- único
‣ +18;
‣ smut, angst & cheating
‣ Seonghwa × reader;
‣ unprotected & rough, spanking, creampie, oral ( f receiving ), mention of pet names, bondage, dacryphilia (?) e overstimulation;
‣ tudo aqui escrito é meramente ficcional e não representa o artista mencionado.
𖥻 notas :
fic postada originalmente no tumblr, mas decidi postar aqui também. Sempre estarei postando lá antes.
Caso se interesse em acompanhar o perfil é lilgaeguli
Aceito críticas e sugestões de escrita
Nunca era tarde demais, não para Seonghwa. Os polaroids em seu armário não mentiam, e as chamadas recentes em seu histórico confirmavam.
O que acorrentava aquela relação? Não era amor, não podia ser. Não mais. É por isso que você o afastava. Você não precisava daquilo, mas queria mesmo assim. Tudo bem, você não era a única.
O tédio consumia seu tempo, que por sinal parecia não passar. Nem se quer seu celular a animou naquele dia, e não importa quantas vezes desbloqueou a tela, não encontrava notificações do seu namorado. E se ele te esqueceu? Não teve míseros 5 minutos pra te mandar um "eu te amo"?
Imóvel, encarando a luz da TV contra as paredes, cada pêlo dos seus braços se eriçou quando uma brisa gélida te atingiu. Era apenas a janela aberta mais uma vez. Deixou de lado o cobertor sobre suas pernas tocando os pés no chão descalço. Caminhou abraçando seus braços até a janela então a fechando. Os pontinhos em sua pele se tornaram táteis, talvez a sua solidão também - miserável.
"Foda-se"
Esquecido num armário estava a garrafa de vinho que havia ganhado no dia dos namorados. Ele disse que era melhor guardar para uma ocasião especial. Esta era uma, você estava comemorando mais uma data sozinha. Encheu uma taça até transbordar. O líquido queimou sua garganta te lembrando de um machucado sem cicatriz, seu paladar tomado pelo gosto frio e amargo te distraiu por hora. Mais um inverno chegando trouxe a lembrança da primavera quente cheia de memórias. Seu coração apertou, você não faria isso sóbria, mas tentou, ligou diversas vezes para seu namorado, todas caíram na caixa postal. Se encolheu no sofá encarando aquela taça solitária sob a mesa de centro tendo certeza de que aquilo tudo estava dando errado.
É isso. Mil pensamentos passaram pela sua cabeça e certamente todos com zero embasamento. A única coisa que esvaziou sua mente foi olhar os brilhantes números na parede, estava ficando tarde e a solidão estava te procurando. Mas você sabia pra quem ligar.
Pegou seu celular sobre o grande sofá, já entendendo o padrão recorrente, seus dedos digitaram sem pensar duas vezes. Você sabia, ele também. Seu coração nem se quer ansiava mais por resposta, em alguns minutos lá estava ele enrolado entre suas pernas.
- Achei que não fosse atender - mentirosa. Você sabe que ele sempre atende - onde você está?
Enrolando os fios do seu cabelo na ponta do indicador, sorriu satisfeita. "Chego aí em 20 minutos", era sempre a resposta e dessa vez não foi diferente.
Respirou fundo sentindo uma carga se desfazer em seus ombros.
Esperou inquieta olhando cada canto da casa, relembrando cada lugar em que foi levada ao seu pico de prazer e imaginando o que mais poderia fazer. Não era sua culpa, certo? Era dele.
Deles.
Estalos se tornaram mais audíveis de repente. Droga. A chuva fechou o céu acompanhada do pôr do sol. O fluxo de pessoas nas ruas diminuiu aos poucos, todos correndo da chuva que veio sem aviso prévio. Ele ainda iria vir? Andando em círculos pedia mentalmente que a chuva parasse até que seu celular respondeu sua prece, "estou na sua porta" foi o suficiente. O que era antes preocupação se tornou luxúria.
Em passos apressados foi até a porta arrumando seu cabelo antes de abri-la.
