Prólogo e 001


Prólogo

Eu nunca pensei que viveria até os meus dezoito anos de idade, e no momento que me encontro, acredito que estava certa des do início.

001

         Vivi minha vida inteira dentro de vários orfanatos, desde que fui abandonada pelo meu pai aos cinco anos de idade e a partir daí eu conheci várias crianças e jovens mais velhos ou da minha idade, mas por algum motivo todos sentiam medo de mim, o medo que na maioria das vezes se tornavam em ódio, que resultava em agressões contra mim. Por isso, de tanto que eu apanhava eu não acreditava que chegaria a maior idade.

Em um dia normal estava voltando da escola no período noturno, atravessando a rua duas quadras de distância do orfanato, em certo momento uma forte ventania surgiu balançando meus cabelos pretos e lisos, pra lá e pra cá. Do nada as luzes começaram a se apagar deixando tudo escuro, minha visão se ajusta a escuridão e mesmo que seja difícil ainda consigo ver. Um sentimento estranho me domina e quando enfim olho a minha volta não estou mais percebo que o cenário é diferente do lugar que antes eu estava.

A cidade de Utashinai mudou, o bairro em que eu vivo mudou e se transformou em um prédio e uma grande fonte redonda e algumas árvores. Ao longe uns 70 metros de distância vejo uma Coelho com roupas humanas sentando na borda da fonte.

—Eu estou sonhando?

Mais ao longe na frente do prédio, observo um lobo, ele também está com roupas humanas, ele começa a se contorcer e a rosnar.

Um lobo e uma Coelho, o resultado disso é natural, carnivo comendo o herbivoro mais fraco e que está na sua cadeia alimentar.

Meu coração acelera, minha vida no orfanato foi feita de amizades feitas com animais que viviam perto, coelhos eram os meus preferidos e agora vendo ao vivo uma lobo prestes a matar uma Coelho meche comigo. Então quando eu vejo a Coelho começar a correr e o lobo segui-lá.  Meu corpo não pensa duas vezes antes de correr atrás da Coelho paravme colocar no seu lugar.

Tudo aconteceu em câmera lenta, os corpos de nós três se trombaram, os braços do grande lobo cobriu o meu corpo e o da Coelho durante o impacto dos corpos, que nos fez rolar até sermos seguradas pelo lobo. Já o meu protegeu só metade da dela. Mas nada impediu o lobo de prender suas presas no ombro dela, só que a Coelho não foi a única a sangrar,  pois o lobo acabou prendendo suas garras no meu ombro esquerdo e na minha costela do lado direito.

Os pelos macios do lobo, roça no meu pescoço e o seu corpo está grutado ao meu, igual ao corpo da menor, sinto a respiração dos três. A respiração do grandão está mais ofegante, parecendo tentar controlar a respiração. Tudo parece demorar horas, mas percebo que não passou de alguns minutos. O lobo derrepente tira seus dentes e garras de nós duas nos fazendo gemer, assim que seus braços nos soltam a Coelho corre para longe e eu...apago. no fim, fiquei sozinha com um animal faminto.

[...]

Uma forte luz parece me segar assim que meus olhos se abrem então os fecho imediatamente, e  de pouco em pouco vou abrindo novamente. Assim que consigo ver o que está a minha volta, vejo três pessoas, quero dizer, animais. Uma Zebra veste jaleco de médico, uma lontra veste um terno e usa óculos e uma ovelha veste roupas normais. Me remecho na cama chamando a atenção deles.

—ela acordou - a Zebra chama a atenção dos outros dois. —boa tarde, senhorita, me chamo Zélia e sou médico, posso ouvir seu coração - me encolho mostrando fragilidade. —calma, é para ver se você está bem, prometo não machucá-la. -concordo e ele se aproxima me examinando —batimentos rápidos, mas acredito que esteja assim por causa do choque. - concordo com a cabeça.

—acabou aí? - o Lontra pergunta e o senhor Zebra concorda. —certo, senhorita. Me chamo Jeke e trabalho para o presidente da cidade. Estou aqui por causa do surgimento estranho da sua espécie extinta. Bom, eu estava pensando em começar com perguntas mais acertivas, mas você parece estar confusa, então vamos começar com perguntas mais simples.  Como você surgiu?

—Eu não sei, eu não me lembro nada sobre a minha existência - tento mexer meus pulsos mas só então percebo que eles estão presos. —Por que estou presa?

—Eu irei te explicar, senhorita humana. - o homem Ovelha se pronuncia. —No nosso mundo, antes dos animais falantes surgirem, duas outras espécie já viviam no planeta, os dinossauros e os Humanos . Contudo, por causa de um grande Meteoro que caiu na terra a 66 milhoes de anos atrás, a espécie foi sumindo até só sobrarem ossos de baixo da terra. E já que até um dia atrás sua espécie não existia, nós te prendemos para a nossa segurança e para a sua também. - ele termina de explicar e me sinto mais tranquila.

