💐Prólogo💐

Voltando depois de um tempo estou!

Olá florzinhas! Então depois de muito pensar do que seria feito de "Hortência", resolvi deixar do jeito que está! Mudei algumas coisas, algumas mudanças não são perceptíveis e outras sim, mas apesar de tudo espero que você gostem e continuem lendo essa minha fanfic.

Só queria falar isso mesmo, e boa leitura para vocês!

Beijinhos!

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Prólogo

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Dezessete e dezenove. Dois anos de diferença, mas a quantidade de amor era o que importava para nós. Eu o conhecia desde o primário, e estudávamos juntos desde então, criamos uma amizade e depois com o passar do tempo, essa amizade virou outra coisa:

Uma paixão adolescente.

O nosso primeiro beijo, de muitos, foi quando fiz dezesseis anos e ele dezoito, então desde aí, de vez em quando eu e ele dávamos vários beijinhos por aí. Mas passando um ano apenas desde que começamos essa relação, eu fiz dezessete e JungKook dezenove, e também essa foi a minha primeira vez passando um cio acordado.

Sendo um ômega lúpus o meu cheiro em si já era marcante e bem presente, mas quando eu entrava no cio a intensidade do meu cheiro triplica, as dores aparecem e doem como o inferno, e era desgastante não ter algo para me aliviar por completo, a não ser um alpha. Só que eu não queria ter a minha primeira vez num cio descontrolado onde eu era movido a base do meu instinto. Eu tinha meus princípios de perder a virgindade só quando eu estivesse seguro com um futuro relacionamento.

Mas algumas coisas não acontecem como queremos.

Eu não culpo o Jeon e nem a mim mesmo, não tive tempo de avisá-lo sobre o meu cio, e meus pais não estavam em casa já que tinham ido visitar os meus avós. Meu lobo tomou conta de mim quando senti o cheiro do alpha, e o mesmo aconteceu com ele quando pisou no passeio da minha casa, e eu não sabia que ele iria me procurar para saber do meu sumiço de dois dias.

Então simplesmente aconteceu.

Eu perdi minha virgindade no cio, enquanto era movido por um instinto que nunca tive curiosidade de conhecer.

O resultado depois disso? Eu, grávido aos dezesseis anos de idade.

Jungkook deveria ter sido a primeira pessoa a ficar sabendo da minha gravidez, mas foi completamente diferente do que eu tinha imaginado, pois a mãe dele descobriu antes mesmo que eu pudesse contar a ele. Jeon Ji-Hyo era fria que nem gelo, e fazia de tudo para que os filhos não fizessem algo que sujasse o nome da família.

Então num sábado frio, ela veio a ter uma conversa com meus pais, esses que não gostaram de saber que o filho mais novo já não era mais virgem e que também estava grávido. Eles me humilharam na frente dela e também me expulsaram de casa, com uma mala e uma mochila, me colocando para fora como um cão moribundo.

A partir daquele momento eu não tinha mais ninguém ao meu lado. Meu irmão mais velho não tinha mais contato com a família desde que ele tinha se casado e mudado para outro país, e os meus avós já eram velhos demais para me ajudar.

Mas lá estava ela novamente, querendo jogar todo seu veneno para cima de mim. Ji-hyo me entregou em mãos algumas notas, um papel com um endereço e um molho de chaves. Com todas as letras ela disse para onde eu iria, e o que ela faria comigo caso não a obedecesse, além de que deixou claro que Jungkook nunca ficaria com alguém como eu:

Um ômega qualquer e sem futuro.

Eu chorei tanto nesse dia, que quando cheguei na pequena casinha localizada na periferia de Daegu, tudo que pude fazer foi despejar mais lágrimas enquanto me lamentava da minha situação. Meus primeiros dias em Daegu se resumiram a isso, chorar e me lamentar, mas resolvi mudar essa situação quando escutei pela primeira vez os batimentos cardíacos da minha filhote, Haneul. Para minha filhote eu faria de tudo para poder vê-la bem, e realmente fiz o possível e o impossível para ela.

Eu fiz o que eu pude para poder ter um bom emprego, mas meus esforços não valeram de nada, já que Ji-hyo interferia em cada coisinha que eu fazia. Virei empregado doméstico, e nunca reclamei, o dinheiro era usado nas contas da casa, nas compras e nas coisas que minha filhote precisava. Naquele tempo e até hoje, eu me dedico totalmente para ela e somente para ela, pois Haneul é a única pessoa que eu tenho ao meu lado agora. Pensei que eu seria o porto-seguro dela, mas é totalmente ao contrário. Minha filhote aos quatorze anos, é a única pessoa que me dá colo para chorar sem perguntar o motivo.

