Hi baby gays!

Do nada voltei por livre e espontânea pressão de uns e outros por aí 🤭

Gente ainda bem que enrolei pra terminar pq pensei um um final muito melhor 🗣️🗣️🗣️🗣️🗣️🗣️ tô ansiosa!!!

Espero que gostem

Boa leitura pra vocês 😗

Já de madrugada, quando pintinhas chegou, ele teve certeza de que seu plano deu certo, pois Hyunjin tinha um sorriso enorme no rosto enquanto desenhava e ele estava tão imerso e concentrado que nem notou sua presença, então ficou ali no cantinho só o observando. Era um grande alívio saber que estava vivo, pois agora não se sentia tão mal quando seu coração disparava, mesmo isso parecendo impossível naquele estado.

- Oi pintinhas, tá quietinho aí por que? - o Hwang perguntou levando toda sua atenção para ele. - Quer ver o que eu tô desenhando?

Ele apenas concordou com a cabeça e se aproximou. - Um girassol? Eu vi um girassol hoje...

- Uhum, fui eu quem te deu - riu. - Que estranho

- Ah! Você fez o que eu disse ontem! Então deu tudo certo, né? Nós estamos bem ?

- Sim ... eu acho que você tem razão, pintinhas, eu acho que gosto mesmo de você.. do Yongbok, ah, de vocês - mordeu o lábio inferior. - Isso é muito estranho ? Quer dizer, eu sempre gostei muito de você, mas sempre achei que era só mais um espírito, só que agora as coisas mudaram e eu acho que os meus sentimentos também. O que é um pouco esquisito porque eu não sabia que poderia gostar assim de um garoto... Bom, eu não sei direito o que tô sentindo, mas tô sentindo alguma coisa bem aqui - apontou para o coração. - Ele dispara quando vejo o seu sorriso

Pintinhas fez um biquinho choroso e de repente cruzou os braços com raiva. - Isso é injusto! Você não deveria falar isso agora, deveria falar quando eu estiver acordado!

- Eu vou falar quando entender o que tô sentindo...

- Promete? Não fica enrolando, você é muito enrolado.

Hyunjin revirou os olhos e riu mais uma vez. Ele tinha razão, era capaz de enrolar por meses mesmo já sabendo a resposta. - E se ele não sentir isso também? Eu nem sei se..

- Ele sou eu, Jinnie e eu amo você, por favor, fala logo ?

- Vou pensar sobre isso.

Ele não falou. Hyunjin realmente ainda se sentia confuso em relação a isso, quer dizer, ele não era homofóbico nem nada do tipo, só nunca havia pensado mesmo e tinha certeza de que também não seria um problema para sua mãe. Ele até cogitou falar com ela, mas sentiu muita vergonha e resolveu esperar um momento melhor.

Momento esse que não chegava nunca, foram dias, semanas, dois meses e nada de encarar o que sentia. Ele e Yongbok ainda continuavam saindo e conversando todos os dias, assim como pintinhas o visitava todas as noites, mas nunca tocava no assunto e não era por falta do "espírito" implorar, pois ele fazia isso todas as noites.

Mais uma semana estava começando e Hyunjin decidiu que pintinhas estava certo, ele precisava falar com alguém e como sempre, acabou sobrando para o coitado do Changbin. Assim que se encontrou com o amigo no caminho para a escola, ele já começou a falar antes mesmo de desejar um bom dia.

- Eu acho que gosto do Yongbok.. romanticamente falando, mas não sei como ter certeza e nem sei se ele gosta de mim...

Changbin arregalou os olhos, mas não era uma grande surpresa, na verdade era bem óbvio levando em consideração a forma como o amigo falava e olhava para Yongbok, só não esperava que ele falasse assim tão do nada. - Bom dia também, Hyunjin e uau, achei que você nunca ia perceber - falou rindo.

- Ah, Bom dia, Bin. - suspirou se agarrando ao braço dele. - Você acha que eu gosto? Como eu faço pra saber? Eu acho que nunca senti isso, mas tá me corroendo por dentro, não aguento mais essa dúvida.

- Ué, fala pra ele.

- Mas e se eu não gostar, ou pior, e se ele não gostar de mim? E se ele não gostar de garotos? Aí, ficaria um clima estranho entre a gente e nós nos damos tão bem..

- Hyun é só você conversar com ele, vocês são amigos e sei lá, o Minho namora com o jisung, não é tao difícil de entrar no assunto aí você pergunta dele como quem não quer nada, mas pelo jeito que vocês se olham, tá mais que na cara que se gostam.

