Bunny está doentinho
#FoiPorCausaDasCenourinhas
Posso dizer com toda a certeza que sou o cara com uma positividade inabalável, estou sempre tentando ver o lado bom das coisas que não tem ou não costumam ter um lado bom, o que pode parecer idiotice, porque de certa forma tento ver algo positivo na desgraça.
Mas o que será de nós se nossos únicos pensamentos forem ruins, insanos e frases do tipo "wow como a vida é injusta" preencherem a mente o tempo inteiro?
Acredito que, mesmo que seja incômodo e doa, no final poderemos tirar proveito dos maus momentos, algum ensinamento ou lição. Experiência própria, eu lhes asseguro.
"E por que está dizendo isso, Jimin? Veio contar-nos alguma de suas vivências ruins, mas que foram proveitosas no final?", vocês me perguntam.
Não, eu respondo-lhes.
Na verdade vim aqui fazer uma crítica a minha pessoa, porque neste momento estou sendo completamente hipócrita.
Conhecem a famosa Lei de Murphy? Não? Bem, eu não me incomodo em explicar.
Basicamente, em resumidas palavras, a Lei de Murphy afirma que tudo que pode dar de errado, dará e da pior maneira ou no pior momento possível. E certo, seu questionamento de antes se encaixa perfeitamente aqui também, o porquê de eu estar dizendo isso?
Bem, tenho noventa e nove vírgula nove por cento de certeza que Deus me mandou pastar ou algo assim, porque desde que acordei tudo vem dando errado.
A primeira coisa que notei nesta graciosa manhã, foi que Bunny não está em um de seus melhores dias, não fez festa alguma ao acordar, apenas aninhou-se ainda mais entre os cobertores e meu corpo buscando calor ou proteção, não sei dizer.
Ok, ele está doente, o que por si só me deixou preocupado ao extremo.
Segunda coisa, o tempo mudou drasticamente de ontem para cá. Digamos que o dia anterior correu ensolarado e quente, e hoje está caindo o maior pé d'água, com direito a vento e trovões.
O que vem a calhar que não poderei levar meu bebê para a clínica, não posso tirá-lo de casa doentinho e com essa chuva, não mesmo.
Terceiro, devido ao dilúvio que resolveu se formar lá fora, não sei como raios irei para o trabalho, porque meu meio de transporte são meus pés e no caso não arriscarei abrir um guarda chuvas — um: porque seria inútil e dois: assim que batesse um vento o bichinho se desmontaria inteiro.
Torcia para que Taehyung tivesse uma disposição muito boa e estivesse disponível para me dar uma caroninha. Por isso não perdi tempo em ligar para meu amigo.
— Bom dia, Tae lindo, razão do meu viver, melhor amigo do mundo. — fui rápido em dizer assim que Taehyung atendeu a chamada.
— Não se preocupe, Jimin, passo aí ‘pra te pegar daqui quinze minutos. — pude ouvir sua risadinha e a voz de Seokjin gritando ao fundo, dizendo que eu tenho que comprar um carro logo.
Ele não deixa de estar certo, aliás, eu estava enrolando ao máximo para comprar um automóvel.
— Ai, obrigado, Tae! Amo você. — comemorei, contendo um grito de felicidade. — Até mais!
Assim que desliguei, corri para o quarto para tirar meu pijama e colocar minhas roupas da clínica, mas quando entrei meu coração se partiu em dois, porquê Bunny estava todo encolhidinho entre os meus travesseiros e quando me aproximei para tocá-lo o pequeno se esquivou de minha mão.
— O que eu faço com você? Não me deixa nem chegar perto, como vou te ajudar? — perguntei em uma retórica, sabendo que nenhuma resposta verbalizada viria. — Eu não queria ter que te deixar sozinho aqui, meu amor, ainda mais com esse tempo feio, mas não posso te tirar de casa com você doentinho assim. — resmunguei.
Realmente não era nada fácil para mim ter que deixar meu pequeno coelhinho só, em casa em meio a um temporal. O quão assustado ele ficaria se houvessem trovões e relâmpagos?
— Bunny, olha aqui 'pra mim. — chamei a atenção do meu menino, vendo seus olhinhos grandes, agora tão cabisbaixos e opacos, mirarem minha feição preocupada. — Eu sei que você consegue me entender, você é muito inteligente, então faça alguma coisa para que eu possa saber que você vai ficar bem se eu te deixar quietinho aqui… Por favor.
