XII. Protetora
Os funcionários da Corporação Kaiba já tinham terminado seu expediente. No entanto, para duas pessoas, o horário de trabalho ainda estava longe de terminar. A última refeição que fizeram foi um almoço de meia hora à uma da tarde e desde então estavam de estômagos vazios. Consumido pela fome, Mokuba convida o irmão para irem jantar ou comprarem algo para comer. Pelo fato de se passarem das oito e meia da noite, Seto decide acompanhar o caçula, pois a circulação de pessoas era praticamente nula àquela hora.
Foram para a primeira lanchonete que estava mais próxima e, quarenta minutos depois, seguiram o caminho para a empresa. Os irmãos conversavam no caminho e não percebiam que duas pessoas os seguiam, mas não eram fotógrafos ou repórteres. Aproximando-se armados, eles cuidavam para não serem descobertos antes do momento certo.
-------
- Az, para onde está indo? - Yugi pergunta, vendo-a sair às pressas sem dizer uma única palavra.
- Eu já volto.
--------
O som de metais se chocando foi ouvido, chamando a atenção dos irmãos Kaiba, que se depararam com a jovem de cabelos brancos aparando com o cajado o golpe de faca de um dos homens.
- De onde você veio?
- Não importa. Só saiba que você não vai encostar em um único fio de cabelo deles enquanto eu estiver aqui. - a garota respondeu, acertando um chute no abdômen do criminoso, fazendo-o cambalear e cair de costas.
O outro estava armado e ia atirar. Seto tentou tirar a moça do caminho, mas ela estende o braço para deixá-los atrás dela.
- Não se preocupe comigo. - ela deu um meio sorriso - Não me chamo Kisara para morrer tão facilmente.
E dizendo isso, a jovem faz um escudo com o poder da Magia Negra, fazendo a munição ricochetear de volta para a mão do atirador.
- Quem é você? Uma pessoa normal não faz isso.
- Sou filha do Mago Negro e protetora das Altas Castas.
Os homens rosnaram e foram embora. Seto não estava impressionado com o que acabou de acontecer, mas Mokuba não conseguia parar de encarar Azeneth. O garoto já estava acostumado a ver objetos estranhos com Yugi e os amigos dele, mas era como se a garota na sua frente tivesse saído de alguma carta de monstros de duelo.
- Ele está bem?
- Está ótimo. - Kaiba respondeu, sacudindo o irmão levemente pelo ombro - Mokuba, planeta Terra chamando...
- Seu parente?
- Meu irmão mais novo.
- Interessante. Em sua vida como sacerdote você não tinha irmãos.
- Então você é a garota que Seto falou que deixou o tal Bastão do Milênio em casa? - Mokuba finalmente "acordou".
A moça assentiu.
- Meu nome é Azeneth.
- O meu é Mokuba.
- Azeneth, como nos encontrou? - Seto perguntou.
- O Guardião da Magia Negra me disse que vocês correriam perigo e o Anel me guiou até aqui. Vocês não deveriam andar por aí assim.
- Isso nunca aconteceu. Foi apenas um caso à parte. Sabe... Você parece ser melhor do que os seguranças que contrato para eventos ou qualquer coisa do tipo. O que acha de trabalhar para mim como guarda-costas?
- Tem certeza de que quer uma protetora com aparência tão exótica te seguindo por aí?
- Isso só vai me destacar ainda mais. Bem, vamos voltando, Mokuba. Amanhã será um longo dia.
Os irmãos voltaram para casa sob a vigilância de Azeneth que, ao voltar para a casa dos Muto, se depara com seu pai a esperando do lado de fora com os braços cruzados e sobrancelha arqueada.
- O que eu disse para você sobre ficar longe de Seto?
- Eu não deixaria que ele e seu irmão fossem assassinados ou sei lá o quê. O senhor me disse uma vez que minha função era zelar pelo faraó Atem e por todos os Altos Sacerdotes, então é isso que acabei de fazer.
- E estou orgulhoso do seu trabalho. No entanto, aceitou ser guarda-costas dele?
- E quem te contou tudo isso?
A Maga Negra apareceu, um pouco cabisbaixa.
- Sinto muito, Az. Seu pai pediu para eu te seguir e contar o que tinha acontecido.
- Tudo bem, Mana. Eu não esperava menos do todo poderoso Alto Sacerdote Mahad.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top