Eu volteeeeeei!!!!!!
Olá, meus amores, sentiram saudades? Nossa, como eu senti falta de aparecer por aqui. Sem me demorar muito aqui, porque eu sei que vocês estão ansiosos para a leitura, é muito bom estar de voltar. Boa leitura, nos vemos lá no final.

"Mamãe, você está melhor?"

Louis direcionou seus olhos ciano para Noah, cujas íris preocupadas o miravam fixamente. Os dois ômegas estavam na sala, sentados no carpete, William no colo de sua mãe, deixando que Louis o perfumasse à vontade, os olhinhos fechados se abriram quando o irmão mais velho fez a pergunta. Louis sorriu dose para seus filhotes, seu peito aquecido pela preocupação de seu filho consigo. Harry e Griffin estavam na cozinha, preparando o jantar.

Depois de Harry o ter confortado no quarto, eles tomaram banho juntos e, quando Louis estava com o coração mais calmo, eles desceram. Os três filhotes já tinham tomado banho e estavam assistindo um desenho na televisão, tentando manter o mais novo distraído, enquanto tudo o que William fazia era perguntar sobre a mamãe. Quando Louis se anunciou, o pequeno veio correndo até si, Louis o pegou no colo e William deitou a cabeça em seu ombro, inspirando seu cheiro. Harry chamou o filhote mais velho para ajudar no jantar e Louis foi se sentar com os outros.

O desenho ainda estava passando, mas nenhum deles parecia se importar, principalmente agora que William estava no colo da mãe.

"Eu estou bem, filhote. Seu pai cuidou muito bem de mim." Louis respondeu e Noah apenas assentiu. "Eu estou melhor agora."

"Mamãe tá triste?" William perguntou, levantando o rosto.

"Não, meu amor. A mamãe está bem. O papai cuidou de mim e agora eu estou com vocês."

Louis fez carinho no couro cabeludo do filho mais novo, que voltou a fecha os olhos. Noah se aproximou do ômega mais velho, deitando a cabeça em seu ombro. Um silêncio confortável se instalou, o desenho ainda passando na TV, enquanto Louis ouvia ao longe o barulho de Harry e Griff na cozinha, junto de algumas risadas, o ômega imaginava que deveriam estar fazendo uma bagunça terrível.

O alfa apareceu não muito depois, junto do beta, chamando os três restantes para o jantar. Como de costume, Harry se sentou à cabeceira, com Louis à direita e Griffin à esquerda, Noah estava ao lado de Louis e William no colo do pai – porque é claro que o grande lobo jamais resistiria aos olhos brilhantes do filhote implorando para comer com ele. Harry serviu os ômegas e Griffin e eles comeram em silêncio.

"Eu estava pensando..." Harry começou, quando todos já estavam na sala, atraindo os olhares para si. Louis estava com expectativa. "Lírio, eu tenho uma sala que está desocupada e tem uma lareira, você pode fazer um ninho de descanso lá."

"Um ninho de descanso?"

"Sim, é muito comum entre os ômegas lobo ou acasalados com lobos. Você pode fazer como quiser, para descansar nos fins de semana, ou cochilar com nossos filhotes, ler... Seria um lugar seu."

"Isso parece bom." Louis suspirou, recostando-se ao corpo do alfa. "Mas eu sinto como se estivesse invadindo seu espaço."

"Babe, você não está invadindo nada. Eu sou seu alfa, você é meu ômega, eu quero que você tenha um espaço para ficar confortável aqui em casa. Principalmente porque você vai querer um quando estivermos acasalados."

"Hazz..." Louis sentiu suas bochechas queimando, principalmente porque os três filhotes estavam com os olhinhos fixos neles. "Você parece muito seguro de que vamos acasalar, alfa."

"Ah, nós vamos. Eu não vou deixar você disponível para que qualquer alfa meia-boca ache que tem uma chance."

"Eles não vão ter nenhuma chance, Hazz, nenhum alfa vai ser tão bom quanto você." Louis falou baixo, sentindo o alfa passar o braço por seus ombros e perfumá-lo levemente. "Você é o melhor de todos, lobo."

"Eu sei." Harry respondeu com pompa, exibindo-se e fazendo todos rirem. Ele olhou com carinho para Louis, segurou sua mão e beijou os nós de seus dedos. "Obrigado, Lírio."

"Um dia, eu quero ter um bom alfa, também." Noah falou, suas bochechas pálidas se tingindo de rosa quando os dois adultos olharam para ele.

"Você vai, filhote. Eu tenho certeza." Louis respondeu.

"Mas só quando tiver 30 anos." Harry completou.

"Harry! Não ligue para o que seu pai disse, querido, você vai encontrar um ótimo alfa. E se ele não for bom com você, eu mando seu pai dar um jeito nele."

"Dar um jeito? Quem, mamãe?" William perguntou no colo de Louis, que sorriu para o filhote.

"Ninguém, meu amor. É só um aviso para quando Noah arranjar um namorado."

"O irmãozão não pode namorar, mamãe. Will vai proteger o irmãozão."

"É o meu garoto." Harry disse com orgulho, usando a mão para bagunçar o cabelo do filhote, que apenas riu.

»

"O que estamos fazendo aqui, Lou?"

Louis olhou para Lil, que tinha uma expressão confusa e interrogativa enquanto andava ao seu lado e observava Louis empurrava o carrinho de compras. Era quinta-feira, Harry mandaria alguém para buscar os pais do ômega no dia seguinte. Naquela manhã, Louis fora informado de que houve um problema com o encanamento da escola, então, até que tudo estivesse bem outra vez, as aulas estavam suspensas.

Noah e Griffin estavam na escola e Harry tinha solicitado da magnânima ajuda de William – palavras do alfa – para escolher presentes para os pais de Louis, então o ômega se viu sozinho. Sendo assim, Louis resolveu montar o ninho que o alfa tinha sugerido e chamou Lil para ir consigo, já que estariam livres, o outro ômega topou no mesmo instante, mesmo que não soubesse o que iam fazer.

"Hazz me sugeriu construir um ninho de descanso, então eu quero sua opinião. E já faz tempo desde que tivemos uma saída de melhores amigos."

"Ninho de descanso? Os lobos inventam umas coisas interessantes." Lil ergueu as sobrancelhas. "Tudo bem, o que vamos pegar?"

"Hm, eu falei com o Niall e Zayn e eles me deram algumas dicas. Vamos procurar o que podemos levar no carro, primeiro, depois escolhemos o colchão."

Lil assentiu e eles voltaram a andar. Louis teve saudades desses momentos com seu melhor amigo; desde que conheceu Harry, parecia que ele só tinha tido tempo para o alfa e, depois, os filhotes deles. Louis não queria que seu amigo se sentisse deixado de lado, Lil era como um irmão para ele.

Tomlinson pegou alguns cobertores em tons de roxo, passando os tecidos pelo rosto, para sentir se eram macios o bastante para estarem e seu ninho. Então, passaram para os travesseiros e almofadas, Lil o ajudou a escolher alguns com estampa que lembrava mármore, sempre resmungando sobre a quantidade de roxo de tudo, Louis apenas ria. Os dois ômegas pegaram muito mais coisas do que realmente necessário, Tomlinson achou que estava se acostumando aos exageros dos lobos.

Na hora de pagar, foi engraçado ver o rosto surpreso e assustado do caixa ao ver a quantidade de coisas no carrinho. Eles passaram tudo e Lil apenas balançou as sobrancelhas quando viu Louis tirar o cartão de platina do lobo da carteira. Louis pagou com um sorriso no rosto, imaginando a reação de seu alfa quando visse seu ninho de descanso montado.

