeram com o meu povo nativo foi implantada em cada pedacinho de seu país. Seja de forma individual ou não.
Larguei as malas perto da porta e me joguei sobre a cama macia soltando um gemido de prazer logo em seguida.
- Gostou do hotel corazón? - A voz do espanhol veio de contrapartida sobre o meu ouvido e me fez arrepiar de imediato.
Rolei ficando de frente para seu corpo e encarei seus olhos, Pedro estava por cima de mim, mas não me tocava, seus braços estavam ao lado da minha cabeça enquanto ele segurava o peso de seu corpo ali.
- A quantidade de ouro que eu já vi espalhada nesse lugar me faz querer cursar direito e procurar uma maneira legal de processar esse país por dívida histórica. - González deu uma risada e ergueu uma das sobrancelhas.
- Lamento por isso, europeus são bem filhos da mãe às vezes.
- Você é europeu Pepi.
- Eu sei, mas eu sou uma exceção. - Se defendeu e eu ri enquanto negava.
- E quem me dá a garantia de que isso realmente é verdade?
- Dúvida da minha palavra corazón? - Seus lábios roçaram levemente o meu pescoço me deixando atenta aos seus gestos.
- Não disse isso, só falei que não tenho a garantia de que você não seja um europeu filho da mãe. - Ele riu e mordeu meu queixo.
- Quer que eu processe Portugal por dívida histórica com o seu país? Posso dar um jeitinho se for isso que quiser mi corazón. - Comecei a rir e abracei o pescoço do espanhol o trazendo para mais perto de mim.
- Vou pensar na sua proposta. - Aproximei nossos lábios em um rápido selinho.
- Você quer sair ou prefere descansar aqui no hotel?
- Acho que preciso de um banho e alguns minutos para descansar, se eu sair daqui da maneira que estou agora é bem provável que você tenha que lidar com a Clara de 8 anos que odeia sair de casa.
Pedro me envolveu em seus braços e me apertou em torno de si, suas mãos deslizaram pelas minhas costas e senti meu corpo ser apertado contra o seu peito.
Acariciei suas costas por cima da camisa que ele usava e o jogador escondeu seu rosto na curvatura do meu pescoço deixando pequenos beijos naquela área.
Sorri boba com seu gesto e apertei meus braços ao redor dele, um abraço de urso como meu tio costumava dizer.
- Como é a Clara de 8 anos? - Sua voz saiu um pouco abafada já que seu rosto estava contra o meu pescoço.
- Uma garotinha mimada que fica insuportável querendo voltar pra casa e dormir o resto do dia ou da noite.
- Posso acalmar ela com comida?
- Com toda certeza sim. - Um riso inalado escapou dele e deslizei minha unha por suas costas.
- Então acertei em deixar uma mesa reservada no restaurante do hotel para nós dois hoje a noite? -Encarei seus olhos e mordi meu lábio inferior.
- Vai me levar para jantar Pepi?
- Essa é a intenção durante toda semana. - Sorri enquanto minhas bochechas ardiam levemente.
- O que eu devo vestir então?
- Pode ir como se sentir bem e confortável, o mais importante para mim é a sua companhia. - Segurei sua nuca e puxei seu rosto para mais perto de mim. Nossos lábios se tocaram brevemente dando início a um beijo lento.
Uma das mãos de Pedro desceu de encontro com minha cintura onde ele deixou um aperto gostoso na região. Deslizei minhas unhas em sua nuca e ele sorriu entre o beijo.
Dei pequenas mordidas em seu lábio inferior e finalizamos aquele beijo com pequenos selinhos.
O espanhol abraçou meu corpo e mudou nossas posições, me deixando deitada por cima dele. Meu ouvido estava sobre o seu peito, me fazendo ouvir cada batida de seu coração naquele momento. A respiração dele é lenta, mas seus batimentos são acelerados.
Coloquei minha mão em cima do seu abdômen e desenhei círculos imaginários naquela área. Senti os dedos dele entrelaçando meu cabelo dando início a uma carícia gostosa.
Parando para me observar neste momento, eu percebo que me privar de sentir algo assim, diferente do que eu pensava, não fez bem. A falta de estar com a companhia de outra pessoa fez-me sentir só, e para suprir isso eu descontava tudo em trabalho excessivo e estudo sem pausa.
Estar só não fez com que eu me sentisse melhor, pelo contrário, me desgastou ainda mais.
