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OOlá, borboletas!
Como estão? Espero que estejam bem. Sei que faz bastante tempo que não apareço com essa fic, mas aqui estou. Esse aviso vai ser um pouco maior do que o de costume, porque tenho muito o que explicar.
Eu sei que vocês adorariam que eu postasse os capítulos dessa fanfic com mais frequência, eu também gostaria disso, mas às vezes, quando estou escrevendo um capítulo, eu sinto que estou fazendo isso mais como uma obrigação do que como uma diversão. Isso acabou sendo ruim, porque eu não conseguia gostar do que estava escrevendo. Isso acaba acontecendo mesmo agora, porque eu sinto que não estou conseguindo entregar a vocês a mesma qualidade que eu entregava no começo da história e é algo que detesto, porque sou muito perfeccionista quando se trata da minha escrita.
O que acontece também é que não costumo escrever fics longas, já que eu perco o interesse muito rápido nas histórias, o motivo pelo qual quase todas as minhas fics são curtas, com cinco ou seis capítulos. Não me levem a mal, eu amo Mafia Boss, mas como é algo que foge da minha zona de conforto, acaba ficando um pouco mais difícil do que as outras. Enfim, é isso.
Boa leitura.

Louis ainda não conseguia pensar em nada, mesmo depois de minutos em silêncio, seus olhos permaneciam arregalados. Kasper ainda estava tão sério como esteve quando falou, mal piscando enquanto o encarava, apenas aguardando sua resposta. Louis não sabia se poderia acreditar no outro, porque qualquer um que tivesse vindo da Blodmåne não era passível de confiança.

Foi naquele momento que Gil apareceu, olhos apertados na direção do alfa. O ômega loiro se posicionou ao seu lado protetoramente, uma mão bem colocada sobre a adaga que Tomlinson sabia que havia ali. Kasper, no entanto, não pareceu intimidado, os ombros estavam relaxados e o cheiro relativamente fraco.

"Líder, algum problema?" Gil perguntou e Louis sorriu para o amigo.

"Não, Gil, está tudo bem." Ele respondeu ao outro ômega, então voltou seu olhar para Kasper mais uma vez. "Você só terá uma chance. Apareça amanhã de noite no galpão. Meu alfa vai querer saber de tudo."

"Não vai me dizer onde é?" O mais velho arqueou uma sobrancelha.

"Se me achou aqui, pode me achar lá."

Louis deu de ombros, sem se importar em dizer mais alguma coisa, então simplesmente virou de costas e voltou para onde seu filho e Oscar estavam, então chamou as duas crianças e, junto de Gil, eles entraram no carro. Durante todo o caminho, Louis se manteve calado, extremamente pensativo, porque algo sobre aquele alfa chamado Kasper o incomodava. Não era seu sotaque ou sua postura austera. Não, o que o incomodava era como os olhos claros daquele homem pareciam com os dele, ou como o formato dos lábios e do nariz parecia estranhamente familiar. Louis não queria pensar naquilo, mas não conseguia impedir sua mente de voltar àqueles pontos.

"Mamãe, você está bem?"

Louis ergueu os olhos de seu prato. Era hora do jantar e ele estava no colo de Harry, deixando-se ser alimentado pelo alfa, ainda pensando no que ocorreu pela tarde. O ômega olhou para Griffin, que tinha lhe feito a pergunta; seus olhos estavam curiosos e preocupados, fazendo seu coração se encher de amor, então ele sorriu para o mais novo.

"Mamãe só está pensando, meu amor." Louis respondeu. "Tem muita coisa acontecendo ultimamente."

"Entendi." O beta assentiu. "Nós podemos ajudar?"

"Não precisa, filhote. Vocês são filhotes, precisam aproveitar a adolescência. Os adultos podem resolver."

"Tudo bem. Mas vocês podem contar com a gente."

"Você é um filho tão bom, querido." Louis disse de forma doce, vendo seu mais velho corar. "Mas está tudo bem, sim? Não esquente com isso."

"É como sua mãe disse, filho." Harry complementou. Sua voz saiu calma, mas Louis sentiu as mãos dele apertando sua cintura em tensão. "Vocês não precisam se preocupar."

Então eles terminaram de comer. William parecia já estar cansado, então Louis o levou para o quarto e colocou-o para dormir, o que não demorou muito. Noah e Griffin estavam no quarto do ômega, Louis foi falar com eles, sentando no ninho de seu filhote, recebendo Noah entre seus braços, enquanto Griffin deitava a cabeça em sua coxa. Louis amava aqueles momentos com seus filhos mais velhos, quando poderia apenas ser uma mãe legal, sem se preocupar com uma possível guerra.

