Koo ama o Chim

(mais uma vez, o wtt desgraçado trocou os travessões por hífen, e ainda por cima bugou os comentários, então relevem, por favor)

#FoiPorCausaDasCenourinhas

Um... dois... três anos... Três anos desde a primeira vez que se encontraram e que o amor havia florescido em seus corações.

Jimin era sortudo, de fato, tanto quanto Jungkook, porque aquele amor - o seu amor - era o mais puro e genuíno que haviam provado, o mais puro e genuíno que poderiam construir juntos, pedacinho por pedacinho.

E foi algo tão espontâneo e natural, chegou de mansinho e certeiro, que sequer poderiam negar seu sentimento, não havia como.

Park, o quase desacreditado na paixão, encontrou o amor em quatro patas e jamais imaginou o que aquilo se tornaria depois de um tempo. De coelho para homem; um fato que se pode ver apenas em contos de fadas e histórias criadas, nunca pensou que tal coisa um dia aconteceria consigo.

E bem, o mais cômico em tudo era que, além de encontrar seu amor de maneira inesperada, ainda por cima agia de forma que sequer cogitou agir. Estava certo de que quando descobrisse sua metade ambos sairiam para festas; beberiam juntos; ficariam até altas horas acordados aos finais de semana; seriam mais sérios um com o outro; e provavelmente transariam loucamente durante as madrugadas frias do inverno.

Mas na verdade o que tinha era exatamente o oposto de tudo. Jungkook não gostava de barulhos altos; bebia leite com chocolate todos os dias, durante a manhã e antes de dormir; fazia Jimin gargalhar com suas gracinhas e comentários bobinhos, querendo esmagá-lo de tanto amor; e gostava de dormir de conchinha durante as madrugadas frias do inverno.

Jungkook realmente havia feito o coraçãozinho adulto e fechado de Jimin virar nada mais que algo tão consistente quanto gelatina ou completamente derretido como manteiga em uma panela quente, porque, para Park, não existia mais nada no mundo que pudesse superar a beleza daquele sorriso, a preciosidade daquele serzinho de cabelos rosados como algodão doce.

E o que Jeon sentia em relação a isso?

Posso assegurar-lhes que ele era a pessoa mais feliz do universo, amava Jimin com todo seu âmago e pedia aos céus para que pudessem ficar juntos para sempre, até a eternidade. Jungkook era o Koo do Chimin, e aquele fato era irrevogável.

Todos os dias o pequeno dos fios rosados despertava sorrindo, porque não existia nada melhor para si do que acordar nos braços de seu amado, sendo acariciado com ternura e cuidado, como se ele pudesse se desfazer ou quebrar a qualquer momento.

Porque era realmente aquilo, Jimin tinha medo de cair e perceber que tudo o que havia vivido não passava de um sonho bobo, tinha medo que Jungkook sumisse para sempre ou que de alguma forma o perdesse. Definitivamente, se algo do tipo acontecesse, ele estaria fadado a tristeza eterna, porque nenhum amor superaria aquele que haviam construído juntos.

E bem, falando em juntos, lá estavam eles, entrelaçados em sua bolha de sentimentos enquanto tomavam um delicioso café da manhã.

Era véspera de Natal, a segunda data mais esperada do ano para Jungkook, porque a primeira era seu aniversário. Ele amava comemorar o dia em que fazia mais um ano de vida, era importante demais para si.

Além disso, se engana quem pensa que Kook havia mudado qualquer traço sequer de sua personalidade pura e doce, é possível que jamais aconteça. É claro que, algumas coisas haviam sido acrescentadas em sua vidinha, como referir-se a si mesmo em primeira pessoa, lidar com os outros, ter um filtro antes de falar, agora ter um emprego e conseguir lidar com seus cios de forma mais natural.

Ah claro, os cios. Apesar de ter se transformado em um humano, alguns de seus genes de coelho ainda circulavam em seu DNA, e com isso, determinados costumes e manias continuavam consigo.

Foi um pouco difícil de lidar no início, mas Jimin estava ao seu lado, o apoiando e ajudando a aliviar-se como podia... Mas certo, este seria um assunto para outro momento.

Voltando à manhã do dia vinte e quatro de dezembro, Jungkook estava sentado entre as pernas de Jimin, diante a mesa, enquanto dividiam um pedaço de bolo de cenoura e riam sobre as desventuras de Kook.

- Ontem nós estávamos no estúdio depois do expediente, o Koo e Yoongi hyung, enquanto arrumávamos tudo antes de fechar, - contava o rosado, terminando de engolir uma fatia da massa docinha que havia preparado no dia anterior. - Então um de nossos aluninhos entrou na sala chorandinho, dizendo que sua mãe o havia esquecido e que não conseguia ligar para ela. Eu fiquei com muita dózinha, porque ele deveria realmente estar com medo de ser deixado, e o Kook sabe quão ruim essa sensação é.

- E o que vocês fizeram, doce? - Jimin o encarava seriamente, prestando plena atenção no que o namorado dizia.

- Bem, Yoongi pediu para que eu ficasse com ele enquanto tentava ligar para os pais. Nós nos sentamos no banquinho que há no canto da sala e então tentei distraí-lo contando historinhas infantis. - sorriu minimamente, lembrando do ocorrido. - Ele dizia "tio Koo, se ninguém vier me buscar, eu posso ficar na sua casa?". Era engraçado e fofo, acho que ele gosta do Kook.