Os ômegas guardaram as compras no carro e seguiram para a loja de colchões. Eles foram bem recebidos por um dos vendedores. Louis explicou rapidamente o tipo de colchão que queria, aquela loja fora bem recomendada pelos amigos da Midnight. O vendedor beta rapidamente entendeu e mostrou a Louis um conjunto de colchões macios e arredondados, próprios para ninhos. O ômega experimentou cada um, escolhendo o que julgou ter a maciez adequada. Louis pagou pelo colchão e combinou a entrega para o mesmo dia, na casa de Harry – felizmente, o alfa lobo já era um cliente da loja.

Louis estava satisfeito.

♥

Noah estava nervoso.

Ele estava na entrada da sala vazia, onde Louis montava o ninho de descanso. O colchão tinha chegado há poucos minutos e o ômega mais velho estava montando tudo como gostaria – algumas camisas de Harry estavam por perto. Louis se virou para si, sorrindo daquela forma que fazia as ruguinhas surgirem ao redor de seus olhos. Noah se aproximou de sua mãe, sentando ao seu lado e passando-lhe os cobertores e almofadas que lhe eram solicitados.

Seu coração batia desenfreado, Noah não sabia como iniciar aquela conversa. Louis era o primeiro ômega adulto em quem confiava e se sentia confortável o bastante para poder conversar sobre aquilo. Ele nem notou quando parou de se mexer, o ninho de descanso de Louis já pronto, os olhos ciano do mais velho pareciam preocupados, embora a doçura nunca os abandonasse. Noah suspirou, deixando-se ser abraçado por sua mãe; os dois estavam meio deitados entre as várias almofadas.

"Não sou um lobo puro, mas eu sei que seu coração está acelerado, filhote. Por que está nervoso?" Louis perguntou suavemente, a voz não era mais do que um sussurro.

"É que... eu não sei como começar essa conversa."

"Comece pelo início."

"Às vezes eu me sinto... estranho." Noah sussurrou nervoso.

"Estranho como?"

"Eu sinto um formigamento na barriga, começo a suar e, sabe... lá, tem umas coisas esquisitas." Noah sentiu suas bochechas queimando.

"Lá onde, querido?"

"Você sabe, mamãe. Lá embaixo."

"Oh!" Louis riu, fechando momentaneamente seus olhos celestes. "Isso vem com mais força quando você está perto de alfas?"

"Sim."

"Deve ser o seu primeiro heat se aproximando." Noah observou sua mãe fazer uma pausa, olhos desviando dos seus por um instante, como se pensasse em alguma coisa. "Filhote, ninguém nunca conversou com você sobre isso?"

"Bom, a escola em que eu estudava não se preocupava realmente em nos dar educação e os guardiões e o diretor no orfanato não eram exatamente confiáveis." O ômega deu de ombros, como se não fosse algo importante, embora soubesse que era. Louis o abraçou apertado e Noah suspirou, sentindo-se perfeitamente acolhido nos braços de sua mãe. "Eu não sei sobre muita coisa."

"Tudo bem, querido." Louis deixou um beijo em sua testa. "Bom, você já está sentindo alguns sintomas da aproximação do primeiro heat, que costuma ser o pior e mais doloroso. Como somos machos, nosso corpo ômega leva um pouco mais de tempo para mudar e se adaptar à reprodução, então normalmente nossos primeiros cios vêm aos 14 ou 15 anos. É mais cedo para as meninas, porque o corpo delas já é propício desde o nascimento para gerar." A voz do ômega mais velho era calma e aveludada; Louis não falava como se achasse que Noah fosse uma criança burra, como os adultos de sua antiga vida faziam.

"O que exatamente vai acontecer comigo?"

"Você vai sentir dor, eu não vou mentir. O primeiro heat costuma ser muito mais doloroso que os que vierem depois. Seu cheiro vai ficar muito forte, eu preciso conversar com seu pai sobre o que vamos fazer, porque os alfas não atados vão ser atraídos para você. Você vai lubrificar bastante e sentir muita vontade de ser preenchido. Essa necessidade só vai embora com o nó de um alfa, mas você é muito novo para isso, então podemos comprar alguns brinquedinhos que vão ajudar a diminuir a dor."

"Mamãe!" Àquela altura, Noah sabia que parecia com um grande tomate, completamente constrangido com a conversa. Ao olhar para Louis, o filhote percebeu que o mais velho estava em um estado parecido, os olhos azuis mirando qualquer lugar que não fosse seu rosto e as bochechas levemente avermelhadas.

"Eu sei que é constrangedor, querido, mas se você não puder falar sobre isso com a sua mãe, com quem vai falar? Eu estou muito feliz que você veio falar comigo sobre isso."

Noah suspirou e abraçou a mãe, realmente agradecido pelo ômega mais velho ter falado de forma tranquila consigo. Eles ficaram ali por mais alguns minutos, com Louis tirando as dúvidas do filhote sem nunca se aborrecer. Um pouco depois, William irrompeu pela entrada da sala, correndo até Noah e jogando-se sobre ele, dizendo o quanto gostava do perfume de chocolate quente de seu irmão mais velho.

O ômega ainda ficava terrivelmente emocionado quando o caçula o chamava de irmãozão, isso também sempre ocorria quando Louis ou Harry o chamavam de filhote e tratavam-no como um filho, assim como quando o faziam com Griffin. Noah passara tantas noites em claro na cama do orfanato, sonhando com o dia em que ele e o irmão seriam adotados e teriam uma boa família, ainda parecia surreal que realmente tivesse acontecido. Ele era tão agradecido aos deuses pela família que tinha agora.

Griffin e Harry chegaram logo depois, o beta se juntou a eles no ninho imenso de Louis, enquanto o alfa se sentou em um puff que estava ali, olhando para os quatro com tanto amor que fez os olhos de Noah marejarem. Ao notar isso, o alfa abriu os braços de forma convidativa, o ômega sorriu e deixou o irmão mais novo com a mãe, indo até o pai e sentando-se entre as pernas longas dele, deixando-se ser abraçado por Harry. O perfume de hortelã do lobo o envolveu, deixando-se relaxado.

Harry, assim como os alfas da Midnight que eram mais próximos a ele, era um dos alfas que conseguiam deixá-lo completamente confortável.

A família ficou ali por um tempo, era fim de tarde e Louis disse que queria apenas ficar ali e curtir sua família, então foi o que fizeram. Noah e Griifin contaram como estava sendo a adaptação na escola nova. Felizmente, estava tudo indo bem, com exceção de alguns alfas da turma de Griffin que gostavam de fazer algumas brincadeiras sem graça consigo. Ninguém tinha tocado nele ainda, mas o ômega temia que isso acontecesse em algum momento. De qualquer forma, com exceção desses alfas, estava indo tudo bem.

Foi um ótimo final de tarde.

»

Noah se espremia entre as pessoas pelos corredores da escola. Ele tinha acabado de sair da aula de gramática e seguia para a aula de história, quando uma mão o agarrou pelo ombro e prensou-o contra os armários, o cheiro do alfa chegando às suas narinas, fazendo-o se sentir enjoado. Matthew estava com um sorriso nojento nos lábios, passando seus olhos castanhos por todo seu corpo. Noah se sentiu feio com aquele olhar. Matthew estava perto demais, seu cheiro muito forte encima de si.

O ômega se encolheu um pouco, sua mente imediatamente lembrando-se dos homens asquerosos com quem ficou quando era um refém. O alfa parecia muito ter uma personalidade como as daqueles homens. Noah não queria ficar perto do outro, mas Matthew era dois anos mais velho e era um alfa, o aperto em seu ombro estava realmente forte, quase ao ponto de machucá-lo. Noah olhou ao redor, desesperado para ver seu irmão ou Dylan por ali – porque Dylan era mais velho que os dois e Matthew não mexia com ele.