Não era necessariamente estar só, mas sim o fato de eu não me permitir experimentar outras coisas, outros sentimentos, novas experiências.
O que eu estou vivendo com Pedro neste exato momento me faz sentir leve, algo que eu não lembrava como era a muito tempo. E eu acho que no fim as coisas devem ser assim, saber dosar um pouco de tudo.
É a única forma de sermos realmente felizes e nos sentirmos bem com nós mesmos.
Terminei o contorno dos meus lábios e finalizei tudo com um gloss transparente de glitter.
Observei o meu reflexo no espelho e respirei fundo. Eu realmente estou impecável.
O vestido vermelho havia caído como uma luva no meu corpo e valorizou cada centímetro das minhas curvas. Os saltos, além de me deixarem um pouco mais alta, trouxeram um ar mais sexy e elegante para a composição do meu look para essa noite.
Pedro já havia se arrumado, ele estava com uma roupa social esportiva, elegante e despojado ao mesmo tempo, por isso optei por usar esse vestido hoje. Enquanto eu fazia minha maquiagem, o espanhol precisou sair para conversar com Ferran, o que ainda me deixa intrigada desde o aniversário do Gavi, algo está acontecendo e eu ainda não consegui descobrir, porém pretendo mudar meus conhecimentos a respeito em breve.
Guardei o meu gloss dentro da minha bolsa de mão e respirei fundo assim que ouvi a porta ser aberta. Pelo reflexo do espelho eu podia ver todos os movimentos do jogador que não tinha reparado totalmente em mim até então.
Pedri guardou o celular no bolso de seu blazer e passou as mãos pelo seu cabelo antes de soltar um suspiro alto e erguer o olhar em minha direção. Suas pupilas dilataram no exato momento em que se encontraram comigo, suas íris castanhas escureceram assim que ele se aproximou de mim e seu olhar se encontrou com o meu através do espelho.
As mãos do homem atrás de mim tocaram minha cintura enquanto seus lábios estavam entreabertos. Seu olhar fixo no meu o deixava ainda mais sexy e arrepiava cada pelo do meu corpo. Ele estava me olhando com total luxúria, como um predador olha para sua presa.
- Puta merda Clara, você é linda demais. - Fechei os olhos levemente enquanto um sorriso escapava dentre os meus lábios.
Ergui a cabeça novamente e nossos olhares se encontraram outra vez.
- O que achou da minha roupa? Gosta dela?
- Eu vou ser sincero com você... - Ele levou uma das mãos até o rosto e passou a mesma pela sua barba. - Eu não reparei um segundo nesse vestido. A sua beleza, o seu corpo por si só já foram o suficiente para chamarem minha atenção por completo. Você é com toda certeza da minha vida um pecado, mulher, não é possível que seja real.
Senti sua mão esquerda deslizar pelo meu braço e virei de frente para ele. Com os saltos eu ficava do seu tamanho, quer dizer, um ou dois centímetros abaixo.
- Eu sou bem real Pepi, tenha certeza absoluta disso. - Deslizei minha mão por seu peitoral e a aproximei perigosamente de seu membro coberto. A química que nós temos está totalmente à mostra nesse momento. Toda a tensão sexual que reprimimos quando estamos em público simplesmente veio à tona agora. - Mas como você disse que não reparou no meu vestido... - Empurrei o espanhol para trás e me afastei um pouco dele.
Seu olhar confuso se desfez no momento em que eu girei meu corpo devagar o fazendo observar cada detalhe do vestido e consequentemente do meu corpo.
- E então, o que achou do meu vestido? - Questionei em provocação e ele lambeu os lábios negando com a cabeça.
- Não tenho nem palavras para descrever o quão maravilhosa você está linda, porra, eu não iria me cansar nunca de ficar te admirando.
- Mas gente tem que ir, não é?
- Ir? Por mim eu te jogaria naquela cama e...
- Não me arrumei para ser desarrumada tão rapidamente assim González. Sem contar que estou com fome. Tente a sorte novamente outra hora. - Passei por ele e ouvi um pequeno xingamento ser disparado de seus lábios me fazendo rir.
Pedro me acompanhou até o elevador e ficamos lado a lado até o térreo. O futebolista fez um gesto para que eu passasse minha mão ao redor de seu braço e assim eu o fiz.
