| XI |
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– E pensar que eu teria o desprazer de lidar com vermes como vocês novamente.
Os Cavaleiros de Bronze e Atena chegaram aos Campos Elíseos, sendo recebidos por Thanatos.
– Acho que você tirou as palavras da minha boca – Seiya respondeu. – Mas você não é páreo para nós. Nem você e nem seu irmão, Hypnos.
– Vocês tiveram sorte da última vez. Além do mais, com a Senhora Idylla aqui, temos mais vantagem ainda.
– Onde ela está? – Shun indagou no mesmo instante.
– Vocês não precisam saber disso.
– Thanatos, estamos aqui para tentar entrar em um acordo e terminar com isso de uma vez. – Atena tomou a palavra – Por favor, nos diga onde ela está.
O Deus da Morte olhou para a deusa com os olhos semicerrados.
– Ninguém faz um acordo enviando cavaleiros de ouro para invadir nossas prisões, Atena.
– Se não vai nos deixar passar por bem, então vamos passar à força. – Seiya correu na direção de Thanatos – Meteoro de Pégaso!
– Terrível Providência!
O golpe de Thanatos arremessa o Cavaleiro de Pégaso para longe, juntamente com os outros cavaleiros de bronze por conta da extensão e poder do ataque.
– Idiota. Já disse que não vão se aproximar da Senhorita Idylla.
– Thanatos, tenha calma. Não quero que os Campos Elíseos sejam manchados com o sangue desses humanos.
Atena arregalou os olhos ao ouvir aquela voz. Os cavaleiros ficaram em pé novamente, mas mantinham a mesma expressão da deusa. O espanto só aumentou quando viram o pai de Idylla ao vivo e a cores.
– Sim, Imperador Hades. – o Deus da Morte se curvou perante o Imperador do Submundo.
– Como isso é possível? Nós destruímos seu corpo na última batalha – Shiryu questionou.
– É verdade. Porém, consegui me alojar por um tempo no corpo de Idylla até que ela lidasse com Cronos – Hades explicou com certo tédio. – Por ser minha filha e parte do meu cosmo, não haveria dificuldade.
– Então foi Cronos quem te trouxe de volta – Atena murmurou mais para si mesma do que para os demais. – Como isso foi possível? Ele está preso no Tártaro desde os tempos mitológicos.
– Não subestime minha filha, Atena.
– E onde ela está? – Shun interrompeu a conversa, arriscando dar um passo a frente – Nos deixe falar com ela.
– Isso não será possível – Thanatos respondeu no lugar de seu senhor. – A Senhorita Idylla está concentrada no Grande Eclipse no momento e não deve ser interrompida.
– O que houve, Atena? – Hades sacou a espada da bainha – Parece desorientada.
– Então mesmo que derrotemos você... – a deusa ponderou – O Grande Eclipse não vai parar.
– Exatamente. Terão que matar Idylla também. Porém, não pensem que terão a mesma sorte de antes.
Seiya decidiu avançar mais uma vez, ignorando Thanatos e mirando seu golpe no Imperador do Mundo dos Mortos.
– Meteoro de Pégaso!
– Terrível Providência!
– Thanatos, ainda não entendeu que o mesmo golpe não funciona duas vezes contra um cavaleiro?
Alguns meteoros escaparam e estavam para acertar o Deus da Morte, se não fosse por uma barreira avermelhada que envolveu a divindade, protegendo-o dos ataques.
– Mas como? – Seiya encarava o oponente sem entender – De onde veio essa barreira?!
– Só pode ter sido proteção de Hades – Shiryu concluiu.
– Eu não fiz nada. Essa barreira é só Idylla quem consegue fazer. Thanatos, ainda tem aquele lírio que ela te entregou?
– Sim, Imperador Hades. Hypnos achou melhor que mantivéssemos a flor e cuidássemos para que ela não murchasse. Desde aquele dia carregamos os lírios conosco.
Thanatos retirou o manto, mostrando o lírio roxo preso em sua armadura na cintura. O cosmo escarlate da garota emanava da planta, mantendo o escudo intacto.
– Afastem-se – Saori disse para seus cavaleiros. – Não adianta atacar, Thanatos não vai sofrer dano algum enquanto carregar aquele lírio.
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O Grande Eclipse estava por um fio de se tornar completo e, por isso, Idylla julgou que já poderia sair do mausoléu, pois levaria minutos até que a luz solar fosse totalmente coberta. Levantou-se e abriu a porta do local, encontrando o Deus do Sono ainda do lado de fora.