Parecia tolice da minha parte, porque coelhos não são capazes de assimilar palavras, muito menos frases inteiras, mas como eu sempre digo, meu Bunny é diferente.
Sem demorar muito, o pequeno manchadinho esforçou-se ao máximo para ficar próximo a mim, tocando seu focinho em meu nariz, mantendo-o ali por algum tempo – curto, devo dizer – até deitar-se novamente, ainda com seu olhar preso ao meu.
Aquilo era impressionante, Bunny era impressionante e extremamente fofo.
— 'Tá, acho que isso é um "vai ficar tudo bem", certo? — cocei minha nuca, querendo crer com todas as minhas forças que o peludinho realmente estava tentando me tranquilizar de alguma forma, mas meu peito doía, entretanto. — Não faça esforço, ok? Nem pense em deitar no chão e fique confortável aí, 'tá legal? Eu vou ver se consigo voltar mais cedo 'pra cuidar de você. — avisei, me aproximando do pelo rosadinho de sua cabeça, deixando um beijinho carinhoso ali.
Aquele seria um dia difícil, com certeza.
💗🐰💗
— Você está bem, Jimin? Parece um pouco avoado. — ouvi a voz de Hoseok soar pelo refeitório vazio.
O horário do almoço já havia passado, mas eu me mantive ocupado demais com o trabalho para perceber que estava atrasado. Então apenas peguei minha viandinha e sentei-me sozinho em uma das mesas para, supostamente, comer.
A verdade era que eu estava preocupado demais com Bunny. A chuva só havia piorado desde que saí de casa. Os trovões também estavam mais fortes, e ao mesmo tempo que queria correr para abraçar meu pequeno coelho e mantê-lo protegido, estava de mãos atadas até que atendesse meu último paciente.
— Eu só estou um pouco preocupado… — respondi-o simples, remexendo a comida em meu prato com os chopsticks.
— Com o quê? — ele sentou-se ao meu lado, prestando atenção em minhas expressões, então me dei por vencido e empurrei minha refeição para longe, ciente de que não conseguiria comer nada, de qualquer forma.
— Bunny está doente, e com essa chuva não queria tirá-lo de casa. Hoje pela manhã ele sequer fez questão de levantar-se ou pular em cima de mim como sempre faz. Vindo dele isso é muito estranho.
— Ele não comeu algo que possa tê-lo feito mal?
— Não que eu tenha visto. E você sabe que meu coelho não costuma sair comendo tudo o que vê pela frente. Ele é bem seletivo na verdade. — esfreguei o rosto, exausto mentalmente, logo emaranhando meus dedos em meus próprios cabelos escuros, me afundando em preocupação. — Quero voltar para casa, mas meu turno só acaba às oito e meia.
— Por que não pede para Seulgi para sair mais cedo? Quem sabe ela quebre esse galho 'pra você. — meu amigo sugeriu.
— Não posso ficar pedindo essas coisas, posso perder o emprego.
— Você sabe que Seulgi é uma dama de tão gentil, acho que ela vai entender se disser que Bunny está realmente precisando de você. — ele deu de ombros, fazendo um biquinho fofo. — Pergunte a ela, eu posso te cobrir se tiver alguma consulta marcada.
— Você faria isso por mim? — encarei-o nos olhos, quase chorando em alívio.
— Claro que sim, afinal, você ama aquele coelho mais que tudo no mundo.
— Eu o amo.
— Então temos um acordo, depois você me paga uma pizza e uma garrafa de soju. — Hobi levantou-se, dando um tapinha em minhas costas. — Vejo você amanhã, Jimin!
— Você salvou minha vida, Hoseok, obrigado mesmo!
— Não há de que. Apenas cuide do pequeno grande Bunny, ok?
— Pode deixar.
💗🐰💗
Assim que terminei algumas coisas que ainda faltavam, corri para a sala da minha chefe, quase ajoelhando em sua frente para que pudesse me dispensar mais cedo. Não sou um cara muito orgulhoso, então não via problema algum em fazê-lo.
