XXXVII| Condenados

      O ambiente ficou silencioso após o Thomas usar um tom irreverente para responder à sátira do seu irmão mais velho, o sucessor do trono daquele reino.
      Mesmo que o futuro rei fosse representado apenas por um holograma no meio daquele espaço, deu para notar a pontada de interesse que surgiu na face dele perante a pergunta. De fato, o homem ansiava em saber quem havia sido o responsável por libertar o Thomas do cárcere, contudo, por mais que aquele tema o intrigasse, a sua face logo voltou a ficar séria, limpando qualquer vestígio de curiosidade que havia passado por ali.
      — Quando você retornar a sua gaiola eu me certificarei de que você revele isto — retrucou, cinicamente.
      — Eu não ficaria tão certo dist...
      — Thomas — proferiu o herdeiro; ao ouvir o irmão lhe chamar pelo nome, o garoto ergueu discretamente o queixo como se estivesse à espera de algum tipo de desafio ou de alguma zombaria por parte do mais velho. O futuro rei deixou uma risada rápida escapar dos seus lábios. — Não tente ganhar tempo conversando comigo.
      O capitão da equipe X cerrou os punhos. Enrolar o Theo era a única coisa que ele poderia fazer para tentar pensar em algo que pudesse leva-lo à uma saída daquela situação desfavorável.
      — Capturem o meu irmão... — prosseguiu o herdeiro, sem querer dar mais tempo para que o integrante da equipe X pudesse maquinar algo. — ... e matem o resto.
      Ao receberem aquela ordem, os soldados de Bry bradaram. Em contrapartida, os prisioneiros também fizeram isso, no entanto, mesmo naquela gritaria, era possível distinguir claramente que as vozes dos guardas clamavam com determinação enquanto que a dos outros tinha uma dose significante de desespero.
      No final das contas, mesmo depois de tudo o que haviam passado, os fugitivos se deram conta de que haviam apenas adiado as suas mortes. Eles haviam se esforçado tanto para nada. Qualquer esperança que eles tinham fora arrancada no momento em que o futuro rei declarou a sentença de decesso.
      Em meio ao barulho, Thomas permaneceu imóvel. O rapaz pareceu desassociar da realidade. As vozes pareceram se distanciar, as armas dos soldados pareciam se erguer em câmera lenta... Era como se o mundo ao seu redor estivesse devagar, longe. O capitão da equipe X conseguiu observar a firmeza nos rostos dos guardas e a expressão calma no rosto do seu irmão.
      Aquilo seria um massacre.
      Dentro de si, Thomas sentiu o poder queimar em suas veias, implorando para ser liberado. E, naquele instante, uma ideia pareceu surgir em sua mente.
      Se o alvo dos soldados era matar os que estavam atrás de si, então o Thomas iria fazer o possível para ocupar espaço. Eles não podiam mata-lo, então, para salvar os que estavam sentenciados, o jovem precisaria arriscar a sua segurança e se colocar na linha de fogo. Ao fazer os seus adversários terem que tomar cuidado para onde miram, o Thomas poderia usar os seus poderes nas brechas que eles iam dando até a oportunidade de fuga surgir. Esse era o melhor que ele poderia fazer naquela situação, era a melhor coisa que ele havia conseguido raciocinar.
      Então, o líder da equipe X flutuou, usando a sua gravidade para deixa-lo no ar, e, quando se preparou para pôr o que havia pensado em prática, algo fora de seus planos surgiu.
      No momento em que os soldados estavam prestes a iniciar o extermínio, quando os dedos já estavam nos gatilhos e os prisioneiros se jogavam no chão numa última tentativa de defesa, o castelo inteiro tremeu.
      As paredes de pedra desabaram, o teto ameaçou ceder e a sala onde estavam pendeu para o lado, levando todos os que estavam de pé ao solo e, aqueles que já estavam deitados, rolaram na direção que o edifício caía.
      Instintivamente, o rapaz se virou na direção dos seus aliados, conseguindo ver que a Cássia havia apoiado a si mesma e a alguns com os seus poderes, mas a capitã não havia conseguido ajudar a todos os fugitivos, limitando-se a dar apoio apenas ao seu time e aos companheiros de Thomas.
