16 | O jantar
— N-não é... É apenas para substituir aquela que usamos da última vez, não quero mais te ver usando aquela coleira — explico sentindo minhas maçãs do rosto corarem, droga, eu até gaguejei, que tipo de dominadora é essa que gagueja?
— Oh, obrigada Senhora, sinceramente, não quero mais usar aquela coleira também.
— Não? — Deixo o resto da pergunta no ar, por que então simplesmente não jogou a coleira fora?
— Só a mantive porque não tive permissão de me desfazer dela, minha Rainha.
— Claro — apesar da minha concordância, estou surpresa, não éramos mais parceiros. Mesmo assim, ele esperou até eu ordenar para jogar aquela coisa fora. Que tipo de subserviência é essa?
Eu o encaro um momento, minha pele se arrepia, isso é muito mais que um jogo ou uma coisa qualquer.
— Gostou dos seus presentes meu escravo? Sou uma Rainha tão boa presenteando um safado inútil como você.
— A senhora é a melhor de todas, minha Rainha. Estou muito feliz com os presentes, ainda que eu não os mereça.
— Qual deles quer testar primeiro? — Questiono com curiosidade — eu poderia simplesmente escolher, mas estou me sentindo generosa hoje.
Phillip encara os três objetos por um tempo, estou prestes a apressá-lo, mandando que escolha logo prometendo uma surra caso não o faça, quando ele estende a mão em direção a um deles. Minha testa se franze, surpresa com sua escolha. Eu havia imaginado que a escolha de Phillip seria pelo vibrador, mas não, suas mãos envolvem o vidro com a vela perfumada.
Seus olhos encaram o objeto e por mais que a curiosidade em saber o motivo de sua escolha me corroa, eu não faço nenhuma pergunta para ele. Pego a vela de sua mão e me levanto em busca de um isqueiro.
Encontro-o em uma das gavetas da minha penteadeira, apesar de não ser fumante sempre tive o costume de manter um isqueiro próximo. Acendo a vela e deixo-a queimar enquanto me aproximo de Phillip. Capturo seus lábios num beijo rápido, em seguida mordo seu lábio inferior.
Levo minha boca por sua pele, arrastando e depositando beijos até chegar ao seu pescoço, eu mordo a sua pele e chupo em seguida, fazendo no mesmo instante uma mancha roxo escura aparecer. Continuo seguindo deixando marcas por todo o lugar, manchas roxas que mostram a posse de algo que é meu. Quando chego em sua barriga, afasto os lábios de sua pele e olho-o. Phillip está concentrado em meu olhar quando levanto a mão com a vela derramo um pouco da cera quente em sua pele lisa. Se não fosse a micro careta que Phillip fez, sequer teria alguma indicação de que aquilo havia sido doloroso.
Sua pele está vermelha onde a cera caiu e preciso respirar fundo, é lindo. Derramo um pouco mais de cera quente, um pouco mais baixo em seu abdômen, não olho em seus olhos dessa vez, não consigo afastar meu olhar de sua pele, tornando-se rubra instantaneamente, é incrível. Me sinto poderosa conforme abaixo cada vez mais o lugar onde a cera atinge, passando de seu abdômen reto para a sua virilha.
Seu pau pulsa quando a cera é derramada tão perto dele. Arfo vendo a cena e não consigo resistir a dar mais um passo. Olho nos olhos de Phillip e levanto a mão com a vela, parando-a logo acima da junção de seu pau e seu saco escrotal, encaro Phillip por um momento a mais esperando que ele tenha tempo de dizer a palavra se quiser me impedir antes que minha mão vire e o líquido se derrame em sua pele sensível. Phillip se retesa, lágrimas não derramadas brilham nos cantos de seus olhos e suas mãos se apertam em torno do lençol quando a cera líquida o atinge em uma região tão sensível.
Minha respiração se torna instantaneamente ofegante, a visão erótica, toda a dor misturada com prazer me envolve profundamente. Abaixo vagarosamente o olhar e encaro seu membro, duro e vermelho. A cera colada em sua pele vermelha e sensível. Estendo minha mão para tocar nele, tiro toda a cera e a pele por baixo está ainda mais vermelha. Minha boca se enche de água e meu interior parece pulsar. Desço minha língua sobre ele e contorno a parte onde a cera atingiu, sua pele está ainda mais quente que o normal nessa região e a sensação é ótima. Phillip ofega quando afasto minha boca, derramando cera um pouco mais para cima, no comprimento de seu pau.