Com trinta e um anos, ainda trabalho como empregado doméstico para dar à minha filhote uma vida digna. Ela estuda em uma escola pública de boa referência, faz os cursos de inglês e francês que a escola oferece, e ela é uma boa atleta. Tudo o que ela faz, me lembra o pai dela, e eu me orgulho por ela ser a pessoa que é. Ela tem um sorriso contagiante e adora fazer amizades, ela é uma boa ouvinte e também sabe guardar segredos. Minha filhote é um poço de qualidades, e ela faz de tudo um pouco.

E não me arrependo nem um pouquinho de ter tido ela.

Meu pequeno pedaço de céu!

[...]

Park Jimin, às 17:45 da tarde, Daegu.

Era final de tarde, e eu estava voltando de mais um dia de trabalho, e já estava quase próximo do bairro onde ficava minha casa. Não era tão tarde, então ainda tinha algumas pessoas na rua, alguns adolescentes conversando na varanda de uma casa, e um casal de idosos passeando pela rua.

Estava passando ao lado de uma lixeira quando um alpha pulou na minha frente, o cheiro do cio me deixou assustado então quando ia sair correndo, ele pulou sobre mim. Comecei a me debater tentando sair debaixo do corpo pesado, mas não conseguia sair debaixo dele que me prendia ao chão pelos ombros. Gritei por ajuda tentando sair daquela situação, mas antes dos adolescentes que estavam por ali se aproximarem, me surpreendi quando o alpha me mordeu com força no pescoço, descontente com minha relutância, a dor dilacerante que me tomou me fez gritar em plenos pulmões, e meus olhos se encheram de lágrimas.

Quando os garotos chegaram, três deles tiraram o alpha de cima de mim, e um me ajudou a ficar sentado no passeio. A dor que ainda persistia, não me impediu de ver minha filhote correndo na minha direção, mas depois disso eu só lembro de apagar e ver o escuro.

💐

Jeon Ji-Hyo

A alguns anos, me arrependi por ter acabado com o relacionamento do meu filho com aquele ômega lúpus e me arrependi de ter feito meu filho se casar com uma ômega ao qual ele não conhecia. Mas na verdade, me arrependo de várias coisas que já fiz nessa minha vida.

Recebi a poucos minutos a ligação de um empregado que vigiava o Park, e ainda não acredito no que aconteceu. Na-Yoon minha caçula ainda me olhava, sentada no sofá esperando uma explicação do que ela tinha acabado de escutar.

— Não vai me dizer nada mamãe? — Desviei do olhar afiado dela, me sentando na poltrona ainda tentando raciocinar sobre o acontecido.

— Você não deveria ter escutado essa conversa. — Ela riu sarcástica franzindo o cenho em raiva e tristeza.

— Mas eu escutei, e agora eu quero saber o que a senhora fez! — Arregalei meus olhos olhando para ela que já tinha os olhos vermelhos de raiva.

— Você estragou a vida do meu irmão, e eu sabia que você tinha um dedo nisso! Fez Jimin sumir sem dizer nada e fez ele se casar com uma ômega que ele nem conhecia! — Abaixei a cabeça recebendo todas aquelas palavras, que pesava na minha consciência.

— Mas agora a minha dúvida foi sanada, você realmente tinha dedo em todo esse estrago. Eu tenho uma sobrinha, e meu cunhado está nesse exato momento quase morrendo em um leito de hospital! — Levantei meu olhar para ela que estava de pé me encarando com os olhos cheios de raiva.

— Você vai fazer Jimin ser transferido para o nosso hospital, e vai trazer a minha sobrinha para ficar aqui, e também vai fazer o favor de contar toda a verdade para JungKook! — Olhei assustada para ela quando ela decretou o que eu tinha que fazer.

— E eu só espero que JungKook não fique louco e acabe te estrangulando! — Logo acompanhei com o olhar, Na-Yoon sair pisando fundo com o salto agulha que ela usava, do meu escritório. Quando a porta dupla bateu forte contra o batente, eu peguei o celular na mão para fazer as ligações que eu precisaria fazer naquele momento.

