✨73✨

Não é possível.

Jimin parou de caminhar, estava com uma expressão vazia em seu rosto. Era como se todo o seu mundo tivesse desabado, ele não sabia como reagir.

Uma parte dele — a parte imatura e irresponsável — ainda estava convencida de que tudo aquilo era uma piada. Jimin sabia que Taehyung era gay desde há muito tempo, mas apenas decidiu ignorar, ele não queria que ele fosse gay. Ele não podia ser gay.

O que ele fazia era simples. Jimin apenas continuava repetindo em sua própria cabeça que Taehyung era hétero e, eventualmente, ele conseguiu acreditar em sua própria mentira. 

Jimin estava com raiva, mas definitivamente não estava com raiva de Taehyung, mas de si mesmo. Estava com raiva de si mesmo por ser incrivelmente imaturo. Ele se sentiu o pior melhor amigo de todos os tempos por não aceitar que Taehyung era gay e por ignorar seus sentimentos.

Memórias de como Taehyung era compreensivo e carinhoso se repetiam como um filme que nunca terminava. E antes que ele percebesse, sentiu algo molhado e frio em sua bochecha — uma lágrima.

Ele estava com tanta raiva de si mesmo que suas emoções estavam extremamente visíveis em seu rosto.

Você não precisava ser um gênio para entender o que estava errado com Jimin. Ele estava perdido, extremamente perdido.

Ele não sabia como lidar com a situação, então ficou ali parado com lágrimas escorrendo pelo seu rosto, mãos trêmulas e pernas fracas.

Mas algo fez seus olhos ficarem ainda mais cheios. Foi aquela memória novamente.

A memória de seu pai o espancando.

A memória dos lábios de Hoseok pressionados contra os seus junto com a lembrança de como aquilo foi bom.

"Você é nojento."

A memória de Jimin abraçando seu travesseiro com força, imaginando aquilo era Hoseok. 

A memória dele falando com Jin sobre como ele estava confuso. 

A memória dele, deitado em sua cama, com seus pensamentos mantendo-o acordado.

A lembrança dele se perguntando: "Eu gosto de garotos?"

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