Capítulo 01 - Truman High School - Parte I
Truman High School - Fairfax - Indiana, 14 de agosto de 1997.
- Senhoras e senhores digam oi para Sammy Winchester! - Fala o professor da classe.
- Oi Sammy. - Falam em coro todos os alunos.
- Quer nos falar alguma coisa Sammy, sobre você? - Lhe pergunta o professor.
- Não, nada. - Responde o garoto de cabeça baixa e com as mãos no bolso.
- Tudo bem, então encontre um lugar e vá se sentar. - Pediu o professor, dando tapinhas em seu ombro.
Sammy seguiu para o meio da sala, onde se encontrou um lugar vago. Jogou sua mochila na mesa, deixando cair seu canivete em sua cadeira.. ele o pega com rapidez.
- Uau, isso é seu? - Lhe pergunta um garoto sentado na cadeira ao lado.
Sammy responde com um leve balançar de cabeça.
- Maneiro. Me chamo Barry Cook. - Fala o garoto.
- Sammy. - Dando um leve sorrido de lado.
- Shhhhhhhh, o professor vai explicar o trabalho. - Lhes falam uma garota.
- Thraja. Me chamo Thraja Townes. - Fala, lhe esticando a mão para um aperto.
- É a nerd da sala. - Cochichou Barry a Sammy.
- Prazer Thraja. - Fala Sammy lhe esticando sua mão em resposta.
- Tudo bem galera, vamos começar as redações. - Fala o professor em tom de ironia a classe.
- Aaaaaaah! - Ouve-se em coro.
- É, eu estou com uma peninha de vocês. - Fala enquanto você vira e apaga o quadro negro.
- Eu quero que vocês escrevam três páginas sobre sua experiência familiar, mas memorável. Só um lembrete, vale metade da nota final, então não pisem na bola tá?! - Fala o professor, enquanto repassa suas instruções no quadro.
Enquanto o trio anota cada detalhe do trabalho que o professor acabará de passar, Dirk um valentão, gordo e maior que a maioria dos alunos da classe, começa o bullying diário contra Barry.
- Deixa ele em paz. - Diz Sammy, ao ver seu amigo ser incomodado.
- Shhhhhhhh, eu vou bater o recorde. - Fala Dirk, enquanto bate na orelha do garoto sentado a sua frente.
- Ele disse para você deixar o Barry em paz. - Fala Thraja.
- Algum de vocês quer trocar de lugar com ele? - Dirk pergunta em tom ameaçador. - Nanicos!
- É, eu quero. - Responde Sammy, com um olhar tão ameaçador que fez Dirk se calar.
O sinal soou, indicando horário do almoço, e todos saíram da sala.
O trio sai em direção ao refeitório, passando pelo corredor dos armários.
- Iai Sammy. - Fala Dean, que acaba de sair do armário de vassouras com uma garota.
- Aquele é o seu irmão, com a Amanda Reklin? - Indaga Barry.
- Aquele é o seu irmão? - Pergunta Thraja.
Sammy responde com um balançar positivo de cabeça.
- Ele é maneiro. - Comenta Barry.
- Ele é lindo. - Elogia Thraja.
- É... - pausa para respirar fundo e continua - ele se acha. - Rebate Sammy.
Continuaram pelo corredor na intenção de chegar ao refeitório, mas foram barrados por Dirk.
- E ai durão, tô te procurando. Quer trocar de lugar com o Barry. - Perguntou novamente, apontando com a cabeça para os garotos.
- Thraja, leva o Barry daqui. - Sammy pede a colega.
Dirk da um passo a frente, na direção de Barry, mas é impedido por Sammy, que poem a mão em seu peito e o impede de seguir.
- Vamos chamar o professor Blackwood e já voltamos. - Fala Thraja e saem correndo.
- Vai encarar? - Dirk começa a puxar briga.
- Eu não vou lutar com você. - Responde Sammy.
- Por que não? Marica! - Dirk zoa, roubando toda a atenção dos presentes para a situação em que está.
- Vem. - Continua falando enquanto empurra Sammy.
- Não! - Responde Sammy, enquanto se vira para sair.
Dirk segura Sammy pelo braço, o fazendo virar, e soca seu rosto com sua mão direita. Fazendo com que Sammy caia no chão, em frente todos ali presentes.
- De pé. - Grita Dirk, a Sammy caido no chão.
- De pé, anda de pé. - Continua a gritando.
Sammy ainda se encontrava no chão, quando seus amigos chegam acompanhados do professor que foram buscar.
Blackwood leva o aluno valentão para a coordenação, enquanto Sammy continua ali, parado e com um olhar de ódio jamais visto.
- Você é um frouxo Winchester. - Grita Dirk já distante.