Phillip solta um gemido rouco que não consigo identificar se é de dor ou prazer, talvez ambos. Quando sua pele se acalma e a cera seca novamente para seu estado sólido, eu levo minha mão até ele, retirando a cera, em sequência minha língua passeia por sua pele quente e vermelha. Phillip se agarra a cama, a boca aberta em um grito inaudível enquanto as lágrimas escorrem pelo seu rosto.
Neste momento me afasto e deixo a vela queimando em cima da minha penteadeira. Volto até Phillip e me sento por cima de seu corpo. Minha bunda encosta em seu pau duro e Phillip murmura baixinho. Arrasto minha boca por sua pele, deixando novas marcas por seu corpo, mordidas e chupões por todo o canto, ao final não restam muitas partes de seu corpo que não estejam vermelhas devido à vela ou roxas por causa das marcas de chupão.
— Vá tomar um banho. Está na hora de dormir — Anuncio, apesar da minha quase evidente falta de sono.
Phillip é claro, obedece sem questionar, enquanto ele está no banheiro, embaixo do chuveiro provoco meu corpo, enfiando um dedo em minha boceta molhada, completamente excitada por tudo o que fiz com Phillip, lembro-me da sensação da sua pele ainda quente na minha boca, sua pele se tornando vermelha conforme a cera de vela atingia seu corpo e arquejo num orgasmo intenso e silencioso. O mundo perde o foco por alguns momentos e continuo trêmula quando Phillip apaga a luz e se deita ao meu lado.
Enfio meus dedos, ainda pegajosos do meu prazer, em sua boca, Phillip lambe devotadamente cada milimetro de pele que lhe é ofertado. Quando ele termina dou-lhe um beijo casto, afago seu cabelo e acaricio sua bunda até que dormimos, agarrados um ao outro.
Na sexta-feira a noite, chego do serviço um pouco antes que o habitual. Adentro a casa e peço para que todos os funcionários se reúnam na cozinha. Quando todos já estão lá, eu finalmente falo.
— Organizei um jantar especial para nós hoje, tenho um anúncio especial para fazer, então encomendei alguma comida e gostaria que todos se juntassem a mim para a refeição. Tenho certeza que gostarão da surpresa — anúncio e depois de algumas confirmações eu me retiro para o meu quarto.
Preparo tudo o que ainda necessita ser preparado, tomo um banho longo e me arrumo, o cabelo preso num coque alto, no meu corpo um vestido preto curto abraça minhas curvas, nos pés um salto agulha preto, acompanhada por uma pequena bolsa preta. Estou tão arrumada, que não parece que estamos falando apenas de um jantar na minha própria casa.
Antes de voltar a cozinha e verificar se a equipe que Ruby me ajudou a contratar conseguiu resolver cada detalhe do jantar, caminho até o quarto de Phillip. Bato em sua porta e logo vejo seu rosto bonito do outro lado.
— Vou anunciar no jantar a folga do pessoal, eles vão passar o fim de semana em um resort, a algumas horas de distância. Ruby conhecia alguém, que conhecia alguém e me ajudou com tudo isso.
— A senhora é realmente muito generosa, minha Rainha.
— Não tanto assim — corro meus dedos por seus lábios rosados — tem coisas que sou incapaz de compartilhar. Você, está muito bonito.
Phillip está com uma camisa de botões branca, suspensório, calça e gravata preta. A camisa ainda está aberta mostrando seu delicioso peitoral e a gravata solta em seu pescoço parece um convite.
— Vou acabar borrando a maquiagem se continuar aqui no seu quarto.
— Seria um prazer te ajudar a borrar a maquiagem Senhora, está maravilhosa como sempre.
Puxo Phillip no mesmo instante, me agarrando a gravata em seu pescoço, deixando-a cada vez mais apertada em seu pescoço. Enfio minha língua em sua boca, arrastando-a por seus dentes e pelo interior de suas bochechas. Mordo sua boca com força, quase o suficiente para arrancar sangue, então paro e me afasto.
