12 - Dói descobrir que você sabe como me esquecer mesmo depois de tanto tempo
AVISO: esse capítulo contém certos tópicos que podem ser sensíveis a alguns leitores, como homofobia (e problemas familiares relacionados a isso) e transtornos alimentares.
Meu segundo marido, Lewis Capaldi, é um gênio musical (que homem, minha gente, que homem...)
Boa leitura, amores!
Harry não tinha certeza de como poderia descrever seus sentimentos em relação às duas semanas que se sucederam.
Mas, se precisasse, diria que era como se eles estivessem tentando afinar acordes dissonantes de uma composição desafiadora, onde cada mudança de tom exigia ajustes delicados. Mas, de repente, todas as claves não pareciam mais fazer sentido com as notas, e a partitura inteira havia se tornado um enigma mais indecifrável que o manuscrito de Voynich.
Depois de três dias que Louis havia recebido alta do hospital, o pintor havia batido na porta de Harry aos prantos, bêbado, e com as roupas sujas. Não era segredo que Louis sofria com distorções de imagem e bulimia, mas ele chorou no colo do músico sobre como as últimas semanas estavam sendo mais pesadas.
Ia um pouco além de questões estéticas, também; como seu quadro não era algo tão simples de manter estável sem a ajuda de outras pessoas, Louis havia assinado um acordo que dava permissão à sua psiquiatra para contar alguns pontos importantes para uma pessoa de confiança, a fim de que ficasse um pouco mais simples entender e ajudar Louis em certas ocasiões.
A pessoa de confiança em questão era Harry, e uma das confidencialidades comentadas pela psiquiatra era a de que a bulimia acabava servindo como uma válvula de escape para Louis, onde ele tentava expurgar fisicamente seus pensamentos. Aquilo fazia muito mais sentido, pois muitas coisas estavam com certeza sendo suprimidas pela mente de Louis com o possível reencontro com sua família.
Harry não sabia, mas Louis ficara tão fraco a ponto de desmaiar porque estava tendo mais de três episódios bulímicos por dia. Por causa disso, o cacheado pediu permissão para que pudesse ficar com Louis em seu apartamento para cuidar dele, além de que poderia ajudá-lo com seus afazeres para que ele não se preocupasse demais.
Os acessos de bebedeira não tinham ido embora, muitos dias eram difíceis, principalmente quando Harry tentava convencê-lo a não beber. Um dia, Louis havia se trancado pelo lado de fora, na varanda, e estava com duas garrafas em mãos. Harry estava desesperado, já que era necessário apenas um passo em falso para Louis cair. Eram as últimas duas garrafas do estoque alcoólico disponível naquele dia, de cinco.
Louis acabou de entorná-las, e parecia estar tão fora de si que Harry sequer achava que ele ouvia seus pedidos para abrir a porta. Depois de alguns minutos, Louis simplesmente desmaiou. Harry precisou ligar para Zayn e seguir o passo a passo que ele conduzia pelo telefone, ensinando como abrir a porta da varanda com uma faca.
Não havia raiva, tampouco ressentimento sobre toda aquela situação. Não por parte de Harry. Ele sabia que Louis estava se culpando, que estava tão mal que fugir de seus vícios estava ainda mais difícil que o normal. Foi ao tomar consciência da própria paciência e compreensão sobre as questões do namorado que Harry percebeu que, de fato, aquele era o tipo de amor que estava à procura.
Um amor onde as dificuldades não fossem maximizadas, e que o cuidado e consideração pelo outro fosse o centro.
Sua única prece era para ver seu parceiro bem e feliz.
— Respire fundo, e lembre-se que você não entrará sozinho. — Harry disse e beijou a mão de Louis que estava entrelaçada à sua.
O pintor virou o rosto para o namorado, sorrindo nervosamente. Estavam dentro do carro de Harry há alguns minutos, só olhando para a entrada da galeria. Inconscientemente, Louis queria saber se veria sua família ali antes que entrasse, mas sua ansiedade estava aumentando ainda mais por estarem à espreita.