Sammy sai correndo, em direção ao final do colégio, em uma ala abandonada, onde ouviu alguns alunos falarem que encontram por acaso uma sala cheia de coisas velhas.
Thraja e Barry, seguiram Sammy até a entrada escura e fria da ala.
- Eu não vou entrar aí não. - Fala Barry, parecendo apavorado.
- Muito menos eu e se tiver alguma coisa, ai dentro. - Responde Thraja.
Sammy tira de sua mochila, uma lanterna e seu canivete, revira os olhos para seus amigos e segue em direção a porta de entrada da ala abandonada.
- Isso é um canivete? Não se pode trazer canivetes para o colégio. - Thraja lhe adverte.
- Foi um presente, e eu sou um caçador preciso andar armado. - Argumenta Sammy.
- Mas aqui nem tem alces. - Fala Thraja sem entender nada.
Sammy não da ouvidos as coisas que sua amiga diz, e continua a adentrar pela ala.
Era uma grande sala, abarrotada de entulhos, cenários velhos de teatro, arara de roupas, cartazes, cadeiras e carteiras empilhadas, armários dentre outras coisas impossíveis de se distinguir no escuro.
- Eu não sabia desta parte do colégio. - Barry fala, enquanto analisa alguns objetos em um armário.
- Aqui era o teatro da escola, antigamente, mas eu já ouvi várias histórias sobre este lugar. - Thraja fala com voz de medo.
- Que tipo de história? - Pergunta Sammy.
- Histórias de fantasmas e assombrações. - Thraja responde dando de ombros.
- Deus me livre. - Barry fala enquanto faz o sinal da cruz.
- Mas eu não acredito que essas coisas existam, minha mãe diz que são histórias inventadas para enganar pessoas tolas. - Thraja rebate.
Sammy apenas sorri, enquanto procura por um interruptor pela sala.
- Droga, não há interruptor funcionando neste lugar. - Sammy reclama.
- Talvez seja um aviso para não ficarmos aqui. - Choraminga Barry.
- Está desligada lá fora, lembra que eu falei que aqui era um teatro, então, ele pegou fogo, por isso foi desativado, por isso toda sua energia foi desligada nos disjuntores do painel. - Responde Thraja.
- Você é incrível Thraja. - Fala Sammy enquanto segue em direção ao painel de luz.
E em questão de minutos, tudo ali estava iluminado. Era possível ver cada detalhe daquele lugar, enorme e abarrotado de coisas velhas.
- Vamos nos meter em encrenca se formos pegos aqui. - Fala Thraja aos garotos.
- Ninguém sabe que estamos aqui, e como é desativado, acredito que não apareça ninguém tão cedo. - Responde Sammy tentando lhe acalmar.
Cada um seguiu sua curiosidade para um local da sala, Sammy observava algumas fantasias que continham espadas e outros objetos de guerra.
Thraja experimentava cada peça de roupa contida nas araras.
Barry por sua vez analisava as estantes de livros velhos e empoeirados.
- Olha que incrível, tem tantas fantasias aqui. - Fala Thraja quebrando o silêncio.
- E esses livros então, não sei o porquê de não estarem na biblioteca. - Barry questiona.
Barry segue analisando os livros das prateleiras até chegar em uma que estava trancada.
- Ah! Não acredito, agora que estava me empolgando com esses livros, esta estante esta emperrada. - Fala Barry.
- Quer ajuda para abri-la? - Thraja se prontifica.
- Se possível. - Barry agradece com um sorriso.
Nada mais deixava o jovem garoto entusiasmado do que livros diversificados onde ele poderia apender algo novo.
Barry e Thraja então tentaram de várias maneiras abrirem a porta trancada daquele armário velho e chamativo.
Barry ao tentar abrir usado o puxador da porta como opção, não ocorreu da forma planejada, o garoto fez tanta força que caiu com grande força para trás esbarrando em uma estante cheia de troféus antigos, que com a força do empurrão, faz com que tudo que estava ali caísse no chão fazendo uma grande bagunça e um barulho que poderia ser ouvido do outro lado da escola.
- O que vocês fizeram? - Pergunta Sammy aos colegas, após se assustar com o barulho provocado por eles.
- Desculpa eu tentei abrir aquela porta, mas seu puxador ficou em minhas mãos, fiz tanta força que cai para trás e derrubei tudo isso. - Fala Barry apontando para os locais enquanto falava.
- Chega de conversa vamos sair daqui antes que nos encontrem. - Thraja lhes adverte.
Então apagaram as luzes e saíram em direção ao bloco de salas onde teriam a próxima aula, o recreio deveria estar no fim e teriam sorte se não chegassem atrasados na aula.
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