- E quem pode não gostar de você, príncipe? Isso é completamente impossível. - o moreno beijou-lhe a face corada, fazendo com que o outro sorrisse ainda mais, deliciado com a sensação agradável que circulava o ar entre eles.

- Você é muito bobinho, Chimin, muito mesmo.

- Sou bobo por dizer a verdade? Nossa, então eu sou o maior bobão, ainda mais por te amar tanto. - Jimin deixou um selar casto no nariz de Jungkook, sentindo o rosado aconchegar-se em seu peito. Ainda que os anos tivessem passado, Kook não havia crescido, apenas ganhado massa corporal, então cabia perfeitamente nos braços do mais velho.

- Oh, você ama o Koo tanto assim? - brincou Jeon, com seu ar travesso de sempre.

- Amo mais do que o tamanho de todo o universo e a quantidade de todas as estrelas juntas.

- Isso é realmente muita coisa... Mas ainda assim, o Jungoo te ama mais. - piscou para o amado. - E não adianta retrucar, nós ficariamos nessa discussão pelo resto do dia. - adiantou-se, vendo que Jimin estava pronto para contradizer sua fala.

- Isso não é justo. - riu. - Mas eu vou aceitar por enquanto.

- Acho muitíssimo bom. - selou os lábios de Jimin com ternura, sem pressa ou ansiedade, apenas um beijinho singelo e casto, como adoravam dar e receber. - Que horas os meninos chegam? Você falou com eles?

- Falei sim, senhor, ambos disseram que vão chegar às sete, querem aproveitar melhor o tempo com a gente, já que faz um tempo que não nos reunimos.

- Tem razão, quando foi a última vez? Mês passado?

- Acho que sim, no aniversário de Naerin.

- Bem, é justificável, todos nós estamos trabalhando muito ultimamente. Mas que bom que vamos poder passar o Natal juntos, não é? Eu fico muitão feliz! - Jungkook sorriu de forma grandiosa, genuinamente contente por estar com sua família.

E sem dúvidas aquela era a melhor família que poderia ganhar, com pessoas que o amavam de verdade e o acolheram quando não tinha um rumo certo para seguir. Era difícil acreditar, de fato, pelo menos no começo, que conforme o decorrer dos dias tudo ficaria bem e estável na vida de todos, e Jungkook não poderia estar mais feliz. Quem sabe o que aconteceria caso Jimin não o tivesse levado para casa naquele dia?

Jeon temia pensar que talvez estivesse nas mãos de pessoas ruins e que o destratariam quando descobrisse que o coelho na verdade era humano. Não conseguia nem imaginar se tivesse sido levado para um centro de pesquisas ou algo assim para que pudessem estudá-lo e fazê-lo de ratinho de laboratório. Céus aquilo era verdadeiramente horrível.

Mas de qualquer forma, não importava mais, ele estava seguro agora, seguro no seio daquela grande e diferente família.

Jimin e Jungkook não demoraram a dispersar-se depois que acabaram o café. Arrumaram as coisas, lavaram a pouca louça que haviam sujado e foram às suas tarefas.

Park queria se estrangular por ter deixado trabalho acumulado para o feriado de Natal, e ainda que não fosse totalmente sua culpa, sentia-se no dever de terminar tudo antes do almoço, afinal, ainda tinham muita coisa para organizar e não poderia deixar seu menino cuidar de tudo sozinho.

Já Jeon aproveitou que o namorado estava completamente concentrado, para que pudesse pegar seu notebook e celular, correndo até o quarto, rindo baixinho como a criança arteira que sempre viveu dentro de seu coração.

Kook era espertinho, sempre foi, e não seria surpresa alguma se eu lhes dissesse que o rosado estava aprontando, seria? Ele rapidamente, abriu seu aplicativo de mensagens, no chat com seu melhor amigo, dando graças aos céus em ver que ele estava online.

kooko neném [9h31]

bom dia, teco hyung! |

tá ocupado? |

teco sem tico [9h:32]

| bom dia coelhinho

| pra vc eu tô sempre disponível bebê 😌

kooko neném [9h32]

bobo kkkkkk |

então, você conseguiu pegar a encomenda do koo ontem? |

não me disse nada, fiquei com receio de não ter conseguido sair de casa por conta da neve |

também não perguntei antes pq chim está um grudinho ultimamente... acho que ele tá no cio 😳 |

teco sem tico [9h32]

| KWHDKWLWJNEBEKRJENE NO CIO

| eu não duvido nada

| mas eu consegui sim, não se preocupa

🔗 anexo: foto

teco sem tico [9h33]

| confesso que tô com inveja do jimin, vc se puxou nenê

kooko neném [9h33]

acha que ele vai gostar? |

o coelhinho tá nervoso |

teco sem tico [9h34]

| coelhinho... ai que inferno para de ser fofo caramba

🥺

| e respondendo sua pergunta, eu tenho plena certeza que ele vai amar

| me diz oq vc faz pelo jimin que ele não fique todo derretido

| e como eu disse, vc se puxou

kooko neném [9h34]

o koo vai acreditar em você só porque é muito meu amigo :) |

ah! comprou meu presente? 🥺 |

teco sem tico [9h35]

| que cara de pau

| não foi assim que eu te criei 🤡

| mas sim, eu já comprei, só preciso ir buscar

kooko neném [9h35]

e.... |

o que é? |

teco sem tico [9h35]

| tchau jeon jungkook

| meus filhos estão me chamando

kooko neném [9h36]

a |

dá um beijinho neles por mim |

e diz que eu amo eles muito |

teco sem tico [9h36]

| dindo babão 🥺

| beijinhos na bunda 💖

Bem, não havia muito mais a ser feito. A casa já estava arrumada, as coisas estavam em ordem, os adereços decorativos de Natal também estavam postos, então Jungkook poderia apenas esperar até que Jimin aprontasse seus afazeres da clínica.