— Obrigado por tudo, Harry. — Louis disse, de repente. Ele esfregou sua bochecha nos dedos de Harry, fechando os olhos para sentir a pele do músico na sua. — Eu sei que eu definitivamente fiz um inferno na sua vida por esses tempos, e eu não tenho palavras o bastante para descrever o quão o seu apoio foi essencial.
Harry sorriu, e beijou o topo da cabeça de Louis.
— O que é feito por amor não precisa de compensação, Louis.
Eles aproximaram seus rostos, encostando suas testas e juntaram-se em um beijo terno e cúmplice. Harry fitou os olhos de Louis e perguntou se ele estava pronto, e, ao ter a confirmação, ambos desceram do carro para entrar na galeria.
Louis estava nervoso, mas as coisas estavam correndo normalmente, como em toda exposição que ele organizava. As pessoas olhavam ao redor, para todas as telas com expressões embasbacadas, entediadas, ou, às vezes, horrorizadas. Harry era uma dessas pessoas. Ele vira pouquíssimas das pinturas que Louis havia produzido para aquele evento, e naquele momento ele conseguia enxergar do que se tratavam todos aqueles quadros.
As nuances eram de verde e azul, quase nenhuma outra cor. Apesar de parecerem obras abstratas, as formas eram coesas de uma forma caótica, e a maioria refletia paisagens com duas figuras humanoides. Quem não soubesse da relação entre eles não os reconheceria naquelas pinceladas tão enigmáticas, mas quando Louis reparava, Zayn, Niall, Najla ou Liam os olhavam de longe, sorrindo pequenamente.
Mas havia algo a mais em suas expressões.
Quadros alegres os davam um ar de ternura, mas aqueles que traziam atmosferas mais pesadas, que refletiam os sentimentos de Louis sobre si mesmo e os que esboçavam as dores de Louis deixavam um rastro limoso e escuro.
Harry, que estava ao lado de Louis enquanto o pintor conversava com alguns admiradores, sentiu-se leve. Era como se ele não sentisse o próprio corpo.
É tão agressivo, mas tão... intimista. Seleto.
Agora, Harry entendia algo que Louis havia lhe dito dias antes da exposição.
"Eu acho que as pessoas não vão ficar tão felizes com o meu trabalho dessa vez."
"Como assim?", Harry indagara, confuso. "Seus quadros são incríveis, Lou."
O pintor apenas sorrira, e então eles acabaram se distraindo com alguma coisa.
De fato, era bem provável que nem todo mundo entendesse aquele trabalho. Era tão óbvio, mas apenas para as pessoas certas.
Harry sentia-se mais próximo da mente de Louis agora. Todas as suas inseguranças expressadas daquela forma tão crua e visceral faziam o estômago de Harry revirar, com tantas emoções que ele sequer sabia o que pensar. Quando as lágrimas vieram aos seus olhos, ele virou de costas para que as pessoas que conversavam com Louis não reparassem.
Se em algum momento Harry tivera alguma dúvida sobre a vontade de Louis por melhorar de seus vícios e questões, tudo tinha sumido naquele momento. Ali, vendo o quão honesto Louis tentava ser com os outros, e como tão poucos reconheciam sua sinceridade.
Porém, como num arrepio instintivo, Harry levantou os olhos e viu uma mulher e duas garotas ao lado dela. Uma corrente gélida percorreu sua espinha, e ele se perguntou se aquela era a mãe de Louis. O músico virou-se novamente, conferindo se o pintor havia as visto, mas ele ainda conversava com outras pessoas.
Mordendo o lábio inferior, Harry achou melhor deixá-lo perceber sozinho. Então, acompanhou Louis por mais algumas obras e fez questão de segurar sua mão por todo o caminho.
Em um momento de distração, Louis esbarrou no ombro de uma menina e, ao voltar-se para ela para desculpar-se, ele petrificou. Harry engoliu em seco, a reconhecendo como uma das garotas que estava junto da mãe do pintor. A própria estava a apenas alguns passos deles, a bem da verdade, e não demorou até ela pousar os olhos no filho.
