Capítulo 08 - Desaparecido - Final

Rodovia 41, Nevada, Estados Unidos, dias atuais.

Lucy os leva de volta para a casa da fazenda, onde ela viu Gralley.

- Foi aqui onde eu o vi. - Fala Lucy ao chegarem na cabana.

- Está deveria ser a cabana de caça dele. - Supõe Dean entrando e vendo várias mesas cirúrgicas cobertas de sangue velho.

- Não há nenhuma lapide do lado de fora. - Comenta Sam que acabara de entrar.

- Por quê procuram o túmulo dele? - Pergunta Lucy.

- Para desenterrarmos o corpo dele, jogar sal e queimar. - Responde naturalmente Dean.

- Ah! Sim, claro, lógico. - Fala Lucy sem entender nada e ainda achando aquilo tudo uma loucura.

- É uma forma de despachar seu espírito. - Objeta Sam.

- Então vocês fazem mesmo isso? Vocês são caçadores de fantasmas? - Questiona Lucy.

- Sim, só que sem aqueles macacões ridículos laranjado. - Responde ironicamente Sam.

- O papo está ótimo, mas essa estrada é assombrada apenas uma vez por ano e temos apenas até o amanhecer para encontrar esse desgraçado, então vamos lá? - Interrompe Dean carrancudo.

- Quando Gralley morreu, sua esposa Marion Greely reivindicou o corpo, e essa foi a última coisa que alguém sob sobre ela. - Comenta Sam.

- O que estamos procurando. - Pergunta Lucy a Sam já ao lado de fora da cabana de caça.

- A casa do Gralley, a sua esposa Marion pode te-lo enterrado por lá. - Responde ele.

Enquanto caminhavam a procura de alguma coisa, Lucy ouve a voz de seu marido em meio a floresta, se distancia de Sam e vai em direção a voz ouvida.

- Daniel, amor é você? Daniel? - Grita Lucy que ao se virar é surpreendida pelo espiro de Gralley que a tenta levar.

- Sam, Dean. - Grita desesperadamente Lucy presa nos braços do fantasma.

Dean que estava próximo, ao ouvir o chamado de Lucy corre para onde estão.

- Perdeu babaca. - Fala Dean ao fantasma enquanto aponta sua arma para a cabeça dele e atira.

Lucy cai ao chão, desesperada e sem entender nada, apenas olhando para o local onde segundo atrás, havia um homem parado e a segurando.

- Dean, Lucy, vocês estão bem eu ouvi os gritos e depois o tiro. - Fala Sam que acabara de chegar.

- Pronto e ansioso para encontrar aquele filho da puta e tacar fogo no seu rabo. - Responde Dean.

Ao se virar para onde acabou de atirar, Dean pode observar uma pequena trilha de tijolos quase totalmente incorreta pelo capim.

- Só seguir a trilha sinistra. - Fala Dean apontando com sua lanterna um caminho que levava em meio a floresta.

Ao chegarem no final da estrada, encontraram a casa de Gralley.

- Como eu queria chegar ao final e encontrar uma bela e reconfortante casa. - Comenta Dean que começa a examinar o lado de fora do local.

Sam e Lucy seguem para dentro da casa, procurando e observando tudo ali.

- Encontrou algo lá fora? - Pergunta Sam ao ver Dean de volta.

- Não, nadinha. - Responde frustrado.

Enquanto Sam e Lucy examinam o andar de cima da casa em busca de documentos ou registros mostrando onde Gralley está enterrado, Dean examinava o andar de baixo.

Em um dos quartos do andar superior, Sam e Lucy encontrar espalhados pelo chão, praticamente todos os documentos e cartas já recebidas pelos antigos donos da casa. Em cima de uma escrivaninha velha, Lucy encontra um álbum de fotos da família Gralley.

- É Gralley e a esposa, como eles pareciam felizes. - Discorre Lucy folheando o álbum.

- Olha uma carta de amor. - Sam encontra.

- Como pode ele ter virado aquele monstro? - Pergunta Lucy.

- Alguns fantasmas são como animais feridos, eles sentem tanta dor, que só querem atacar. - Responde Sam.

- Existe uma parte deles que os prendem aqui, normalmente assuntos pendentes ou restos mortais, por isso precisamos encontrar e queimar seus corpos. - Continua Sam.

- Não tem nada lá em baixo, acharam alguma coisa. - Fala Dean interrompendo a conversa.

- Até agora só cartas, recibos e este Álbum. - Responde Lucy.

- Olhamos tudo, mas nada, da indício de algum lugar onde poderia estar o túmulo. - Continua Sam.

Dean se aproxima de um armário no quarto, e ao se escorar nele o mesmo se afasta da parede, percebendo que havia algo atrás.

- Sam, tem algo aqui, me ajuda a mover. - Pede ao irmão.

Atrás do armário, havia uma pequena porta de aproximamente um metro, trancada, que foi facilmente arrombada por Dean.

Uma pequena sala, cheia de objetos pessoais e teias de aranha.

- Tem cheiro de idosa aqui. - Comenta Dean ao entrar no comodo.

Cada um segue para um canto da sala, observando cada objeto.

- AH! - Grita Lucy, ao se deparar com um corpo de uma mulher enforcada e já em estágio final de decomposição.

Dean aponta sua lanterna para onde ouviu Lucy gritar e então também vê o corpo.

- Acho que, isso explica o motivo do cheiro. - Brinca Dean se aproximando do cadáver.

- Agora sabemos porque ela desapareceu. - Fala Sam que também se aproximou do corpo.