"Meus amores, eu preciso conversar com vocês sobre uma coisa importante." Ele começou, sabendo que tinha atenção dos outros dois. "Vocês sabem que o papai colocou seguranças para cuidar da gente, não sabem?"

"Sim, mamãe." Noah respondeu.

"Tudo bem. Bom, eu não queria falar disso no jantar, porque eu não quero que Will fique assustado, mas vocês são mais velhos, então vão entender melhor a situação."

"Tudo bem, mamãe, pode falar."

"Meninos, a verdade é que nós estamos perto de entrar em guerra com a Blodmåne. Eu e seu pai estamos preocupados, então provavelmente a segurança vai aumentar. Eu sei que vocês estão muito felizes em poder sair com seus amigos e apenas serem adolescentes, e não vamos impedir que continuem com o que gostam. Mas, por favor, para acalmar o meu coração, sejam cuidadosos e não saiam muito. Pelo menos até que tudo isso passe."

"Nós entendemos, mãe." Griffin garantiu, pegando sua mão. "Você e o papai só querem proteger a gente. Não vamos dar trabalho a vocês."

"O papai vai acabar com eles, não vai?" Noah perguntou, deitando a cabeça em seu ombro. "Ele vai destruir a Blodmåne."

"Vai sim, meu amor. O seu pai é o melhor de todos."

"É sim." O filhote concordou.

"Mais uma coisa: amanhã de noite, eu e seu pai vamos com o tio Matteo e a tia Gemma resolver algumas questões. Então eu estava pensando que vocês poderiam chamar seus parceiros para ficar aqui com vocês. E cuidem do seu irmão, por favor."

"Claro, mãe." Griffin assentiu. "Vamos fazer uma noite da pizza. Não vai ter problema, já que estaremos aqui, estaremos protegidos."

"Exato. Posso contar com vocês?"

"Claro, mãe."

Apesar de saber que deveria, Kasper não estava se sentindo intimidado. Enquanto andava pelo galpão da Midnight, ele podia sentir os olhares dos seguranças ali, a tensão de desconfiança rodando todo o lugar. Kasper era guiado por um alfa chamado Liam, que subiu uma escada com pressa, antes de atravessar o corredor e entrar em um escritório amplo, com uma janela dando vista para a floresta ao fundo.

Harry Styles estava sentado atrás de uma mesa grande, com Louis em seu colo, vestido completamente de preto. Seu rosto estava completamente sério, quase impaciente. Ao lado dele, estavam os líderes da Moonlight, usando roupas em tons claros, tão sérios quanto Harry e Louis. Kasper encolheu ligeiramente os ombros, olhando para seu filho, sem saber o que ele estava pensando. Liam trouxe uma cadeira para si, antes de sentar em um sofá no canto, junto de outras pessoas.

"Kasper Haygen." Harry começou. Sua voz não soou alta, mas não era preciso que ele gritasse, porque o local estava tão silencioso que a mínima respiração poderia ser ouvida. "Quando meu soulmate falou de você, achei que a Blodmåne finalmente tinha decidido começar uma guerra."

"Olsson certamente quer começar, eu só quero manter minhas filhas em segurança." Quando Kasper disse isso, pôde notar Louis se movendo no colo de Harry, o rosto mostrando um pouco de desconforto. "Por isso estou aqui."

"Entendo. E o que exatamente você foi mandado para fazer?"

"Fui mandado para me aproximar de Louis, porque Olson descobriu que Louis é meu filho."

Houve silêncio. Kasper olhava diretamente para Louis, esperando por qualquer reação do ômega, o que levou algum tempo para acontecer. Ele pôde notar os olhos azuis – tão parecidos com os deles – arregalando lentamente, sua respiração ficou mais rápida e as íris desviavam dele para Harry várias vezes. Kasper permaneceu em silêncio, esperando que qualquer um deles falasse primeiro.

"Isso explica muito." Foi o que o ômega disse. "Mas você não é meu pai. Eu tenho um pai, um que me criou e me amou, mas você não é ele."

"Não espero que você aja como um filho amoroso comigo, Louis, sei bem o que eu fiz. Não estou aqui para me fazer de coitado. Sou uma pessoa ruim e reconheço isso, mas minhas filhas não merecem crescer no ambiente em que eu cresci. Deixei sua mãe porque sabia que ter um filho na Blodmåne era condenar um filhote a uma vida miserável, não quero que minhas filhotes tenham o mesmo destino que minha mãe teve." Ele explicou, segurando-se para não deixar aflorar toda a raiva que sentia da Blodmåne.