♫
Tinha sido tudo muito estranho e desconfortável, mas, surpreendentemente, Louis tomou o primeiro passo e comentou que a galeria tinha uma cafeteria, e sugeriu que fossem até lá para conversarem com mais calma.
Harry ficou confuso se ia com eles ou não, porém Louis não soltou de sua mão em momento nenhum. Ele não sabia se era uma forma de confrontar sua família caso eles ainda tivessem alguma mentalidade ignorante sobre Louis ser gay, mas considerava mais provável que o pintor apenas precisasse de apoio naquele momento.
E, a bem da verdade, Harry estava mais do que feliz de saber o quanto o namorado confiava nele para confiar em seu cuidado.
Sentados em uma mesa mais afastada da cafeteria, era bem evidente a diferença entre as emoções ali. Harry estava desconfortável e confuso, a menina que parecia mais velha (e que se chamava Félicité, agora ele sabia) estava com um olhar que beirava a severidade, enquanto Johannah estava com algum quê de medo. Louis... Louis estava alheio. Quase como se ele tivesse dissociado.
— Vocês... — Harry começou, ainda incerto. Ele pigarrou para limpar a garganta, sorrindo um pouco. — Vocês fizeram boa viagem, senhora Deakin?
Johannah sorriu, parecendo aliviada de não ter precisado pensar ainda mais para tentar quebrar o gelo.
— Pode me chamar de Jay, Harry. — Ela respondeu, simpática. — E foi uma viagem tranquila, mas fazia alguns anos desde a última vez que vim até Londres.
— Vocês vieram de longe?
— Doncaster. Mas de avião, tudo parece ficar mais perto, não é? — Ela deu um risinho, mas acabou murchando ao olhar para Louis.
Disfarçadamente, Harry acariciou a perna de Louis, e aquilo pareceu acordá-lo um pouco.
— Eu acho que não consigo fingir muita naturalidade. — Admitiu o pintor. — Então eu acho que mesmo que eu soe um pouco rude, vou precisar ser meio direto.
— Se isso for facilitar para você, Louis, não tem problema. — Johannah respondeu, respirando fundo depois.
— Eu acho que... O que mais está me confundindo é o porquê de vocês terem decidido vir me ver depois de... sei lá, doze anos?
Johannah engoliu em seco, cabisbaixa, e fez menção de começar a responder. Porém, Louis falou antes que ela o fizesse.
— Para ser sincero, eu acho que prefiro saber disso depois que meu trabalho aqui terminar. Então, enquanto isso... Eu queria saber quem eram aquelas pessoas com vocês, antes.
— Eles são Ernest e Doris. — Johannah respondeu. — São... Eles são...
— Meus irmãos. — Félicité respondeu, ríspida e direta.
Louis olhou para a irmã, atônito. Johannah deu uma leve cotovelada no braço da filha, em repreensão. A garota não cedeu nenhuma expressão, e cruzou os braços.
— Não ligue para o jeito de Fizzy falar. — Jay tentou contornar. — Mas, sim, eles são seus irmãos.
— Seus uma ova. — A adolescente bufou, revirando os olhos. — Ele sequer estava lá por mim, nunca esteve lá por Ernie e Doris.
Louis sentiu seu peito apertar, mas ficou confuso com a reação da irmã. Antes que pudesse perguntar, ela apenas levantou e saiu dali.
Johannah assistiu a filha andar para longe, a passos rápidos e pesados, e piscou rapidamente, antes de pegar um longo fôlego e fechar os olhos por um instante antes de retornar sua atenção ao filho mais velho.
— Desculpe por isso, Louis. Eu acho que ela só não está sabendo lidar com as próprias emoções.
Louis apenas conseguiu assentir com a cabeça, e quando Harry sugeriu para que eles voltassem ao salão principal da galeria, os dois concordaram. Lá, Zayn e Liam chegaram para parabenizar Louis por seu trabalho; apesar da clara tensão presente no ar, o designer foi respeitoso e educado com Johannah, e quando ela sugeriu que todos fossem jantar juntos, ele declinou ao convite.