      — O castelo vai cair sobre nós — disse Flora, mas, em meio a gritaria, ninguém a ouviu exceto pelo Thomas, que conseguiu fazer a leitura dos lábios da garota.
      Ela ainda estava sem poderes. Todos dependiam da Cássia para ficarem bem, com exceção do Kral e da Ária, mas, naquela situação, o Thomas temia que a capitã da A1 não pudesse dar conta de tudo.
      Ele precisava fazer alguma coisa.
      Imediatamente, Thomas Brytleofber olhou para o teto prestes a desabar e ergueu as mãos. O seu poder fluiu pelo seu físico, a cor roxa de suas habilidades emanaram e o seu corpo pareceu queimar perante a quantidade de poder que estava prestes a explodir para fora de si. Ele não podia deixar o prédio cair sobre os seus companheiros. O seu semblante estava focado, externalizando a determinação e a força que vinha do seu interior; com um brado, o jovem buscou suavizar a tensão que estava em si.
      E então, o tremor parou.
      Surpresos devido à calmaria, as pessoas ergueram as suas cabeças na direção de Thomas. Espanto, choque e medo estampavam as suas faces.
      — Ele segurou todo o castelo? — indagou alguém da multidão, maravilhado com tal feito.
      — Não — disse Thomas, abaixando a sua mão vagarosamente enquanto o seu poder, que antes estava agitado para sair, se recolhia perante a energia monstruosa que cercava e sustentava todo o castelo.
      A energia de Thor, seu pai e rei de Bry.
      Os demais pareceram notar que o poder que segurava o edifício era amedrontadoramente forte, então, num consenso, todos sabiam que o líder daquela nação havia, finalmente, resolvido interferir na bagunça que estavam fazendo em seu território.
      Uma onda de medo surgiu no local, mas ninguém ousou se mexer ou falar algo, nem mesmo os soldados. O holograma do herdeiro de Bry se perdeu em meio as pedras e, como não tinham ordens do que fazer, os guardas decidiram se manter parados. Além do mais, ninguém sabia se se mexer era uma boa ideia. Ser soterrado por todas aquelas pedras não era algo intrigante para nenhum dos lados.
      No meio de toda inquietude, Flora decidiu analisar o ambiente ao redor de si, e, ao ver o espaço aberto que a destruição do castelo havia feito nas paredes, os seus olhos brilharam com uma certa esperança.
      — Vamos sair do castelo! — decretou ela, fazendo com que todos, seja soldado seja fugitivo, olhassem-na como se a mesma tivesse ficado maluca.
      Thomas, entretanto, levou a sua atenção até o lugar onde os olhos da menina estavam fixos, e, quando o jovem percebeu o que ela havia percebido, as suas sobrancelhas se ergueram diante da surpresa.
      Não havia mais parede de Dinks ao redor do prédio.
      Sem querer desperdiçar mais nem um segundo daquela benção, o capitão da equipe X apontou para o local que iriam usar para, literalmente, pularem fora dali.
      — Vão!
      Quando o rapaz disse isso e, em seguida, usou os seus poderes para alargar as rachaduras, os fugitivos não pensaram duas vezes antes de se levantaram para obedecerem à ordem. Os soldados também se ergueram, uns com a intenção de fazer o mesmo e outros com o intuito de parar a fuga, porém, Cássia foi mais rápida e ergueu uma barreira entre eles.
      A altura de onde estavam era grande, mas a capitã da equipe I resolveu esse impasse ao fazer com que todos escorregassem para baixo ao moldar o seu campo de força com algo parecido com um escorregador.
      Thomas esperou todos descerem e, assim que passou para o lado de fora, o mesmo fez questão de fechar a passagem com uma pedra para que os guardas não o seguissem tão facilmente. Ao fazer isso, ele foi para perto dos outros e, quando pisou no chão, uma sensação estranha tomou conta do seu interior.
      Aquilo havia sido fácil demais.


      Nicholas estava irrefreável.
      Os braços do rapaz socavam furiosamente as paredes de pedra do castelo; a sua habilidade de deixar o corpo invulnerável, além de impedir que os seus ossos se quebrassem durante os golpes, também aumentava a sua força física. Ademais, depois de um tempo, o garoto decidiu usar portais para engolir algumas pedras e colunas que davam sustentação à fortaleza.