"Você está muito bonito hoje, Noah. Se queria chamar minha atenção, conseguiu."

A voz do alfa saiu um pouco rouca, ele passou a língua pelos lábios, mirando Noah como se ele fosse um pedaço de carne. Noah não gostou daquilo. Naquele dia, Noah estava usando roupas 'femininas', um conjunto fofo de saia plissada preta e um cardigã preto com estampa quadriculada, assim como tênis brancos. Normalmente, Noah não usaria aquele tipo de roupa no meio de desconhecido, mas aos poucos, com o convívio com Louis e os ômegas da Midnight, vinha ganhando mais confiança. Era a primeira vez que o ômega ia à escola vestido daquela forma, ele estava um pouco nervoso, mas Louis o garantiu que ele estava bonito e Noah sabia que, se alguma coisa acontecesse, seu pai faria cabeças rolarem.

De qualquer forma, ninguém de sua família estava por perto, então Noah estava sozinho contra Matthew. De repente, ele não gostou mais de sua roupa e tentou usar uma das mãos para puxar a saia mais para baixo, numa tentativa de esconder mais suas pernas, mesmo que não pudesse fazer nada sobre sua cintura completamente marcada. O alfa se aproximou mais, colocando o braço por cima da cabeça de Noah, praticamente o prensando contra os armários azuis.

Noah estava com medo, seu corpo tremia levemente. Ele podia ouvir mais uma vez as vozes dos homens ruins falando coisas terríveis para si, ele não queria passar por aqui novamente.

"Eu não queria nada, Matthew."

"Vamos, lindinho, por que qualquer ômega faz alguma coisa se não for para chamar a atenção de um alfa?" O alfa perguntou sugestivo, fazendo Noah se encolher um pouco mais.

"Eu não preciso da atenção de um alfa como você." E o ômega estava falando a verdade. Noah poderia ser novo, mas depois de ver como Harry olhava para Louis, com tanto carinho e devoção, ele sabia que queria um alfa tão bom quanto seu pai – mesmo que isso não fosse um problema para ser resolvido de imediato. "Me deixe ir."

"Pare de se fazer de difícil, lindinho. Eu sinto seu cheiro ficando mais forte, você está me seduzindo para passar o heat com você?"

"Não! Eu não quero você perto de mim!"

O alívio veio quando outro alfa puxou Matthew pelo capuz do casaco, afastando-o violentamente de si. Noah suspirou relaxado, sentindo um braço firme segurando protetoramente sua cintura. O ômega ergueu um pouco a cabeça, vendo a feição séria de Javon, o alfa que o segurava. Ele era um ano mais velho e estava na mesma turma de cálculo de Noah; para muitos ômegas da escola, Javon era um pouco assustador, apesar do rosto jovial, o corpo do alfa era bem desenvolvido.

Noah sabia que, apesar do rosto sério e da pose de badboy, Javon era extremamente doce e atencioso, ao menos consigo, e sempre estava disposto a ajudá-lo quando tinha dificuldade na matéria. Outra coisa que não sabiam sobre Javon: ele era muito inteligente. Noah se deixou ser abraçado pelo outro, sentindo-se seguro pela presença do mais velho, principalmente porque não era um toque invasivo, o alfa se preocupara em não tocar na parte que a saia ou o cardigã não cobriam. Noah estava agradecido por aquilo.

"Oh, entendi." Matthew rosnou baixo, os olhos variando de Noah para Javon brilhando de raiva. Um sorriso feio se abriu em seus lábios finos. "Você já conseguiu um alfa para abrir suas pernas?"

"Cuidado com o que fala." Javon rosnou de volta, sua voz sendo mais alta que a de Matthew, chamando a atenção de quem estava ao redor. "Peça desculpas."

"Por quê? Você não gosta quando alguém fala mal da sua namorada?"

"Você vai pedir desculpas porque ele é um ser humano e você deve respeito. E se não pedir, tenho certeza de que o pai dele vai fazer você pedir." Noah arregalou os olhos pela fala do alfa.

"Como sabe quem é meu pai?"

"Ah, ele não é exatamente discreto quando vem trazer você e seu irmão. Nem seus tios, na verdade. E não é como se não tivessem boatos sobre Harry Styles passeando com a família."

"Harry Styles?" O sussurro assustado de Matthew chamou a atenção dos dois, ele estava pálido, terror tomando conta de seus olhos. "Seu pai é Harry Styles? Como?"

"Hm, eu e Griff fomos adotados há pouco tempo." Noah respondeu tímido, encolhendo-se um pouco contra Javon.

"Ah, merda! Eu... me desculpe, Noah. Não vai acontecer novamente."

Matthew disse quase murmurando e afastou-se rapidamente, as pessoas ao redor estavam no mínimo chocadas. Noah tentou não se importar, ele sabia que precisaria se acostumar a ter muita atenção, afinal, Harry era conhecido por todo o Reino Unido. Ainda segurando sua cintura, Javon pegou a mochila do ômega, passando a guiá-los pelos corredores, rumo à aula que faziam juntos. O perfume apimentado do alfa o deixava relaxado, ao mesmo tempo que trazia aquele formigamento em seu ventre; ele se lembrou da conversa que teve no dia anterior, com Louis, e suas bochechas queimaram.

Rapidamente, ele e Javon estavam na sala de cálculo, sentando-se um ao lado do outro, os outros ainda estavam chegando. Noah ainda estava aéreo, preocupado com a proximidade de seu primeiro heat, sendo desperto apenas ao sentir um dos dedos de Javon tocando em sua bochecha.

"Você está bem?" O alfa perguntou baixo.

"Sim, obrigado pela ajuda." Noah sorriu um pouco.

"Sem problema, ômega."

"Há quanto tempo você sabe? Sobre meu pai."

"Desde o primeiro dia. Vocês ficaram um tempão na entrada e aquele ômega quase não soltou vocês." O alfa riu. "É a sua mãe?"

"Sim. Mamãe estava muito preocupado, porque nós nos conhecemos por... circunstâncias não muito boas."

"Entendi, ele parece ser muito amoroso."

"Ele é." Noah olhou para as próprias mãos, encima da mesa, que estavam muito próximas das mãos de Javon. Elas pareciam tão contrastantes, as de Noah tão pequenas e delicadas e as do alfa grandes. "É por causa disso que você é legal comigo? Por causa do meu pai?"

"Claro que não!" Javon pareceu genuinamente ofendido. "Você é uma pessoa por si só, merece respeito por isso." O alfa deu de ombros, como se não fosse nada demais, mas fez o coração de Noah disparar. Ele tinha passado tanto tempo com alfas ruins, que os alfas bons pareciam miragens para ele, o ômega ainda estava se acostumando com os alfas respeitosos da Midnight. Javon ser daquele jeito, mesmo sem ter contato com lobos, parecia bom demais para ser verdade. "Meu pai costuma me dizer que se nós alfas não tratamos os ômegas como realeza, nós somos vazios por dentro."

"Papai diz algo parecido." Noah soltou uma risadinha. "Ele diz que os ômegas precisam ser tratados como divindades."

"Ele está certo."

O sorriso de Javon fez borboletas voarem no estômago de Noah, mas o ômega atribuía aquilo – assim como seu coração acelerado – ao heat que chegava. O professor deu início a aula, mas Noah mal conseguia se concentrar, o perfume atraente do alfa chegando até si em grande quantidade.