— Eu e meu namorado temos planos, mas obrigado ainda assim. — Zayn respondeu, sorrindo quase cinicamente para ela.
Louis piscou para ele, agradecido. Mais cedo, havia pedido para que Zayn não ficasse muito tempo junto de sua família caso ela aparecesse, pois sabia muito bem a grande raiva e ressentimento que o amigo sentia por eles, especialmente por sua mãe. Mesmo com toda a preocupação, Zayn acatou ao pedido com a condição de que Najla o acompanhasse, além de Harry, apenas para ter certeza de que Louis estaria amparado.
Johannah acenou brevemente com a cabeça, com sentimentos enigmáticos expressos em seu rosto. Ainda assim, quando ela perguntou o que Louis e Harry achavam, o pintor quase recusou. Contudo, ele acabou se lembrando do que o músico disse antes de saírem de casa, alegando que as coisas só poderiam ser diferentes se ele se arriscasse e desse uma chance à família de se reaproximar dele.
Pois, Louis acabou por aceitar que todos jantassem juntos.
Após o término da exposição, Louis e Harry deram carona para Niall e Najla, e seguiram o carro de Johannah até um restaurante que ela gostaria de visitar após tanto tempo sem ir a Londres. Antes de descerem, eles conseguiram reparar que Félicité e a mãe discutiram sobre algo de forma acalorada, mas decidiram não comentar sobre quando sentaram-se à mesa.
Além das duas, havia mais quatro irmãs e um irmão de Louis. A única que parecia mais ressentida era Fizzy, enquanto todos os outros fizeram um excelente esforço para ignorarem a tensão que emanava dela.
Charlotte, Phoebe, Daisy, Doris e Ernest.
Harry ficava repetindo seus nomes mentalmente para que não se esquecesse ou cometesse alguma gafe ao referir-se a eles, mas os cinco eram bastante carismáticos e perguntavam várias coisas para o irmão mais velho com interesse genuíno. Ainda que houvesse algum nervosismo em seu interior, Louis estava um pouco mais tranquilo sobre aquele reencontro.
Quando Harry reparou que o pintor estava à vontade o bastante para rir e contar mais sobre sua vida em Londres, seu coração se aquiesceu.
Em dado momento, Ernest indagou:
— Vocês dois são namorados?
Nem Harry, tampouco Louis, esperavam que aquela pergunta viesse daquele garotinho de quatorze anos. Era visível, contudo, que Louis estava em dúvida do que responder. Harry não o culpava, pois sabia que devia ser uma situação extremamente complicada prever a reação de irmãos que o pintor havia conhecido no mesmo dia.
Prestes a negar, Harry foi impedido.
— Sim. — Louis disse, com tom firme e calmo. — Eu e Harry estamos juntos há quase um ano.
A barriga do músico pareceu criar um vácuo em seu corpo, mas ainda assim o canto de seus lábios subiu minimamente em um sorriso orgulhoso que ele tentava disfarçar.
Completamente contrariando o que Louis e Harry esperavam, as reações foram alegres e simpáticas, até mesmo as de Johannah. Todos os irmãos de Louis começaram chamar Harry de cunhado, e Jay não parecia receosa para referir-se a ele como genro.
Tudo aquilo parecia um sonho, irreal demais para Louis acreditar.
Obviamente, era um alívio que as expectativas pessimistas de Louis não tivessem sido atendidas. Mas... Mas ele sentiu uma pontada de raiva. Remorso, para falar a verdade, porque ele não tinha recebido aquele calor quando saíra do armário. Foram precisos quase treze anos para que Johannah o visse apenas como seu filho, alguém que dependia dela e de seu amor?
Mas estava acontecendo. Sua família estava ali, depois de anos, e tratavam seu namorado como parte deles. A confusão sentimental que o acometeu foi avassaladora, tanto que ele precisou pedir licença e sair para a calçada do restaurante para fumar e se acalmar.