O Hwang mordeu o canto interno da bochecha tentando pensar um pouquinho melhor. Talvez desse pra fazer de um jeito disfarçado. Poderia dar certo e dependendo da resposta, era só ignorar tudo aquilo e fingir que nunca aconteceu.

Changbin ficou observando o amigo pensando e deu um riso soprado. - Eu falei que você tinha um namorado fantasma...

- Aff, você não leva nada a sério.

Assim que entraram na sala de aula, Yongbok sorriu pequenininho e como sempre, acenou com suas mãos minúsculas enquanto se aproximavam. - Bom dia, Jinnie.

- Bom dia, bokkie -- o sorriso também brotou em seus lábios e sentiu seu rosto esquentar quando a mãozinha dele tocou sua bochecha.

- Você tá um pouco rosa. Veio correndo?

- Ah, é.. sim.. eu e o Bin apostamos corrida até aqui - tocou a mão dele junto ao seu rosto. - Você tá bem?

- Uhum. Quer almoçar em casa hoje? A minha mãe vai fazer umas coisas diferentes. Ela tá fazendo um curso online de culinária ocidental e disse que aprendeu a fazer lasanha.

- Claro, eu vou adorar! Sua mãe cozinha super bem.

Depois que o professor entrou na sala, eles ficaram quietinhos prestando atenção na aula, mas talvez nem tanto assim já que trocavam bilhetinhos o tempo todo, desenhavam florzinhas um do caderno do outro e davam as mãos cada vez que elas se esbarravam sem querer, seguido de um sorrisinho tímido.

Mais tarde na casa dos Lee, a mãe de Yongbok o recebeu super animada e o almoço estava uma maravilha. Eles comeram um monte e depois foram sentar no quintal, onde ficaram fazendo carinho nos coelhinhos por um bom tempo. - Você não acha que esse aqui parece com o meu irmão? - Yongbok perguntou rindo erguendo o bichinho na altura dos olhos. - O Minho tem dentinhos assim, mas ele sempre fica bravo quando eu falo que ele é um coelhinho, ele disse que prefere ser um gato.

- Pior que parece sim - Hyunjin riu e pensou que talvez aquela fosse uma boa oportunidade para entrar no assunto. - Seu irmão não tá em casa hoje?

- Não, ele e o ji foram na casa dos pais do ji pra buscar as coisas dele. Ele vai morar com a gente agora.

- Ah, é mesmo? Por que?

- Os pais dele não aceitam muito bem que ele namora com o meu irmão.. na verdade o min não é o problema, eles são homofóbicos mesmo e falaram que ele não pode confiar morando lá se decidisse ficar com o Minho. Daí quando mudamos de cidade, ele veio com a gente, mas não trouxe tudo.

- O jisung mora aqui com vocês? - arqueou uma sobrancelha em confusão.

- Hm, mais ou menos, tem um monte de coisas dele aqui,às vezes ele vai pra casa da vó. Ele tem medo de incomodar, mas a mamãe já disse que não tem problema, até porque, a gente tem bastante espaço e o ji é já é parte da família.

- Entendi... - Hyunjin mordeu o interior da bochecha em um ato inconsciente de nervosismo, mas seguiu perguntando, quem sabe assim conseguisse chegar onde queria. - Eles namoram faz tempo?

- Uhum, uns quatro anos já. Mamãe fala que eles são almas gêmeas e eu também acho. Já viu o quanto são fofinhos?

- São mesmo. Seu irmão dá medo às vezes, mas o jisung sempre trás o equilíbrio - falou e eles riram. - Como foi pro seu irmão?.. quando ele descobriu que gostava de...Hm.. outro menino?

- Eu não lembro muito bem, mas foi normal, ele sempre foi assim e sempre me disse que a gente pode amar qualquer pessoa. A gente não tem esses problemas aqui em casa. Mamãe diz que é um ambiente seguro. - o Lee garantiu com um sorrisinho orgulhoso. - Você... acha isso um problema, Jinnie?

- Não, não, não - negou exageradamente com a cabeça e as mãos agitadas. - Não mesmo, eu só... tava curioso, desculpa se foi invasivo.

- Entendi... - mordeu o próprio lábio inferior e desviou o olhar para o coelho em seu colo. - Eu também já namorei um menino... mas aí eu me mudei..

- Ah... - Naquele momento, Hyunjin não sabia se ficava feliz ou triste com a notícia. Será que Yongbok ainda gostava desse tal menino? Por que ele pareceu tão desanimado de repente? E será que teria um espaço no coração dele ou já eram muito amigos pra isso? - Você... gostava muito dele?