As aulas passaram de forma rápida e Noah ficava cada vez mais ansioso. Àquela hora, seus avós maternos já deveriam ter chegado, o ômega estava realmente receoso de que não gostassem de si, ele quase desejou que as aulas passassem mais devagar. Ao final do dia, o ômega estava perto do portão, com Griffin e Dylan, Javon estava ao seu lado, olhando feio e rosnando baixo para qualquer alfa que o olhasse de uma forma que ele não gostasse. Seu irmão e seu primo apenas observavam com uma sobrancelha arqueada, o que deixava Noah completamente corado.

Os carros de Harry e Gemma estacionaram na entrada, todos os olhos voltados para eles. Os dois alfas desceram dos veículos, fazendo os filhotes se aproximarem, Javon logo atrás de Noah, como se o protegesse. O ômega notou os olhos esmeralda de Harry irem para o alfa atrás de si, completamente desconfiado do desconhecido perto de seu filhote, Noah segurou o braço do alfa mais velho, percebendo que Gemma também encarava Javon.

"Hm, papai, esse é o Javon. Ele é meu amigo."

"Amigo?" O lobo ergueu uma sobrancelha. "É um prazer."

"Senhor." Javon abaixou a cabeça em respeito, Noah achou estranho, ele parecia muito familiarizado com os costumes dos lobos. "O prazer é meu."

"O que pretende com meu filhote?"

"Papai!"

"Senhor, eu não tenho segundas intenções com Noah. Só quero ser um bom amigo." Javon olhou nos olhos do alfa, Noah não achou que ele parecia com medo, mas estava muito respeitoso. Noah estava feliz. "Eu prometo."

"Gostei de você, garoto." Harry sorriu. "Vá lá em casa qualquer dia, meu ômega vai gostar de conhecer você."

"É claro. Obrigado, senhor."

Javon abaixou a cabeça mais uma vez para Harry, depois virando-se para Noah, deixando um beijo em sua testa e sorriu, antes de se afastar. O ômega estava um pouco atônito, sentindo as bochechas queimando, principalmente porque sabia que seu pai e seu irmão estavam olhando para si. Eles entraram no carro, Noah no banco da frente, ao lado do lobo, enquanto Griffin estava no banco de trás. Foi apenas naquele momento que o ômega notou que Louis e William não estavam ali.

"Por que a mamãe e Will não vieram?"

"Seus avós estavam para chegar quando eu saí, mais cedo. Sua mãe quis ficar para recepcionar e Will disse que ia ficar junto, porque como eu não estaria lá, ele precisava 'proteger a mamãe'". O lobo respondeu e Noah riu, junto de Griffin.

"Oh, tudo bem. Eu estou nervoso," o ômega segredou. "e se eles não gostarem de mim?"

"Filhote, é impossível seus avós não gostarem de você. Você é adorável, Noah. Eu já estou prevendo minha mãe e a de Louis se juntando para estragar vocês três."

"Tudo bem."

♥

Louis estava nervoso.

Harry tinha saído há um tempo para resolver algumas coisas da Família e, depois, ia buscar os filhotes na escola. Enquanto isso, o ômega ficou em casa, com o filhote, esperando que Liam e Alex chegassem, já que os dois lobos tinham ido buscar seus pais, na cidade natal. Louis estava animado, já fazia algum tempo desde que vira seus pais, seu coração batia desenfreado, querendo saber qual seria a reação dos mais velhos ao conhecer seu alfa e seus filhotes.

Ele ouviu o som das rodas do carro e correu para fora, sendo seguido por William, que fazia o máximo para acompanhá-lo com as perninhas de criança. O filhote segurou sua perna, que estava desnuda pelo short curto que o ômega usava. Os olhos ciano do ômega brilhavam ao ver seus pais descendo do carro, Alex estava segurando a porta do carro, os olhos de Johannah pousaram em si imediatamente e a ômega se apressou, indo rapidamente até ele.

Louis abraçou sua mãe de forma apertada, inspirando profundamente seu cheiro maternal. Ele sentiu tantas saudades. Ele se separou um pouco da mãe, olhando fundo em seus olhos, tão parecidos com os seus, tão cheios de amor e lágrimas. Tomlinson beijou várias vezes o rosto bonito de sua mãe, que não mudara nada desde a última vez que a viu. Seu padrasto – que Louis considerava como pai –, Daniel, vinha logo atrás, um sorriso carinhoso nos lábios. O abraço dos ômegas terminou e o beta se aproximou de Louis, deixando um abraço apertado nele. Louis também sentiu muita falta de seu pai.

O ômega sorriu para os pais, percebendo que Liam e Alex já tinham saído depois de deixarem as malas na entrada da casa, provavelmente esperando para serem devidamente apresentados no dia seguinte, em que teria o almoço para que os mais próximos conhecessem os pais do ômega. Ele pegou o filhote, que ainda segurava sua perna, no colo, vendo-o ficar um pouco tímido ante a presença dos mais velhos, ele sorriu e deixou um beijo na bochecha do pequeno alfa.

"Hey, querido, diga 'oi' para o vovô e a vovó." Ele disse suavemente.

"Oi. Meu nome é William." O menino disse com um sorriso brilhante.

"Oi, meu amor." Johannah foi a primeira a responder, tirando o filhote do colo de Louis e colocando-o no seu próprio. "Você não é a coisinha mais linda da vovó? Lil disse que você é fofo, mas eu não estava preparada para tanta fofura." William abraçou a avó pelo pescoço, esfregando suas bochechas juntas – um hábito que estava adquirindo com o convívio com os lobos. "Veja, Dan, olhe como nosso netinho é lindo."

"Oi, campeão." O beta sorriu para o filhote, segurando a mão do pequeno alfa. "Como vai?"

"Bem. Você é o papai da minha mamãe?"

"Sou sim."

"Mamãe, mamãe!" O filhote se virou para Louis, os olhos brilhando e um sorriso enorme. "Will agora tem dois vovôs e duas vovós." O garotinho mostrou a mão com dois dedinhos erguidos, enchendo o peito de Louis de amor.

"Sim, querido, você tem." Louis olhou para os pais. "Vamos entrar. Hazz deve chegar daqui a pouco com Noah e Griffin."

Louis ajudou o pai a levar as malas para dentro, deixando-as um pouco depois da entrada da casa. O ômega guiou os mais velhos até a sala de estar, sentando-se nós sofás baixos; Louis já estava completamente acostumado com os móveis dos lobos. William estava completamente confortável no colo da avó, os olhinhos fechados, enquanto apreciava o carinho dos dedos dela em seu couro cabeludo, Louis apenas sorria.

O ômega apenas olhava e sorria para seus pais, enquanto sua mãe passava os olhos azuis parecidos com os seus, analisando cada detalhe da sala da casa de Harry, o que incluía uma foto de Louis no ano novo, que ele sinceramente não sabia como fora tirada. Louis ficou feliz com o sorriso satisfeito nos lábios da outra ômega.

"A casa do seu alfa é muito bonita, Louis." Johannah disse.

"É sim. Eu adoro os móveis daqui, são tão confortáveis. Principalmente os ninhos."

"Ninhos?" Daniel perguntou, os olhos repletos de confusão.

"Oh, sim." Louis respondeu. "São colchões enormes no chão, cheios de cobertores e travesseiros. Eu adoro, Hazz até me deixou usar uma sala vazia daqui para fazer um ninho de descanso."

"Esse alfa realmente gosta de você, hm?" Johannah balançou as sobrancelhas sugestivamente, deixando Louis um pouco corado. "Eu admito que fiquei um pouco receosa quando soube que você estava com um alfa da Midnight, principalmente porque era Harry Styles, mas ele parece te tratar muito bem."

