9 | Visita indesejada

Phillip me encara por um momento, com o cenho franzido e um semblante confuso no olhar. Sua boca abre e fecha novamente enquanto ele parece pensar no que dizer.

— Eu… Que horas são? — Pergunta ele e sua pele é tomada pelo rubor.

— Mais de três da manhã, eu te esperei… Durante horas Phillip. 

— Eu… Me desculpe… Perdi a noção da hora — responde olhando para o lado.

— Perdeu a noção da hora? Isso significa que pretendia ir? — Uma chama se acende em meu coração enquanto aguardo pela resposta.

— Isso significa que eu estava morrendo de saudades da minha Rainha. Me desculpe pelo outro dia, você tinha razão, não era seguro com ela aqui, eu só… — espero que ele continue, mas Phillip não diz mais nada.

— Ah, Phillip… Também senti saudades do meu escravo. Guarde essa bagunça, preciso de você agora mesmo e ande rápido.

Phillip obedece, junta todos os cadernos e papeis arrumando-os em uma pilha organizada e em seguida os coloca em uma caixa grande. Ele se levanta e guarda a caixa na última gaveta da cômoda. Em seguida volta para frente de mim, com os olhos baixos.

— Tire a roupa — ordeno.

Phillip se desfaz dos trajes formais que utilizava, deixando o paletó, calças e camisa deslizar pelo seu corpo, em seguida cair, com um farfalhar, ficando completamente nu, meu coração se acelera e ameaça sair por minha boca, sabendo o que preciso fazer.

— Você me deixou esperando, um bom escravo não deveria deixar sua dona esperar assim. Estou desapontada com você — estalo a língua. — Fique de joelhos, homem inútil.

Phillip cai sobre seus joelhos no mesmo instante, seus olhos descem para o chão e eu me ponho em frente a ele. Agarro suas bolas com força fazendo com que ele feche os olhos com uma careta de dor. Minha mão estala em sua bochecha. 

— Abra os olhos, lixo inútil. Não permiti que você fechasse os olhos, permiti?

— Não, minha rainha.

— Então, por que continua me desobedecendo? Eu esperava mais de uma criatura como você — aceno em negação com a cabeça — Vou punir você agora. Concorda que merece ser castigado?

— Sim senhora. 

Solto suas bolas e puxo Phillip para cima de minhas pernas, ele cai deitado e o ajeito, fazendo com que sua bunda perfeitamente redonda fique para cima, de frente para mim e seu pau pressionando contra minha perna.

— Vou te dar um total de dez palmadas. Você ficará imóvel e contar em voz alta cada palmada que eu der. Se não contar recomeçaremos do início, fui clara?

— Sim senhora.

Acaricio sua bunda um momento, afasto a mão para trás e bato com força, fazendo soar um estalado ardido. Seu corpo chacoalha levemente e sua pele fica vermelha no mesmo instante. 

— Um — Phillip conta, com uma voz entrecortada.

Mais uma vez levo a mão para trás e acerto sua pele com violência. Seu corpo estremece mais uma vez e seu pau pressiona minha perna ainda mais.

— Dois — sua voz é apenas um fiapo conforme ele conta o número.

Então pela terceira vez, eu afasto minha mão e o golpeio com força, Phillip solta um grunhido baixo e sinto-o pulsar. Espero alguns segundos que ele conte, mas Phillip parece mais concentrado em se manter respirando.

— Recomece a contagem — ordeno. 

E mais uma vez acerto sua bunda, dessa vez ele conta o número um, então o acerto mais uma vez e outra. Ao final da contagem, Phillip parece perdido, quase sem conseguir respirar, com a nádega em um tom vermelho-vivo e alguns pontos de roxo. Me pergunto se exagerei, mas Phillip não disse sua palavra. 

— Deite na cama, vou cuidar de você agora. 

