Capítulo 4
Layla passa os dedos pelo cabelo, estou com cabeça encostada no colo dela enquanto estamos sentados na grama olhando a pequena corrente de águas debaixo de uma sombra frondosa, não me lembro de ter passado um momento desses com uma mulher.
Essa calmaria e frescor...
_Quando estou triste ou sinto que não aguento a pressão é para cá que eu venho. - solto um meio sorriso.
Ela não tem ideia do que está falando. Aguentar a pressão!? Ela tem ótimos pais, dinheiro, o que mais ela pode querer?
_Eu sei que devia me preparar sabe. - a princesa volta a falar - Sei que deveria estar pronta para quando ela se for mas... É tão difícil! - continuo ouvindo o que ela está falando - A maioria das pessoas acha que sou uma garota mimada, não tenho problemas... - É exatamente o que eu penso! - Ninguém sabe dela além de um número de pessoas bem confiável, é como minha mãe quer e eu... - ouço ela falar e fico em alerta - eu nunca contei a ninguém. - meu viro olhando para cima quando Layla tira a mão do meu cabelo e cobre o rosto aos prantos.
_Ei princesa o que está acontecendo? - tento soar doce e calmo mas me sinto incomodado.
_Minha mãe está morrendo! Eu... - ela respira fundo desviando os olhos dos meus - só não consigo aceitar. Não consigo aceitar que a mulher mais linda e forte do meu mundo, minha heroína vai me deixar...
_ O que...? - perco a fala, eu tinha me esquecido dessa merda.
_ Câncer, descobrimos tarde. Ela está em fase terminal, tem umas semanas que está internada fora do país, meu pai está tentando trazê-la, ela não quer eu vá. O médico deu a ela dois meses de vida, dois meses! Eu posso não conseguir ver minha mãe nunca mais! - Layla chora e conta ao mesmo tempo, o rosto vermelho pelo choro, todo rosto molhado.
_Seu pai... Ele não está viajando? A trabalho? - Quando viemos para esse lugar ela disse que o pai e a mãe estavam viajando, mas, a mãe está no hospital.
_No hospital com minha mãe. Ele quer passar todo tempo possível com ela, aposto que ele esticaria o tempo se pudesse... - estou um tanto perdido sem saber o dizer porque quando ela me contou um pouco sobre isso era só uma garota bêbada, que não se lembra o que disse.
_Eu também deveria estar lá com ela mas, eles não querem que eu vá... Sinto tanta raiva, tanta tristeza e... - antes que ela termine eu a tomo nos meus braços, um abraço apertado.
_ Talvez aja outros tratamentos. - Tento. Com o dinheiro que essa família tem a mãe poderia se tratar em qualquer lugar.
_Temos tentado de tudo Ric, talvez por isso ela esteja passando em muito do tempo estimado. - a garota responde ainda presa em meus braços. - Eu vou estar aqui para te apoiar. - Não sei porque faço esse tipo de pronessa - Vou estar do seu lado. - prometo.
_Obrigado! - Layla responde se afastando um pouco para me olhar nos olhos. - passo minhas mãos pelo seu rosto enxugando as lágrimas, meu polegar roça seus lábios carnudos.
Me vejo em uma cena digna de seção da tarde, me prendo nos olhos azuis só para toma-la em um beijo que ela corresponde. Layla se afasta num rompante. - Cedo de mais!
_ Por que fez isso? - ela perguntou cheia de surpresa e algum sentimento que eu não saberia identificar porque estava querendo beija-la outra vez.
_ Eu não sei. - dou de ombros.
_Está com pena de mim!? - decepção e revolta pude identificar.
_Princesa, não me leve a mau, eu costumo beijar uma mulher por muitos motivos, pena não é deles. - ela examinou meuS olhos e todo o meu rosto por algum tempo antes de mirar a minha boca e dar um leve sorriso.
Eu entendia o sentimento de perda e ninguém espera que as pessoas tenham pena, respeitar a dor dos outros não é mesmo que vimitizar.
Puxo ela para outro beijo.
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