"Ele me trata, com certeza. É sempre tão amoroso e atencioso, e é um ótimo pai. Hazz se deu bem com William logo que se conheceram e Griffin, nosso mais velho, praticamente o idolatra. E Noah é tão adorável, Will tem um instinto muito protetor com ele."

"Adorável. Noah também é ômega?"

"Sim. E Griff é beta."

"Os filhotes são meio-lobos?" Louis olhou para o pai.

"Noah e Griff são, Will é lobo puro." O ômega respondeu e o beta assentiu.

"E se você tiver mais filhotes com Harry?" A pergunta de Johannah chamou a atenção de William, que abriu os olhinhos curiosos e olhou da avó para a mãe.

"Mamãe tem irmãozinhos?" O filhote perguntou.

"Não, meu amor. Ainda não." Louis respondeu, em meio a uma risada contida. "Quem sabe mais para frente."

"Espero que sim. Eu quero muitos netinhos para estragar." Johannah disse. "Mas e então? O que acha que seus filhotes serão?"

"Eu não sei, de verdade. Não conversei com Hazz ainda sobre isso, mas acho que seriam meio-lobos de linhagem direta. Como eu não tenho linhagem direta, não acho possível nós termos lobos puros." Louis deu de ombros.

"Bom, não temos como saber." Jay respondeu. "Da minha parte, nós sabemos que não tem lobos, mas não sabemos sobre seu genitor, já que ele nunca se deu ao trabalho de aparecer."

O ômega concordou, pensando sobre o assunto. Ele certamente conversaria com o lobo sobre aquilo; em seu íntimo, a ideia de ter filhotes biológicos com Harry fazia seu corpo estremecer e seu ventre formigar. Ele deixou os pais na sala, seguindo para a cozinha para preparar um lanche. Louis separou algumas fatias do bolo de chocolate que fizera mais cedo, com ajuda de William, e preparou um chá de jasmim, que sempre havia ali depois do ômega dizer que era seu favorito.

O meio-lobo levou o lanche para a sala em uma bandeja, colocando-a na mesa de centro. William veio imediatamente para seu colo e Louis dividiu o bolo de seu prato com o filhote. Eles estavam na segunda rodada de chá quando o ômega ouviu os sons das vozes de Harry e dos dois filhotes, o alfa foi o primeiro a aparecer, seus olhos indo diretamente para o rosto de Louis, o sorriso fazendo suas covinhas aparecerem.

O alfa se aproximou dele, sentando-se ao seu lado e segurando sua mão, deixando beijos ali, antes de fazer o mesmo com a bochecha que estava mais perto. Os filhotes entraram logo depois, um pouco contidos ao notar a presença dos avós ali. Louis abriu os braços, chamando seus filhos, que vieram imediatamente até ele. O ômega deixou beijos nas bochechas dos filhotes, perfumando-os levemente antes de Noah sentar ao seu lado, deitando a cabeça em seu ombro, e Griffin se sentar no chão à sua frente, a cabeça apoiada em suas pernas, Will passou a mexer no cabelo do irmão mais velho.

"Hazz, filhotes, esses são meus pais: Johannah e Daniel." Louis apresentou. "Mamãe, papai, esse é o meu alfa, Harry, e meus filhotes mais velhos, Griffin e Noah."

"Ah, Lou, eles são lindos!" Johannah foi a primeira a falar, os olhos brilhando em lágrimas e as mãos cobrindo a boca. A ômega se levantou, abrindo os braços animadamente. "Venham dar um abraço na vovó." Um pouco tímidos, os filhotes se levantaram. Noah foi o primeiro a abraçar a ômega, deitando a cabeça no ombro da mais velha. "Você é tão adorável. Oi, eu sou a vovó Jay."

"Oi, eu sou o Noah." O filhote respondeu baixo, Louis podia ver as orelhas levemente avermelhadas.

"Eu vou estragar muito você." Johannah disse, antes de se soltar de Noah e voltar-se para Griffin, abraçando-o. "E você, meu bem?"

"Eu sou o Griffin, é um prazer conhecer a senhora."

"Não precisa dessa formalidade, meu amor, eu sou sua avó." Johannah abraçou o filhote de forma apertada, antes de soltá-lo e virar-se para Daniel. "Dan, venha falar com nossos netos. Veja como eles são lindos."

"Eu estava esperando seu tempo, querida." O beta sorriu e levantou do sofá, abraçando os filhotes com muito carinho. "É muito bom conhecer vocês, meninos."

Louis pensou que a única coisa que poderia deixá-lo mais feliz do que estava no momento seria se, no dia seguinte – no almoço –, seus pais se dessem bem com todos da Midnight. Lil também estaria lá e Louis sabia o quanto o melhor amigo gostava de seus pais, já que Johannah e Daniel praticamente o criaram, também, Louis e Lil eram como irmãos. Eles se sentaram para conversar, o ômega estava muito feliz que seus pais se deram bem com seu alfa.

Foi quando Louis notou: ele se referira a Harry como seu alfa. Em voz alta. Pela primeira vez.

O lobo passou um braço por seus ombros, mantendo-o por perto, Louis se recostou no corpo do alfa, deixando-se ser perfumado pelo outro. O jantar também foi tranquilo, os pais do ômega ficaram impressionados com a devoção que Harry o tratava, assim como ficaram chocados ao ver a forma como o lobo servia a todos na hora da refeição. Naquela noite, Louis fez o jantar juntamente de sua mãe, mesmo com os protestos de Harry.

Depois de comer, eles ficaram à mesa, com Johannah contando histórias da infância de Louis, o que certamente não o deixaria constrangido, se não fosse a história de como ele amava ficar pelado em casa, quando era criança. Harry o olhou com nada além de carinho e o peito de Louis se aqueceu, mesmo que ele quisesse enfiar a cabeça em um buraco e se esconder.

"Lou, sabe quem está em Londres e quase enlouqueceu quando soube que estávamos vindo?" Johannah começou, com um sorriso animado.

"Quem?" Louis ficou atento.

"Angus."

"Oh, meus deuses! Mesmo? Ele estava em Londres e nem me disse nada, aquele grande cretino!"

"Quem é Angus?" Harry perguntou.

"Meu primo." Louis respondeu. "Ele é mais novo que eu, mas sempre agiu como se fosse meu irmão mais velho." O ômega riu. "Quando éramos adolescentes, ele fazia cara feia para todos os alfas que chegavam perto de mim e de Lil."

"Já gostei dele." O lobo respondeu. "Chame seu primo para o almoço de amanhã."

"É claro, vai ser bom ter ele aqui. Já faz tempo desde que nos vimos." Louis olhou para William, que estava em seu colo. "O que acha, querido? Quer conhecer o tio Angus?"

"Sim!"

♥

Harry estava feliz.

Ele estava feliz porque seu ômega estava feliz.

Ver o brilho de felicidade nos olhos azuis de Louis não tinha preço. Harry também estava feliz porque aquela fora a primeira vez em que Louis se referia a ele como seu alfa, poderia ser mais extasiante? O alfa estava deitado em seu ninho, com Louis deitado em seu peito, quase ronronando pelos carinhos que o alfa fazia em suas costas, mas o lobo quase podia ver as engrenagens se movendo em sua cabeça, mesmo com a escuridão que estava no cômodo, pelas luzes apagadas.

"No que está pensando, ômega?" O lobo sussurrou.

"Hm, você quer ter mais filhotes, alfa? Filhotes biológicos." A voz do meio-lobo saiu tímida e fez o coração do alfa disparar. "Comigo?"