"Entendo." Foi o que o ômega disse. "Mas espero que entenda que não podemos simplesmente confiar em você apenas por causa das coisas que nos disse, precisa nos provar que está disposto a nos ajudar."

Antes que pudesse falar, Kasper ouviu um toque de telefone. O ômega líder da Moonlight, Matteo, pegou o celular, franzindo o cenho ao checar a tela, então pediu licença a todos e saiu, falando rápido em italiano. Mesmo que Kasper falasse várias línguas – o que era comum para os lobos –, italiano não era uma delas, então ele não pôde saber o que estava acontecendo, mesmo que não parecesse ser boa coisa, pela expressão do ômega. Seus olhos se voltaram para Harry e Louis novamente, que permaneciam em silêncio.

"O que vocês querem que eu faça?" Kasper perguntou.

"O quão próximo do Olson você é?" Louis retrucou.

"Sou o braço direito dele."

"Então não terá problemas em nos passar informações cruciais sobre sua Família." Louis não parecia abalado, ele mantinha o queixo erguido, falando com convicção. Harry apenas se mantinha quieto, olhando para Kasper, como se não fosse o líder da Midnight, apenas um assento para que Louis se pusesse confortável. "Informações que podem nos ajudar."

"Diga o que querem saber, e eu digo."

"O que Olson quer com tudo isso?" Harry finalmente se pronunciou.

"Controle. Ele realmente acredita que a Blodmåne é superior, porque segue princípios ancestrais dos lobos." Ele deu de ombros. "Olson acredita que as outras famílias perderam o orgulho dos lobos por causa dos meio-lobos, então a Blodmåne precisa tomar conta de tudo para as coisas voltarem aos eixos."

"E como ele pretende fazer isso?"

"À força. Olson está procurando cúmplices para tomar as Famílias por dentro. Ele já conseguiu o apoio do clã Argent."

"Da França?" Harry arqueou uma sobrancelha. "Matteo não vai gostar disso. E sobre a Escócia?"

"Olson não conseguiu nenhum apoiador por lá, então decidiu invadir por conta própria. Ele quer mais ômegas e filhotes para aumentar as forças."

"Não diga que ele pretende usar os ômegas como parideiros para ter mais alfas nascidos." Liam interveio, levantando-se de seu lugar.

"Então não digo, mas é isso que ele quer."

"Nós vamos matá-lo." Louis decretou, com tanta certeza na voz que o deixou impressionado. O ômega se virou para Harry, olhando para ele com ferocidade. "Acabe com eles, alfa. Termine isso logo."

"Eu vou fazer isso, Lírio. Não se preocupe."

Naquele momento, a porta do escritório foi aberta com violência, Matteo entrou com o rosto vermelho, praticamente exalando ira. Dava para notar quanta raiva ele sentia. Seu perfume estava forte. Matteo foi até a mesa de Harry, batendo a mão ali com força, fazendo o móvel balançar com tamanha violência. Tendo crescido na Blodmåne, que desprezava e menosprezava os ômegas, Kasper não sabia que ômegas poderiam ser tão fortes, mesmo que fossem lobos.

"Harry, temos um problema. Convoque o Conselho agora. Dobbiamo uccidere tutti quei figli di puttana. Vamos estraçalhar e fazer una Caccia." (Precisamos matar todos aqueles filhos da puta/ uma Caçada.) Matteo soltou, bufando entre as palavras com raiva.

"O que aconteceu?"

"Olson invadiu a Itália. Distruggerò quel bastardo." (Eu vou destruir aquele desgraçado)

"Bom, então parece que é a oportunidade perfeita para o que eu ainda tenho a dizer." Kasper interrompeu.

"E o que é?" Matteo questionou, apertando os olhos em sua direção.

"Vocês conhecem um Sam Davies, não é? Pois bem, ele está aqui há anos, infiltrado."

Noah abriu a porta logo depois da campanhia tocar. Javon estava ali, com seu sorriso de lado de amolecer as pernas, e abriu os braços, chamando-o para um abraço que Noah não hesitou em aceitar. Era tão reconfortante estar nos braços de seu alfa, mesmo que o tivesse visto há poucas horas, quando estavam na escola, mas ele estava preocupado com seus pais, que estavam resolvendo alguma coisa sobre a Blodmåne e isso o deixava muito apreensivo. Javon o perfumou por algum tempo, antes de finalmente entrarem e a porta ser fechada.