Sigo até a comoda e o gel que usei na última vez que estive aqui permanece no mesmo lugar onde eu deixei. Pego-o e volto até a cama onde Phillip está. Acaricio e massageio sua nádega. A visão da bunda vermelha de Phillip me tira do sério, meu interior esquenta e se contrai de puro desejo, somente em observar sua pele antes clara tingida por meu tom. Claro que uma parte de mim deseja livrá-lo da dor mo mesmo instante, mas outra parte — que eu sequer sabia que existia — quer apenas ver até onde ele aguenta. 

Passo o gel com delicadeza, esfregando sua pele ardida com calma e cuidado, apesar dos desejos sombrios que esmagam meu coração. Quando termino, Phillip se vira e vejo seu pau, ainda duro como pedra. Eu o encaro e engulo em seco, sem reação. 

— Não tem permissão para se tocar escravo — me levanto e guardo o gel na cômoda novamente. 

— Sim senhora.

Sigo até a porta e estendo a mão para a maçaneta. Em dúvida sobre ficar ou ir embora, meu coração praticamente implora para passar a noite ao seu lado, enquanto meu cérebro pede que eu me afaste.

— Não vá embora, minha rainha. Por favor, estou implorando. Fique comigo. Fique comigo além do momento em que estamos praticando. 

Não me deixo absorver a última frase, não deixo que minha mente me pregue peças adicionando significado em suas palavras.

— Ok, Phillip. — Respondo e volto para a cama.

Me deito ao seu lado, ainda usando o vestido bonito que coloquei para agradá-lo. Enquanto Phillip se mantém pleno, completamente nu.

— Sempre dorme nu? — Eu pergunto. 

— Não, mas a senhora não ordenou que eu me vestisse — ele diz como se fosse óbvio. 

— Gosto do seu corpo nu Phillip. Você é bonito de se admirar — digo e posso praticamente senti-lo corar. 

Aproximo meu corpo do seu e encosto nossos lábios. Minha língua, por vontade própria, caça a sua e elas começam sua dança. Agarro seus cabelos e o beijo ainda mais. Senti falta dos seus lábios. Phillip me segura pelas costas e empurra seu corpo contra o meu. Suspiro em seus lábios e beijo-o ainda mais, completamente entregue. Meu coração bate tão rápido que tenho medo que a qualquer minuto Phillip ouça as batidas e entenda que estou apaixonada por ele. 

Meu corpo esquenta devido ao calor que o beijo proporciona, sinto minha pele arrepiar e meu interior reclama a falta de uma liberação apropriada.

— Tire a minha calcinha escravo em seguida chupe minha boceta, agora — ordeno entre dentes.

— Sim, Rainha, como quiser.

Phillip se ajeita entre minhas pernas e retira a calcinha com dedos delicados, seu toque é tão suave que mal passa de uma brisa. Ele se curva assim que a peça de roupa está fora e sua língua toca em meu interior, subindo e descendo com volúpia, me fazendo contorcer. Seu movimento é fluido e suave, sua língua passeia pela minha pele sensível com propriedade, me tirando suspiros e fazendo meu corpo vibrar. Ele acelera o movimento circulando a língua agilmente em torno do meu clitóris. Meu corpo ferve e ele continua, cada vez com mais força e agilidade, não consigo me conter quando meu corpo pulsa e o mundo some em minha volta. 

O orgasmo me arrebata, agarro com força nos lençóis e derramo em sua língua todo o prazer que sinto. Phillip se afasta e se deita ao meu lado novamente, estou tão exausta que durmo, antes dele dessa vez.

Acordo sozinha, em uma cama que não é minha e as memórias da noite anterior me arrebatam e fazem sorrir. Gostei de ver Phillip me implorar para ficar, assim como gostei de vê-lo admitir que sentiu saudades, suspiro em seguida me levanto.

Recupero minha calcinha e caminho até meu quarto. Ao chegar lá entro no banheiro da suíte e deixo que a água lave meu corpo, ansiando que ela lave junto todo o sentimento acumulado no meu peito.

Escolho uma roupa leve e o vento frio que entra por minha janela me avisa que é necessário colocar algo um pouco mais quente. Opto por uma legging preta forrada e uma camisa branca de botão, longa o suficiente para parecer um vestido com mangas longas. 