- Hm, não sei.. é complicado. Eu gostava dele, mas... acho que faltava alguma coisa. Quer dizer, não era como eu imaginava que seria quando me apaixonasse, sabe? Eu realmente gostei muito dele, só que... Não era igual o ji e o min, tinha uma peça faltando. Mas nós ainda somos muito amigos. - Contou com um sorrisinho nostálgico e encarou o Hwang novamente. - E você Jinnie? Já namorou?

- Eu?! Não, não... eu nunca tive muito interesse em conhecer alguém desses jeito - falou apressado, coçando a nuca de um jeito meio nervoso e arregalou os olhos quando se deu conta de que estava falando besteira. - Quer dizer, é... ainda não conheci, ou melhor, eu ainda não... - suspirou derrotado. - Ainda não namorei

Yongbok começou a rir, achou aquela cena toda uma gracinha e seus pés se agitaram nervosamente assim como seu coração que disparou de repente. Ele nem percebeu como, mas sua boca já estava se movendo para perguntar. - Você namoraria um garoto? - suas bochechas ficaram vermelhinhas e ele prendeu o lábio entre os dentes esperando pela resposta.

- Eu acho que sim...

Os dois se encararam por um momento, os olhos desviaram para os lábios um do outro, voltaram a se encontrar e desviaram rapidamente para frente, deixando apenas sorrisinhos silenciosos que tentavam ser escondidos a qualquer custo.

- Entendi. - Yongbok pigarreou e levantou de forma afobada, seu coração estava acelerado e suas pernas tremendo, ele guardou os coelhos de volta no lugar deles e brincava seus dedos de forma nervosa enquanto tentava formular uma frase para os tirar daquele clima diferente em que entraram de repente. - An, você quer... jogar videogame? O min comprou um jogo novo de construir casinhas.

- Pode ser.

Eles acabaram passando a tarde toda jogando e evitando entrar naquele tipo de assunto novamente, mas se um jeito estranho, aquilo mudou algo dentro deles e agora era como se precisassem se tocar o tempo todo, estavam sentados bem próximos, quase colados, Yongbok praticamente se esparramou em cima do outro, deitado em suas pernas enquanto decidiam sobre o iriam construir e no comecinho da noite, quando foram se despedir no portão, se abraçaram demoradamente mantendo uma conversa sobre o que fariam no dia seguinte de um jeito tão natural, como se fosse sempre assim.

- Eu tava afim de pintar uma paisagem, se quiser pode ir comigo naquele parque que tem no centro, lá tem uma vista bem legal do por do sol e a gente pode levar comidinhas - Hyunjin sugeriu. - É um pouquinho longe daqui, mas é pertinho de casa, dá pra ir de bicicleta.

- Não sei andar de bicicleta, Jinnie - o Lee contou envergonhado com o rosto enfiado no pescoço dele.

- Ah, eu te levo na garupa então. Até te ensino a andar se quiser.

- Tá bom. Então, vou fazer um bolo pra levar. Você gosta de qual? De cenoura?

- Adoro bolo de cenoura - o Hwang riu e apoiou o queixo no topo da cabeça do outro e fez carinho em suas costas. - A gente pode almoçar lá na minha casa e depois vamos, o que acha?

- Acho perfeito. - Apertou mais o abraço. - Deveria ser proibido você ir embora -- fez bico erguendo o rosto para mirar nos olhos dele e sorriu tímido ao receber atenção.

- Amanhã cedinho eu posso vir te buscar pra gente ir juntos pra escola, o que acha?

- Não precisa, Jinnie. É muito longe, você vai fazer o caminho duas vezes, mas a gente se vê na escola.

- Tá bom. Então, até amanhã. - falou sem fazer nenhum esforço para soltá-lo e Yongbok permaneceu da mesma forma, encarando os olhos dele.

- Até amanhã...

- Boa noite, bokkie -- fez carinho nas bochechas dele com as costas das mãos e viu seus olhinhos se fechando. O estômago se encheu de milhares de borboletinhas, seu cérebro já estava quase derretido sem saber como reagir e tudo piorou quando ele sorriu e falou baixinho:

- Boa noite, Jinnie.

Os dois se afastaram a contra gosto e o Lee ficou na ponta dos pés para deixar um beijinho na bochecha do amigo que acabou pegando no cantinho da boca e Hyunjin suspirou totalmente afetado. A vergonha os consumia, mas continuaram sorrindo e acenando até o Hwang estar longe, lá no finalzinho da rua.

- Bonito, senhor Yongbok - Jisung apareceu de repente o tirando de seu transe. - Sorte sua que eu não sou o seu irmão - riu baixinho. Se minho visse aquela cena, faria um drama colossal, mas o comentário não foi o suficiente para tirar o sorrisinho bobo da cara do Lee.

- Eu acho que finalmente encontrei minha alma gêmea, ji...