Griffin estava na sala de cinema, junto de Samantha e Madson, William estava sentado ao lado de Oscar. A noite de pizza tinha sido uma ótima distração para o mais novo, porque Louis tinha dito que ele e Harry precisavam resolver coisas de adulto e, alheio à situação, William só deduziu que eles estavam fazendo algo sobre o cortejo – assunto que sempre deixava o alfinha muito animado e curioso.

Noah e Javon se juntaram aos demais, seu irmão já tinha pedido pelas pizzas e agora estavam apenas esperando. Assim que estavam sentados, Noah se recostou em seu mate, seu cheiro apimentado rodeando-o como um calmante. Styles suspirou, muito mais atento à forma como o maior abraçava sua cintura do que com o filme que estava passando – que era um filme infantil, por causa de William e Oscar.

A comida só chegou quando o filme tinha terminado, então eles foram para uma sala vazia, onde estavam deixando os jogos. William estava com Oscar em um canto, montando uma pista de carrinhos de controle remoto, enquanto Griffin e as namoradas estavam distraídos jogando Mario Kart. Noah estava apenas comendo, esperando pela jogada de seu namorado no xadrez – nenhum deles realmente sabia jogar, o que deixava as coisas um pouco mais interessante –, enquanto suspirava entre uma mordida ou outra.

"O que aconteceu, Girassol?" Javon perguntou baixo, desviando o olhar do jogo para ele.

"Não é nada, Jav." Noah respondeu com um murmúrio.

"Eu sei que está preocupado com alguma coisa, ômega. Estou com você, diga para mim."

"Mamãe e papai saíram com o tio Matteo, a tia Gemma e o tio Liam. Tem alguma coisa acontecendo. Tem algo sobre a Blodmåne que eles não estão contando para a gente e isso me deixa nervoso."

"Girassol, vai ficar tudo bem. Tenho certeza de que seu pai vai dar um jeito. E eu não vou deixar nada acontecer com você, ômega. Vou manter você seguro, eu prometo."

"Eu sei disso, Jav. Você é um alfa tão bom comigo."

"Apenas o que você merece, princesa." Javon deu de ombros.

"Javon, você vai casar com o Noah?" A voz de Oscar soou e os dois olharam para o pequeno ômega, que tinha as mãozinhas na perna direita de Javon.

"Eu vou." O alfa respondeu simples, sorrindo. "Quando nós formos adultos, eu vou fazer o cortejo com ele, e depois vamos nos casar."

"Entendi. Eu acho que vou casar com o Will."

"O quê?"

"É. A mamãe disse que a gente se casa com as pessoas que a gente gosta. Eu gosto do Will."

"É diferente, Oscar." Noah explicou. "Você e Will são amigos, então é normal você gostar dele. Eu e o Javon gostamos um do outro de maneira diferente. Nós somos almas gêmeas, assim como as suas mães."

"Entendi." Oscar fez um biquinho e olhou para Will, que chegava perto deles. "Então o Will vai casar com outra pessoa?"

"Nós não temos como saber, só quando vocês forem mais velhos."

"Eu não quero casar com outra pessoa, irmãozão. Vou casar com o Oscar, eu gosto dele." William retrucou com certeza.

Noah franziu o cenho, observando Javon explicar para seu irmãozinho o que tinha acabado de explicar a Oscar. William não aceitou a explicação, repetindo que se casaria com o amigo. Noah pensou que talvez, mesmo que fossem muito novos, talvez os dois filhotes já se vissem como soulmates. Griffin e ele não eram lobos puros, nem mesmo tinham linhagem de sangue, então para os dois foi mais difícil entender que Samantha, Madson e Javon eram tão especiais para eles por serem almas gêmeas, mas aqueles dois eram lobos puros, tinham instintos mais fortes. Poderia ser algo muito mais reconhecível para os lobos deles, mesmo que ainda não soubessem daquilo.

Fazia sentido para ele.

Harry estava bufando sem parar, andando de um lado para o outro em seu escritório, pronto para partir alguém ao meio por causa da raiva. Louis era o único consigo ali, porque Liam tinha conseguido – a muito custo – fazer com que todos os deixassem a sós. Harry tinha a leve consciência de que Matteo, do lado de fora, também estava puto, mas precisava pensar sozinho antes de falar com qualquer pessoa sobre uma decisão definitiva.