Ao entrar em contato com o piso, a ponta dos meus saltos fizeram um barulho seco e consequentemente algumas das pessoas que estavam no restaurante ergueram o olhar para observar de maneira descarada quem havia chegado.
González me guiou até uma mesa reservada e de certa forma mais afastada de todos aqueles olhares curiosos. O homem que me acompanhava puxou a cadeira para que eu pudesse sentar e deu a volta na mesa sentando de frente para mim.
- Eu tô morrendo de vergonha. - Admiti e ele riu enquanto segurava uma das minhas mãos acariciando meus dedos.
- Por que está com vergonha, corazón?
- É que eu não estou acostumada com nada disso, é algo novo para mim. Vivenciar tudo isso em tão pouco tempo, e ainda por cima com essas pessoas me olhando descaradamente.
- Elas não estão acostumadas com tanta beleza. É comum que tenham essa reação por te olharem e verem uma obra de arte materializada em corpo, alma e espírito.
Meus olhos o encararam e senti minhas bochechas queimarem. Não de vergonha, mas sim de timidez por ouvir tais palavras sobre mim.
Apertei os dedos do espanhol e um sorriso tímido se formou involuntariamente em meus lábios.
- Com licença, boa noite senhor e senhorita. Gostariam de pedir algo? - Um garçom nos cumprimentou e logo em seguida deu início ao seu atendimento.
Pedro me olhou confuso ao ouvir o homem falar em português e eu fiz um gesto com a cabeça para que ele não se preocupasse.
- Boa noite, no momento só vamos querer um vinho. - O homem concordou e se retirou de maneira educada enquanto Pedri segurava os cardápios.
- Eu não tenho nada de maturidade para ler os nomes dos pratos em português de Portugal.
- O que tem de mais?
- Bem, lá no Brasil a gente tem nomes mais normais para as comidas, por exemplo, olha aqui, eles tem um prato chamado "punheta" de bacalhau. - Falei e prendi o riso. - Isso no Brasil é o mesmo que "paja" em espanhol.
O jogador me encarou sem expressão e prendeu o riso em seguida.
- Você não está falando sério, está?
- Juro que estou.
- Nesse caso eu também não teria maturidade no lugar de vocês. O que acha de pedirmos o prato especial da casa?
- Acho que é melhor do que eu ter uma crise de risos lendo esses nomes absurdos. - Ele riu e assentiu. O garçom se aproximou novamente e trouxe o vinho abrindoo e servindo nossas taças.
- Pode trazer dois especiais por gentileza? - Falei e o olhar dele se direcionou para mim.
- Claro, desejam mais alguma coisa para acompanhar?
- Não, no momento é apenas isso. Obrigada. - Ele assentiu e se retirou novamente.
- A senhorita precisa me ensinar a falar português. - A voz de González ecoou pelos meus ouvidos e eu o encarei.
- Achei que quisesse aprender inglês, já que o espanhol é sua língua natal e o inglês uma das mais faladas.
- Achou errado linda. O inglês é importante sim, para minha carreira e essas coisas. Mas eu quero saber um pouco de português brasileiro para quando for conhecer meus sogros.
- O que você disse? - Olhei nos olhos dele sem desviar, ele não pode ter falado o que eu acho que falou... pode?
- Que quero aprender português para conhecer os meus sogros. Eles por acaso falam espanhol?
- Não, quer dizer... o meu irmão entende um pouco, mas falar fluentemente e entender mesmo sou só eu.
- Então corazón, nós vamos ter que nos comunicar. Vai, o que eu posso aprender agora? Posso elogiar sua mãe ou seu pai vai achar que estou dando em cima dela?
- Claro que não! Se bem que o Gavi comentou que você já foi amante... - Falei ironicamente e ele revirou os olhos dramaticamente.
- Eu não sabia que ela tinha voltado com ele, não foi de propósito.
- Ela foi extremamente burra de te deixar como reserva. - Ele sorriu e tomou um gole da taça de vinho.
- Pensa pelo lado bom, eu troquei de time e agora você me fez de titular. - Deixei uma risada escapar e segurei minha taça.
- Um brinde à garota que te fez de amante e reserva então?
- Um brinde à mulher incrível que me fez de titular. - Encostamos nossas taças e em seguida tomamos um pequeno gole. - É incrível como a gente consegue envolver futebol em tudo.
- Essa é a graça.
- Gavi é um belo fofoqueiro, puta merda.