Liguei para o hospital onde o ômega estava internado, pedindo a transferência para o nosso hospital, e depois liguei a escola pedindo a transferência da minha neta. Logo pedi para prepararem o jatinho particular, onde o Park e minha neta seriam transportados, meu assistente pessoal iria acompanhar a menina, e uma equipe de médicos acompanharia o ômega.

Quando terminei, pedi que uma das empregadas arrumassem um dos quartos, o quarto de JungKook, que ele usou na infância e adolescência, para minha neta. Mais tarde, sai do escritório depois de resolver o que eu tinha que resolver. Encontrei Na-Yoon sentada na sala com Soo-Wa, minha nora, que já estava com cinco meses de gestação.

— Fez o que tinha que fazer, mãe? — Assenti diante a pergunta me sentando na poltrona preta que tinha ali, naquela grande sala de estar.

— Amanhã mesmo ele será transferido, e Haneul  virá para cá. O quarto onde ela ficará já foi devidamente limpo. — Ela assentiu em concordância enquanto alisava a barriga redondinha de Soo-Wa que sorria pequeno.

— Que bom, mas ainda é pouco. Você ainda tem que fazer muito para poder ter o perdão deles mãe. E você ainda não fez tudo, ainda tem que contar a verdade ao JungKook. — Suspirei concordando com ela, e lembrei que ainda tinha uma ligação a ser feita, então pedi licença me retirando da sala.

💐

Park Jimin

Estava deitado na maca, com uma intravenosa no braço, que passava um antibiótico que estava "aliviando" minha dor. Haneul estava sentada na poltrona de descanso ao meu lado, e ela me olhava com os olhos marejados, querendo chorar.

— Não chore meu bem, logo eu vou ficar bem, você vai ver. — Eu sorri tentando passar uma calmaria que não existia naquele momento.

— Omma, o médico acabou de falar que você pode morrer! Eu não quero ver você se definhar nessa cama aos poucos! — Minha filhote elevou a voz se levantando.

— Eu não vou morrer! Eu sou forte o suficiente para aguentar isso, tá bom! — Disse rebatendo a mais nova que voltou a sentar na poltrona.

— E-eu tenho medo omma! Eu só tenho você! — A voz quebrada dela me fez estender o braço que não estava furado por nada, incentivei ela a segurar minha mão, e quando ela segurou eu sorri.

— Eu não vou morrer filhote, você vai ver, eu te prometo. — Ela abriu um pequeno sorriso, mas não era o que eu estava acostumado a ver. Ficamos naquele contato, até uma enfermeira aparecer.

— Senhor, você tem uma ligação. — Quando ela disse isso eu franzi o cenho não entendendo. Ela me entregou o telefone e saiu do quarto.

— Alô?

— Jimin, quanto tempo não é? — Essa voz, a mulher que me fez sumir do mapa, Jeon Ji-Hyo.

— Ji-Hyo, o que quer?

— Oras Jimin, eu sei que está internado por causa de uma marca forçada.

— Como?!

— Você é vigiado desde que eu te mandei para Busan. De um jeito ou de outro eu tinha que saber o que você fazia, mas a questão não é essa, a alguns anos eu me arrependi do que eu fiz com o meu filho e com você. Estraguei a sua vida e a vida dele.

— E agora quer se redimir? — Perguntei amargo, apertando o lençol que me cobria com força.

— Não quero me redimir com ninguém, eu só quero ver o meu filho feliz de novo. Mesmo não querendo admitir, ele era feliz estando com você.

— Não acha que já é tarde demais para isso?

— Nunca é tarde demais para algumas coisas Park, mas para mim é, eu não vou ter o perdão do meu filho, mas ao menos eu vou vê-lo sorrir de novo, quando ele ter você e minha neta ao lado dele. — Ri com escárnio, já começando a ficar nervoso.

— Sua neta? Você não pode chamar ela assim! Quando você descobriu minha gravidez, você foi até a minha casa contar aos meus pais! Fui despachado como nada por eles e por você! Você não tem o direito de chamá-la de neta, porque quando eu mais precisei de ajuda, você simplesmente me fez sumir da vida do seu filho sem dizer nada a ele sobre minha gravidez!

— Jimin, eu só quero resolver o problema que eu criei! Quero que tudo volte a ser o que era para ser, você e Haneul com JungKook vivendo uma vida de feliz!

— Mas como? JungKook se casou e— Fui interrompido por ela que riu desgostosa.