      Não demorou muito para tudo começar a querer ceder.
      — Olhe! — exclamou Daphne, que estava próxima ao seu companheiro enquanto lutava para se manter de pé e protegida das pedras que caiam pouco a pouco.
      A fala da garota fez com que o Nicholas parasse o que estava fazendo para levar a sua atenção até o local apontado. Foi então que o jovem viu, através de um dos buracos da parede, que não havia mais uma parede de Dinks ao redor do castelo.
      Um sorriso audacioso surgiu nos lábios dele.
      — Deu certo! — exprimiu, virando-se para observar a sua aliada, que lançou um sorriso em resposta à comemoração do mesmo. Com isso, Nicholas deu uma olhada ao redor de si e, como última ação, abriu um portal que engoliu uma pedra que parecia ser a última sustentação de todo aquele castelo. Com isso, tudo iria, com certeza, desmoronar.
      Daphne soltou um grito quando vislumbrou o chão abaixo de seus pés ceder, contudo, o Nicholas rapidamente agarrou o pulso da mesma e a puxou em direção a abertura que os levaria para fora do castelo.
      Mas eles estavam no andar mais alto daquela fortaleza.
      — ESPERE! — gritou a garota, desesperada com a altura que teriam de enfrentar. Sem os seus poderes, ela não teria como evitar colidir com tudo no solo. — ESPERA... AAAAAAAH!
      O brado de advertência dela logo se transformou num grito de desespero quando o seu companheiro apenas riu e a puxou em direção à queda, carregando-a junto com ele naquela loucura.
      A garganta de Daphne ardeu devido a potência de seus gritos, e o seu coração batia tão forte que o som ressoava no seus ouvidos, impedindo-a de escutar o gritinho alegre do Nicholas – que mais parecia estar desfrutando de uma aventura como saltar de paraquedas ou andar de montanha-russa.
      O solo se aproximou mais rápido do que a moça esperava e, quando faltavam pouquíssimos metros para que colidissem com o chão, o Nicholas abriu um portal que os deixou em segurança no pavimento.
      O garoto ainda tentou apoiar a Daphne para que ela ficasse de pé, mas a garota o empurrou e caiu de joelhos no chão enquanto tentava recuperar o fôlego. As pernas e todo o restante do corpo da mesma tremiam devido ao medo e a adrenalina.
      Após recuperar o ar, ela lançou um olhar mortal para o seu companheiro.
      “Por que ele não havia simplesmente aberto um portal que os levariam direto para o chão ao invés de terem que pular e passar por toda aquela adrenalina desnecessária?”. Era nisso que a menina parecia pensar através de sua expressão enraivecida.
      — Você quer me matar?!
      — Ah, Doidaphne, vai me dizer que não achou isso muito divertido?
      — Não fale comigo — rosnou ela, ao mesmo tempo em que tapava a boca com as mãos como se estivesse segurando o enjoo que tomou conta de si. — Você me paga.
      O garoto soltou uma risada antes de levar os olhos até o castelo, esperando ver o edifício cair. No entanto, ao invés de observar o que desejava, o rapaz pôde contemplar o momento exato em que a fortaleza foi cercada por uma aura arroxeada que, rapidamente, pôs o prédio em seu devido lugar. Diante daquilo, Nicholas abriu a boca para avisar à Daphne o que havia ocorrido, já que a mesma estava ocupada demais tentando se recuperar da situação aterrorizadora que havia enfrentado, porém, a atenção do jovem logo foi até a multidão que pulava para fora do castelo há poucos metros deles.
      O integrante da equipe X cerrou os olhos, tentando enxergar melhor o que estava acontecendo ali, contudo, quando cabelos brancos reluziram entre as pessoas e rostos familiares surgiram, ele arregalou rapidamente os olhos e abriu um sorriso largo.
      — Flora!
      Ao ouvir esse nome, Daphne olhou para o Nicholas. De uma hora para a outra, o enjoo da menina pareceu sumir, dando lugar a um semblante surpreso.
      — O que você disse?