- Assim, meio mundo sabe das polêmicas que envolvem os dois Golden boys do Barcelona. Sobre a mãe do Pablo com o Piqué e você com a reservista lá.
- Fazer o que, mentiras acontecem e são contadas a todo momento.
- Tem razão, mas que você foi reserva você foi. - E novamente ele revirou os olhos. Amo implicar com ele.
- Vamos mudar o assunto? Já falamos demais de mim por hoje, não acha?
- Acho uma excelente ideia. Inclusive já sei sobre o que vamos conversar. - Beberiquei um pouco do vinho e o espanhol me encarou esperando que eu falasse. - O que você está escondendo sobre o Ferran? E nem adianta mentir e dizer que não é nada porque eu já percebi isso e tirei minhas próprias conclusões.
- E quais foram essas conclusões? - Ele não pareceu aborrecido por eu estar perguntando isso, não quero parecer invasiva com a privacidade dele, mas eu também não pude deixar de notar que na maior parte das ligações com o Ferran ele acaba ficando frustrado com algo.
- Bom, de duas uma, ou o Ferran está passando por algo, ou você está com alguma coisa e não quer me contar. - Ele sorriu e tomou um gole do vinho terminando sua taça e se servindo outra vez.
- Mulher inteligente, isso é atraente, sabia corazón?
- É com o Ferran, não é? - Ele concordou.
- É, não sei se você sabe, mas ele tinha um relacionamento sério de longo prazo.
- Claro, com a Sira. - O espanhol assentiu. - Calma, "tinha" ? No passado?
- É isso aí. Eles vinham passando por uns problemas e isso havia conturbado muito o relacionamento deles, quando eu o atendi antes de virmos jantar ele me disse que ela havia lhe convidado para almoçar hoje e acabou tudo que tinham.
- Deus, como ele está?
- Péssimo, ele realmente amava ela. Mas depois dessas brigas todas ele acabou descontando na bebida e agora isso, espero que não afete na carreira dele. - Ele suspirou forte e eu segurei sua mão entrelaçando nossos dedos.
- Ele vai saber escolher o que é certo, Ferran é um jogador brilhante, não vai pôr toda a carreira em risco e prejudicar os demais jogadores.
- Espero que esteja totalmente certa corazón, às vezes a gente acaba se deixando levar pelas emoções e tomamos decisões ruins.
- Vai dar tudo certo. Confie no processo. - Sorri simples e Pedri iniciou um carinho gostoso com o polegar sobre as costas de minha mão.
- Eu não sei se é o momento certo, mas o que você acha que vai acontecer quando assumirmos nós dois para as pessoas? - A pergunta dele me pegou um pouco desprevenida e tenho certeza que ele notou isso.
- Bem, hate das suas fãs, minha demissão da equipe e algumas consequências mais.
- Sem olhar pelo lado ruim, não acha que os caras iriam aceitar de boa? - O problema nunca seria o que os meninos do time ou até mesmo o Xavi iriam achar, e sim os meus superiores, a diretoria do Barcelona.
- Eles não iriam se opor, tenho certeza. Mas você sabe que a raiz do problema é um pouquinho mais funda que isso, não sabe?
- A diretoria do Barça. Sei, mas Clara, se o que quer que nós dois tivermos prosseguir, e se depender de mim, não seria um problema passar por cima de ninguém para ficar com você. Quero que saiba disso.
Sorri boba com suas palavras e apertei nossos dedos.
- Obrigada... mas não vamos pensar nisso por enquanto? A noite está tão incrível, sua companhia é excelente. - González sorriu e balançou a cabeça.
- Tudo bem, vamos aproveitar então. Temos alguns dias a sós para aproveitarmos muito bem essa companhia um do outro. - Seus olhos transmitiam desejo ao mesmo tempo que um sorrisinho de canto surgia em seus lábios.
Revirei os olhos fingindo não ter entendido e no momento seguinte o garçom apareceu com nossos pratos.
Um ponto que odeio em restaurantes bem avaliados é o fato de que cobram horrores por quase nada de comida.
Segurei os talheres e levei um pouco da comida até minha boca, não posso dizer que é a melhor coisa que já comi, mas é muito saboroso.
O nosso jantar foi bem calmo, conversamos bastante sobre várias coisas, secamos uma garrafa e meia de vinho e agora Pedro resolveu falar um pouco sobre os seus sonhos e planos.