"Alfa, você precisa se acalmar." Louis disse calmamente, levantando-se da cadeira, parecendo um verdadeiro deus, então veio até si e segurou seu rosto com as duas mãos. "Sei que está muito irritado, mas temos que pensar com clareza. Olson está sendo estratégico, então também seremos."

"Eu sei, Lírio. É que... deuses, eu estou tão puto. Como ele ousa fazer uma coisa dessas?" Harry suspirou, evitando fazer contato visual.

"Eu entendo, Hazz, mas vamos ser racionais aqui, sim? O que devemos fazer primeiro?"

"Eu vou convocar o Conselho Lúpus. Matteo está apoiando, então não terá problemas."

"Muito bem, amor. E então?"

"Então, eu vou apresentar a situação e pedir apoio das outras Famílias para acabar com a Blodmåne."

"Isso mesmo. E o que vamos fazer sobre o Sam?" Apesar de estar sorrindo, os olhos de Louis estavam ferozes, havia um brilho que era quase como brasas vivas, que fizeram seu corpo inteiro arrepiar.

"O que você quer fazer sobre ele?" Harry apertou os olhos.

"Ele esteve perto dos nossos filhos, alfa, dos filhos de todos. Confiamos nele. Você disse que traição se pune com a morte, nós vamos caçá-lo e fazer ele saber que já descobrimos e que a vida dele não vale mais de nada."

"Deuses." Harry rosnou, agarrando os quadris de Louis com força, então sorriu. "Você é o melhor de todos, Lírio. Eu foderia você agora, se não soubesse que estão nos esperando lá fora."

"Podemos deixar isso para depois, Hazz. Agora você precisa ser o líder da Midnight e manter nossa Família segura. Vai convocar o Conselho e vai garantir que eles apoiem você, então nós vamos acabar com aqueles filhos da puta." O ômega fez um biquinho com os lábios. "O que vamos fazer quando a Blodmåne acabar?"

"Provavelmente, vamos dividir os territórios entre as Famílias. Vai ser complicado mudar os costumes, mas vamos dar um jeito."

"É claro que vamos, alfa." Louis sorriu outra vez, tão brilhante e doce que sua raiva quase foi aplacada. "Vamos resolver tudo, mas você deveria conversar com Matteo agora. E convocar o Conselho."

"Tão sábio, ômega, sempre tão bom para mim. Minha alma gêmea."

"Eu sou alfa. E você é meu alfa forte e protetor."

"Sempre, Lírio. Eu vou conversar com o Matteo agora. Você pode ir falar com o Kasper, sei que quer fazer isso."

"Eu quero, mas não sei como conversar com ele." O ômega bufou.

"Você vai dar um jeito, eu sei que você consegue. Porque você é meu ômega maravilhoso e perfeito."

"Sempre me bajula tanto, amor. Mas, obrigado. Agora vá ser o dono da porra toda."

"É claro." Harry soprou uma risada rápida. "Estou indo lá." Harry saiu do escritório, encontrando os demais esperando por eles. Ele acenou com a cabeça para Kasper, indicando que o outro poderia entrar, o que logo ele fez. Então o lobo olhou para Matteo, Liam e Gemma, que apenas esperavam em silêncio. "Vou convocar o Conselho. Como temos o testemunho de Kasper e seu apoio, Matteo, acredito que não será difícil conseguir a aprovação deles para a dissolução da Blodmåne."

"È chiaro, vamos acabar com eles. Não podemos mais permitir que isso continue acontecendo." (É claro)

Com o assentir que recebeu, Harry foi com Liam até outro escritório, um que se mantinha fechado na maior parte do tempo. Os lobos mantinham muitas tradições, uma delas era sobre como uma convocação deveria ser feita. Para Harry, era uma burocracia desnecessária, mas sabia que não receberia respostas se não a seguisse; dessa forma, Styles pegou o papel especial, meio amarelado, que era produzido em um local específico – que ele não sabia qual era, porque o recebia diretamente dos lobos da Ásia –, então redigiu a carta com falsa calma, colocando-a nos envelopes, então selando-os com o selo de cera da Midnight, identificando cada envelope para uma família.

"Chame Savannah e Abraham, eles são os mais eficientes para esse trabalho." Harry ditou.

"Sim, líder." Liam prontamente respondeu. Gemma entrava no escritório. "Espero que isso acabe logo."

"Eu também."

"É seguro deixar Louis com aquele cara?" A alfa questionou. "Não o conhecemos, Harry."

"Sinceramente, estarei duvidando de todos que se aproximarem. Vamos investigar Sam, descobrir qualquer coisa sobre ele, antes de falar com Felix."