      O companheiro dela abriu um sorrisinho zombeteiro no canto dos lábios quando se virou para encara-la.
      — Achei que não quisesse que eu lhe dirigisse a palavra.
      Inconformada com a resposta recebida, Daphne se levantou do chão e se aproximou do garoto, preparada para pôr para fora todas as reclamações que não havia conseguido dizer antes devido ao enjoo.
      — Você tem sorte de eu não estar com os meus poderes! Você tem ideia do quão desesperador é pular de uma altura daquelas sem nenhum aviso prévio ou uma certa preparação psicológica? Eu estou tremendo até agora e...
      Sabendo que as queixas de sua parceira não terminariam nem tão cedo, o Nicholas a puxou para perto, fazendo-a se calar perante aquela atitude inesperada, e, quando a mesma abriu a boca para perguntar o que ele estava fazendo, o jovem apontou para a multidão. Daphne franziu o cenho, tentando entender o que estava havendo com todas aquelas pessoas, entretanto, quando a garota reconheceu os fios esbranquiçados de uma jovem em meio aos demais, seus olhos arregalaram.
      — F-F-F...
      Flora. Esse nome não conseguia ser proferido pela boca de Daphne graças à emoção que fechou a sua garganta e fez com que os seus olhos se enchessem de lágrimas. Percebendo a reação da garota, o Nicholas travou, sem saber ao certo como deveria agir, porém, a menina sabia exatamente o que queria fazer.
      Sem perder nem mais um segundo, Daphne saiu de perto do seu companheiro e começou a ir em direção à sua amiga. As suas pernas ainda tremiam e estavam bambas devido ao medo de antes, mas a garota não permitiu que isso a parasse. Então, mesmo que mais devagar que o normal, ela seguiu.
      Vendo essa cena, um dos fugitivos apontou para a menina, fazendo com que todos levassem as suas atenções até a pessoa que caminhava em direção a eles. E, quando a jovem de cabelos brancos se virou para ver de quem estavam falando, a mesma comoção que tomou conta de Daphne a atingiu.
      Imediatamente, Flora correu até a sua amiga. Sua melhor amiga. Sua irmã de alma.
      Não demorou para ambas estarem em contato uma com a outra. Um abraço forte as uniu, chegando a levar as duas até o chão devido a intensidade da união. Uma vez no solo, elas permaneceram ali, abraçadas e com a respiração rápida devido a grande emoção que sentiam. Nenhuma palavra foi dita, elas apenas se seguravam com força enquanto lágrimas e soluços exprimiam o que ambas verdadeiramente sentiam.
      Thomas as alcançou após caminhar até o local onde estavam, e o Nicholas se teleportou até lá logo em seguida. Então, os dois se ajoelharam e abraçaram as suas parceiras. Com a presença dos rapazes, o choro das garotas acabou diminuindo, fazendo com que uma sensação de alívio inundasse o ambiente.
      Dentre a multidão, Eduardo foi o primeiro a correr e entrar no meio do abraço, fazendo com que o Nicholas risse e o Thomas reclamasse do peso. Em seguida, Camille e Ária fizeram o mesmo; logo depois veio o Kal, que se satisfez em apenas dar um tapinha nas costas de cada um, contudo, o Eduardo acabou puxando o integrante da A1 para o amontoado, fazendo com que reclamações e risadas ecoassem pelos outros.
      No entanto, mesmo em meio a todo o burburinho que havia surgido, o sentimento que mais emanou entre eles foi o de consolo e dever cumprido.
      Haviam conseguido.
      Ao longe, Cássia os observava com um sorrisinho no rosto. A menina parecia orgulhosa do que haviam feito. Em contrapartida, Morgana encarava o abraço em conjunto com uma expressão irônica, como se achasse aquilo um exagero, porém, ao ver o sorriso de sua capitã, a jovem ergueu as sobrancelhas e deu uma cotovelada nos outros dois membros de seu time, que também ficaram chocados ao verem o semblante da capitã. Sentindo os olhares espantados de seus colegas sobre si, Cássia rapidamente fechou o rosto, retomando sua postura mais séria; com isso, os integrantes da equipe dela voltaram a si e fingiram prestar atenção em suas unhas, no chão ou em qualquer outro lugar aleatório.