Me solto da gravata e empurro Phillip para o chão do seu quarto. Encosto meu salto em seu peito, pisando nele, como se fosse um tapete. Phillip geme.
— Não tenho tempo para brincar agora Phillip, mas vamos brincar muito durante a noite.
Apesar de nenhuma palavra sair dos seus lábios, posso ver a interrogação nos olhos de Phillip. Não respondo com palavras sua dúvida silenciosa, alcanço a bolsa junto de mim e retiro de lá um objeto. Abro o cinto de Phillip e ajeito o objeto, de forma que o vibrador esteja em contato tanto com suas bolas quanto seu maravilhoso pau. Enfio novamente a mão na bolsa e retiro o controle, um pequeno objeto quadrado que faz as calças de Phillip zumbirem baixo conforme viro os botões.
Phillip solta um gemido baixo e eu desligo o aparelho de volta e me levanto com um sorriso malicioso nos lábios.
— Vai ser um jantar realmente muito divertido — digo em seguida me retiro apressada do quarto.
Sigo até a sala de jantar e tudo parece maravilhoso, um sorriso se abre em meu rosto. Ainda que não seja pelas melhores razões, é a primeira vez que faço algo do tipo pelos funcionários daqui. Me deixa feliz finalmente poder fazer algo, ainda que com grande ajuda das minhas amigas e mesmo que minhas intenções não sejam as mais honestas, me deixa feliz poder propiciar um jantar e um final de semana agradável para aquelas pessoas que me servem com tanto carinho.
Vou até a biblioteca enquanto espero que tudo seja servido e folheio alguns livros. De alguma forma, me sinto mais próxima de tip Edmund quando estou aqui, talvez seja pelo nosso amor compartilhado por livros, ou, por ser o cômodo em que eu mais ficava quando ele ainda estava vivo, mas o fato é que uma dor se aflora em meu peito quando penso no que aconteceu.
— Vou descobrir o que foi que realmente aconteceu tio, eu prometo que descubro quem te matou — sussurro sozinha.
Cerca de meia-hora depois o jantar está servido, todos os funcionários sentam ao redor da grande mesa, que foi organizada de forma a caber cada um dos funcionários ali. A comida parece apetitosa e faz abrir meu apetite, legumes assados, purê de batatas, carne e frango assado, arroz e macarrão com queijo, tudo parece absolutamente delicioso. Phillip está em um lugar, a algumas cadeiras de distância de mim, felizmente, de onde estou consigo ver perfeitamente sua expressão.
— Podem se servir — informo aos demais e logo os funcionários começam a encher seus pratos com a comida, conversando e rindo animados enquanto o fazem.
Quando Phillip por sua vez se levanta para servir, pego o controle discretamente em meus dedos e viro o botão.
Phillip estaca por um momento, apertando os lábios, seus olhos encontram os meus discretamente e dou um amplo sorriso, conforme aumento ainda mais a velocidade do vibrador.
— Está tudo bem Phillip? — Pergunto em voz alta, atraindo os olhares da maioria dos funcionários para ele.
— Hmm, sim… Eu só — Phillip se interrompe, posso ver o prazer se contorcendo em sua expressão — eu… Estou bem Se-nhora.
— Tem certeza Phillip? Você está realmente com uma cara estranha — um dos funcionários pergunta.
Antes que Phillip possa responder, aumento o vibrador para o nível máximo. Posso ver Phillip arfar, e as pessoas ao redor perguntarem ainda mais se ele está se sentindo bem, dizendo sobre seu rosto vermelho, afirmando que talvez ele esteja febril. Dou um sorriso e me sirvo de comida enquanto Phillip se esforça para manter uma expressão neutra e responder a todos.
Ao final do jantar, eu me levanto e bato com um talher em minha taça. Todos me encaram e então explico sobre o resort, aviso que tudo seria pago por mim e de nada eles teriam que se preocupar.
— Posso ficar aqui para ajudar caso a senhora precise de alguma coisa — Fala Dimitri, o mesmo funcionário que peguei falando mal de mim no outro dia.
— Phillip se propôs em ficar comigo para o caso de alguma emergência surgir — explico inexpressiva.
Depois de algumas dúvidas e insistência, todos acabam concordando e tudo fica certo. Amanhã o chaveiro virá fazer a cópia das chaves e eu descobrirei finalmente o que realmente aconteceu.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top