Eu ouvia cada palavra com atenção, mas sinceramente, minha mente não associava absolutamente nada. Tudo que se passava na minha cabeça nesse momento era em como eu iria me controlar perto dele durante todos os dias e principalmente todas as noites que iremos passar juntos aqui em Portugal.
Cruzei minhas pernas enquanto apertava levemente a taça entre os meus dedos e fechei meus olhos por alguns segundos.
Grande erro.
- Desejam alguma sobremesa? - Fui tirada dos meus pensamentos ao ouvir a voz do garçom se embolar totalmente ao tentar falar espanhol.
Pedri me olhou e o homem tentou outra vez, tendo um melhor desempenho nesta tentativa.
- Perdão, não entendo nada de espanhol. Mas desejam pedir uma sobremesa? - Questionou em português desta vez.
O espanhol moveu os lábios, mas o interrompi rapidamente.
- Na verdade, estamos satisfeitos. Obrigada.
- Claro, se precisarem é só chamar. - O rapaz se retirou e González me olhou sem entender.
- Corazón, não quer sobremesa?
- Pepi, a sua sobremesa já está reservada.
- Não lembro de ter reservado nada. Clara, você não vai me dizer que está bêbada, vai? - Sorri tomando o último gole do meu vinho e me levantei da cadeira dando a volta na mesa. Curvei meu corpo e aproximei meus lábios do ouvido do espanhol.
- Sua sobremesa está te esperando no quarto corazón. - Mordi o lóbulo de sua orelha e peguei minha bolsa saindo da mesa. Meu quadril rebolava de uma forma tão natural que simplesmente me deixou com um ar mais sexy nessa ocasião.
Antes de sair totalmente do campo de visão dele, virei rapidamente para poder presenciar o desespero do jogador ao tentar pagar a conta o mais rápido que conseguia.
Sorri vitoriosa e entrei no elevador que por sorte estava no andar. Apertei o botão do andar do nosso quarto e vi os passos apressados do homem em direção ao elevador que se fechou antes que ele pudesse chegar.
Assim que parei no nosso quarto, caminhei rapidamente até a porta da suíte e abri a porta com o cartão de acesso. Adentrei o lugar e deixei a porta aberta para que ele pudesse entrar.
Larguei minha bolsa sobre a penteadeira e tirei os saltos, tempo suficiente para ouvir a porta ser fechada. Ainda de costas ouvi os passos apressados do moreno se aproximarem cada vez mais de mim.
Uma de suas mãos deslizou pelo meu braço e uma corrente elétrica percorreu todo o meu corpo.
- Eu espero muito que você tenha falado o que eu entendi lá embaixo... - Girei sobre os meus calcanhares e fiquei de frente para ele que me olhava de forma perigosa.
- Depende do que você entendeu... - Sua mão foi de encontro com minha nuca e aos poucos seus dedos se entrelaçaram nos meus fios.
- Não seja cínica, que tipo de sobremesa estaria reservada em um quarto? - Me fiz de desentendida e ele apertou os fios da minha nuca.
- Tenho alguns chocolates dentro da mala, são uma excelente sobremesa, não acha? - González riu antes de puxar minha cabeça e encaixar seu rosto na curvatura do meu pescoço iniciando uma trilha de beijos e pequenas mordidas.
- Admita, eu quero ouvir da sua boca linda... - Suspirei fundo enquanto fechava os olhos e toquei levemente um de seus braços.
- Eu não... - Meu cabelo foi puxado para cima com certa agressividade e eu abri os olhos, seu rosto estava a centímetros do meu. Seus olhos estavam escuros e seu corpo tenso por reprimir tanta tensão sexual assim.
- O que é a minha sobremesa? Acho que para eu comer preciso saber do que se trata antes, concorda? - Deixei um gemido escapar e ele sorriu.
- Pedro ... chega de joguinhos, faça de uma vez. - Ele me virou de costas e encaixou minha bunda com seu quadril me fazendo sentir todo o seu membro duro contra mim.
- Fazer o que mi amor? - Rebolei levemente contra sua ereção e suas mãos apertaram minha cintura com força.
- Porra, me faça sua! Quer que eu desenhe para deixar isso mais claro? - Senti um tapa ser despido em minha bunda e meu corpo foi girado brutalmente em sua direção.
