O início de um sonho

Hi baby gays!!

Fic nova vcs acreditam? Poisé !

Essa eu vou dedicar pra minha amiga @jujubinhainhainha uma pessoa muito maneira que eu conheci pq ela lê minhas fics 🗣️ muito louco né? Agora a gente até vai em evento de anime juntos. A globalizado é realmente um negócio que não pra saber onde vai parar ner.

Ela me pediu Hyunlix enimies to lovers e disse que não precisava ser grande, mas não sei se sou capaz de fazer isso 😬

Essa fic se passa no mesmo universo de "Você é um idiota, Lee Minho",então vai ter algumas cenas que se conectam e tals. achei que seria vibes colocar o mesmo nome no primeiro capítulo ehehe.

Enfim, boa leitura pra vocês !


ƪ⁠(⁠˘⁠⌣⁠˘⁠)⁠ʃ

— Meu amor, tem certeza que é isso mesmo que você quer? Você acabou de se formar, não tem a menor necessidade de começar a faculdade agora. - A mulher reforçava seu pensamento pela vigésima vez só naquele dia. Ser mãe não era nada fácil. A vida toda ela tentou imaginar como seria sua vida depois que os filhos já tivessem idade para sair de casa, mas agora que esse dia finalmente havia chegado, ela já não tinha tanta certeza assim de que queria se despedir. — Pensa direitinho, filho, você não tá indo pra outra cidade, é outro país! Como a mamãe vai te buscar se você passar mal?

— Mãe, nós já conversamos sobre isso..

— Sim, mas parece que não foi o suficiente já que ainda não mudou de ideia. Você parece tão cansado, fica pelo menos até o natal, eu e seu pai podemos pagar a diferença na passagem.

O garoto suspirou cansado e deixou de arrumar a mala para se virar para a mulher poucos centímetros menor que si próprio. Lee eunjin era muito, mas muito preocupada o tempo todo. Ela amava seus filhos, confiava neles, mas não queria que fossem para tão longe de suas asas protetoras, pois em sua cabeça, ainda eram seus bebezinhos, mesmo que seu mais velho tivesse acabado de atingir a maioridade. — Filho, por favor. - Pronto, agora ela iria apelar para o drama. Ele já conhecia muito bem aquele truque, até porque usava bastante quando precisava convencer alguém. Os olhinhos brilhantes, o biquinho manhoso com a cabeça inclinada para o lado. Não iria cair naquela.

— Mamãe, eu tenho que ir.

— Mas suas aulas na faculdade só começam no final de fevereiro.

— Por isso, mesmo quero ir antes, assim tenho tempo de me adaptar ao idioma e passear um pouco. A senhora sabe que ainda tenho dificuldade pra falar.

— Não tem, seu coreano é ótimo, bebê! Fica só mais um pouquinho.

— Eu vou ter dificuldades quando as aulas começarem. Mamãe eu já planejei tudo, são só alguns anos e eu vou voltar para a casa nas férias. A senhora está fazendo drama como se não tivesse a Olívia para te fazer companhia - ele falou com um sorriso e abraçou a mulher para tentar acalmá-la. — Tem que me apoiar, eu tô realizando meu sonho, Hm? Vai passar rápido e eu vou te ligar todos os dias.

— Não é a mesma coisa…

Felix era filho de pais coreanos, mas nasceu em solo australiano. Lee Dohyun e Lee eunjin se casaram bem jovens, logo após terminarem a faculdade. Eles tinham muitos planos de carreira, mas suas famílias eram contra, então acabaram se mudando para a Austrália após receberem excelentes propostas de emprego, fora que ouviram falar muito bem do país e julgaram ser um ótimo lugar para criar seus filhos no futuro. Felix nasceu três anos depois da mudança e a única vez que foi para a Coreia, ainda era um bebê, mas acontece que depois de ouvir tantas histórias dos pais, ele cresceu com aquela vontade imensa de conhecer a terra natal deles, então resolveu ainda muito novo que queria  fazer intercâmbio lá na universidade onde eles se conheceram e se formaram. Ele sempre recebeu apoio dos pais para fazer isso, se dedicou muito aos estudos e em trabalhos de meio período para juntar o dinheiro necessário, mas agora que estava tão pertinho de ir, sua mãe resolveu ficar emocional demais.

— Quando menos esperar, eu vou estar de volta. - garantiu com um sorriso. — Vou ficar bem, prometo.