      O abraço coletivo foi se desfazendo. Um a um, os integrantes foram se afastando. Daphne e Flora foram as últimas a se soltarem e, quando o fizeram, ambas se encararam sem dizer uma palavra. Parecia que estavam conseguindo comunicar tudo o que desejavam apenas pelos olhos.
      — TONY! — bradou Eduardo, dando um fim àquele momento de reencontro e levando a atenção de todos até o irmão de Daphne, que carregava o Diego e o Ryan nos ombros. Diferente dos demais, o treinador de elite não havia precisado pular de um lugar alto para chegar ali, mas, pela sua postura alarmada, dava para notar que se o castelo não tivesse sido segurado o mesmo poderia muito bem ter sido enterrado vivo.
      Do outro lado, o barulho do corpo de Thiago colidindo contra o chão após o homem pular para fora da fortaleza fez com que alguns soltassem gemidos, como se tivessem conseguido sentir a dor do baque.
      — Thiago! — exclamou Thomas, ao mesmo tempo em que corria até o homem.
      Chegando nele, o capitão da equipe X se abaixou para ver a situação do irmão, no entanto, quando o mais velho fez um sinal com a mão para dizer que estava bem, o jovem suspirou com um certo alívio. Thiago parecia ter se machucado em alguma batalha, e, antes que o Thomas pudesse abrir a boca para comentar sobre isso, um barulho fez com que o mesmo levasse os seus olhos até os muros de pedra que cercavam os derredores do castelo.
      Ao ver a cena, o rapaz engoliu em seco.
      Inúmeros macacos e esquilos, que eram usados como meio de locomoção nas densas florestas de Bry, estavam sobre os muros. Uns já pulavam para o quintal do castelo, enquanto outros permaneciam nas paredes à espera de algum comando. O número dos animais que estavam ali era incontável.
      Thiago se levantou devagar após se recuperar da queda, mas, assim que viu a mesma coisa que o Thomas havia visto, as suas sobrancelhas se ergueram. O treinador de elite segurou o braço de seu irmão mais novo, fazendo com que, vagarosamente, ambos fossem andando até os seus aliados.
      A essa altura, todos já haviam notado a presença dos bichos, contudo, quando os animais olharam em conjunto para cima, os fugitivos se viraram e fizeram o mesmo. Com isso, eles puderam ver um homem no topo do castelo rodeado por uma aura roxa e emanando uma energia espantosa.
      — O rei de Bry — sussurrou alguém, com um medo notório na voz.
      Logo abaixo do soberano, em uma pedra que havia caído e se transformado numa espécie de plataforma, estavam o Rey e os seus aliados. Entre eles estava Alephe, sendo mantido como prisioneiro; ao vê-lo, Nicholas deu um passo a frente, mostrando-se ansioso para fazer alguma coisa que pudesse libertar o seu companheiro dali.
      Também não demorou muito para que, além dos integrantes da Divisão, a sombra de dois Brytleofber’s surgissem naquele espaço. Theo e Thales. Os dois filhos mais velhos do governante daquele território.
      Instintivamente, Thomas deu um passo para trás, temeroso perante aquela visão.
      — Todos fugiram para o mesmo lugar achando que o castelo iria cair. Todos vieram para fora — sussurrou o capitão da equipe X. — No fim, acabamos dando de cara com aqueles que tentávamos despistar. O que parecia ser a nossa salvação acabou se tornando uma espécie de armadilha.
      Os que estavam ao lado do rapaz engoliram em seco, cientes da situação delicada na qual haviam se metido. A caça agora estava ao alcance dos caçadores. Era questão de tempo até a verdadeira batalha eclodir, e, pela notória disparidade de forças que havia naquele lugar, não era difícil saber qual lado sairia vitorioso.
      — Estávamos mais seguros lá dentro do que aqui fora — murmurou Kral, alternando a vista entre os inimigos adiante e os animais que estavam na retaguarda. — Acabou. Nós estamos condenados.

E aí gente, tudo bem?
Estou passando no final do capítulo pra lembrar vocês de deixarem uma estrela ☆ e um comentário dizendo o que vocês acharam ♡ 
Agora vai começar a ficar interessante.

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