Johannah tinha um quê de culpa em sua expressão, enquanto todos os irmãos de Louis pareciam desnorteados. Harry não queria que aquele clima ruim voltasse, mas Najla tocou sua perna para que ele saísse, também como um sinal de que cuidaria de manter a fluidez com a família Tomlinson, e imediatamente começou a perguntar um pouco mais sobre eles e suas vidas. Harry então levantou-se, pediu licença e foi até Louis.
Com ternura, ele abraçou o corpo de Louis e deixou que ele chorasse disfarçadamente em seu peito, enquanto cantarolava melodias doces para tentar confortá-lo. Ao voltarem, parecia que algum acordo mútuo e silencioso havia sido firmado, e ninguém comentou nada sobre aquilo. Foi mais difícil para Louis continuar qualquer tipo de conversa com todos eles, então Harry, Niall e Najla fizeram o papel de dar corda aos assuntos que surgiram.
Depois do jantar, enquanto se despediam, foi desconcertante receber um abraço rápido de seus irmãos, com exceção de Félicité, mas Louis conseguiu forçar seu corpo a obedecê-lo e retribuir as despedidas de maneira educada. Jay acabou comentando que eles estariam por mais alguns dias em Londres, e queria saber se poderiam se encontrar novamente com Louis e Harry para que se vissem mais vezes.
Harry achou que sua mão iria partir ao meio, tamanha força que Louis fazia ao apertá-la por entre seus dedos antes de responder que, claro, poderiam se ver novamente.
♫
Tudo que se sucedeu àquele reencontro parecia irreal para Louis. Ele podia jurar que seu corpo não era seu, que sua mente não era sua e que tudo ao seu redor era apenas superficial e de mentira. Seu corpo estava letárgico, e ele até conseguia ouvir Harry falando consigo, mas era como se o namorado estivesse tão longe que não dava para entender nada.
— Louis, não precisa chorar.
Estava chorando?
— Está tudo bem, já passou.
O que passou?
— Louis! — Harry chamou, chacoalhando seus ombros.
Enfim, seus ouvidos pareciam escutar novamente e seu corpo sentiu que estava sentado no sofá de sua casa.
— Hum?
— Meu Deus, eu estava ficando desesperado. — Ele disse, abraçando-o em seguida. — Parecia que você estava em um transe.
— Eu sinto como se tivesse acordado de um. — Respondeu.
Quando afastou seu corpo do de Harry, sentiu também as lágrimas que escorriam de seus olhos. Louis não se lembrava de ter começado a chorar, mas a turbulência em sua mente e sua respiração rápida e entrecortada o fizeram acreditar que tudo aquilo se devia à uma crise de ansiedade.
— Está tudo bem, eu estou com você. — Harry falou, afagando suas bochechas. — Deixe-me cuidar de você, ok?
Louis apenas assentiu, e relaxou contra Harry quando ele o despiu e o banhou, e mais ainda quando ele o embalou na cama. O choro havia cessado, mas sua mente ainda trabalhava desenfreadamente ao produzir mais e mais pensamentos aleatórios. Parecia que, mesmo que ele tentasse entender e digerir aquele dia, algum tipo de autodefesa psicológica não o deixava pensar em nada que tivesse nexo e, por causa disso, Louis tagarelou por um longo tempo.
Harry ouvia e respondia a cada assunto aleatório sobre qual o pintor quisesse conversar sobre. Pensava que era melhor um Louis tagarela e sem sentido do que um Louis em crise.
Quando o sono veio, Harry tentou manter-se acordado, mas acabou dormindo sem perceber. Louis, reparando no silêncio repentino, virou a cabeça e sorriu ao ver os longos cabelos do namorado caindo sobre seu rosto, e ajeitou-os para trás antes de aconchegar-se no peito de Harry.
O sono demorou a embalá-lo, mas quando o fez, foi tranquilo e quieto.
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Até o próximo capítulo! ❤︎
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