Ele estava mesmo cansado, o final do ano é sempre uma correria sem fim, principalmente para os formandos de ensino médio. Os últimos meses do ano são cheios de dúvidas sobre como será a vida dali para frente, fora os trabalhos, provas, vestibular, organização da festa de formatura, viagens e mais um milhão de coisas, mas Felix estava pronto. Bom, na verdade estava quase pronto, ainda faltava terminar de arrumar a mala. Faria isso assim que sua mãe decidisse findar aquele abraço apertado.

Fazer intercâmbio não era algo tão fácil, ele precisava ter notas excelentes ou muito dinheiro, mas isso já estava resolvido. Além disso, precisava de um lugar para ficar. Como não conhecia muito bem sua família coreana e devido às desavenças deles com seus pais, ele optou por ficar com uma host family. Ele procurou muito, foi atrás de boas recomendações, no fim acabou encontrando a família Hwang, que seus pais fizeram questão de investigar muito bem e conhecer cada um dos membros.

— Bom, pelo menos acho que vai estar em boas mãos, a Hyejin e o soohyuk parecem boas pessoas, mas se tiver qualquer problema, me avisa que eu e seu pai vamos dar um jeito de te salvar. - mulher disse determinada enquanto secava algumas lágrimas e o filho riu soprado. — Eu já combinei tudo com eles. Quando estiver chegando, manda uma mensagem. Você vai ficar na casa deles até o começo das aulas e eles ficaram de conseguir um bom dormitório pra você na universidade de Seul.

— Certo. Viu só? Não tem com o que se preocupar. Eu vou ficar bem.

— Tá bom, meu amor. Olha, eu fico feliz que esteja se realizando, mesmo querendo que fique aqui comigo. Agora eu entendo porque meus pais não queriam que eu me casasse com seu pai, dói muito ter que deixar os filhos irem.

Depois de muito choro, Felix finalmente conseguiu terminar de arrumar suas malas, ainda teve tempo de conferir se não havia esquecido nada, pois seria impossível voltar para pegar. Enfim, como seu vôo só saia às três e meia da manhã, ele ainda teve tempo para um último jantar em família e passou um tempinho assistindo filmes com sua irmã mais nova. Olivia tinha apenas cinco anos, ela não estava nenhum pouco feliz com a ideia de ter seu irmão longe e resolveu fazer birra dizendo que não iria se despedir dele, porém, não resistiu a uma sessão de filmes de princesas.

Logo no começo da madrugada, seus pais foram o levar ao aeroporto e na hora da despedida foi uma choradeira sem fim. Felix nunca foi de ficar fora de casa, o máximo que fez foi dormir na casa de amigos e um acampamento no ensino fundamental e só, então aquele era um passo e tanto. 

Dohyun era um homem bastante emotivo assim como seu filho, ele não se importava em chorar em público e estava dando o maior show, correndo para abraçá-lo novamente a cada passo que o mais novo dava. — Filho, qualquer coisa fala com a gente, tá bom? Não deixe ninguém te diminuir pelo o que você é.

— Pode deixar, papai

— Não é só porque você é gay que as pessoas podem te tratar mal. Você é meu orgulho. - Afirmou. Ele tinha essa mania de empoderar o filho desde que o garoto se assumiu bissexual há alguns anos atrás. Era um pai dedicado, então foi atrás de entender o assunto, mas Felix achava engraçado a forma como ele demonstrava seu apoio.

— Obrigado papai, eu te amo muito - disse rindo e o abraçou bem forte antes de voltar a caminhar para o portão de embarque.

— Lix! Leva a felicia pra você não ficar sozinho - Olívia, que já não estava tão acordada assim, estendeu sua boneca preferida para o irmão. — Você pode abraçar muito ela quando tiver saudades de mim.

Felix precisou respirar fundo para não desabar de chorar novamente e deu um abraço na pequena. Ele sabia o quanto aquela boneca era especial para ela, pois a tratava como um bebê. — Muito obrigado, princesa. Eu prometo que vou cuidar muito bem dela e te devolver quando voltar pra casa. Amo muito você.

— Amo muito você, Lix. Volta logo!

Quando foi a vez de Eunjin se despedir, ela já não tinha muito o que falar, então só o abraçou muito forte repetindo inúmeras vezes o quanto o amava. Foi assim com o coração pequenininho e já cheio de saudades, que Lee Felix embarcou no avião. Foram doze horas de viagem e oito delas apenas chorando e pensando se estava fazendo a coisa certa, o resto usou para tentar descansar um pouquinho antes de chegar em solo coreano.