- Demorou mais do que da última vez - seu cabelo úmido sobre sua testa escurecia ainda mais as íris de seus olhos.
Sem necessidade de uma resposta verbal deixou seu impulso guiá-la o puxando para dentro juntando seus lábios sem pudor. Era como uma química de fórmula única o que vocês tinham, um vício sem recuperação. Ele não se importava de te foder enquanto você usava seu pior suéter, muito menos o que seu namorado pensaria se descobrisse. O ajudou a se desfazer de sua jaqueta molhada a deixando ali mesmo no chão. Segurando suas bochechas aprofundou aquele beijo caloroso, aproveitando a situação você adentrou as mãos por baixo da camiseta justa que ele usava tateando seu abdômen o incitando a tirá-la.
Separando seus lábios apressadamente ele se livrou da peça parando apenas para admirar seus lábios vermelhos, orgulhoso voltou a sua tarefa atacando seus lábios a pegando em seu colo a caminhando até o sofá a deitando com cuidado tirando seu suéter quentinho obtendo a visão dos seus seios desnudos. Animada você entrelaçou suas pernas e seu quadril. Talvez fosse necessidade, talvez fosse saudades, ou uma consequência da outra, mas era incontrolável.
Estava tudo indo rápido demais, se dando conta de algo incomum, Seonghwa sentiu um gosto amargo se manifestar em sua boca. Nitidamente descontente ele se afastou lambendo os lábios.
- Você 'tava bebendo?
Já sentindo uma discussão se formando você se levantou irritada pegando seu suéter do chão o segurando em seu colo. Merda, mais uma vez começou o moralismo, como se a situação toda já não fosse imoral o suficiente.
- foi só um pouco. Por que liga pra isso?
A névoa presente em sua mente sempre impedia Seonghwa de pensar racionalmente, mas não o tornava idiota. Caminhou até sua frente mordendo o próprio lábio contendo o sorriso sarcástico. Até irritado o filho da puta estava lindo pra caralho.
- como pode me perguntar isso? costumava fazer isso antes, sempre que discutimos em vez de conversar. Parece que é uma maneira de me evitar, ou o que tenho a dizer.
Se aproximou vagarosamente, não era o mesmo homem com uma paixão nos olhos que entrou por sua porta. Apreensiva você deu passos para trás, mas jamais sem abaixar a cabeça. Essa era você. Se antecipando ele segurou seu pescoço, acariciando seu comprimento. Sua respiração pesada e olhar incerto te causou um resquício de agonia, mas não medo, jamais. O ouviria dessa vez querendo ou não.
- por que continua me chamando se pareço ser tão indiferente pra você? - sua fala soou com um ronronar rouco aquecendo seu interior - o que foi? Seu amor está desgastado? Ou você só quer uma boa foda? - Questionou roçando o polegar no seu lábio inferior.
Foi tão estranho, suas emoções instáveis se projetavam em seu rosto. Ele queria sentir raiva de você, queria muito, mas aquele não era seu jeito. Contudo, não era tão diferente de você. Sempre foi o que manteve a ligação entre vocês.
- que merda, Seonghwa! Para de reclamar. Você veio. Fala como se também não quisesse isso.
Rosnou aumentando o tom de voz engolindo em seco a fim de desfazer-se do nó que gradualmente se formou em sua garganta.
- Você superestima tanto seus sentimentos. Se está insatisfeito, apenas não atenda minhas ligações. Para de tentar me corrigir tentando me mostrar o que seria melhor pra mim.
Seu corpo repulsou a própria fala. A que estava se referindo?
Mais uma vez, aquele sorriso irônico dele. Mesmo que um ato simples, sempre te tirava do sério. Eram sempre os mesmos motivos, mesmas lições mas nenhum dos dois nunca aprendeu. Com ignorância ele puxou o suéter que você segurava cobrindo seu torço e jogou no chão fazendo o som abafado ecoar o cômodo frio.
- Então tira a roupa, deixa eu te amar do jeito certo.