Ainda era cedo, ao seu ver, e o tédio se fazia presente em sua alma cada vez mais, então decidiu que sairia para ir até o supermercado, comprar algumas coisas para o almoço e outras que faltavam para o jantar.

Jeon sempre fora muito ansioso, ativo, mesmo que tivesse seus momentos de preguiça constante, não era seu normal. Talvez por isso se interessou tanto pela dança, assim poderia descarregar suas energias com mais facilidade, além de ser apaixonado pela profissão.

O talento era natural. Não havia feito faculdade alguma para isso, tudo o que sabia, aprendeu apenas com o auxílio de Yoongi e durante as próprias aulas e treinos. Jimin estava inteiramente orgulhoso de seu menino, por saber que ele estava se encontrando em seu próprio caminho.

A passos de coelhinho, Jungkook levantou-se da cama indo em direção ao armário para vestir algo quentinho. O inverno estava rigoroso naquele ano, o que obrigava cada um a sair de suas casas abaixo de no mínimo dez peças de roupa. E não que Kook precisasse, seu calor corporal na maioria das vezes era suficiente para mantê-lo aquecido, mas estava realmente tão frio que fora obrigado a colocar um conjunto de moletom, meias e seus insubstituíveis crocs cor de rosa.

- Jiminnie... - bateu na porta do escritório que compartilhava com o namorado. - Vou ao supermercado, o Chim quer alguma coisa? - tomou a atenção do outro, entrando no cômodo e acariciando seus fios escuros.

- Não, doce, acho que não quero nada. - ele sorriu, passando a mão pela cintura do menor, trazendo-o mais para perto, fazendo com que Jungkook ficasse entre suas pernas para afundar seu rosto no peito do outro, sentindo seu cheirinho suave de morangos com mel.

- O que aconteceu, Minnie? - Kook beijou-lhe a cabeça.

- Nada, príncipe. Eu só queria sentir o seu cheiro, sabe, 'pra recarregar minha bateria.

- Mesmo? - segurou as bochechas macias de Jimin, fazendo com que o namorado mirasse seus olhos, vendo-o sorrir.

- Uhum. Mesmo, mesmo. - assegurou, beijando-lhe a pontinha do nariz.

- Tá bom. - deixou um selinho nos lábios fartos do outro. - Já vou indo, o Koo não demora a voltar.

- Tudo bem, príncipe. Tome cuidado com a rua e coloque um casaco antes de sair. - recomendou, vendo Jungkook caminhar até a porta do escritório, pronto para deixar o quarto.

- Sim, senhor, capitão Chimin! - riu, mandando um beijinho para o outro.

💗🐰💗

Jungkook sempre fora muito ativo, elétrico, ligado no 220, por isso quase nunca se cansava. Nem quando tinha que dar passos pesados sobre a grossa camada de neve que cobria a calçada.

O dia estava bonito, fazia sol e não haviam muitas nuvens no céu, mas estava frio, muito frio, ainda mais com a brisa cortante que fazia o narizinho de Kook ficar rubro e geladinho. E acham que isso era incômodo para si? De forma alguma! Jungkook adorava ver seu nariz vermelhinho, às vezes até ria sozinho comparando-o com um pequeno moranguinho, igual aos que comia quase todos os dias ao chegar do estúdio.

Jeon nunca deixava-se abalar por nada que fosse, porque seu coração ainda era tão puro quanto quando veio a forma humana, sua ingenuidade continuava parcialmente intacta e sua mente viajava longe atrás de fantasias e devaneios bobos sobre seus sonhos.

E ele realmente tinha sonhos. Construir uma família com Jimin era o primeiro deles.

Agora que trabalhava e ganhava seu próprio salário, tudo era mais fácil. Ambos os namorados tinham uma boa renda e boas condições para sustentar a casa e ainda sobrava para desfrutarem com lazer e alguns luxos pessoais. Realmente não tinham do que se queixar, nenhum dos dois reclamava.

E conforme os dias juntos, como um casal, foram passando, mais e mais Jimin e Jungkook ficavam unidos. Diversas vezes pegavam-se conversando sobre o futuro, sobre as viagens que fariam quando tivessem férias, sobre o dia em que se casariam, quantos filhos iriam ter e se comprariam uma casa maior para viverem mais confortavelmente.

Kook ficava todo bobo quando planejavam suas vidas, nunca sequer imaginou que tudo tomaria aquele rumo e que estaria vivendo de forma tão feliz, ele apenas agradecia as estrelas por o enviarem até Jimin.

- Aqui sua notinha, mocinho.

- Obrigado, senhora Jung! Tenha um bom dia e Feliz Natal! - Jeon sorriu abertamente, enquanto acenava de forma desajeitada para a senhora atrás do caixa.