— Eu obriguei meu filho a se casar com Ming-Ji! E ele não é nada feliz estando ao lado dela! Ele te ama e eu fiz você sumir da vida dele! Eu estraguei a vida de você, separando você dele. Ele nunca soube da Haneul, ele nunca soube o que aconteceu com você, em todos esses quatorze anos ele viveu e ainda vive na dúvida do que aconteceu com você. — Olhei para o lado onde Haneul me olhava curiosa e preocupada.

— O que você vai fazer, Ji-Hyo?

— O que eu já fiz não é? Eu pedi a sua transferência para um hospital particular daqui de Seul, e também a transferência da escola da Haneul. — Suspirei cansado ainda olhando para minha filha.

— E quando vai ocorrer a transferência?

— Amanhã de manhã.

— E a minha filhote?

— Não se preocupe com Haneul, meu assistente pessoal vai pegar ela daqui a pouco, para ela fazer as malas. Ela vai estar com você na hora da transferência.

— Certo. Eu pelo menos espero que cuide bem dela, já que ela vai ficar aí na sua casa.

— Ela vai ser bem cuidada sim, Na-Yoon está louca para ver vocês dois.

— Então foi ela que descobriu tudo, não foi?

— Foi, ela escutou a ligação que eu tinha recebido do meu empregado que te vigiava. — Sorri lembrando do quanto eu era bem recebido por Na-Yoon, ela adorava me implicar me chamando de cunhadinho.

— Você está fazendo por vontade própria, ou ela te obrigou?

— Minha consciência que já estava pesada acabou ficando mais pesada ainda, quando fiquei sabendo do ocorrido. Então achei que já era hora de acabar com isso.

— Não deveria ter feito nada naquela época Ji-Hyo.

— Eu sei que errei, mas agora eu quero consertar isso para ver meu filho bem. Mas ele não vai me perdoar Jimin, eu sei disso.

— Bom que sabe disso, Ji-Hyo. — Respondi escutando um suspiro da mais velha.

— Eu vou desligar, tenho que terminar de resolver algumas coisas para a sua transferência.

Não consegui dizer um "Até", porque a mais velha desligou antes. Suspirando, deixei o celular no meu colo e olhei para Haneul que parecia querer uma explicação.

— Quem estava no telefone, omma? — Abaixei o olhar, mas logo olhei de novo para ela suspirando.

— Sua avó.

— Avó? Omma, eu, nós não temos nenhum familiar aqui em Daegu!

— Haneul, tem muitas coisas que ainda não sabe — Respondi entregando o celular à enfermeira que entrou e saiu depois de arrumar minha bolsa de soro.

— Então me conte! — Haneul  sentou ao meu lado na cama, e ficou me olhando, esperando que eu começasse a contar.

— Você sabe que eu fui despachado de casa pelos meus pais — Comecei pela parte da história que ela já conhecia.

— Disso eu sei! Mas aonde você quer chegar, omma?

— Quando eu engravidei, eu ia contar isso ao seu pai, mas a mãe dele, sua avó, descobriu primeiro.

— Mas, o que aconteceu?

— Ela foi até onde eu morava com meus pais, e contou tudo a eles. Meus pais eram pessoas conservadoras e já não gostavam de mim, então esse foi o momento que eles viram a oportunidade de me jogar para fora de casa.

— Mas meu pai não fez nada? — Ela perguntou incrédula, e eu neguei pegando uma das mãos dela.

— Filha, ele não teve a oportunidade de saber sobre você! Ele simplesmente acha que eu sumi!

— Mas o que ela quer agora?

— Arrumar o problema que ela criou! Além de fazer eu sumir da vida do filho, obrigou ele a se casar com uma ômega que ele mal conhecia!

— Então nós vamos embora de Daegu?

— Por um tempinho minha filhote. Eu vou ser transferido para um hospital particular, e você para uma outra escola, lá em Seul.

— Isso vai fazer bem a você, omma? Porque você sabe, eu também faço de tudo para ver você bem!

— Filha, isso não é só por mim, é por nós! — Disse beijando a mão dela.

Eu só espero que de alguma forma as coisas fiquem melhores daqui para frente.

💐

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Olá de novo florzinhas!

Eu espero que vocês tenham gostado desse prólogo de 2.840 palavras! São muitas informações aqui, e podemos ver que depois da burrada a Ji-Hyo quer se redimir! Mas será que o Jungkook vai perdoar ela depois de ficar sabendo de toda a história por trás do sumiço do Jimin?

Beijinhos!

#rosquinhas.

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