- Simon, descobrir algumas coisas sobre o ROUGAROU e quem o amaldiçoou. - Conta Thraja empolgada.

- Desembucha logo, conta o que descobriu. - O rapaz exige.

Thraja resume tudo que acabou de acontecer e a sua ideia de ir atrás da LeRoux no cemitério.

- Não se esqueça de levar a faca com a marcação e mantenha o pingente de proteção sempre com você. - Aconselhou o rapaz.

- Se nada disso der certo, ainda tenho meu lobo comigo, ele nunca me deixou na mão.

Thraja estava determinada a encontrar Madame LeRoux e libertar Valtor da maldição rougarou.

E seguindo as instruções do rapaz e foi ao cemitério, onde encontrou o mausoléu da família LeRoux.

Ao chegar ao lugar de aparência sombria, Thraja sentiu uma energia estranha no ar. Seu lobo se contorcia lhe pedindo cautela. Ele podia sentir a presença de LeRoux.

- LeRoux. - Chamou Thraja. - Eu sei que você está aqui.

Uma figura emergiu das sombras. Era Madame LeRoux, com seus olhos brilhantes e seu sorriso maligno.

- Thraja. - Disse LeRoux. - Eu estava esperando por você minha querida caçadora.

- Vejo que está brava, é por causa do jovenzinho? Ele era um instrumento perfeito para meus planos. E agora, ele é meu escravo. - Zombou LeRoux.

- Você não vai mais controlá-lo. Porque eu vou libertá-lo.

LeRoux gargalhou, e um som horrendo saiu de sua boca.

- Você não pode me derrotar. Eu tenho poderes além da sua imaginação.

Thraja sacou sua faca de prata. - Eu não tenho medo de você.

O cemitério estava escuro e silencioso, com apenas a luz da lua para iluminar a cena.

Thraja e Madame LeRoux estavam frente a frente, suas faces tensas e determinadas.

Madame LeRoux, com seus olhos brilhantes e seu sorriso maligno, começou a lançar feitiços contra Thraja.

A faca de prata de Thraja brilhava à luz da lua, pronta para defende-la.

Thraja pulou para o lado, evitando um feitiço de fogo que Madame LeRoux lançou, chamuscado levemente seu ombro.

A faca de prata de Thraja cortou o ar, bloqueando um feitiço de gelo que LeRoux lançou em seguida.

Ela gritou de raiva e lançou um feitiço de terra, fazendo o chão tremer.

Thraja perdeu o equilíbrio, mas rapidamente se recuperou e contra-atacou, seu lobo uivava dentro dela pedindo para sair.

A faca de prata de Thraja cortou o ar, atingindo Madame LeRoux no ombro. A camareira gritou de dor e recuou, mas não se rendeu.

Agora enfurecida, LeRoux assobiou, um assovio alto e longo. E ao longe ouviu-se o uivar do seu rougarou.

- Você não deveria conseguir fazer isso, eu deixei preso em um feitiço de libertação. - Exclamou Thraja.

- Como havia lhe dito, eu tenho poderes além da sua imaginação.

O rougarou ouviu novamente e agora se encontrava na entrada do cemitério.

LeRoux lançou um feitiço de sombra, fazendo as sombras ao redor dela se moverem e atacarem Thraja.

Thraja lutou bravamente contra as sombras, sua faca de prata brilhando à luz da lua e rasgando os seres invisíveis.

Thraja estava preparada para enfrentar o rougarou, sabendo que ele estava sendo forçado a atacá-la por Madame LeRoux.

O rougarou emergiu das sombras, seus olhos vermelhos brilhando à luz da lua.

Thraja ainda com sua faca de prata em mãos, se preparou para defender-se.

O rougarou atacou, suas garras afiadas cortando o ar. Thraja pulou para o lado, evitando o ataque, mas sendo arranhada por uma das garras.

Um corte profundo e dolorido.

- Não faça isso, Valtor. - Pediu Thraja. - Você não quer me machucar.

Madame LeRoux gargalhou novamente.

