Musica-knee socks -artic monkeys

Oscar atendia todos os estudantes que apareciam na sua frente. Ele estava se acostumando com tudo isso de ter um trabalho. Ele estaria disposto a fazer de tudo para conseguir sua viagem para a Itália.

A música natalina ecoava por toda à cafeteria. Oscar cantava para si enquanto preparava os cafés de seus clientes. Oscar estava quase terminando seu turno quando um último garoto entra na cafeteria. Ele reconhecia esse garoto.

Ele reconhecia seus olhos verdes e seu cabelo bagunçado.

Era o mesmo garoto que estava chorando quando ele chegou na papaya academy. Antes que Oscar pudesse dizer algo o garoto fala.

-desculpa....e-eu....eu sei falar sua língua. -o garoto fala timidamente invitando contacto com Oscar.

Oscar não fala nada, ele fica apenas parado observando o garoto até ele falar novamente.

-eu...eu sou o charles,prazer. -charles fala finalmente olhando nos olhos do australiano.

-uh...prazer. Oscar. -Oscar fala sem tirar seus olhos do garoto.

Um silêncio desconfortável se instala. Apenas quebrado pelo som das músicas natalinas. Oscar observava as roupas do garoto. Ele usava uma pulseira com a cor de seus olhos e dos olhos de outra pessoa. Ele também usava um moletom da tifosi team. Ele era um jogador de hóquei.

Charles suspira quebrando o silêncio. -Eu odeio essas músicas natalianas. Na verdade, eu odeio tudo o que tem haver com o Natal e inverno. 

Oscar abre a boca para falar algo mas ele não fala nada. Oscar amava o Natal.

Passado um tempo tentando falar Oscar finalmente fala algo. -uh....voce quer um café?

Charles sinaliza que sim e Oscar pega um café pra ele. Oscar estava achando bem estranho. Normalmente os estudantes não falavam com ele. Apenas reclamavam dos preços ou o xingavam por demorar muito tempo preparando um café.

Oscar finaliza o café com chantilly e o da para charles. Assim que ele sente a mão de charles ele se assusta. A sua mão tremia muito, ele tinha uma pele pálida e fria que nem um vampiro.

-uh....obrigado....voce... -charles tenta formar uma frase. Ele tinha um forte acento francês.- você quer se juntar a mim? -charles fala se sentando em uma mesa próxima.

Oscar apenas concorda e se senta perto de charles. Ele tenta puxar assunto mas ele não era muito bom nisso.

-uh...então...você é franc-

Antes que Oscar conseguisse completar sua frase, ele é interrompido por charles que o corrige. -monegasco. - ele fala suspirando.

-uh....voce poderia me ajudar?- charles fala olhando suas mãos.

Oscar se questiona o que charles iria pedir pra ele mas ele apenas aceita. -uh...claro.

Charles respira em alívio. -por favor não ri de mim. -charles fala finalmente olhando nos olhos do australiano. -O que você faria se a pessoa que você mais ama te rejeitasse?

Antes que Oscar pode-se responder algo, charles fala novamente. -eu....eu estou falando de um amigo meu que está tendo muitas dificuldades com isso ultimamente...e eu gosto muito desse amigo. Eu queria ajudar ele. Ninguém merece ser rejeitado certo?

Oscar suspira. Obviamente charles estava falando de si próprio. Mas Oscar não o questiona.

-É....eu acho que ninguém merece ser rejeitado pela pessoa que ama. Vo-...seu amigo deve se tar sentindo bem mal.

Charles tenta não olhar nos olhos de oscar. -É.....ele deve estar mesmo.

Um silêncio se instala no cómodo. Apenas a respiração pesada de charles. Oscar pensava em o que falar para reconfortar o garoto. Mas a verdade era que Oscar não tinha muita experiência nesse tipo de coisas. Ele nunca entrou numa relação séria. Ele tinha medo de se acabar machucando....

A porta da cafeteria é aberta fazendo um grande barulho. Oscar volta sua direção para a porta onde estavam três garotos com uniformes do papaya team.

Um dos garotos se destacava entre os outros dois. Ele era o mais baixo, mas também o mais bonito. Ele tinha cachos, seus olhos....

Porque Oscar estava prestando tanta atenção no garoto?
Ele nem era assim tão bonito.
Okay.
Talvez ele fosse.

Oscar olha para charles que parecia que estava preste a chorar. Oscar tentava entender o que estava acontecendo a sua frente. Mas era bem difícil.

Todos os garotos menos o garoto de cachos correm para abraçar charles.

Charles começa a chorar,ele precisava de seus amigos. Do reconforto deles depois de tudo o que aconteceu.

Charles se separa do abraço e repara que Lando não o abraçava.

George fala tirando charles de seus pensamentos.-onde voce estava garoto!

Alex olha pra George indicando para ele parar de ser que nem uma mãe grudenta.

-você tá bem charlie?- charles abana sua cabeça chorando.

George e Alex o envolvem novamente em um abraço. Eles sabiam que seu amigo precisava deles. Eles sabiam o quanto charles era sensível, e o quanto ele se machucava facilmente.

-e-e-eu e Pierre brigamos....-charles fala tentando parar suas lágrimas.

Alex o olha com um olhar triste sabendo o quanto Pierre era importante para charles. Ele coloca uma mão no ombro de seu amigo o tentando reconfortar.

-shh, vai ficar tudo bem Charlie....

Enquanto os dois garotos reconfortavam seu amigo, Oscar olhava para o garoto de cachos que parecia bem distante da realidade.

Ele olhava seus olhos vendo a profundidade deles. O garoto encarava seus amigos abraçando charles com uma expressão difícil de entender. Sinais de inveja...sinais de raiva...
Oscar não conseguia dizer o que se passava na mente do garoto.

O garoto pega Oscar o olhando e logo Oscar desvia o olhar.  Mesmo não olhando mais o garoto, Oscar conseguia sentir o olhar pesado do garoto sobre ele. Como se ele o estivesse julgando.

Um celular começa a tocar virando todos os olhares para o lugar de onde o celular tocava. Os olhos de Oscar os guiam para o garoto de cachos que falava com alguém em seu celular, não com uma boa expressão. Oscar tentava ouvir a conversa mas ele acaba não conseguindo ouvir nada. O garoto acaba a ligação e sai bufando da cafeteria.

Oscar olha rapidamente para charles que limpava suas lágrimas enquanto seus amigos olhavam o garoto de cachos saindo da cafeteria.

-porque ele é sempre assim?- charles fala após limpar suas lágrimas. -ele está tão distante....

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