"Felix vai ficar arrasado."

"Ele é forte, e vai arranjar alguém melhor, se o que Kasper disse for verdade."

"Vamos esperar que não seja. Merda, ele esteve nas nossas festas, chegou perto dos nossos filhos."

"Louis disse a mesma coisa." Harry suspirou, então se apoiou na mesa. "Isso também me enfurece, pensar nessa possibilidade."

"Se for verdade, eu vou arrancar a cabeça dele." Liam disse.

"Você não vai fazer isso." Harry disse sério. "Primeiro, precisamos saber se isso é verdade. Depois, se for, o direito maior é de Felix, porque ele foi o mais enganado, pensando que Sam é a alma gêmea dele."

"Bom, depois poderemos estraçalha-lo. Todos temos direito, já que foram nossos filhos que ele pôs em perigo."

"Eu entendo, mas vamos esperar pela decisão de Felix."

Três dias depois, Harry estava indo buscar Louis no trabalho, porque o ômega teimoso se recusou a parar de trabalhar até que toda a confusão acabasse. Ele já tinha começado a receber respostas dos outros líderes; Alexande, o líder da Full Moon – a mais próxima deles, depois da Moonlight –, foi o primeiro a responder, sendo prontamente apoiador da reunião do Conselho, seguido por Anninka, a líder da Crescent Moon. Styles esperava ter as respostas dos líderes da Waning Moon e da New Moon respondessem em breve, com respostas positivas.

Ao chegar lá, o lobo apertou os olhos ao ver Andrews ali. Ele rosnou de raiva, porque achou que aquele problema específico já tinha sido resolvido. Andrews estava sorrindo enquanto falava com Louis, que obviamente não estava feliz com a interação. Harry estacionou e desceu do veículo, indo a passos pesados até onde Louis estava, colocando-se ao lado dele e segurando sua cintura.

"Andrews, você novamente." Harry disse, sentindo Louis se recostando nele. "Esperava que tivesse entendido o recado da última vez e fosse ficar longe."

"Styles." Andrews devolveu, fechando a expressão. "Eu percebi muita movimentação suspeita nos últimos dias, o que está acontecendo?"

"Não é da sua conta. São assuntos de lobo, você não é um de nós, então fique longe, ou vai acabar morto."

"Faz parte do meu trabalho..."

"O que faz parte do seu trabalho é prender criminosos, você não fez isso, então nós estamos cuidando disso." Louis respondeu, cruzando os braços. "Você já pode ir, Alice está esperando."

"Você não pode fazer isso."

"Eu posso fazer o que eu quiser. Sou o ômega líder da Midnight. Você não pode fazer o que quiser, mas eu posso. Agora pode ir."

Bufando, Andrews apenas deu as costas e foi embora. Harry estava estressado, não bastava ter a dor de cabeça com a Blodmåne, agora Andrews queria meter o nariz onde não era chamado, era um problema atrás do outro. No entanto, ele não tinha tempo para se preocupar com o policial, porque havia algo maior do que um alfa meio-lobo metido a esperto. Harry bufou, virando-se para seu ômega, que parecia com raiva. William estava com Oscar e Lil, sentado em um banco no pátio, alheio à tudo, o que era um alívio.

"Se ele não fosse um policial, eu te mandaria matá-lo." Louis murmurou e Harry sorriu.

"Meu ômega mandão." O alfa respondeu com humor. "Se você quiser, eu faço isso, Lírio, só precisa decidir o que fazer com a filha dele."

"Bom, ela deve ter uma mãe. Um adulto com cérebro com certeza toma conta daquela menina." O menor deu de ombros. "Você pode cuidar disso quando destruir a Blodmåne."

"É claro, meu amor. O que você quiser."

"Você recebeu mais alguma resposta?"

"A líder da Crescent Moon aceitou a convocação. Então estamos esperando os outros dois líderes."

"Tudo bem. Nós vamos conseguir. Mesmo que os outros não aceitem, quatro Famílias já são mais fortes que uma."

"É claro, ômega. Vamos para casa, agora?"

"Vamos, alfa."

Por hoje é isso, amores.
Espero que tenham gostado do capítulo, não se esqueçam de votar e comentar bastante, porque me ajuda bastante. Lembrando sempre que temos um grupo de leitores no zap zap, onde eu converso com todos, mando spoilers dos capítulos e das fics novas. Quem quiser entrar, só falar comigo pelo insta ( Samnonnio).
Até a próxima atualização, amo vocês.

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