Os braços dele passaram por minhas coxas e meu corpo foi erguido, entrelacei minhas pernas em seu corpo e Pedri andou apressado até a cama onde sentou e me posicionou em seu colo.
- Odeio quando você tenta mandar assim. Essa noite eu estarei no controle aqui, fui claro? - Sorri com malícia e meus lábios foram tomados em um beijo feroz. Adoro esse lado mandão dele, e olha que só é a segunda vez que tenho o prazer de vê-lo.
As mãos do espanhol agarraram firmes a minha bunda e minha nuca. Pedro apertou meus cabelos e pressionou ainda mais nossas bocas. Deslizei minha mão sobre o seu peitoral e puxei o blazer o tirando rapidamente, não sei exatamente quando e nem como, mas ele já havia se livrado dos sapatos e das meias.
Pedro agarrou a barra do meu vestido e o puxou para cima, interrompendo nosso beijo, apenas para conseguir se livrar da minha peça. Seus olhos se dirigiram até os meus seios desnudos e sua língua passeou sobre seus próprios lábios me fazendo pulsar.
Seus dedos percorreram as laterais do meu corpo e pararam ao lado dos meus seios. Seu olhar se encontrou com o meu novamente e segurei em suas mãos as puxando para finalmente tocarem meus seios que a esse ponto estavam sensíveis.
Suas mãos apertaram ambos ao mesmo tempo e um gemido involuntário ecoou entre os meus lábios.
- São tão macios... - Sua voz saiu em um tom baixo e totalmente rouca, me fazendo revirar os olhos e me mexer em seu colo. Minhas mãos deslizavam contra o peito do moreno que ainda estava com sua camisa, desci até a barra e a puxei para cima fazendo com que ele soltasse os meus seios e erguesse os braços para que a peça saísse de seu corpo.
Observei o abdômen do espanhol totalmente à mostra e deslizei meus dedos por toda aquela área. Pedro puxou meu rosto para um beijo veloz e aos poucos se distanciou dos meus lábios trilhando vários beijos e chupões pelo meu pescoço e clavícula.
Senti a língua do jogador tocar um dos meus mamilos e tombei a cabeça subindo minhas mãos até a sua cabeça pressionando um pouco mais contra o meu peito.
Pedri chupava meu seio com vontade enquanto sua mão apertava e acariciava o outro. Gemi manhosa quando senti uma mordida de leve ser deixada em meu mamilo e apertei o ombro do moreno.
Minhas costas se curvaram a cada toque que as mãos do espanhol davam em meus pontos fracos e inúmeros gemidos já haviam escapado de minha boca a esse ponto.
Puxei seus cabelos o fazendo erguer a cabeça e colei nossos lábios vagarosamente, mordi seu lábio inferior e afastei meu rosto quando ele tentou me beijar, um sorriso de canto surgiu em seus lábios enquanto seus olhos permaneciam fechados.
Me curvei contra ele e consequentemente o seu corpo deitou contra o colchão me deixando por cima dele. Iniciei uma trilha de beijos pelo seu peitoral e abdômen e parei quando cheguei em suas entradas em forma de "V", ergui meu olhar para ele que tinha os olhos fixos em mim. Segurei a barra da calça e escorreguei meus dedos até o botão e o zíper.
Antes de abrir eu apertei levemente seu membro ainda coberto o fazendo suspirar pesadamente. Desabotoei rapidamente aquela peça e com ajuda dele consegui me livrar dela, seu pau já estava duro e quase saltando da cueca.
Antes que eu pudesse tirar sua última peça de roupa ele me interrompeu e sentou-se outra vez me deixando de joelhos entre suas pernas.
- Dessa vez sou eu quem vai tomar as rédeas da situação corazón. - Pedro segurou meu queixo e deixou um selinho em meus lábios. - Deita e relaxa.
Obedeci o que ele acabará de dizer e quase de imediato suas grandes mãos separaram minhas coxas deixando minhas pernas abertas, as pontas de seus dedos tocaram minha intimidade ainda coberta pelo pedaço de renda minúsculo que eu ousei chamar de calcinha e uma corrente elétrica passeou pelo meu corpo neste momento.
González aproximou o rosto vagarosamente e deixou alguns beijos na parte interior das minhas coxas, seus dedos arrastaram minha calcinha para o lado e aos poucos deslizaram por toda minha boceta. Um gemido um pouco mais alto ecoou pelo quarto e o hálito quente de sua boca contra minha pele sensível me fez arrepiar imediatamente, o espanhol levou dois dedos até sua boca e os chupou antes de acariciar meu clitóris.