"Sim. Deuses, eu quero, Lírio!" Harry respondeu animado. "Mas isso não é o que está fazendo a fumaça sair da sua cabecinha."

"Mamãe me perguntou sobre isso hoje, ela queria saber se nossos filhotes seriam lobos ou meio-lobos. Eu sei que, da parte dela, eu não tenho linhagem direta de lobo, mas eu não conheci meu pai biológico, ele deixou a minha mãe um pouco depois que eu nasci e nunca fez questão de aparecer outra vez."

"E você quer saber se tem linhagem direta por causa disso."

"É." Louis suspirou. "Se eu tiver linhagem direta, nossos filhotes seriam lobos?"

"Sim, provavelmente. Eu acho. Nunca conheci nenhum filho de uma linhagem direta com um lobo. Zayn e Liam são o único casal assim que eu conheço e eles não tiveram filhotes ainda."

"Entendi. Eu acho que vou fazer um teste de linhagem para descobrir. Se eu não tiver a linhagem direta... você ficaria chateado?"

"Claro que não, Lírio." Harry respondeu com veemência, principalmente porque notou a incerteza na voz de seu ômega. "Eu nunca ficaria chateado por algo que você não pode controlar e isso não muda em nada o que eu sinto por você, babe."

"Você promete, alfa?" Louis perguntou, sua voz saindo quebradiça. Ele encostou as testas dos dois, trazendo seu corpo completamente para cima do de Harry. "Promete que isso não muda nada?"

"Prometo, Lírio. E os lobos sempre cumprem as promessas, não importa o que aconteça."

Harry apertou os braços ao redor da cintura de Louis, sentindo com mais precisão o pijama de cetim que ele usava. O lobo juntou seus lábios, passando confiança para seu soulmate através do beijo; o corpo de Louis relaxou completamente com aquilo, derretendo-se contra o lobo, Harry simplesmente amava a entrega sem receio de Louis sempre que o beijava.

Depois disso, não demorou muito para que o ômega estivesse ressonando tranquilamente em seu peitoral. Harry não dormiu imediatamente, muito ocupado em ouvir Louis dormir. O sono o alcançou aos poucos e, tranquilo, Harry dormiu.

»

Styles aguardava pacientemente seu ômega e sua sogra terminarem seja lá o que estivessem fazendo em sua cozinha, ele podia ouvir as risadinhas dos dois e de William, que não queria sair de perto da vovó. Noah e Griffin estavam nos fundos, com Niall – que, como sempre, fora o primeiro a chegar – e Dylan e Crystal. Gemma mandara uma mensagem há pouco, avisando que estava indo, assim como seus pais. Harry já imaginava o complô que sua mãe faria com sua sogra para adiantar os exames de Louis e a chegada de mais netos.

O lobo ouviu quando a porta da frente fora aberta, os passos apressados de Anne pela entrada até a porta da cozinha, onde Harry estava. O alfa abraçou a mãe, vendo seu pai – com muito mais tranquilidade – aparecendo logo depois. Harry deixou um beijo na testa de sua mãe, cumprimentando rapidamente o pai antes de pigarrear e chamar a atenção de Louis e Johannah.

"Meus pais chegaram." O alfa anunciou.

"Olá!" Anne disse feliz, aproximando-se de Louis, abraçando-o. "Você está lindo, querido, não que seja novidade."

"Obrigado, Anne. É bom te ver de novo." Louis sorriu para a ômega Styles. "Essa é a minha mãe, Johannah."

"É um prazer." Anne disse. "Sei que vamos nos dar muito bem." As ômegas se abraçaram e Harry sorriu, sabendo exatamente como aquilo terminaria. "É bom saber exatamente de onde Louis puxou a beleza."

"Eu posso dizer o mesmo sobre Harry. Já sabemos que nossos futuros netinhos serão lindos." Johannah respondeu.

"Agora está falando a minha língua."

"Vovó, vovó! Abraço!" William se intrometeu, levantando os bracinhos do lugar em que estava sentado no balcão.

"Oh, cadê o garotinho da vovó?" Anne foi até o filhote, pegando-o no colo e esfregando suas bochechas. "Que filhotinho mais lindo."

"Parece que temos mais companhia."

O lobo se virou para a entrada da cozinha, assim como os outros presentes, vendo Daniel entrando no cômodo, um singelo sorriso nos lábios. Como já sabia que aconteceria, seus pais e os pais de Louis se dariam bem, logo estavam conversando como se já se conhecessem há anos. Harry estava completamente satisfeito.

O ômega veio até si, recostando seu corpo ao dele. Harry o perfumou, repleto de orgulho quando Louis apenas fechou os olhos e relaxou, ele o abraçou pela cintura, adorando como seus dois perfumes se misturavam perfeitamente. William parecia bastante confortável com os avós, então o casal o deixou ali, seguindo para o jardim dos fundos, onde os outros estavam.

Gemma, que Styles nem mesmo vira entrar, estava ajudando Niall a arrumar a mesa grande, que já contava com a lasanha feita pelo ômega e uma torta salgada, que certamente fora feita pela mãe do lobo. O celular do ômega tocou e Louis sorriu, olhando para a tela do aparelho, virando-se para o lobo em seguida.

"Alfa, Angus disse que está no portão. Pode autorizar a entrada dele?"

"Claro, Lírio." Harry pegou o próprio celular do bolso, ligando para o número da portaria. A ligação foi atendida imediatamente. "O primo do meu ômega está no portão, deixe-o entrar."

"Sim, senhor." O alfa do outro lado respondeu, antes da chamada ser encerrada. Harry olhou para Louis, que estava sério.

"O que foi, babe?"

"Você precisa ser mais educado com seus funcionários, Hazz."

"É claro, Lírio. O que você quiser."

Louis pareceu satisfeito com aquilo, um sorriso convencido em seu rosto. Harry parou naquele momento, analisando e apreciando a beleza de seu ômega. Não era nenhuma novidade que Louis estivesse deslumbrante; ele usava um vestido um pouco longo – Harry não entendia de vestidos – e lilás, com algumas flores estampadas. Harry, mesmo que não entendesse, sabia que aquela cor ficava incrível em Louis. O ômega também usava o colar que o lobo o dera.

"Por que está me olhando assim?" Louis perguntou risonho.

"Eu já disse hoje que você é o ômega mais bonito do mundo inteiro?"

"Argh, pare de me bajular!"

"Nunca, ômega. O dever de um alfa é mimar seu parceiro e eu vou fazer isso até você me odiar."

"Eu não seria capaz de odiar você, Hazz."

Harry sorriu apaixonado, segurando firme na cintura do mais baixo, antes de juntar seus lábios em um beijo cálido. Como ele poderia ser tão sortudo? O que Harry poderia ter feito de tão bom em sua vida anterior, que os deuses o recompensaram sendo a alma gêmea de Louis? Ele apartou o beijo, sorrindo para os olhos brilhantes e celestiais do ômega, que formavam aquelas ruguinhas adoráveis, e os lábios cheios e avermelhados.

"Louis!"

Uma voz grossa foi ouvida e o casal olhou na direção do som. Um alfa alto se aproximava pela lateral, de cabeça raspada e um sorriso animado. Louis se soltou de Harry, correndo na direção do alfa recém-chegado, que o abraçou apertado e rodou-o no ar, segurando o ômega pela cintura. O lobo sorriu levemente, aproximando-se do alfa que ele já sabia quem poderia ser. Louis terminou o abraço e veio até Harry, deixando-se ser abraçado pelo lobo novamente, o outro alfa os olhou de forma amena e Styles aproveitou para analisá-lo: Angus era um alfa alto, tinha o porte forte, apesar do rosto gentil; ele tinha os olhos claros, o cabelo era bem curto e, assim como a barba, era em um tom de ruivo que se aproximava do castanho.