Ele aproximou suas faces até que pudessem sentir a respiração morna um do outro e iniciou um beijo lento, quebrando a tensão que se formou na sua face, mas dessa vez você pode sentir rancor no lábios dele. Suas mãos fortes deslizaram da sua cintura sob sua pele macia, ele puxou seu shorts largos calmamente, quando você só queria senti-lo logo, sem muitas preliminares ou brigar primeiro. Estúpida. Já se esqueceu como Seonghwa agia? Ainda mais com raiva. Ele iria foder sua cabeça até que você só pudesse pedir desesperadamente por ele. Talvez fosse o único jeito que encontrou de te fazer sentir minimamente sua aversão.
Se ajoelhou à sua frente, afastando suas pernas sempre mantendo os olhos atentos aos seus como se pedisse permissão. Passou as pontas dos dedos sob sua fenda coberta.
- Minha bonequinha favorita, sempre peefeita pra mim - ronronou.
A excitação voltou a circular em sua corrente sanguínea a cada toque singelo dele, estimulando seu clitóris molhando o tecido que o cobria. Você projetou seu quadril para frente se esfregando em seus dedos à medida em que ele parecia diminuir os movimentos. Os lábios rubros pareciam chamá-la.
- por favor, Hwa... - implorou desejando sentir seu interior preenchido.
Ele estava no caminho certo.
Puxou sua calcinha finalmente passando a língua sob seus lábios. Iniciou movimentos lentos com a língua e pequenas sugadas deixando marcas sutis. Aquela sensação subindo para seu estômago subia por seu corpo parando em sua garganta era quase incontrolável. O som obsceno preenchia seus ouvidos, era doce, cada gemido baixo que saiu de sua garganta o deixava ainda mais sedento. Aquela visão era uma das mais hipnotizante que você já viu. Seus olhos tão submissos, o cabelo bagunçado e os lábios brilhantes e a ponta vermelha e gelada do seu nariz te causava um arrepio sempre que tocava sua pele.
Sentiu dois de seus dedos te invadirem bruscamente. Foi inevitável um gemido sôfrego escapar da sua garganta. Aos poucos ele seguiu seu ritmo aumentando a velocidade em que lhe penetrava sugando seu clitóris. Você agarrou o cabelo dele movimentando seu quadril procurando causar ainda mais fricção.
Suas pernas estavam prestes a falhar, chegando bem perto do seu ápice quando Seonghwa simplesmente te abandonou - canalha!
Você protestou manhosa pressionando seus coxas uma contra a outra enquanto seu prazer desaparecia. Ele se levantou expressivo passando os dedos na ponta da língua experimentando seu gosto.
- Droga, seonghwa! Está fazendo de novo - reclamou entre dentes apoiando a testa dando leves socos no peitoral dele não controlando a frustração.
Ele estava te fazendo criar expectativas só pra acabar com elas. Sem escapar uma única palavra ele segurou sua cintura levando capturando perfeitamente seu olhar usando de um sorriso transparente, era nítido que pelo menos um de vocês estava se divertindo.
- eu sei o que você quer, mas quero te escutar implorando - segurou seu maxilar umedecendo os lábios - eu prometo fazer da sua cama um oceano.
Esse era o sustento das fantasias dele, destruir seu ego te fazendo ser nada mais que uma puta desesperada para tê-lo te fodendo. A frustração pairou por sua pele, seus olhos ardiam brilhantes. Teria que abaixar a guarda.
- eu... eu quero muito gozar. Por favor, Seonghwa - resmungou - faça o que quiser comigo só essa noite - completou lançando um olhar orgulhoso.
Era por essa garota que Park Seonghwa havia se apaixonado. Suas palavras corroeram os sentidos dele, dando liberdade para que cada parte mais desesperado de si despertasse. Um acerto de contas. Rudemente ele agarrou suas coxas e a segurando em seu colo, caminhou até seu quarto. Ele apreciou cada traço do seu rosto delicado. Deu dois tapas fracos na sua bochecha direita soltando ar pelo nariz.