Entretanto, não foi preciso. Acho que Seulgi, por ver o desespero estampado em meus olhos como um letreiro brilhante na Times Square, não pediu muitas explicações antes de me dizer que podia ir para casa. Digamos que tenho muita sorte por ter uma patroa tão gentil e compreensiva.
E como se o Senhor estivesse, pela primeira vez no dia, colaborando comigo, a chuva havia dado uma trégua. Então correndo – mais rápido que o próprio flash, eu suponho –, peguei minhas coisas e saí da clínica em direção ao conforto do lar para cuidar do meu pequeno.
Corri como se o mundo estivesse desabando sob meus pés, e quando cheguei, mesmo com o fôlego faltando, me dirigi o mais rápido que pude até o quarto.
Bunny estava na mesma posição que quando o deixei sozinho pela manhã, como se tivesse passado o dia inteiro deitadinho ali, o que de primeira me preocupou. Achei que dessa vez meu bebê estivesse morto de fato, mas não, assim que vi seu peito subir e descer calmamente, pude soltar minha respiração que sequer sabia que estava prendendo.
Minha vontade naquele momento foi de deitar-me junto ao pequeno do jeito que estava, ainda com as roupas da clínica, todavia não o faria por estar suado e sujo com o cheiro dos outros animais. Então peguei uma muda de roupa confortável e fui para baixo do chuveiro, deixando a água escorrer por meu corpo, levando meu estresse e preocupação consigo.
Não gostava de me sentir assim, com o coração apertado sem controle sobre a situação, mas infelizmente, certas coisas não estão sob meu comando e não posso mudar isso, mesmo que seja incômodo como o inferno.
E além de tudo, me apeguei profundamente ao Bunny. Ele havia se tornado como parte do meu ser, mesmo sendo um animalzinho, dedicava todo o meu amor a ele e sua existência. Porque bem, todos os dias podem ser um pouquinho mais felizes quando tenho meu coelhinho alegre e fofucho pertinho, para que possa enchê-lo de carinho.
Quando finalmente voltei ao meu quarto, pude ver no relógio que havia em cima da cômoda, que já se passavam das seis e meia da tarde. Como estava tudo sob controle e eu já havia terminado as coisas do trabalho enquanto ainda estava na clínica, resolvi que ficaria com Bunny pelo resto do dia.
Guiado por meu senso protetor, apenas empurrei meus cobertores para baixo, enfiando-me sob eles e puxei meu coelhinho para deitar em meu peito, onde estaria bem e protegido.
Bunny estava quente, e claro, já havia checado sua temperatura antes. Sabia que meu menino estava com febre, mas como já fazia muito tempo e ele tinha tomado remédio, supostamente deveria ter passado.
Infelizmente, eu já não podia fazer mais nada para ajudá-lo sem ser prestar meus cuidados e carinho, conversar um pouquinho com ele para que talvez não se sentisse tão tristinho e mantê-lo protegido em meu abraço. Sequer percebi quando o cansaço tomou meu corpo e eu acabei adormecendo, com Bunny em meus braços.
Não sei exatamente em qual momento da noite senti meu braço esquerdo formigar, deixando-me um pouco incomodado, assim como a pressão que estava sendo feita sobre meu peito, nada que pudesse me machucar, mas me causava estranheza.
Meio aturdido e sonolento, sem dar muita atenção ainda de olhos fechados, procurei meu coelhinho com o tato, tentando encontrá-lo para que não me virasse e deitasse por cima dele, esmagando-o.
Mas, assim que toquei em algo que parecia ser pele e não pelos, meu sono de dissipou como areia em um sopro de vento.
Céus, o que havia acontecido?
💗
OI GENTE!! Demorei, mas voltei, não é? Kkkk
Me desculpa, eu andei bem envolvida na organização de outra fic, então acabou que HB ficou meio de ladinho um pouco :((
Pretendo terminar Hey Bunny antes de postar a outra estória, que é completamente o oposto de fofura e nhonhonho kkkkk um duo incrível.
Bem, não tenho muito o que dizer, espero que vocês tenham gostado, desculpem pela demora.
O próximo capítulo já vai ser o início de outra fase, so get ready!
E aqui deixo uma fanart da nenê 💗🥺
Não esqueçam de votar e comentar! Beijocas e até o próximo capítulo! 💗🐰🥕
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