- Feliz Natal para você também, querido, mande beijos para Jimin! - a mais velha mantinha um enorme e cintilante sorriso no rosto marcado pela idade, transparecendo todo o carinho que nutria por Jungkook e Jimin.

E quem não nutre, não é mesmo?

- Pode deixar! - respondeu antes de sair do supermercado.

Jungkook não havia comprado muitas coisas, até porque não prepararia nada muito elaborado para o almoço, não queria fazer bagunça para terem que passar a tarde limpando tudo. Não justo no Natal.

E como não estava com pressa em voltar para casa, Kook decidiu que passaria na padaria do outro lado da rua para comprar alguns donuts, já que sabia que Jimin era fissurado naqueles docinhos. Então não pensou duas vezes antes de tomar aquela decisão.

Ele também já era conhecido na tal confeitaria, frequentemente tirava um tempo depois do trabalho para tomar um café com Taehyung ou Yoongi no local, era aconchegante e agradável, um ótimo lugar para passar bons momentos.

Sem muita enrolação esperou o sinal fechar para caminhar tranquilamente até a outra calçada e adentrar o prédio da esquina, de onde já se podia sentir o cheirinho das diversas especialidades, até mesmo do lado de fora.

- Bom dia, Sungwoon! - cumprimentou assim que viu o jovem estagiário limpando o balcão.

- Bom dia, Kook! Como você está? - o moreno recebeu-o com um sorriso largo.

- Bem, e você? - devolveu a pergunta simpática, aproximando-se da vitrine de doces.

- Muito bem! Mas me diga, o que vai querer hoje, pequeno grande homem? - não precisou de muitas palavras para deixar rubras as bochechas de Jungkook, ainda mais quando falavam de sua altura.

Ele realmente era pequeno para sua idade.

- O Koo quer os donuts de sempre, pode colocar uns cinco a mais, faz um tempo que não compro para comer com o Chim.

- Certo! - Sungwoon virou-se em direção às prateleiras para pegar um saquinho onde colocaria os doces.

Jungkook ficou ali, paradinho com as mão para trás das costas, segurando as sacolas do supermercado e se balançando suavemente sobre os calcanhares, hora ou outra soprando um fio rebelde se sua franja que insistia em cair em frente aos seus olhos.

Havia uma musiquinha calma e suave adentrando por seus ouvidos, deixando-o alheio a realidade, e quando estava quase entrando em mais um de seus devaneios, Koo sentiu alguém agarrar sua perna com força, junto com gritos altos.

- Tio Kook! Tio Kook!

Um pouco atordoado, Jungkook olhou para baixo, reconhecendo a figura baixinha de um de seus sobrinhos, o filho mais novo de Naerin.

- Minho! Oh, que saudade! - o rosado logo agachou-se para abraçar o menor, que também não tardou a agarrar-se ao pescoço de Jeon, quase sufocando-o.

- Criatura de Deus, eu já não disse que não era pra sair correndo desse jeito?! - Outra voz se fez presente, desta vez deixando evidente de quem se tratava logo de cara. - Oh céus, essa criança não toma jeito. - Naerin jogou os cabelos para trás, firmando a bolsa em seu ombro. Jungkook nunca entendeu como aquela mulher podia andar tão rápido em cima de sapatos com saltos tão finos. - Jungkook-ah! Como você está, cunhadinho querido do meu coração. - não tardou em abraçá-lo também.

- Oh, eu estou bem, noona, e você? - soltou-a para cumprimentar Haneul, a irmã de Minho, com mais abraços.

- Tudo sob controle, sabe como é, né? Em épocas festivas, a loja fica um tumulto. - comentou, parecendo realmente cansada. - Eu vim trazer as crianças no colégio para que recebessem um presentinho de Natal, mas estava com tanta pressa para voltar para loja que acabei me distraindo, aí eles viram você e saíram correndo como dois desvairados.

- Não podem fazer isso, amores, e se um carro atropela vocês na hora de atravessar a rua?? - Jungkook se abaixou para olhar nos olhos de ambos. - Nunca mais façam isso, sim?

- Tudo bem, tio Kook! - responderam em coro.

- Certo, agora o Kook quer um beijinho, ele estava morrendo de saudade dos moranguinhos dele! - abriu os braços, não demorando a receber o mais caloroso abraço que poderia ganhar.

Naerin não podia acreditar em como aquelas crianças amavam e aceitavam perfeitamente bem o namorado de seu irmão, realmente o travavam como se fosse sangue do seu sangue, e nunca tinha ocorrido antes. Até porque eles não eram crianças muito receptivas com estranhos, mas Jungkook as conquistou de uma forma tão genuína que era incrível de se ver.

- Me diz, Jungkook, você vai fazer aquilo lá hoje? - Naerin não tardou a perguntar, porque a curiosidade estava matando-a.

- Aquilo... Aquilo o que? - Kook tinha uma expressão confusa, não sabia exatamente sobre o que a mais velha estava falando.

- Aquilo... Sabe, que você disse que pediria para Taetae pegar pra você... - especificou, ainda sem dizer exatamente o que era.

- Ah!! Aquilo! Sim, o Koo vai fazer. Eu tô nervoso... e animado também, ansioso.

- Resumindo, você está a ponto de entrar em colapso. - brincou.

- É isso. - riu, nervosamente, fazendo um biquinho em seguida. - Espero que dê tudo certo.