Desço as escadas e caminho até a cozinha, meu estômago parece fazer voltas, implorando por um pouco de alimento. Ao chegar lá, avisto rapidamente Phillip, sentado de costas para a porta, conversando com os outros funcionários enquanto come alguma coisa, antes que eu perceba um sorriso se desenha meus lábios, apreciando a visão do belo homem relaxado de costas para mim. Chacoalho a cabeça para expulsar os pensamentos intrusos e respiro fundo.

— Bom dia — digo e assisto ao corpo de Phillip se retesar, antes mesmo de olhar para mim. 

— Bom dia, senhorita — Mirtes fala com um sorriso caloroso — teve uma boa noite?

— Uma ótima noite, dormi feito um bebê — rio e olho para Phillip que parece ter prendido a respiração. — Estou morrendo de fome, poderia preparar panquecas com ovos e uma xícara de chá para mim, por favor Mirtes? Estarei esperando na biblioteca. 

— Claro senhorita. Levo para você assim que estiver pronto.

Dou as costas para cozinha, sem que Phillip tenha a oportunidade de se virar e sigo até a biblioteca. Lembro que gostava muito de vir até aqui, quando ainda era criança e eu visitava meu tio. Corro os dedos pelos livros nas prateleiras e percebo que continuo gostando tanto quanto antes. 

Pego um dos livros com uma lombada de couro e me sento em uma cadeira com uma mesa redonda no canto da biblioteca. Já passei algumas páginas quando a porta se abre. Espero ver Mirtes com meu café da manhã, mas quando olho não é ela que eu vejo.

Phillip traz uma bandeja, com uma caneca e um prato, ele os deposita em minha frente e se senta na cadeira diante de mim. Seus olhos estão baixos, ele encara a caneca de chá na minha frente. Estende a mão e toca a porcelana.

— Está frio — ele franze o cenho, visivelmente frustrado. 

— Não importa — respondo tentando prestar atenção ao livro.

— Deveria ter, Mirtes não deveria te servir chá gelado.

— Eu não me importo — digo e o encaro — por que isso te incomoda tanto? Não foi uma falha sua, não foi para você que pedi o chá. 

— Sinto como se fosse um erro meu… Ao menos em partes. Eu e Mirtes estávamos conversando, acabamos nos distraindo antes de trazer o chá. 

Levo meus olhos até ele e respiro fundo, meu coração está acelerado mais uma vez e levemente apertado dentro do meu peito, o que é isso que estou sentindo?

— O que quer me dizendo isso, Phillip? Eu disse que não me importava que o chá estava frio, mas você continua insistindo. Estou começando a achar que quer ser castigado.

Me levando e pego a caneca nas mãos, Phillip engole em seco, sua respiração entrecortada. Ele não tem chance de responder antes que eu vire a caneca com o líquido frio em sua cabeça, molhando toda a parte superior do seu corpo.

— Vá até a cozinha e me traga uma caneca com chá quente dessa vez. Traga também um pano, você fez uma bagunça aqui. Depois pode ir até seu quarto, tome um banho e me espere no sótão. Vamos dar um jeito em você! 

Phillip sai apressado, seu cabelo molhado ainda pingando gotas de chá pela biblioteca. Ele volta poucos minutos depois, com outra xícara, dessa vez fumegante de chá e um esfregão para secar o chão molhado. Ele não diz palavra alguma enquanto cumpre suas tarefas e sai do cômodo, ainda assim é como se a tensão do ambiente mudasse somente com a sua presença.

Tomo delicadamente meu chá e como as panquecas perfeitamente deliciosas, sem dúvidas a melhor panqueca que eu já comi. Saboreio cada pedaço da refeição, em seguida coloco um marcador no livro e junto a louça suja para deixar na cozinha. Quando estou perto o suficiente ouço vozes conversando, nenhuma delas é de Mirtes ou Phillip. 