- Oh, você vai me odiar 'pra caralho, princesa - porra, a voz dele era tão excitante.
Ele arrumou seu cabelo depositando um beijo amoroso na sua testa e se levantou, assim que desatou o cinto um choque percorreu seu corpo, a surpresa estampou seu rosto.
- Não se preocupe, anjo. Não vou te bater com isso, eu prefiro marcar sua bunda com minhas próprias mãos - disse na tentativa de te acalmar - de costas, ajoelhe sobre a cama.
Teria funcionado se seus olhos não estivessem exalando uma aura sombria. Você obedeceu, se virou para ele e ajoelhou sentando sobre as próprias pernas. Não podendo vê-lo se mover apenas sentiu sua respiração em seu pescoço enquanto afastou seu cabelo para o lado. Seus pulsos foram pegos e atados bem apertados juntos, o material do cinto fez um certo atrito desconfortável com sua pele mas nada que a machucasse. Sem qualquer cuidado ele apoiou seu torso no colchão segurando seus pulsos. Enquanto o sangue de suas veias lutava para circular devido a posição, você entregue a ele se assemelhou como uma presa vulnerável aos olhos frios de um lobo
Seu corpo estremeceu ao sentir seu pau deslizando nas suas dobras molhadas - latejando implorando por um pouco de atenção.
Lentamente você sentiu seu interior sendo preenchido recebendo perfeitamente cada centímetro dele gemendo arfado. Ele começou suas estocadas lentamente, mas aumentando sua velocidade aos poucos. Sua respiração descompensada contra o lençol contribuiu com sua excitação.
- Você está tão linda nesse ângulo - disse, diferindo um tapa estalado perfeitamente marcado na sua bunda.
Você mordeu os próprios lábios xingando mentalmente quando sentiu sua pele beliscar. O som sôfrego dos seus quadris se chocando junto dos gemidos roucos dele assombrarão sua cabeça em momentos indesejados. Uma ansiedade mista de agonia fluiu por seu corpo parando em seu ventre, inconscientemente abriu sua boca deixando o que estava preso em sua garganta se libertar. A única coisa que te perturbou foi não poder ver o rosto dele, ele sempre ficava tão lindo enquanto gozava, você sempre ficava orgulhosa pensando no seu bom trabalho.
Ele agarrou seu cabelo torcendo na própria mão apertando mais, você murmurou pelo ato bruto mas inegavelmente preferia que fosse assim. Mas era impossível ignorar o ar pesado que possuía seu corpo quanto mais capturava seu atos e falas.
- Seonghwa, espera... - chamou manhosa.
- Não sabe quanto imaginei fazer isso com você - rebateu puxando ar entre os dentes.
Sentindo seu ápice se aproximar você cravou as unhas nas palmas das próprias mãos, ele soltou seu cabelo lhe trazendo um alívio momentâneo e decidiu mudar um pouco sua posição. Agarrou seus braços te levantando, de joelhos não só seus corpos estavam colados como seu ponto mais sensível estava sendo acertado com mais força. Seus braços juntos estavam começando a formigar pelo aperto e posição mas seus sentidos se suspendiam cada vez que o pau dele deslizava pra dentro de você. No fundo você sabia que mais ninguém conseguiria te foder tão bem quanto ele. Era ele quem conhecia seu corpo como se fosse sua propriedade particular.
Subitamente seu corpo falhou não aguentando o próprio peso, ele levou até o seu limite, finalmente aquela sensação sublime inundou seus sentidos. Era arrepiante sentir seu interior aquecido enquanto seu líquido vazava.
- Você é tão uma vadia tão patética. Olha pra você, aposto que mal consegue raciocinar - zombou
De fato, seu corpo parecia ter sido destruído porém terrivelmente vazio. Devagar ele te deitou de lado dando descanso para suas costas. Você fechou os olhos e suspirou até que sentiu ele te invadir novamente.
- não pensou que eu tinha terminado, certo?