- Vai, meu amor, não se preocupe. - Naerin afagou os cabelos rosados do cunhado, logo tomando um susto com o toque alto de seu celular. - Ai raios, vamos crianças, a mamãe tem que voltar para o trabalho! - chamou os filhos, parecendo esgotar-se novamente.

- A gente quer ficar com o tio Kook! Deixa mãe, por favor... - Haneul choramingou, agarrando-se tão tio.

- Mas o Jungkook não disse que vocês podem. Aliás, vamos jantar na casa dele e o tio Ji hoje a noite, vão ver eles depois. - tentou convencê-los, vendo-os se agarrarem ainda mais ao garoto.

- Deixa a gente ficar com você, tio Kook! - Minho suplicou com os olhinhos brilhando em expectativa.

- Claro que o Kook deixa, com todo o prazer! - respondeu-os, vendo seus moranguinhos pularem de alegria.

- Tem certeza, Jungkook? Não vai dar trabalho pra vocês? - Naerin realmente não queria que Jeon se incomodasse.

- Tá tudo bem, fique tranquila, noona! Nós vamos nos divertir hoje, e aí quando você vier a noite, você traz as roupas de Natal deles, e fica tudo certo. - Jungkook tentou tranquilizá-la. - Você pode ir, Chimin e Koo dão conta do recado!

- Certo! - sorriu a mais velha. - Se comportem crianças, e obedeçam os seus tios, entenderam? Eu amo vocês.

- Sim, mãe! Nós também te amamos! - responderam em um quase coro.

Jungkook amava aqueles dois com todo o seu coração, era impressionante a forma com que os pequenos enchiam seu peito de alegria e contagiavam sua alma com todo aquele vigor que só eles tinham.

Haneul e Minho realmente consideravam o rosado como tio, e não sabiam como tinham vivido até agora em suas vidas, porque céus, Kook era o máximo! Não existia ninguém mais brincalhão do que ele.

Quando estavam os três juntos, certamente a bagunça estava feita. Jungkook não se continha na hora de fazer folia, e nem se importava em revirar tudo para ter que arrumar depois, porque o que valia mais em seu coração era ver o sorriso no rosto dos pequenos.

Apenas isso.

- O tio Ji vai adorar a visita de vocês. - Jungkook comentou, assim que saíram da confeitaria, depois de pagar pelos donuts. - Hoje nós vamos tirá-lo do trabalho!

- Nós vamos! - o pinguinzinho, popularmente conhecido como Minho, gritou em empolgação. Ele estava todo enroladinho em sua roupa quente e caminhava igual a um pinguim, segurando a mão de Jungkook. Era engraçado vê-lo caminhar chacoalhando o corpo de um lado para o outro involuntariamente.

Kook queria esmagá-lo.

- Nós podemos ver filmes da Barbie na sua cama, tio Koo?

- Vão deixar o Koo ver também? - fez um biquinho para Haneul, que não conteve um grande sorriso.

- Claro! Você pode até escolher! - a garotinha decretou, de forma animada.

- Ok, vamos assistir Barbie Fairytopia! - deu o veredito.

O percurso até em casa não demorou muito mais do que cinco minutos, recheados de risadas e brincadeirinhas bobas como "não poder pisar nas linhas da calçada, apenas dentro das pedras".

Não preciso dizer que foi um desastre total, certo?

Mas bem, quando chegaram em casa, os pequenos correram até o escritório do tio, enchendo-o de abraços e beijos, e logo arrancam-no do escritório para que todos pudessem cozinhar juntos, visto que a hora do almoço estava próxima.

O caos havia sido implantado dentro da residência de Jimin e Jungkook, e eles amavam aquilo, amavam mais do que tudo. Por isso o desejo de crescer juntos e aumentar a família era tão grande.

No decorrer da tarde, depois de limparem tudo, com Jimin lavando a louça, Haneul secando e Kook e Minho guardando, ambos foram cumprir o combinado de assistir Barbie Fairytopia juntinhos.

As crianças deitaram no meio de Jimin e Jungkook, sendo aquecidos pelo cobertor fofinho do casal. Kook estava ansioso, não importava quantas vezes assistisse a animação, todas elas sempre pareceriam à primeira. Ele mantinha os olhos focados na tela da televisão e segurava a mãozinha de Minho, hora ou outra acariciando seu dorso.

Mas em um momento, o sono tomou conta de todos ali, embalando-os para a terra dos sonhos naquela tarde gelada de natal. Jimin até tentou manter-se desperto para apreciar a face graciosa e delicada de Jeon, enquanto ele ressonava baixinho sem preocupações ou tristezas.

Park não acreditava em como seu menino poderia ser tão puro e ter um coração tão bom, não deixar que coisas pequenas estraguem o seu dia, ou como é difícil tirar o sorriso de seu rosto.

Jungkook tinha a aura leve e completamente reluzente, brilhante como seus olhos de jabuticaba, os quais Jimin não cansava de manter-se imerso, sentindo como era grande e poderosa a sensação de amar tanto quanto ser amado.

O Koo do Chimin. Eles haviam sido feitos um para o outro, seu destino havia sido traçado muito antes do que poderiam imaginar, e estavam felizes por finalmente conhecer o amor.