- Ela não queria viver sem ele. - Lucy sussurra a si mesma.

Os irmãos retiraram o corpo da corda e o repousaram no chão da sala, em seguida o levaram para fora e o enterraram.

De volta a casa, Lucy continua a folhear o álbum do casal Gralley, enquanto caminha pela cozinha impaciente.

- Dean, não deveríamos contar a ela, que talvez nunca mais veja o marido? - Pergunta Sam na sala de estar.

- Sim, mas ainda não podemos. - Responde Dean.

- Isso é tão cruel, deixa-la acreditar que o verá de novo. - Questiona Sam.

- Eu sei Sam, mas é para o bem dela. - Fala Dean se levantando da cadeira onde estava e se aproximando de Sam.

- Vamos continuar o plano e contaremos a ela quando tudo acabar. - Sussurra Dean.

Antes que Sam pudesse questionar as palavras do irmão, ouvem o rádio da cabana ligar e mudar a frequência e novamente tocar a música horripilante e melancólica que ouviram quando ainda estavam na estrada.

- Ele está voltando. - Fala Lucy que correu da cozinha para onde encontravam os irmãos.

- Fique com ela, vou ver o que é isso. - Pede Dean seguindo em direção ao rádio. O mesmo estava coberto por um lençol branco e com o fio de energia cortado.

Enquanto examinava o rádio, Dean ouve um barulho estranho vindo do lado de fora e ao se aproximar da porta de saída da cozinha, o vidro embaçou e uma frase apareceu escrito: ELA É MINHA.

Nesse exato momento, Lucy que estava próxima a Sam e de costas para uma grande janela, é atacada por Gralley, que estoura o vidro e a pega, levando-a consigo.

- Dean ele pegou a Lucy. - Grita Sam que sai em seguida atrás de Gralley e a garota raptada.

Os irmãos saem pela floresta escura a procura da garota, seguindo seus gritos. A certa altura, tudo fica em silêncio, fazendo os irmãos se perderem de Gralley e Lucy.

De volta à cabana, Sam e Dean procuram novamente por mais pistas sobre o paradeiro do corpo de Gralley.

Sam olha para o álbum deixado por Lucy em cima da mesa e observa uma das fotos, que foi tirada do lado de fora da cabana de caça em 6 de fevereiro de 2009, cerca de duas semanas antes do acidente. No entanto, uma árvore parece estar faltando na foto.

- Dean vem aqui. - Pede Sam com o álbum e mãos.

- Encontrou o que? - Pergunta Dean se aproximando.

- Olha esta foto, é de duas semanas antes do atropelamento, parece ser a cabana de caça, mas não há árvore nenhuma aqui e eu vi uma quando estivemos lá. - Comenta Sam mostrando a fotografia para Dean. - Claro, como não pensei nisso. - Exclama Sam.

- O que? - Pergunta Dean sem entender nada.

- Um antigo costume do interior, plantar uma árvore para demarcar um túmulo. - Fala Sam se sentindo burro por não ter lembrado antes.

- Você é uma enciclopédia ambulante sinistra em irmãozinho. - Brinca Dean abraçando Sam e saindo em seguida.

- É, eu sei. - Comenta Sam, deixando o álbum na mesa e seguindo seu irmão.

Ao chegarem na cabaça de caça, os irmãos ouvem Lucy gritando no andar superior.

- Dean, pegue a Lucy vou desenterrar um cadáver. - Ordena Sam seguindo para a árvore de demarcação.

Dean entra na cabana silenciosamente e novamente atira no corpo de Gralley, que assim como da primeira vez, some no ar.

- Graças a Deus. - Fala Lucy aliviada ao ver seu salvador.

- É, mas pode me chamar de Dean. - Fala Dean ironicamente.

Mais diferente da primeira vez, Gralley não demora para reaparecer, pegando Dean desprevenido e sendo arremessado contra a parede, deixando sua arma cair.

- Esse velho já esta me irritando. - Explode Dean enquanto se levanta do chão.

Enquanto Dean luta com Gralley, Sam cava a cova a procura dos restos mortais do fantasma.

Gralley novamente joga Dean para um lado e para o outro, enquanto faz Lucy ver o amigo sofrer e ser ferido.

- Rápido Sam. - Grita Dean enquanto é novamente arremessado contra outro móvel da cabana.

Sam, então consegue desenterrar e encontrar o corpo de Gralley, taca sal, gasolina e finalmente fogo.

Dean que no momento estava com uma faca quase que completamente cravada em seu ombro, consegue se livrar de Gralley que começa a sentir os efeitos do ato de Sam.

Gralley começa a gritar e se debater pela cabana, então seu corpo se enche de chamas da mesma forma que está seu tumulo no momento e em questão de segundos, explode deixando apenas a faca que contia em mãos.

Sam volta novamente para dentro da cabana onde se encontrava Dean e Lucy.

- Ele se foi? - Perguntou Lucy enquanto era desamarrada por Sam.

- Sim, ele se foi. - Responde Sam.

Nesse instante, Lucy pega um pedaço de caibro que havia no chão e acerta Sam em cheio na cabeça que cai desmaiado.

Ao acordar horas depois, Sam estava sozinho na cabana de caça de Gralley e ao seu lado havia um bilhete e as chaves do impala de seu irmão.

No bilhete dizia:

Sam depois te explico o que aconteceu, preciso ir agora antes que seja tarde, não me procure, quando acabar o que preciso fazer te encontro. Cuide do meu carro.
D. Winchester

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