— Tem algo nela, algo que eu não gosto… É como se sua presença aqui fosse… Simplesmente incômoda. Ela não deveria estar aqui, nunca esteve aqui antes e agora quer parecer uma garota boazinha. Isso tudo cheira mal — diz a voz número um, uma voz masculina que não reconheço.

— Gosto de jeito dela, o jeito que ela tratou Ísis foi… Simplesmente espetacular. Você só não gosta dela porque ela não dá atenção para você como a senhora Ísis dava — uma voz de mulher responde.

Paro por um momento, notando que é sobre mim que estão falando, sinto meu rosto corar e fico em dúvida por um momento, eu deveria mostrar que estou aqui ou simplesmente ouvir mais? Antes que eu tome minha decisão, no entanto, a voz masculina responde.

— Você viu o que ela fez com o pobre do Phillip? 

— Não acho que tenha sido ela, Phil disse que escorregou, não foi?

— E você acreditou? Eles mal conseguem ficar no mesmo cômodo, Phillip sempre teve um relacionamento familiar com o senhor Edmund, uma relação que dava inveja a qualquer um… Agora, ele mal olha na cara dela, sinto o medo emanando dele toda vez que ela aparece. 

Antes que a mulher possa responder, eu decido entrar na cozinha, coloco a louça na pia e cumprimento os funcionários com um sorriso — uma mulher jovem de cabelo loiro preso num coque e um rapaz alto de cabelos pretos e barba por fazer — coloco a louça na pia e saio, sem dar indícios de que ouvi a conversa. 

Dou uma gargalhada quando já estou longe o bastante, o que aquele homem diria se soubesse quão profunda minha relação com Phillip é? Ele ficaria surpreso se soubesse que agora mesmo estou prestes a subir até o sótão e tomar posse dele, degradando seu corpo e fazendo sexo com ele? Provavelmente sim.

Subo até o sótão, abro a porta e a tranco assim que eu passo. Olho para o quarto e paro, totalmente sem fôlego. Phillip está ali, em uma cena totalmente erótica, de joelhos, nu, exceto por tiras de couro que envolvem suas pernas, braços e cintura. Ele tem uma máscara tapando seu rosto, uma máscara de couro em que apenas a boca fica de fora e para completar o visual uma tira de couro envolve seu pescoço. A coleira possui uma argola de metal e nela uma corrente está presa. 

Me aproximo calmamente e seguro seu pescoço, forçando seu rosto para cima. Curvo meu corpo até minha língua encostar na sua boca e ele abre a passagem para mim. Minha língua invade sua boca, passeando por todo o espaço. Mordo seus lábios e me afasto. Tomada pela excitação. Sigo até a parede, até a barra onde a corrente da coleira está presa, solto e a envolvo em minha mão, dando voltas através do meu pulso. Quando puxo a mão, Phillip perde o equilíbrio e cai com as mãos no piso.

— Você é um escravo absolutamente delicioso. — Digo e ele geme em resposta. — Ouvi os funcionários da mansão falando sobre nós, disseram que tem medo de mim, que mal consegue ficar no mesmo cômodo que eu, isso é verdade? 

— Não, minha rainha — Ele faz uma pausa antes de continuar — Isso não está nem perto da verdade.

— E qual é a verdade? Me conte escravo! — Puxo mais uma vez a corrente e sua mão desestabiliza quase o levando ao chão.

— Me sinto excitado… Como um adolescente. Quero ser seu a cada momento. Os dias que passamos… distantes, foram difíceis para mim. Eu queria ser seu, que a senhora me punisse e me recompensasse. Que simplesmente tomasse para si os meus problemas e dúvidas, queria só te obedecer a todo momento. Se eu não consigo ficar perto é por puro e simples prazer.

— Então me obedeça Phillip. Deixe eu te usar, deixe-me maltratar o seu corpo. Você é meu afinal.

— Sim, minha Rainha.

— Diga Phillip, diga a quem você pertence em alto e bom som.

— Pertenço a você, Rainha Agatha Fairchild, somente e unicamente a você. A Senhora é minha dona, minha Rainha e obedecerei cada pedido seu.