💗🐰💗

- Onde eu posso deixar a torta, Koo? - Hoseok perguntou, invadindo a cozinha, com uma grande travessa de vidro em suas mãos. - As crianças do Tae estão quase metendo o dedo aqui dentro.

- Pode colocar ali na geladeira, Hobi hyung. - respondeu sem demora, rindo por seus afilhados serem tão arteiros. - Onde está o Guinho? Ele não vem?

- Vem sim, neném, mas teve que passar na casa dos pais antes, sabe, pra desejar um Feliz Natal, se não eles ficariam chateados. - escorou-se na bancada, pegando uma cenoura e uma faca para ajudar Jungkook a cortar os vegetais.

- O Koo compreende.

- O que vocês estão fofocando sem mim, seus traidores? - Taehyung acusou, abraçando o melhor amigo por trás, deixando um beijinho no topo de sua cabeça, antes de passar para o outro lado da bancada. - Tá cheiroso hein, Kook, até parece que vai se declarar.

- Cala sua boca de caçapa, Teco! - bradou o rosado, quase entrando em colapso. - O Koo vai enfiar essa cenoura na sua goela se abrir o bico.

- Tá bom, tá bom, mas não se irrite... - brincou, roubando uma lasquinha de cenoura de dentro da vasilha disposta sobre o mármore.

- Criatura, deixa de ser folgado, bora ajudar aqui, por favor! - Hoseok pôs a mão na cintura, indignado.

- Eu tô ajudando caralho, tô dando apoio moral. - piscou para ambos. - Gostei da cor das suas unhas, bebê, foi você quem pintou? - voltou a atenção a Jungkook, que terminava sua tarefa.

- Foi sim, a mãe do Jimin quem deu o esmalte. Eu até empresto pra você, se o Teco me devolver. - condicionou, secando as mãos no pano de prato.

- Eu ia pedir pra você pintar pra mim... - fez um biquinho.

- Como você aguenta um melhor amigo tão folgado, Kook? - Hobi continuava indignado.

- É que ele me ama muito.

- O Koo coloca ele nos eixos. - disse, fazendo Jung gargalhar e deixando Taehyung abismado.

Não era ao todo mentira, porque de longe se poderia notar que Taehyung fazia tudo e um pouco mais para cuidar e proteger sua criança grande, e por mais que o Kim fosse bem fora da casinha algumas vezes, eles dois se entendiam como ninguém mais poderia fazê-lo. Tinham criado até códigos para se comunicarem sem que outras pessoas soubessem o que significava.

Jungkook e Tae eram a perfeita definição de amizade extraordinária, sem dúvida alguma.

- Doce, você viu o meu blusão de lã bege igual esse seu? - Jimin entrou na cozinha, esbaforido, porque seus amigos já haviam chegado e ainda não estava pronto.

Ele queria arrumar-se depressa para poder recebê-los adequadamente, mas fora obrigado a parar tudo o que pretendia fazer para admirar a beleza de seu namorado, que tinha os fios naturalmente cor de rosa, amarrados para trás, com duas mechinhas de cabelo soltas na frente e duas trancinhas nas laterais da cabeça. Jungkook também não deixou de lado a maquiagem, nada muito extravagante ou chamativo; tinha feito um delineado rosinha, passado um pouquinho de blush para deixar sua pele ainda mais coradinha e colocado um gloss transparente, apenas para ressaltar seus lábios vermelhinhos. Ele era perfeito, magnífico, era o garoto mais lindo do mundo, e nada poderia fazer Park mudar de ideia.

- Parece que o coelhinho comeu a língua do Jimin... - Taehyung soltou, assim que percebeu a forma apaixonada e cheia de amor com que o moreno encarava o menor.

- Não é novidade pra ninguém que o Ji baba sempre que olha para o nosso Jungkookinho. - Hoseok completou, deixando pequenas cotoveladas no braço do amigo rosado, fazendo-o corar involuntariamente.

- Jimin, fecha a boca aí, rapaz, vai molhar o chão da cozinha.

- Vocês podem deixar eu admirar meu pequeno em paz? Olhem para essa obra de arte em nossa frente, já viram uma pintura divina tão vivida como Jungkook? - Jimin foi ao encontro do namorado, segurando suas bochechas cheinhas para, em seguida, encher sua faceta de beijos.

- Nossa, pra quê essa baitolice toda, meu pai?

- Chimin, o Koo prexisa terminar de cortar a xalada... - balbuciou entre risos, preso entre as mãos do moreno.

- Oh, desculpe, meu doce. - riu, soltando-o.

- Seu blusão está pendurado no cabideiro, do lado do espelho. - Jungkook respondeu, sorridente, todo feliz pelos elogios que tinha ganhado.

E não que eles fossem raros, até porque Jimin fazia questão de exaltar a beleza de Kook para os quatro cantos da terra, mas todas as vezes eram especiais e faziam o coração de Jeon virar gelatina de tão molinho.

E bem, depois de toda a boiolagem na cozinha, Jimin correu para terminar de se vestir e então estavam todos prontos, reunidos e conversando sobre suas vidas e rotinas.

Momentos como aquele eram muito mais do que especiais, ainda mais para Jungkook, porque aquelas pessoas, sua cunhada e seus sobrinhos; Taehyung, Seokjin e os seus pequenos afilhadinhos; Hobi e Yoongi; Namjoon...eles eram sua família, a família que não pensou duas vezes em acolhê-lo de braços abertos com todo o amor do mundo.

