15 | Um cuidado necessário
Chego em casa tarde, no carro de um Phillip silencioso. Ele não disse muitas palavras desde que soube o que aconteceu e eu também não o forcei a dizer nada, meu sangue ainda corre feito gelo em minhas veias, quero apenas esquecer esse momento, quero esquecer tudo o que aconteceu.
Desço do carro e abraço a mim mesma, deixo a bolsa esquecida no carro e dou alguns passos em direção à entrada da casa, mas sou detida por mãos fortes que me seguram no lugar.
— A Senhora está bem? — Phillip questiona, os olhos avaliadores correndo pelo meu corpo, eu apenas assinto, quase imperceptivelmente.
Suas mãos não me soltam, Phillip me encara com olhos preocupados e eu apenas fico ali respirando fundo enquanto espero sua resposta. Estar ao lado de Phillip me acalma, mas ainda não quero reviver o que aconteceu. Quero apenas poder passar uma borracha em tudo e fingir que nada disso foi real.
Phillip estreita os olhos e aperta os lábios antes de finalmente falar.
— Me deixe te dar um abraço, Senhora, deixe-me te levar até seu quarto e ajudar você. Tenho certeza que não está tão bem quanto diz.
Não consigo negar, mentir é impossível uma vez que estou completamente envolvida pela dor, física e emocional. Fecho os olhos e assinto mais uma vez com a cabeça, em seguida sinto suas mãos envolvendo minhas costas em um abraço confortável. Sinto seu cheiro, o calor de sua pele e meu coração se aquece quebrando lentamente a camada de gelo que o envolve. Phillip desce suas mãos levando-as até minhas pernas e logo estou seu colo com os olhos fechados enquanto ele caminha para dentro da casa comigo em seus braços.
Phillip faz todo o esforço de responder às perguntas dos outros funcionários no meu lugar, dizendo apenas que fui atacada e pede na cozinha para prepararem uma sopa para mim. Ele me carrega até o quarto e ao banheiro em seguida. Suas mãos soltam suavemente de mim conforme ele me ajuda a me sentar na privada e volta para trancar as portas que foram deixadas abertas. Alguns segundos depois ele está novamente em frente a mim, correndo os dedos pela minha roupa e auxiliando a me despir de modo cuidadoso. Não é uma sensação luxuriosa ser despida dessa maneira, Phillip faz com que o ato transmita ternura e eu me sinto envolvida em calor, ele enche a banheira com água e sabão antes de me colocar suavemente na banheira logo que a água passa da metade.
Seus dedos correm suavemente pela minha pele, ele esfrega com carinho os lugares em que Matthew deixou sua marca, posso ver a raiva incendiando seu olhar conforme ele alisa as manchas arroxeadas. Me sinto bem, com suas mãos cuidando de mim, minha pele se arrepia com seu toque e seu olhar intenso aprofunda em mim.
Com um cuidado enorme, Phillip me retira da banheira e me ajuda a secar minha pele, ele me veste com uma camisola suave de seda e me deita na cama, arrumando a coberta ao redor de mim. Phillip se senta na beira da cama e acaricia suavemente meu cabelo, seu toque é tão suave que adormeço quase instantaneamente.
— Senhora, precisa acordar. A senhora precisa comer — ouço a voz suave de Phillip me chamar e abro os olhos lentamente.
Ele está sentado ao meu lado, em seu colo um prato com sopa quente. Apenas balanço a cabeça numa tentativa de fazê-lo entender que não quero comer, mas Phillip insiste, seu olhar preocupado faz com que eu me obrigue a me sentar na cama e pegar o prato de suas mãos.
— Deixe-me alimentar você, Senhora — Phillip toma de volta o prato de minhas mãos e me encara com cuidado.
Ele mexe a sopa com a colher, serve de uma colherada e leva até próximo aos seus lábios, então assopra gentilmente o caldo espesso, em seguida Phillip leva a colher até minha boca. A sopa é quente e saborosa, ajuda a trazer de volta ao meu corpo uma sensação agradável de calor reconfortante, é tudo o que preciso no momento.
Chego ao final do prato de sopa ainda com Phillip me alimentando. É bom me sentir cuidada dessa forma, a sensação de reconforto que me preenche e acalma tudo o que estava agitado dentro de mim. Phillip leva o prato de volta até a cozinha enquanto escovo meus dentes, numa preparação para dormir. Me aconchego em meu travesseiro e aguardo Phillip voltar, o que demora mais do que o esperado. Quando ele volta, já estou prestes a sair atrás dele.
— Vim apenas verificar se a Senhora está bem e se deseja mais alguma coisa. — ele pergunta da porta, mostrando que não tinha a intenção de voltar.
— Entre Phillip — ordeno com o cenho franzido e ele prontamente obedece — fique aqui, não quero passar a noite sozinha.
Não falo a verdade completa, não é que eu queira passar a noite acompanhada, eu apenas quero passar a noite ao lado DELE, o medo de perdê-lo novamente depois do que aconteceu hoje assola minha alma e apenas quero que ele esteja aqui, quero garantir que ele vai estar comigo. Quero sentir seu calor e sua presença inundando minha alma.
Phillip tranca a porta do meu quarto, tira os sapatos e a roupa, ficando apenas com a cueca boxer preta, apaga a luz, então caminha até se deitar ao meu lado, sinto o peso do outro lado da cama e o calor do seu corpo me envolve ainda que ele não me toque. Estendo a mão até ele, acaricio de leve sua bochecha, e me aproximo mais de seu corpo.