– Está praticamente terminado – ela anunciou.
– Então não há motivos para impedi-la de se juntar ao Imperador Hades – Hypnos respondeu. – Mas tome cuidado. Se algo lhe acontecer, o Grande Eclipse perderá a força e seu pai terá que recomeçar tudo.
– Não se preocupe. Só preciso fazer algo antes de encontrar meu pai.
– O que está planejando, Senhorita Idylla?
– Não vou demorar, eu prometo.
A jovem saiu correndo, ignorando os chamados do outro e tomando o caminho que levava até a hiperdimensão. Ao chegar perto do Muro das Lamentações, era possível ouvir a batalha que ainda acontecia na Giudecca e isso fez a garota acelerar o passo. Atravessou o muro, se deparando com os Três Juízes lidando com Acates, que estava bastante ferida, e com Laica, a amazona de Peixes, que se preocupava em lançar suas rosas na direção de Aiacos. Krato não havia resistido e tudo o que restava era seu corpo jogado em um dos cantos da sala.
– Presas de Plasma!
A amazona de Leão direcionava seu golpe para Radamanthys, motivando Idylla a usar seu poder para teleportar até o Juíz, entrando na frente dele e sendo jogada contra a parede.
– Senhora Idylla! – os três Juízes gritaram ao mesmo tempo.
– Voo da Garuda!
Aiacos jogou as amazonas para o alto, fazendo-as atravessar o teto da Giudecca. Os outros dois, aproveitando a chance, se precipitaram ao encontro da Deusa da Penitência.
– Senhora Idylla, está tudo bem?
A garota passou as mãos no rosto e as viu manchadas com sangue.
– Estou – ela respondeu. – Por favor, me ajudem a ficar de pé.
Minos e Radamanthys seguraram as mãos da moça, tendo o antebraço de suas sapuris igualmente manchados pelo sangue dela.
– Perdão por não ter previsto que a senhora apareceria, Senhora Idylla.
– Eu precisava desse ferimento, Radamanthys, senão não conseguiria banhar suas sapuris com meu sangue.
As amazonas caíram de volta no local e Idylla colocou um escudo ao redor dela e dos Juízes. Em seguida, continuou:
– Preciso de vocês nos Campos Elíseos. Agora serão capazes de atravessar a hiperdimensão sem problema. – ela se aproximou de Aiacos, manchando a sapuri dele também – Por favor, terminem isso o quanto antes e vão para lá.
– Sim, senhora.
A deusa estava para se retirar e, por isso, fez o escudo desaparecer. Deu uma última olhada em Acates, que ainda estava desacordada em virtude do impacto da queda. Logo, decidiu voltar para o centro da sala, com a espada emitindo o brilho de seu cosmo.
– Senhora? – Minos a chamou.
– Vou diminuir o trabalho de vocês.
Idylla se aproximou de Acates, levantando a espada e mirando na altura do coração da amazona.
– Destruição Máxima!
A Deusa da Penitência desviou o olhar ao ouvir o Wyvern, notando a amazona de Peixes se levantando depois de ser atingida.
– Você não vai tocar em Acates enquanto eu estiver aqui, Idylla.
– Não seja boba, Laica. Por que proteger ela? Não tenho nada contra você, mas se for se intrometer, terei que te matar também.
– Não importa. Rosas Azuis!
– Marionete Cósmica!
Laica foi presa pelas cordas, mas conseguiu atirar suas rosas azuis na direção de Idylla, que apenas sorriu enquanto via as plantas se chocando contra a parede escarlate. Voltou o olhar para a amazona de Leão, que mostrava sinais de consciência, e fincou a espada nas costas dela.
– Vou deixar Laica com vocês. Vão para os Elíseos o mais depressa possível, por favor.
– Posso ir com a senhora – Radamanthys propôs. – Imagino que Minos e Aiacos possam terminar essa luta.
Os dois assentiram e o Juíz de Wyvern seguiu Idylla. No entanto, parou quando chegaram ao Muro das Lamentações.
– Por que parou, Radamanthys? Não temos tempo. É só passar pelo muro, vamos.
Ao ver a garota atravessando o muro como se não fosse nada, ele a imitou, dando de cara com a hiperdimensão. A seguiu, se permitindo ficar maravilhado por um instante com os Campos Eliseos, onde nunca havia pisado antes.
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