E não era sobre o incluírem em seu círculo de convivência, era sobre fazer com que Kook se sentisse verdadeiramente amado e protegido, sentisse que poderia confiar de olhos fechados em cada um deles, porque eram seu porto seguro.

Jungkook os amava.

E bem, o clima estava mais do que agradável dentro da casa do casal, a lareira mantinha a temperatura amena, as risadas tratavam de encher cada cantinho do lugar iluminado e as crianças ficavam encarregadas de fazer bagunça, mas isso era apenas um detalhe.

Não demorou muito para que o jantar fosse servido, e todos se sentassem em volta da mesa para partilhar o delicioso alimento que Jungkook e Jimin haviam preparado com todo zelo do mundo. Yoongi até sugeriu que esperassem para ter a ceia perto da meia noite, mas todos estavam perdidos de fome, inclusive Min, então a ideia logo foi jogada ao vento frio do inverno.

Oras, qual o problema de comer antes? Assim poderiam aproveitar melhor a hora de entregarem os presentes para cada uma das crianças. Então, depois de apreciarem uma deliciosa refeição e limparem toda a bagunça de pratos e panelas, os oito amigos, junto aos pequenos, acomodaram-se de volta na sala de estar, para esperarem ansiosamente o Papai Noel.

Hoseok, Yoongi e Namjoon estavam sentados no tapete felpudo; Taehyung, Seokjin e Naerin dividiam o sofá maior com suas crianças; e Jimin e Jungkook ficaram com a poltrona.

Kook estava inquieto, um tanto quanto agitado sobre o colo do namorado, suas mãos suavam frio e o coração estava quase pulando para fora da boca. Ele e Taehyung não paravam de trocar olhares, e o mais velho tentava a todo custo fazer o rosado acalmar-se, em silêncio, mas era deveras difícil.

Jimin também não era bobo, e estava estranhando aquela inquietação desenfreada, tanto é que volta e meia perguntava ao namorado se ele precisava de algo, e no mesmo instante Jeon tratava de dizer que estava tudo bem, que ele não deveria se preocupar.

E todo aquele nervosismo não era em vão, Jungkook tinha um bom motivo para estar ansioso daquela maneira, mas precisava esperar a hora certa, e Kim Taehyung estava encarregado de fazer acontecer.

Atento às expressões do melhor amigo, Koo notou que o sinal havia sido dado em, literalmente, um piscar de olhos, então, o plano seria posto em prática.

- Jiminnie, na verdade, o Kook acha que tem algo pinicando na bunda dele, você pode me ajudar a ver o que é? - sussurrou no ouvido do namorado, fazendo-o arregalar os olhos.

- Jungkook... você não está entrando no cio agora, está? Não me diga que veio adiantado desta vez... - desesperou-se. Como atenderia os desejos de seu pequeno se estavam com a casa cheia?

- Não é isso! - deixou um tapa leve em seu ombro, ao mesmo tempo que fez Jimin soltar a respiração que sequer percebeu que havia prendido. - O Koo acha que tem alguma coisa na calça, tá machucando.

- Tudo bem, vamos ver o que é. - Park prontamente levantou-se, pedindo licença para os amigos, e então foi para o quarto ajudar Jungkook. - Onde machuca, doce?

- Bem aqui no bumbum, eu não sei o que é. - reclamou, fazendo careta.

- Tire a calça, vamos ver o que tem aí. - disse, vendo o menor assentir, começando a desfazer o laço da calça de linho.

Jungkook despiu-se, entregando a peça de roupa ao namorado, para que ele analisasse o tecido em busca do que pudesse estar ferindo seu menino. Olhou em todos os cantos, passou bem a mão pela parte de dentro da peça, mas não encontrava nada, nem uma felpa sequer.

- Não está preso em sua cueca, meu bem? - Jimin sugeriu, já que não havia encontrado nada.

- O Koo não vai tirar a cueca com esse frio. - negou-se, irredutível.

- Então vira a bunda aqui, mocinho.

- Pra quê? Você quer olhar minha bunda, é? - acusou, brincalhão.

- Mas é você quem está reclamando que tem algo na sua calça, doce.

- Na calça, não na minha cuequinha. - disse como se fosse óbvio.

- Ok, ok. Não tem nada na sua calça, doce, pode ter sido só um cisquinho, que caiu quando você tirou a calça. - Jimin entregou a peça de volta ao namorado, vendo-o se vestir novamente.

- Não é hora de trepar seus indecentes! - ouviram Taehyung gritar da sala, fazendo com que ambos soltassem uma gargalhada. Aquele era o sinal.

Jungkook havia ficado duplamente mais nervoso.

- Vamos voltar antes que Teco arrombe a porta. - Jungkook riu, segurando o dedinho do namorado, puxando-o para fora do quarto.

Quando chegaram no corredor, Jimin se deparou com uma pequena trilha de velinhas que iluminavam o caminho até a sala, agora parcialmente escura, e um tanto de pétalas de rosa esparramadas pelo chão.

Sua feição era completamente duvidosa, com uma imensa interrogação cravada em sua testa. Park não fazia ideia do que estava acontecendo, apenas deixava com que Jungkook o guiasse de volta para perto dos amigos.

- Doce... O que é isso? - perguntou baixinho, mas nenhuma resposta veio.