Agarrei os lençóis de seda da cama com uma das mãos e agarrei seus cabelos com a outra. Sua língua áspera passeou do meu clitóris até que ele tivesse total acesso ao seu local de maior desejo neste momento. Pedri se empenhou muito naquele oral, arrancando inúmeros palavrões, gemidos e súplicas de mim, e ele sabia exatamente o que estava fazendo, seus olhos vidrados nos meus enquanto sua língua trabalhava deixavam isso claro.
Eu gemia, suspirava, revirava os olhos, fechava-os e os abria, rebolava contra seu rosto e chamava por seu nome de maneira manhosa, meu corpo ansiava pelo momento em que ele iria tirar totalmente minha calcinha e iria me foder.
Pedro sabe que estou totalmente em seu poder e se aproveitou disso para me torturar da forma mais prazerosa possível, ele introduziu dois de seus dedos em minha intimidade e os estocou com rapidez. González tinha pressa. Eu tinha pressa. Não sei até onde iria aguentar.
Comecei a sentir o interior da minha boceta latejar e curvei minhas costas enquanto apertava meus próprios seios e gemia descontroladamente sentindo meu orgasmo cada vez mais próximo. Os olhos castanhos do espanhol sobre o meu rosto o motivaram a ir mais rápido.
Meu corpo inteiro se contorceu e eu afastei seus lábios de mim, tendo contato apenas com seus dedos que pararam de se movimentar quando finalmente gozei. Senti minhas pernas fracas e minha respiração totalmente desregulada, o ar tenso dificultava ainda mais.
Pedri tirou seus dedos de dentro de mim e os levou até sua boca chupando os mesmos e voltando com a língua até minha entrada, senti ele arrastar sua língua por toda minha intimidade e deixei um grito escapar, eu estava sensível e aquele contato me fez quase ter outro orgasmo.
- Isso foi muito bom! - Disse totalmente ofegante e com um sorriso nos lábios.
- Isso é apenas uma amostra de tudo que quero fazer com você, linda. - O jogador se levantou e andou até sua mala enquanto se livrava da cueca pelo caminho. Ele se abaixou enquanto pegava um pacote pequeno e o rasgou com os dentes segurando o látex em uma das mãos.
Seu pau grosso e cheio de veias me fez salivar e ter vontade de colocá-lo dentro de minha boca. Pedri colocou a proteção em seu pau e subiu na cama se posicionando no meio das minhas pernas.
- Pedro... por favor! - Gemi assim que ele começou a pincelar seu membro contra minha intimidade como forma de tortura.
- Tem certeza disso, mi amor? - Se existia qualquer incerteza já é coisa do passado, tudo que eu quero nesse momento é sentir todo seu pau dentro de mim.
- Tenho, e por favor, não seja bonzinho comigo.
- Não quero machucar você, corazón.
- Então está me dizendo que é um soca fofo? - Eu mal tive a chance de respirar entre minha última frase e o grito que saiu de minha garganta ao ser invadida com força e sem aviso prévio.
É exatamente desse jeito que eu quero.
Não sou a expert do sexo, mas só me lembro de ter transado devagar na minha primeira vez. Depois daquele dia, sempre gostei de uma pegada mais bruta. E com certeza Pedro notou isso já que suas investidas dentro de mim eram rápidas e profundas. Desesperadas.
Agarrei os ombros do espanhol e gemi seu nome enquanto envolvia minhas pernas em sua cintura o fazendo ir mais fundo. Cada centímetro dele me preenchia naquele momento, a forma violenta e brutal que ele estocava em mim fazia meus olhos reviraram tão forte que chegavam a doer. González me fodia brutalmente enquanto gemia rouco no meu ouvido, sua mão percorria meu corpo apertando meus seios e minhas coxas a todo momento.
Um misto de sensações me invadia naquele momento, eu me sentia totalmente desnorteada, acho que até mesmo meu nome parece um delírio. Sua virilha se chocando com pressão contra mim. Seu pau deslizando de forma rígida para dentro de mim me deixam totalmente atômica e sem raciocínio lógico algum.