— Isso, Phillip, você é meu. Só meu. Agora deite-se de barriga para cima, para que eu possa tomar posse do seu corpo.

Phillip se deita e eu tiro minha roupa rapidamente. Minha boceta pulsa de desejo, olhando para o homem deitado no chão, lindo e vulnerável. Piso com meus pés em sua cara e Phillip arfa, sinto sua língua envolver meus dedos quando piso diretamente sobre a sua boca e logo é minha vez de arfar. 

Phillip segura em meu pé e o beija com reverência, o calor sobe por minhas pernas e sinto-me aquecer por cada parte do meu corpo. Me sinto venerada, como uma deusa tendo os pés beijados por um súdito.

Tito meu pé de sua cara e me sento por cima de suas pernas, minhas mãos beliscam seus mamilos e o aperto até que ele se contorce levemente. Desço as mãos por sua barriga, vendo minhas unhas deixarem linhas vermelhas em sua pele clara. Sinto-me umedecer na hora que cravo os dedos em sua cintura, afundando minha unha na sua pele. 

Arqueio o corpo e mordo seu mamilo, Phillip solta um grunhido, um som rouco e desesperado dos lábios fechados. Um sorriso se desenha nos meus lábios e mordo-o ainda mais forte. Quero marcar cada centímetro de sua pele, quero que lembre, a cada vez que olhar no espelho, quem é sua verdadeira dona. Seu mamilo fica vermelho e desço ainda mais, chupando e mordendo sua pele, deixando pequenas marcas em seu abdômen e em sua virilha.

Corro os dedos por seu pau, ele está duro feito pedra. Envolvo meus dedos apertados ao redor da base e passo a língua na glande, Phillip geme e seu pau pulsa em meus dedos.

— Não goze Phillip. Só pode gozar quando eu permitir — ordeno e ele resmunga concordando.

Continuo chupando seu pau, lambendo toda a sua extensão e roçando os dentes em seu membro sensível. É difícil saber quem está mais excitado, sinto Phillip pulsar enquanto eu mesma estou latejando, minha boceta implorando por liberação. 

É nesse momento que ouço a buzina e tomo a pior decisão que eu poderia tomar, me afasto de Phillip, olho pela janela e vejo um carro parado em frente a mansão. Volto até Phillip e tiro a máscara dos seus olhos.

— Acho que temos visita. É melhor ver quem é, antes que alguém acabe vindo até aqui procurar por mim — digo e Phillip acena.

— Assim que eu me livrar de seja la quem for, vamos continuar de onde paramos, ok? — Pergunto alisando seu pau, novamente ele acena.

Eu visto minha roupa e Phillip veste a dele, ele tira as fivelas de couro do seu corpo, e mantém apenas a coleira, após tirar dela a corrente presa. Me aproximo dele e beijo sua boca.

— Espero que quem quer que seja, vá embora, logo tenho planos para você — digo entre um beijo e outro.

Desço a escada com um grande sorriso estampado na cara, Phillip vai na minha frente e mal consigo me controlar. Aperto sua bunda e beijo seu pescoço sempre que possível, sempre que ninguém está por perto. A porta ainda está fechada quando chegamos em frente a ela e a campainha soa. 

Estou sorridente quando Phillip abre a porta, mas meu sorriso morre no mesmo instante. Quando mãos enlaçam ao redor da minha cintura e uma boca — conhecida por mim há muito tempo — toma a minha sem pedir permissão. Sua língua exige passagem e eu tento me desfazer do seu abraço, do seu beijo. Mas ele é forte e me agarrou de um jeito que estou imobilizada.

Ouço o barulho de algo pesado caindo no chão e passos se afastando, é só nesse momento que consigo que Matthew me solte. Olho para o chão e a coleira está ali, jogada. Por um momento não sei o que fazer, dividida entre gritar com Matthew e correr o risco de nesse meio tempo perder Phillip de vez, ou ir atrás de Phillip e deixar que Matthew invada minha casa.

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