- Pode até ser que ele não queria lhe machucar, mas eu quero... então ele vai...

O Rougarou gritou de raiva e atacou novamente.

Thraja bloqueou o ataque com sua faca de prata e contra-atacou.

O Rougarou era forte, mas Thraja era rápida e determinada e tinha seu lobo a seu favor.

E com o movimento rápido ela acertou a faca no ombro do animal que cambaleando caiu para trás.

- Se levante animal estúpido. - Gritou LeRoux. - Estou mandando se levantar e lutar.

- Acredito que o seu bichinho vai ficar por um tempo impossibilitado de receber ordens. - Vangloriou-se Thraja.

Thraja acertou Madame LeRoux com um golpe preciso, fazendo-a recuar.

Madame LeRoux lançou novamente o feitiço de sombra, fazendo as sombras ao redor dela se moverem e atacarem Thraja, agora com mais intensidade.

Thraja usou sua habilidade em combate para evitar as sombras e avançou sobre Madame LeRoux. Ela acertou Madame LeRoux com outro golpe, fazendo-a cair no chão.

Madame LeRoux olhou para Thraja com ódio, sua face pálida e suja de sangue. - Você... você não pode me derrotar. - Disse ela.

Thraja sorriu. - Eu já derrotei. - Disse ela, antes de acertar Madame LeRoux com mais um golpe.

Madame LeRoux jazia no chão, sua face pálida e suja de sangue. Ela olhava para Thraja com ódio e ressentimento, mas sua vista começou a escurecer.

- Não... não pode ser... - Murmurou Madame LeRoux, sua voz fraca e trêmula.

Thraja se aproximou dela, sua faca de prata ainda tremendo com a adrenalina da luta.

- Você perdeu - disse Thraja, olhando para Madame LeRoux. - O rougarou está livre.

Madame LeRoux tentou rir, mas sua risada se transformou em um gemido de dor.

- Você... você não sabe... - Disse LeRoux, sua voz quase inaudível. - O preço... o preço que você pagará... os Falts virão atrás dele.

Thraja olhou para Madame LeRoux com desdém.

- Você não tem mais poder sobre ele. - Disse Thraja. - E nunca mais terá.

Madame LeRoux olhou para Thraja com ódio por um último momento, antes de fechar os olhos e perder a consciência.

Seu corpo começou a se contorcer e a se debater, como se estivesse sendo consumido por uma força interna. Seu rosto começou a se desfigurar, sua pele se tornando cinzenta e seca.

Thraja assistiu enquanto Madame LeRoux morria, sua vida se esvaindo de seu corpo.

Ao mesmo tempo, o rougarou começou a se debater e a se contorcer, sua forma começando a mudar.

Seu corpo começou a encolher, sua pele se tornando mais suave e mais jovem. Seus olhos perderam sua cor vermelha e se tornaram azuis novamente.

O Rougarou se transformou em um jovem adolescente, com cabelos castanhos e olhos azuis. Valtor olhou para Thraja com confusão e gratidão.

- Obrigado. - Disse ele, sua voz trêmula. - Obrigado por me salvar.

Thraja sorriu e se aproximou do jovem.

- Você está livre agora. Pode começar uma nova vida.

O jovem olhou para Thraja com lágrimas nos olhos.

- Eu nunca esquecerei o que você fez por mim. - Disse ele.

Thraja sorriu e colocou a mão no ombro do jovem.

- Você não precisa me agradecer. Disse Thraja. - Você está livre agora. E isso é tudo que importa.

O sol estava começando a nascer sobre a cidade, iluminando as ruas desertas. Thraja saiu do hotel, sua mochila nas costas e sua faca de prata no cinto.

Ela olhou para trás, para o hotel onde havia passado as últimas noites, e sorriu. O rougarou estava livre agora, e ela havia cumprido sua missão.

Thraja começou a caminhar pelo estacionamento, sentindo o ar fresco da manhã em seu rosto. Ela estava ansiosa para seguir em frente, para encontrar sua próxima aventura.

Mill Valley a aguardava.