"Hazz, esse é o meu primo, Angus. Angus, esse é meu alfa, Harry." Louis falou docemente.

"É um prazer, Angus." Harry disse, oferecendo a mão para o alfa mais novo. "Louis falou muito bem de você."

"O prazer é meu, Styles. Fico feliz que meu primo tenha encontrado um alfa bom." Angus respondeu, aceitando o cumprimento do lobo. O aperto de Angus era firme, Harry gostou daquilo.

"Eu agradeço. E você é da família, pode me chamar de Harry." O outro alfa apenas assentiu. "Você me parece familiar." Harry ponderou, olhando para Louis, quando o ômega riu. "O que foi, Lírio?"

"Angus é modelo da Alexander McQueen, ele está sempre em desfiles e revistas."

"Entendi. Parece uma vida cansativa e agitada."

"Não deve ser tão agitada quanto a sua, isso eu tenho certeza." Angus respondeu e Harry concordou.

"Você está certo, Gus." Louis disse em meio a uma risada. "Bom, a casa não é minha, mas sinta-se a vontade. Mamãe e papai estão lá dentro, com os pais de Harry. Lil ainda não chegou."

"Tudo bem, eu vou ver os tios. Até mais."

Harry segurou firmemente a cintura de seu ômega, guiando-o até as espreguiçadeiras perto da piscina, sentando-se ali, com o mais baixo no colo. Styles abraçou Louis pela cintura, deixando seus corpos bem próximos, quase fundidos em um só. Harry beijou a nuca exposta de Louis, sorrindo ao ver a pele alheia ficando arrepiada. O lobo de Styles se sentiu orgulhoso.

"Sabe, você está errado em uma coisa." O lobo sussurrou.

"O que?"

"Essa casa é sua, Lírio. Tudo o que é meu, é seu."

"Harry..." Louis suspirou, parecendo incerto.

"Não diga nada, ômega. Eu não vou mudar de ideia. Nós estamos formando nossa família, eu quero te cortejar, quero estar marcado com você. Isso não é nada demais."

"Me cortejar?"

"Sim, é tradição dos lobos. Para termos a bênção dos deuses no nosso acasalamento."

"Eu quero saber como funciona."

"Claro, eu vou explicar tudo. Eu prometo."

♥

Louis estava feliz, muito feliz.

Depois da conversa com Harry, à beira da piscina, os outros começaram a chegar. Lil, é claro, chegou logo depois, correndo para abraçar Louis e seguiu para onde Angus estava. Foi engraçado quando Harry perguntou se Lil e Angus tinham alguma coisa, devido a animação do ômega para vê-lo, Louis teve de explicar que os dois também tinham uma relação de irmãos.

Para a alegria do ômega, seus pais tinham se dado muito bem com todos da Midnight. Johannah e Anne pareciam ser amigas durante a vida inteira, mimando os três filhotes. Noah tinha gostado muito da avó materna, ficando abraçado a ela o tempo quase inteiro, Louis apenas sorria satisfeito. Daniel e Desmond estavam com Harry e Griffin, ajudando com a churrasqueira – porque é claro que os lobos usaram o almoço como uma desculpa para fazer churrasco, lobos comiam muita carne.

Magnus e Alex chegaram com Blitz e Hearths, com duas travessas de algo que cheirava muito bem. Louis deu um abraço nos recém-chegados, assim como fizera com todos anteriormente, seu ômega interior feliz por ter amigos tão bons. Para aquele almoço, eles também tinham convidado a família principal do clã Ryder, então Winona, Risa e os filhos, Felix – junto do namorado, Sam – e Oscar, apareceram logo depois. Tomlinson ainda não os tinha conhecido, então era uma ótima oportunidade para isso.

Enquanto Harry estava cuidando da carne, o ômega resolveu dar crédito ao que o lobo disse e decidiu recepcionar a família. Ele sorriu de forma amena, atraindo a atenção dos cinco assim que se aproximou. A alfa, Winona, puxou Louis imediatamente para um abraço, surpreendendo-o pela atitude, mas ele a abraçou de volta assim que saiu de seu estupor.

"Sejam bem-vindos." Louis disse, assim que o abraço terminou. "É bom finalmente conhecer vocês apropriadamente."

"É bom te conhecer, Louis. Todos falaram muito bem de você." Winona respondeu com um sorriso genuíno.

"Fico feliz por isso."

"Louis, eu estou tão animada que nossos filhotes vão crescer juntos." Risa disse animada, abraçando-o apertado.

"Eu também, Harry me disse que vocês vão transferir Oscar para a turma de Lil."

"Ah, com certeza. Eu o adorei e Oscar também."

"Fico feliz com isso, tenho certeza de que Lil também vai ficar." As duas mulheres assentiram e Louis olhou para os dois alfas. "Olá, é um prazer conhecê-los."

"O prazer é nosso." Respondeu o alfa de cabelo escuro, abaixando um pouco a cabeça em respeito. Foi o que fez Louis descobrir que aquele era Felix. "Eu sou o Felix e esse é o Sam."

"É um prazer, Louis." O outro alfa disse.

"Fiquem à vontade." Louis se abaixou, ficando na mesma altura do filhote, que tinha olhinhos brilhantes para si. "Olá, meu bem. Eu sou o tio Louis."

"Oi." Oscar respondeu animado. "Você é a mamãe do Will. Muito bonito."

"Muito obrigado. Você também é muito bonito. Will está com as avós pode ir lá." Não precisou falar duas vezes, Oscar logo estava correndo na direção do pequeno alfa. Os adultos riram com a empolgação da criança; Louis se levantou, olhando para os convidados. "Bem... sintam-se à vontade. Minha casa é sua casa."

"Obrigada, Louis." Winona disse. "Sei que estamos meio atrasados, mas espero que goste. Styles disse que roxo é a sua cor."

A loba estendeu o braço e Tomlinson finalmente notou a pequena caixa com embrulho de presente que ela segurava. Louis pegou a caixinha, seus olhos brilhando ao ver o conteúdo: era uma adaga de gume duplo, com detalhes de flores no cabo em branco e lilás e uma delicada fita em lilás amarrada em laço no anel. Ele tinha adorado, mesmo que não fosse fã de armas, era tão delicada e bonita, que o ômega não pôde deixar de sorrir.

"É linda, eu adorei. Muito obrigado."

"Não foi nada, querido. Qualquer coisa para o chefe do chefe, hum?"

Risa respondeu e Louis deixou um abraço em cada um, antes dos Ryder seguirem mais adentro no quintal. O meio-lobo ficou ali por um tempo, admirando seu presente, até sentir os braços fortes de Harry ao redor de sua cintura. Ele sorriu, sentindo o beijo carinhoso que o lobo deixou em sua nuca.

"É linda." O lobo sussurrou.

"Sim, eu adorei." Louis se virou para Harry, abraçando-o pelo pescoço. "Eu estou muito feliz, sabia?"

"É mesmo, Lírio? Por quê?"

"Porque meus pais gostaram do meu alfa e nossos filhotes se deram bem com os avós."

"Seu alfa?" Harry perguntou, arqueando uma sobrancelha e apertando mais os braços ao redor dele. "Eu o conheço?"

"Talvez..." O ômega entrou na brincadeira. "Ele é muito bonito, muito cheiroso, é um lobo puro, líder de uma família da máfia. E aí, conhece?"

"Acho que sim. Ele parece ser incrível."