—Entendi, e o que vai acontecer comigo? - pergunto ainda fingindo fragilidade.

—Você vai ser estudada pelos melhores cientistas do governo - Jeke responde me deixando verdadeiramente preocupada e parando de fingir.

—o que?! Eu sou muito jovem para ser feita de rato de laboratório. Eu só quero viver como um jovem comum. - lamento por minha desgraça.

—Quantos anos a senhorita tem? - Jeke pergunta.

—16 anos, daqui alguns dias terei 17 anos -  enchugo as poucas lágrimas caídas.

—Ainda é uma criança- o senhor Zebra diz chocado.

—E aonde estão os seus pais - Jeke pergunta pegando seus celular do bolso.

—Eu não sei - respondo. Pelo menos nisso eu não preciso mentir.

—Você sabe o que somos -  o senhor ovelha pergunta e eu concordo com a cabeça.

—Você- o senhor Zebra ia perguntar ou falar algo mas uma raposa fêmea entra pela porta o interrompendo.

—boa tarde, psenhores. Jeke, você me chamou?

—Sim, Rose, obrigado por vir o mais rápido possível, está é a Humana que você estará tomando conta até segunda ordem - Jeke diz e ignoro eles començando a pensar em algo que impeça que eu seja feita de cobaia ou uma rato de laboratório.

—senhor Jeke - chamo e ele me olha prestando atenção em mim. —Eu estava pensando no que os senhores me contaram e percebi que infelizmente não poderei passar em branco e ter uma vida normal, então.. e se eu estiver disposta a participar dos exames por conta própria e em troca eu poder ter uma vida que tô os jovens da minha idade são livres para ter. - falo, ele parece pensar e depois de alguns minutos ele responde.

—está é uma ótima proposta. Falarei com o presidente para ver se ele concorda. Assim que eu tiver a resposta entrarei em contato com você, Rose. Tenham uma ótima tarde. - Jeke se vai. Os outros homens também saíram me deixando sozinha com Rose a Raposa.

—pensou bem, criança - Rose comenta —enquanto esperamos a resposta do presidente, você ficará na minha casa com a supervisão de seguranças- ela fala e começa a me analisar. Seus olhos vão para o meu ombro e depois para minha costela. —quem que fez esses machucados.  - finjo não me lembrar, parecendo assustada . —acho que o trauma foi tanta que seu cérebro apagou a lembrança para se proteger. Certo, descanse criança  - ela sai da sala me deixando sozinha.

[...]

Dois dias depois tive alta e Rose me levou para sua casa. Uma casa aconchegante de três quartos e dois andares a nossa primeira janta foi legumes e comidas veganas. Foi estranho, mas não pude reclamar.

A todo momento eu percebia a presença de um segurança me olhando, então fiquei um pouco desconfortável. Contudo, depois disso eu me acostumei e já até aprendi a ignora-los.

E quando enfim deu uma semana completa, Jeke finalmente aparece na casa de Rose com um Rato Advogado.

—O presidente concordou com sua proposta, entretanto ele mudou e adicionou certas coisas. - Jeke diz.

—estou entregando o contrata para vocês lerem e assinarem se estiverem de acordo. Começarei a ler. "A Humana terá todos os direitos e deveres de qualquer cidadão vivente neste país. Seus estudos ocorrerá na prestigiada escola Cherryton, lá ela terá seu próprio dormitório que será protegido por um segurança,  durante um mês,  depois disso ela poderá andar livremente. Na questão dos exames e pesquisas, elas acontecerá tô os sábados as 5 horas da manhã,  até que todos os dados sobre a Humana estejam no sistema. Durante os exames a Humana estará na tutela de Rose Raps e Jeke Miles". Caso estejam de acordo, por favor assinar nas linhas abaixo. - todos seguimos as instruções do rato. —tudo pronto. Obrigado pelo tempo de vocês, até. - O Senhro rato se vai.

—Amanhã estarei aqui para levar a Humana se cadastrar e fazer todos seus documentos e já colocaremos ela na escola. Para assim começar os estudos a partir de segunda-feira. - Jeke diz se levantando.

—Certo, obrigado pelo cuidado senhor Jeke, até - me despeço dele

—Até Jeke - Rose se despede tímida.

—Até, Senhoritas - ele se vai.

—Você gosta dele - sorrio para Rose que nega.

—não, gosto não.

—gosta sim - olho para ele e vejo a calda balançando animadamente e rio. —vou fingir que acredito.

—cala a boca - ele joga um travesseiro em mim.

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Meu nome é  Hina Raps e, essa é a minha história.

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