Jungkook então parou de caminhar, ficando de frente para o namorado, quase rindo pela cara confusa que ele tinha.

- Teco, pode acender a luz agora? - pediu em um fio de voz, quase desmaiando de nervoso.

- É pra já, chefe!

E assim que o amigo atendeu seu pedido, Kook estendeu as mãos para Jimin, prontamente mirando seus lumes castanhos tão lindos e brilhantes, como forma de acalmar seu coração. Havia chegado a hora.

- Park Chimin... - ele começou incerto, não havia preparado um discurso.

- Jeon Jungkook... - Jimin o acompanhou, fazendo todos ali rirem baixinho.

- Bem... hm... eu estou nervoso, porque... o Koo não sabe fazer essas coisas... mas ele precisa, então... lá vai... - respirou profundamente, e expirou. - Há três anos atrás, havia um garoto que conheceu o amor, o amor ingênuo e bobo, mas tão precioso quanto um diamante. Ele era tão apaixonado que não podia mais se ver sem sua metade, porque sentia que nada mais fazia sentido se não estivesse do lado de quem escolheu para amar. Na verdade, ele não escolheu, foi por acaso que acabou caindo nos braços quentinhos e acolhedores de Park Chimin! Ele nunca temeu o amor, nunca temeu entregar seu coração para Jimin, porque sabia que ele o completava, completava seu ser e cada cantinho de sua alma, e então eles cresceram juntos. Jimin e Jungkook, construíram e conquistaram muitas e muitas coisas um ao lado do outro, apoiando-se, sendo abrigo em dias de tempestade e sorriso em dias de sol. Jungkook amava Jimin, amava cada traço de seu rostinho bonito, cada detalhe de sua personalidade e sentia que eles haviam sido feitos um para o outro. E quem sabe de fato, foram mesmo. - sorriu pequeno, desviando o olhar um segundo, para tentar conter as lágrimas que já se acumularam na borda de seus olhos. - E o Koo está dizendo tudo isso, porque não é mais capaz de ver a vida dele com as mesmas cores, sem o Chimin; o Chimin que faz o meu coração se encher toda vez que sorri ou simplesmente diz um "eu te amo". Então, Park Jimin... - Jungkook soltou as mãos no namorado, ajoelhando-se, ao mesmo tempo que tirava de dentro do bolso do blusão uma caixinha vermelha, com um par de alianças delicadas, sentindo o nariz arder com o choro que não conseguiu conter. - Você quer ser o Chimin do Koo pra sempre?

Naquele momento, todos naquela sala já estavam virados apenas em lágrimas de emoção, inclusive Jimin, que não sabia ao certo se chorava como um bebê ou se sorria grandemente diante das palavras do namorado, mas na dúvida, ele fazia os dois.

E sem demorar mais nenhum segundo, Jimin puxou o rosado para cima, fazendo-o saltar e agarrar seus ombros, para que pudesse abraçá-lo de forma apertada, emaranhado seus dedos nos cabelos do menor, sentindo seu peito subir e descer com força em uma mistura de sentimentos incontrolável.

Jimin se considerava a pessoa mais feliz e sortuda do mundo, porque ninguém jamais seria capaz de provar todo o amor que ele recebia de Jungkook. Sem dúvidas, ele queria ser o Chimin do Koo para sempre...

E assim, naquela noite fria de natal, reunidos com sua família do coração, Jimin e Jungkook juraram um para o outro que seriam um só, para sempre.

Então, seu destino finalmente estava selado, fadado à felicidade genuína, e aquele sentimento puro e doce perduraria por toda a eternidade.

Um... dois... três anos... Três anos desde a primeira vez que se encontraram e que o amor havia florescido em seus corações.

Fim.

..💗..

Olá, amores! Como estão? Sentiram saudades dessa boiolagem toda?

Hoje venho dizer-lhes que, infelizmente, HB chegou ao seu fim, depois de dez meses em andamento. Lembro que no primeiro capítulo eu disse que a fic seria escrita em uma semana kkkk coitadinha de mim, estava me iludindo profundamente. Porém, cá estamos.

Não sei se sentirão saudades, mas eu com certeza vou sentir muita, muita, muita falta de escrever sobre os meus nenéns e todo o amorzinho deles, vou sentir saudade do Koo todo pequeninho com o jeitinho fofo dele, sentir saudade da maneira preciosa com que o Ji cuida do amorzinho dele, e dos grandes amigos taekook fofoqueiros.

Posso dizer com certeza que vivi momentos incríveis com vocês, que leem e dão todo o amor do mundo para essa obra, que comenta, que interagem, que boiolam comigo. Vocês nunca me deixaram desistir, sempre me deram forças para não largar tudo e sair correndo quando eu estava a beira do colapso. Obrigada por estarem aqui comigo, por não me abandonarem e não desistirem de mim mesmo que eu demorasse séculos para trazer uma att.

Enfim, eu tô escrevendo essa nota quase me debruçando em lágrimas, de felicidade e tristeza ao mesmo tempo, porque é uma grande conquista terminar uma obra. Segundo passo é alguma editora me notar e nós transformarmos HB em livrinho, né? kkkk a ilusão.

Então é isso, xuxus, eu espero que tenham gostado! Não esqueçam de deixar um votinho aqui, pra deixar o Koo feliz! Obrigada por terem chegado até aqui, eu amo vocês!

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