O quarto estava totalmente preenchido por nossos gemidos e sons que nossos corpos faziam ao se chocarem. A cama se movia junto aos nossos movimentos, enquanto os lençóis estavam sendo apertados por nossos dedos, Pedri entrelaçou os seus dedos nos meus e apertou fortemente os lençóis.
O espanhol se afastou rapidamente e puxou minha calcinha. Seu braço se encaixou por baixo das minhas costas e girou meu corpo me deixando de bruços. Ele segurou minha cintura e a ergueu, me posicionei de quatro e senti seu pau deslizar pela minha boceta novamente.
González puxou meus braços os prendendo contra meu cóccix e investiu o mais rápido que podia. Meu rosto apoiado contra a cama fazia com que meus gemidos, e algumas vezes gritos, saíssem abafados.
Ambos estávamos cansados, uma camada de suor já cobria nossos corpos, mas o empenho dele para me fazer gozar outra vez era impressionante. Pedro soltou meus braços e agarrou minha cintura me empurrando várias vezes contra o seu pau enquanto eu ouvia seus gemidos ficarem um pouco mais altos.
O jogador curvou seu corpo por cima das minhas costas e agarrou meu pescoço enquanto seguia com movimentos fundos, porém lentos. Sua outra mão agarrou um dos meus seios e ao notar o quão rígidos estavam, Pedro gemeu no meu ouvido e agarrou meu cabelo em um rabo de cavalo bagunçado puxando minha cabeça para trás.
Uma série de tapas estaladas foram despidas em minha bunda e mais algumas estocadas foram o suficiente para que ambos chegássemos ao nosso limite. Minha boceta pulsava contra seu pau e minha bunda estava sendo esmagada por seus apertos .
Pedri se afastou e pude ver o preservativo cheio ao mesmo tempo que seu pau estava coberto por uma camada de gozo. Meu orgasmo. Seus olhos se mantiveram fixos em mim enquanto meu corpo tinha alguns espasmos.
Seus dedos acariciaram meu cóccix, o lugar onde minha segunda tatuagem está e não pude deixar de me arrepiar com tal.
Pedro se livrou do látex que estava em seu membro e deitou do meu lado com a respiração totalmente descontrolada. Abracei seu corpo e suas mãos me envolveram ainda mais. Acariciei seus músculos e aos poucos fui recuperando o fôlego.
- Faz tanto tempo que eu estava louco para fazer isso. - Confessou.
- Só foram dois meses sem sexo.
- Não foram apenas dois meses corazón. - Ergui minha cabeça e o encarei.
- Quanto tempo?
- Desde o dia que te vi no Camp Nou, durante o el clássico. - O encarei sem acreditar e ele lambeu os lábios procurando as próximas palavras que usaria. - Você é... incrível! - Disse e sorriu. - Desde aquele dia que implicou comigo, e no nosso esbarrão no CT me fez ver isso. Você é sensacional em tudo!
- E se eu não tivesse te dado bola? Estaria esperando até agora?
- Acontece que você me deu bola, e eu não me arrependo de ter passado tanto tempo sem sexo, valeu muito a pena esperar até hoje. - Senti seus lábios distribuírem beijos pelos meus ombros e sorri.
- Você que é sensacional.
Eu mal consigo associar tudo que está acontecendo, esse homem é incrível e fez com que esse momento fosse tão incrível quanto. A maneira que eu me sinto bem estando ao seu lado é algo que apenas não consigo explicar, apenas sentir.
O cansaço que dominava o meu corpo parecia dominar cada pedacinho de mim naquele momento. A última coisa da qual me lembro com clareza, foi o momento em que Pedro deixou um beijo em minha testa e cobriu nossos corpos me abraçando logo em seguida.
Dizem que quem é vivo sempre aparece, então... Primeiramente quero pedir desculpas por só postar hoje (sábado), infelizmente tive um imprevisto com minha família ontem e só consegui resolver tudo e finalmente postar agora.
O tempinho de fazer um Joaquim veio! Ouvi um finalmente?
Quero dizer que não fui eu quem fiz isso pois sou uma pessoa que não gosta dessas coisas. Os créditos vão todos para a minha suculenta, vulgo planta de estimação, Judite entregando os conteúdos.
Enfim, nos vemos novamente sexta feira se der tudo certo.
Bom, espero muito que gostem 💙
Até o próximo capítulo!
📝 Não esqueçam de comentar e deixar o seu voto no capítulo em!? 🤍
Beijos de luz,Kalisa.
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