"Ele é." Louis puxou o lobo para um beijo, seus lábios se encontrando em uma explosão de felicidade. O beijo foi finalizado rapidamente e Louis olhou para os olhos esmeraldas do lobo, cheios de carinho. "Realmente, um alfa incrível."

"Porra, eu não vejo a hora de te cortejar e acasalar com você. Você vai ficar tão lindo com a minha marca funda no seu pescoço."

"Eu vou adorar, Hazz." Louis olhou um pouco para o lado, vendo os olhos das duas matriarcas neles, com sorrisos de quem estava planejando alguma coisa. "Acho que nossas mães estão planejando alguma coisa para adiantar o próximo neto."

"Ômega, meu pai disse que elas já estão pensando nos nomes dos próximos seis netos."

"S-seis?" Louis engasgou, arregalando os olhos. "Ah, eu não sei se..."

"Lírio, acalme-se." Harry riu. "Não vamos ter mais seis filhotes, a menos que você se sinta bem com isso. Eu não quero forçar seu corpo."

"Tudo bem. E de qualquer forma, eles podem esperar os filhotes do Lil, também."

»

Louis estava sentado confortavelmente, o prato vazio a sua frente. A comida estava realmente deliciosa, William e Noah elogiaram absolutamente tudo, o filhote mais novo estava sentado entre as avós, que o ajudaram ocasionalmente. Os alfas tinham juntado as mesas, fazendo uma única imensa, que acomodou todos ali. Louis, é claro, notou durante o almoço que todos foram extremamente receptivos com seus pais, e que Angus parecia muito interessado em conversar com Niall.

Interessante.

Os olhos azuis de Niall pareciam ter um brilho diferente enquanto ele conversava com o primo de Louis. O ômega se atentaria a isso. Ele notou a expressão frustrada de Lil, que estava ao lado de Niall, os olhos castanhos do ômega negro se encontraram e Louis observou com um rosto divertido as expressões exageradas de seu melhor amigo.

"O que foi, Lil?" Louis perguntou risonho.

"Isso é tão injusto, Louis. Eu quero um amor, também." Lil pôs as costas de uma mão na testa, fazendo drama e atraiu a atenção de todos. Ele olhou para Harry, que estava com o copo de suco a caminho da boca. "Harry, arranje um lobo ou uma loba para mim. Pode ser um de cada, também."

"Tudo bem." Harry respondeu, um sorriso nos lábios. "Vou ver o que posso fazer por você."

♥

"Hazz!" Louis gemeu, mordendo o ombro do alfa.

Depois do sucesso que foi o almoço – e felizmente todos se deram muito bem –, Harry ajudou os outros alfas a colocar as mesas em seus devidos lugares, enquanto os ômegas retiravam os pratos, deixando-os para as pessoas responsáveis pela limpeza. Apesar de gostar de cuidar de suas próprias coisas e de cozinhar com Louis e os filhotes, Harry tinha uma seleta equipe de limpeza que cuidava da casa, apenas pessoas em que ele confiava, principalmente agora que tinha uma família.

Com tudo arrumado e já sendo noite, os pais de Harry voltaram para a casa e Johannah fez questão de colocar William na cama, então ele e Louis apenas deram beijos de boa noite nos três filhos e se retiraram para o quarto do alfa. Com toda a devoção do mundo, o lobo ajudou seu ômega a se despir, deixando beijos em sua pele macia e cheirosa, ficando completamente orgulhoso quando ouvia os suspiros de Louis.

Em seguida, Louis o ajudou a fazer o mesmo, seus dedos passando levemente pela por sua pele quente. O lobo de Harry rosnou em excitação, querendo reivindicar aquele ômega bonito. Antes, é claro, ele iria cortejar Louis antes, faria dele seu parceiro oficialmente; Styles tinha outra preocupação em mente: seu rut, que estava chegando. Obviamente, Harry queria passar os dias de rut com seu ômega, mas ele não sabia se seria ruim fazer isso antes de cortejar Louis. Harry iria conversar com seu pai.

De qualquer forma, o lobo estava agora com Louis na banheira enorme, com o ômega em seu colo, enquanto ele massageava a próstata dele com dois dedos. O ômega mordia seu ombro e arranhava sua nuca, rebolando em seus dedos, enquanto pedia por mais. O lobo estava duro, a glande de seu pau tocando a barrida de Louis, fazendo-o suspirar pelo contato. Harry rosnou alto quando uma mão de Louis envolveu seu falo, massageando delicadamente.

"Porra, Lírio. Você é tão bom para mim, ômega. Eu sou tão sortudo." Ele sussurrou no ouvido do ômega.

"Hazz! Você é incrível, alfa. Eu quero ser seu ômega." Louis choramingou, aumentando os movimentos da cintura, sincronizando-os com os da mão.

"Você é, querido. E eu sou seu alfa."

Os dois chegaram ao clímax quase ao mesmo tempo, Louis descansou a cabeça no ombro do lobo, enquanto os dois regulavam suas respirações. Harry se sentia completamente abençoado, ele agradecia todos os dias aos deuses por ter conseguido aquela família, um ômega maravilhoso e filhotes incríveis. E, porra, seus sogros tinham gostado dele! O primo de Louis, também. Não tinha como ser melhor, tinha?

Harry terminou de banhá-los, tirou-os da banheira e enxugou Louis com uma toalha felpuda e macia, ouvindo os ronronados manhosos de seu soulmate. Ele vestiu o ômega com apenas uma calcinha e uma de suas camisas, que foi prontamente perfumada por si, antes de ser colocada no corpo pequeno do meio-lobo. Depois de se vestir com apenas uma cueca, ele levou Louis no colo até o ninho deles, deitando-o ali. Ele se afastou apenas para apagar a luz, antes de se deitar ao lado do ômega.

"Hazz..." Louis sussurrou, chamando a atenção do alfa, que achou que ele já estivesse dormindo.

"Sim, Lírio?"

"Me explique como é o cortejo dos lobos. Acho que os meio-lobos deixaram o cortejo há eras."

"Vocês se afastaram dos nossos costumes, acho que para não se sentirem inferiores a nós." Harry respondeu com um suspiro. Eles falavam baixo, no tom que apenas eles tinham. "O cortejo é feito em três partes; uma para a Lua, uma para o Sol e uma para as Constelações. Nós vamos comer nas duas primeiras fases ao ar livre, temos as cores para cada fase e eu vou te dar presentes."

"Você não precisa me dar presentes, alfa. Mas a ideia de comer ao ar livre parece ótima."

"É a tradição, Lírio." Louis não podia ver, mas Harry deu de ombros. "E eu adoro te dar presentes, ter você coberto com as joias que eu comprei para você. Quando nós chegarmos na terceira fase, eu vou te tomar com você usando apenas as joias que eu vou comprar."

"Parece ótimo, Hazz." Louis suspirou. "Eu estou cansado, muito feliz, mas cansado."

"Durma, babe. Eu vou estar aqui com você." Harry deixou um beijo na testa do meio-lobo. "Boa noite."

"Boa noite, alfa."

Harry ficou acordado até ouvir as batidas do coração do ômega regularem e sua respiração relaxar, finalmente deixando o sono tomar conta de seu corpo e seus olhos fecharem. Logo, Harry estava dormindo.

E foi isso, galera.
Espero que tenham gostado do capítulo. O que acharam da cena de mãe e filho dos nossos ômegas? E sobre o rut do Harry? Ansiosos para o cortejo.
Vejo vocês no próximo capítulo. Não se esqueçam de ler minhas outras histórias, de seguir o perfil da minha equipe maravilhosa (equipeBS) e de me seguir nas redes sociais, vocês podem me encontrar no insta, no tiktok e no twitter como Sanmonnio.

Amo vocês, até mais.