Assim que desembarcou no aeroporto de Seul, ele mandou mensagem para a mãe e para Hwang Hyejin, que garantiu já estar a caminho, então ele aproveitou para ir ao banheiro escovar os dentes e lavar o rosto para disfarçar as olheiras e os olhos inchados de tanto chorar e depois procurou algum lugar para sentar enquanto esperava. Aquilo era loucura, estava em outro país, outro continente e duvidava muito de seu coreano, sua sorte era ter placas em inglês por todo o aeroporto, mas sinceramente, estava muito inseguro, não sabia o que esperar. E se a família Hwang fosse uma farsa? Talvez fosse sequestrado, escravizado, vendido para algum maluco na deep web, sei lá, já havia visto tantos casos bizarros nas redes sociais que não duvidava de mais nada.
— Para de ser maluco, Felix - murmurou para si próprio e conferiu o celular com uma mensagem da senhora Hwang dizendo que já havia chegado. — Bom, tomara que dê tudo certo…

As paranoias foram embora de sua cabeça assim que viu um casal alto, com cabelos escuros e roupas bonitas, eram eles, teve certeza quando eles sorriram fofos acenando com placas escrito: “Welcome 펠릭스” com os hangul equivalentes ao som “Pelligseu”, pois no alfabeto deles não tinham letras equivalentes, então achou muito fofo, principalmente quando se aproximou e notou várias tentativas de escrever seu nome de forma ocidental, tinham coisas como “Philips”, “Fellics”, “Philex” e um monte de adesivos em volta para disfarçar. A mulher esguia de cabelos compridos e escuros acenava sorrindo enquanto dava alguns pulinhos e eles se curvaram dizendo: — Hellorr! - de um jeito bem australiano, então deu tudo de si para dizer — annyeonghaseyo - pois era a única palavra em que se garantia.

— Ah! Seu coreano é muito bom!! Consegue nos entender bem? - a mulher perguntou sorrindo.

— Sim, meu pronunciar que não ser muito bom ainda, mas se puder falar devagar, fica mais fácil.

— Tudo bem, me avise se não entender. Muito prazer, eu sou Hwang Hyejin e esse é o meu marido Hwang Soohyuk. - eles deram as mãos se cumprimentando e o homem mais velho o ajudou com as malas para caminharem até o estacionamento.

— Sou Lee Felix, mas podem me chamar de Yongbok se quiserem.

— Yongbok, lindo nome, bem mais fácil - o homem sorriu simpático.

Foi mais uma viagem de mais ou menos duas horas e meia até chegarem a casa dos Hwang. Eles moravam em uma cidade próxima de Seul, mas bem menos agitada do que a capital e Felix adorou a informação, pois estava morrendo de medo de se perder logo no primeiro dia. Tudo bem que iria ter que aprender a andar em Seul mais cedo ou mais tarde, mas pensaria a respeito depois.

A casa deles era uma gracinha e  Hyejin foi apresentando cada cantinho. Tinha sala de estat, cozinha, uma sala de jantar e um banheiro no andar de baixo, três quartos e outro banheiro no segundo andar, a mulher explicou que eram o quarto do casal, o de seu filho e um escritório, então subiram mais uma escadinha. — Aqui vai ser seu quarto por enquanto. - Estavam no sótão, mas ele era todo arrumadinho e o quarto era enorme, muito maior do que o de sua casa. As paredes eram brancas, havia um guarda roupa embutido em uma delas, do outro lado uma cama de casal, em outra parede um espelho, penteadeira, mesa para estudos e prateleiras vazias. — Você pode decorar como quiser e se precisar de qualquer coisa é só pedir que arrumamos pra você.

— Nossa! É lindo! - e era mesmo, já estava imaginando seus livros ali, suas roupas, alguns quadrinhos, tinha até um sofazinho.

— Bom, só moramos nós três aqui, mas o meu filho Hyunjin não está em casa, ele foi para o acampamento de formatura e chega mais tarde. Eu tenho certeza que vão se dar bem. Ah! Convidei o Bang Chan, ele também é australiano, vai ser bom se forem próximos, né? Talvez se sinta mais à vontade e mais tarde, faremos um jantar para comemorar sua chegada.

— Muito obrigado, vocês não precisavam se preocupar tanto.

— Eu faço questão, querido. Agora você é da família, é meu novo filho e quero que se sinta bem vindo. - Falou sorrindo e tocou a mão dele com carinho. — Vou deixar você se organizar, desça quando estiver pronto, precisa comer alguma coisa.

— Tá bom. Muito obrigado senhora Hwang.

Assim que ela saiu, Felix suspirou aliviado e se jogou na cama sorrindo. Parecia estar tudo bem, não tinha o que temer, o quarto era ótimo e os Hwang, uns queridos, nada para se preocupar, então tinha certeza de que ficaria bem e amaria muito aquela nova família.


Notas finais:

Digam se gostaram
Volto mais tarde 🤭

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top