CHAPTER FIVE

Capítulo Cinco
—  The employer's room —

Está na hora de usar tudo que eu aprendi em La Casa de Papel.

Se bem que eu parei de assistir na primeira temporada...

- Ok, eu pensei em algo. - Disse amarrando meu cabelo em um rabo de cavalo. - Eu vim apenas uma vez nesse museu, mas tenho quase certeza que esse porão deve ser logo abaixo da sala de manutenção.

- Posso sabe por que você acha isso?

- Intuição.

- Se você está achando que eu vou deixar você arriscar sua vida por uma intuição você deve estar no mínimo maluca. - Disse Peter com uma expressão séria, quase como se eu fosse a única correndo perigo de vida ali.

- Minha intuição nunca falha, MAS irei te explicar. - Falei cruzando os braços na altura do peito. - Qualquer um consegue perceber que esse porão é usado com armazém. Tem artefatos aqui que não podem ser desmontados. - Apontei para uma estátua egípcia de pelo menos três metros de altura. - Estamos em New York, todas as salas do museu foram projetas pensando em quais artefatos seriam expostos ali. Não são muitas portas pelas quais aquela coisa passaria. Eles também não colocariam um porão em uma sala de exposição, isso atrapalharia os visitantes caso precisem mover algum objeto pra cá durante o horário de funcionamento. A única sala possível seria a de manutenção por conta tamanho dos aparelhos que eles precisam por la dentro. Além de ser bem longe de onde os visitantes passam e perto da sala dos funcionários que é nosso objetivo.

- WOW! Como você pensou nisso? Acho que você está no nível do Ned. - Peter pergunta boquiaberto.

- Por favor, eu sou bem melhor. Já te disse que eu assisto Death Note? - Respondi pondo uma mecha do cabelo para trás da orelha como a Debby Ryan. Peter riu. - Ok, mas vamos ao que interessa: eu vou subir primeiro e conferir se não há nada perigoso, vou te dar um sinal se tudo tiver limpo e você vem. - Falei subindo as escadas que davam à porta do porão, quando algo agarrou meu braço me impedindo de continuar.

- Eu acho melhor eu ir primeiro. - Peter disse mais como uma ordem.

- Isso é uma daquelas cenas clichês onde o cara acha que a garota é fraca e impotente e deve ser protegida? - Brinquei.

- Eu to falando sério. Eu sou mais ágil fisicamente, se algo der errado eu vou ter um tempo de reação melhor que o seu.

- Bem, eu acho que você está certo. - Falei mordendo o lábio inferior e olhando para o nada.

Parker tinha razão.
Me veio a memória todas as aulas de educação física. Eu não consigo dar nem uma volta no campo sem ficar ofegante. Meu cérebro deve pesar bastante.

Quando saí de meus desvaneios o olhar de Parker ainda estava sobre mim. Droga de olhar.
Acho que até agora não tinha parado pra reparar o quanto Peter era bonito. Talvez o medo de coloca-lo em perigo esteja me fazendo pensar coisas inúteis como essa.
Esqueça.
Esqueça.
Esqueça.

- Tudo bem, mas me prometa não morrer e tomar cuidado com as câmeras de segurança. Os bandidos devem estar vigiando da sala de segurança. - Disse desviando o olhar para qualquer lugar que não fosse seus olhos.

- Certo.

- Se você não aparecer em dois minutos eu subo pra conferir o que aconteceu.

Peter concordou com a cabeça e saiu do porão. Sentei no final da escada tentando pensar em algum plano descente para salvarmos Megan.
Quando meu cérebro finalmente funcionou percebi que se fosse para mater as vítimas presas enquanto eles roubam o máximo possível eles definitivamente as colocariam em uma sala fechada e sem janelas, ou seja, o cofre ou a sala de segurança. Mas como a sala de segurança deve estar sendo usada pra monitorar as câmeras, então nos resta o cofre!

A porta rangeu atrás de mim e eu levantei abruptamente.

- Hey, tudo limpo! - Peter disse com um sorriso reconfortante. Macacos me mordam, se algo acontecer com ele por minha culpa eu nunca irei me perdoar.

Saí do porão observando a sala de manutenção. Ela era grande e bem iluminada, tinha várias estantes com livros e outros objetos. Três balcões de mármore branco com produtos e pincéis de limpeza faziam contraste com as paredes Marfim e seus detalhes dourados, várias luzes iluminavam o espaço. Pelo estado do local parecia que os funcionários estavam restaurando peças quando atacados.

Expliquei a Peter o sobre o cofre e ele me contou que todas as câmeras de segurança estavam desligadas.

- Como assim? - Estranhei.

- Também não entendi, mas todas que vi estavam desativadas.

- Você tem certeza?

- Sim. Posso não ser tão inteligente quanto você e o Ned, mas entendo de eletrônicos e as câmeras estavam definitivamente desligadas.

- Uhm, acho que o ladrões preferiram não deixar nenhuma pista sobre a aparência deles. - Parker concordou. - Você chegou a ver a sala dos funcionários?

- Sim, não havia ninguém nos corredores por incrível que pareça. - Comentou com uma expressão que não consegui descrever. Acho que ele havia chegado a mesma conclusão que eu: algo estava definitivamente estranho.

- Ok, vamos lá. Não podemos perder tempo. - Falei seguindo Peter até a sala dos funcionários. Não havia nada de extraordinário nos corredores, apenas vasos de plantas e alguns bancos.

A sala dos funcionários parecia uma típica sala de professores. Garrafas de café, uma mesa de centro, diversos sofás, estantes com livros e revistas e uma TV que ainda passava o jornal diário. Na parte direita uma mini cozinha. Observei que haviam três grandes janelas com barras que iluminavam o local.

- Olha no chaveiro deve ter alguma cópia da chave do cofre ou da sala de segurança. - Disse equanto vasculhava as gavetas ali.

- O que está procurando? - Sussurrou Peter com a sobrancelha erguida.

- Isso! - Levantei o braço mostrando a Peter uma arma que estava escondida debaixo do balcão da mini cozinha. - Então é aí que você estava... - Falei para a arma.

- O-o que você está fazendo?! Meu Deus onde eu fui me meter, você é totalmente maluca! - Parker disse com os olhos arregalados.

- Maluco é você! Sério que você pretendia sair daqui vivo sem nada pra se defender? Nós dois somos como baratas perto de bandidos armados!

- Falando de mim isso seria mais ao contrário. - Peter sussurou algo inaudível. - De qualquer forma como você sabia que teria uma arma aqui?

- Eu não sabia, apenas intuição.

- Sua intuição é muito boa... - resmungou - Achei! - Parker mostrou as duas chaves com um sorriso vitorioso. - Vamos lá!

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