#06: Efeitos colaterais dos trabalhos escolares
— O quê? - Chaewon gritou tão alto do outro lado da linha que Taehyun teve que afastar o celular do rosto para abaixar o volume.
— Pare de gritar!
— Você sabe que hoje é o nosso dia de ir no boliche! Poxa Taehyun! Só fazemos isso uma vez por mês!
— Eu sei, Won! Mas é que hoje realmente não vai dar. Tenho que acabar esse trabalho..
— Mentiroso! - ela gritou de novo. Taehyun fechou os olhos e respirou fundo para não perder a paciência. — Eu vi um menino entrando na sua casa!
— É meu parceiro de projeto!
— Mentiroso!! Você sempre faz trabalho sozinho!
— Isso porque o número de pessoas na minha turma era ímpar! Agora entrou um aluno novo e o numero é par... Chaewon?
Encarou a tela do telefone e ela havia desligado.
— Que palhaçada é essa? - riu desacreditado e então voltou para dentro do quarto — Desculpa, Kai. Minha amiga surtada estava me ligando. Onde paramos?
— Sua amiga? Achei que fosse sua namorada.
— Namorada.
— É, eu ouvi ela gritando e bem, quase todo mundo na escola acha que vocês namoram.
— Sério? Nossa, não! Somos só amigos. Credo.
— Sim, sim.. Então, preciso que você pegue fotos desses anos que eu coloquei aqui - empurrou o papel na direção dele — E me mande para colocar no Power Point.
— Ok, mas tirando isso já acabamos?
— Acho que sim! Aí vai faltar só ensaiar para apresentar.
— Ótimo! Você quer comer alguma coisa? Posso ir pegar um salgadinho.
— Por favor! Estou morrendo de fome. Achei que você nunca ia oferecer!
Taehyun riu e então se levantou e foi para a cozinha. Já era de se esperar que veria Beomgyu sentado na bancada da pia comendo balas de alcaçuz como um animal faminto.
— Isso é muito bom! - murmurou de boca cheia.
— Ei, não abuse! Esses aí são da minha mãe.
— Tanto faz.. Como está indo com seu namorado?
O olhar do loiro se encontrou com o do cupido por um momento, que travou no meio da mordida. Percebeu que ele estava convenientemente sentado bem em baixo do armário que queria alcançar.
Tentou ignorar o olhar penetrante do moreno e se aproximou normalmente para pegar a vasilha, colocando a outra mão como barreira para seus rostos próximos.
— Perdão, qual foi a pergunta? - Taehyun enfim respondeu quando se afastou.
— Já quer que eu faça ele se apaixonar por você?
— Calma, ainda 'tá muito cedo. Talvez você nem precise intervir mais.
— Então você gostou dele??
— É. Ele é bem fofo.
— Ai, isso é ótimo. Estou doido para voltar para casa, não te aguento mais.
— Bem, você pode voltar.
— Não, não posso. Só posso quando vocês se apaixonarem de verdade. Se eu voltar antes disso é capaz de me demitirem como cupido e eu tenha que voltar para o céu. Deus me perdoe mas lá é muito chato, eu não posso fazer nada.
— Céu? Espera, como isso funciona?
Antes que Beomgyu pudesse começar a explicar, Kai gritou pelo nome de Taehyun preocupado.
— Me explica isso depois?
— Claro. Não deixe seu namorado esperando.
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