Ele passou a te estocar com mais força segurando sua cintura e forçando uma das suas pernas até a altura do seu quadril se ajustando a você.
- Sempre me fazendo cair nas suas mentiras. Ele sabe disso? Ele sabe o quão suja você é?
O que ele estava dizendo? Seus nervos começaram a borbulhar, mas você se sentiu tão culpada por estar gostando. Uma tempestade de perguntas começaram a rodear sua mente, enquanto aquele agonia iminente crescia no seu corpo. Sua entrada ficou de repente tão sensível a ponto de te fazer querer gritar. Você engoliu em seco olhando para ele boquiaberta. Uma vontade súbita de chorar te tomou, mesmo tentando você não controlou suas lágrimas.
- Hwa... espera - implorou num tom macio.
Seus grunhidos baixos o instigaram mais ainda. Mais um tapa dolorido acertou bunda. Tortura. Ele gemeu arrastado se desfazendo dentro do seu interior quente. Suas pernas num espasmo quase se fecharam, mas ele impediu, de algum modo você se sentiu ameaçada.
- Calma - Ele impôs exibindo seu sorriso felino - Eu quero ver o quão linda você é, princesa
Ele voltou. Você escondeu seu rosto envergonhada, não pelo que ele disse, e sim porque não queria que ele te visse tão vulnerável, como um bichinho perdido. Ele passou os dedos por suas bandas vermelhas devido o atrito lambuzada com seu líquido brilhante. Seu coração se acalmou somente quando ele desfez o nó do cinto deixando o sangue circular em seus braços e se deitou ao seu lado acariciando seus braços.
- Você 'tá bem? - sua voz agora exalava doçura.
A dualidade de Seonghwa era o que você mais apreciava, era o equilíbrio perfeito entre o afeto que você procurava e o desejo obscuro de ser fodida como uma vadia estúpida. Era amor com fetiche. Teria sido perfeito se não fosse um pequeno problema, e até você sabia que não era culpa dele, mas era orgulhosa demais para admitir.
Você se aninhou entre os braços dele afundando a cabeça no seu peitoral. O ato inesperado o surpreendeu, normalmente você pede que ele vá embora mesmo quando você nem se quer recuperou o fôlego.
- Você pode me abraçar mais forte? - soou mais desesperada do que você gostaria.
Ele permaneceu em silêncio, mais uma vez parecia ter um milhão de coisas a dizer mas as palavras embaralhadas na cabeça dele o impediram de formar uma frase lógica. Vocês ficaram ali, juntos em silêncio mútuo respeitando um o tempo pessoal do outro.
- Eu tive tanto medo de te perder, s/n - o simples ato de acariciar seu cabelo lhe trouxe segurança, mas seu toque pareceu áspero - agora eu vejo que nunca te tive, pra começo de conversa.
Após assimilar tudo que passou pelos seus ouvidos você o olhou se afastando um pouco. As íris negras dos olhos dele brilhavam como mil estrelas, mas você soube que não era por felicidade.
- Você é muito intenso, não queria te machucar - respondeu pausadamente.
- Você já fez isso, só é egoísta demais pra perceber - certeiro.
Pela primeira vez vocês estavam tendo uma conversa e não discutindo. E pela primeira vez você não sabia como respondê-lo.
- Então por que ainda volta pra mim? Por que tenta tanto juntar meus pedaços?
Você abaixou a cabeça quando sentiu mais uma lágrima cruzar seu rosto. Que humilhante da sua parte. Você estava com medo do que ele iria responder, por um segundo se desligou enquanto cada pequena memória dos 2 anos que passaram juntos passava pela sua cabeça. Era sempre assim, sua cabeça era sua válvula de escape.
- Por que precisava de você. Eu sei que você odeia confessar mas mesmo sendo recíproco não existe um nós. Acho que nunca existiu.
Ele provavelmente se arrependeria mais tarde das amargas palavras que proferiu, porém por mais que machucassem havia um fundo de verdade.
- Desculpe se seu namorado não atende suas expectativas. Mas não fique me chamando me dando falsas esperanças. Eu quero te deixar, s/n.
Era demais pra você, era por isso que você evitava conversar com ele. Era medo. Medo de encarar o quão quebrada você estava. Você tentou se levantar esquivar porém ele te abraçou forte impedindo.
- Você é a parte mais triste de mim, Seonghwa. Eu não sei onde errei. Quando tudo deu errado?
Ele era uma parte sua que jamais seria sua. Vocês não se encaixam.
- Agora parece tão óbvio, mas eu achei que poderíamos reatar. Diz que sou intenso e que não queria algo sério, quando na verdade só não queria algo sério comigo.
Teimosia do seu coração, querer ele mesmo sabendo que não devia. Você só o amava quando queria usá-lo, quando queria uma boa foda sem ouvir um "o que nós somos" pela manhã. Você sentiu como se flechas tivessem atingido suas costas. Suas emoções se misturaram causando uma confusão inebriante transbordando por seus olhos. Era tristeza? Medo? Ou só seu ego sendo posto em segundo lugar?
- vai embora... - ordenou. Seus olhos confusos alternavam entre raiva e tristeza - só... vai.
Você não precisou pedir mais uma vez. Ele se levantou sentindo as paredes se fecharem contra ele. Seu corpo nu sozinho era uma arte melancólica. Você manteve os olhos fixos nas suas próprias mãos contendo seus nervos enquanto tentava ignorar ele se arrumando para sair. O som da chuva tornava mais difícil sua tarefa de acompanhar o som dos passos dele.
- S/n... - chamou já vestido se sentando na beira da cama próximo a você - promete que quando cansar de me fazer de besta, vai me ligar quando o frio aparecer?
Ele não contava quantas vezes uma faca poderia fincar em suas costas, ainda via esperança para vocês. Destrutivo. Ele queria queimar junto de você. Não importa o quanto machucasse. Mas dessa vez as lágrimas que ele derramou por você foram seu último presente. Você apreciou cada detalhe do rosto dele apertando os lábios, você desejou que aquilo não fosse verdade.
- Está tarde, Seonghwa, precisa descansar.
Não foi necessário mais respostas. Não pareceu fazer sentido, mas Seonghwa sentiu como se um fardo lhe abandonasse. Ele tirou a jaqueta de couro que vestia lhe cobrindo em seguida deixando um beijo solitário no seu ombro se levantando.
Após isso, você apenas ouviu a porta principal se fechar. Só então você se aliviou chorando até perder a voz. Você não se importou com quem poderia escutar, não importava. Descansou somente quando caiu no sono exausta com a garganta doendo e a cabeça latejando. Se recuperou um pouco de uma leve tontura e foi para o banho. Você não pensou em nada, e nem queria, apenas deixou a água levar seus pensamentos intrusivos.
Atravessando a sala escura você viu a tela do seu celular acender. Era ele. Seu namorado. "Desculpe, dia cheio" foi a desculpa para o sumiço. Você ignorou indo se deitar. Sua frustração era palpável. Toda aquela conversa com Seonghwa ficava repassando na sua mente como um disco arranhado. Ele estava pensando em você? Ele realmente te amava? Qual é o seu problema?
Ignorando qualquer lógica você ligou para aquele velho número.
Mas ele não atendeu.
𖥻considerações finais
Eu ainda estou tentando me sentir mais a vontade escrevendo esse tipo de fic já que escrevê-las é muito relaxante depois de um dia de trabalho e estudos só escrever/ler algo para esquecer suas obrigações e se divertir. Perder a vergonha é um processo, eu costumo escrever primeiro em inglês e depois traduzir já que me sinto mais confortável, por isso peço desculpas caso fique meio literal em alguns pontos. Prometo melhorar. Essa fic em específico veio a partir da minha música favorita "frio" do álbum "manual de como amar errado" do WIU, espero que tenham gostado!
Obrigada por ler até aqui!
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