— Você está bem Senhora? Eu estive tão preocupado com você, só de pensar no que poderia ter acontecido… — Phillip se cala, mas seu tom de voz demonstra a raiva que ele esta sentindo.
— Estava preocupado? — Minha voz é apenas um ruído suave.
— Claro que eu estava Senhora.
— Ah, Phillip — murmuro me aproximando ainda mais — tive tanto medo que você me afastasse mais uma vez.
— Não vou me afastar nunca mais Senhora, não estou indo para lugar nenhum, não hoje e nem em qualquer outro dia.
Puxo Phillip para mim, com urgência, minha boca esmaga a sua e forço seus lábios a abrir. Em menos de um segundo toda a calma e o cuidado que pairavam pelo quarto se tornam algo mais denso, mais carnal, é impossível evitar quando o sangue pulsa em minhas veias. Beijo Phillip com desejo furioso, minha língua caba um caminho até a sua, eu a puxo para mim, chupando-a e mordendo-a conforme o desejo aumenta em meu corpo a níveis irresistíveis. Nosso beijo carnal e valsado é interrompido apenas quando todo o ar parece ter evaporado de meus pulmões.
— Senti saudade do meu escravo — murmuro baixo, Phillip geme em concordância.
Passo as unhas pela sua pele delicada deixando um rastro vermelho em seu corpo, em seguida aperto com força seu membro sensível, Phillip engole um gemido e eu mordo seu lábio.
— Diga a quem você pertence Phillip, diga quem é a sua dona!
— A Senhora, minha Rainha, apenas a senhora é dona de mim, sou apenas um escravo sujo pronto para satisfazer seus desejos mais profundos.
— Vou arrancar a porra do seu couro se fugir de mim mais uma vez, Phillip. Você. É. Meu. Entendeu?
— Sim, minha Rainha.
Aperto ainda mais o seu pau, as costas de Phillip se retesam, sua respiração se torna irregular e um sorriso borda meus lábios.
— Você gosta que eu te aperte e te bata? Você é um grande safado sabia? — Corro minha língua pelo seu rosto — tenho um presente para você, está no carro. Quero que você vá até la buscar, do jeito que está. Não tem permissão para se vestir, então tome cuidado para não ser visto. Estarei te esperando de volta em cinco minutos, se demorar mais que isso vou bater nessa sua bunda até que você não consiga mais sentar, me entendeu?
— Sim, minha Rainha.
Espero que meu coração se acalme enquanto Phillip sai, mas ele parece prestes a arrebentar uma das minhas costelas de tão forte que bate. Phillip demora um minuto a mais que o combinado para voltar. Ele está ofegante e tem o rosto vermelho quando entra pela porta.
— Acenda a luz Phillip, quero olhar para essa sua cara bonita e safada enquanto bato em você. Quero ver as lágrimas deixando seu rosto molhado.
A luz se acende e posso ver o corpo de Phillip a alguns metros de mim, gotas de suor brilham em sua pele clara e seu pau duro marca a cueca, eu sorrio maliciosa, ele parece tão ansioso quanto eu para isso.
Tomo a sacola de sua mão e ordeno que se ajoelhe em minha cama. Não tenho um chicote ou palmatória no meu quarto, então abaixo a cueca e espanco sua bunda com minhas próprias mãos. Minha pele arde no contato violento com sua carne, estou usando toda minha força nisso. Phillip se contorce a cada tapa que ressoa em suas nádegas, ver seu desespero faz meu interior se contrair, o tesão tão denso no quarto que poderia ser cortado com uma faca.
Quando passamos dos dez tapas, Phillip tem o rosto lavado de lágrimas. Seus olhos vermelhos e os nós dos dedos estão brancos enquanto ele aperta o lençol. É uma visão tão excitante que eu poderia emoldurar uma foto dessa porra.
Perco a conta de quantas vezes o acerto, minhas mãos queimam intensamente e sua bunda tão redonda está colorida de vermelho e roxo a essa altura. Dou uma risada cruel, estou ofegante e molhada no meu interior.
— Sua bunda fica ainda mais bonita vermelha assim. Vamos, sente-se escravo, quero que veja seu presente — estendo a sacola para ele.
Phillip tira o primeiro item de dentro da sacola, a vela perfumada e seus olhos encontram os meus.
— Achei que seria divertido e não vi nada assim em suas coisas… Não queria comprar coisas que você já tivesse.
— Não tenho muito… Costume com velas — Phillip diz, seu olhar parece curioso e o imagino pensando em tudo o que podemos fazer com o item.
— Com o que exatamente está acostumado? — Pergunto e me condeno logo em seguida, eu quero realmente saber o que Phillip costumava fazer com as pessoas que vieram antes de mim? Não decido, quando ele está prestes a responder, eu o corto — vamos abra o próximo pacote, não temos a noite toda homem inútil. Esta pedindo para que eu te bata um pouco mais forte com toda essa merda de hesitação.
Phillip então alcança o próximo item na sacola, o vibrador. Sorrio enquanto observo-o tirar o vibrador da caixa e o ligar com interesse visível, era óbvio que ele conhecia muito bem esse tipo de aparelho e preferi não pensar muito nisso, ou no fato de que com toda a certeza ele não ficaria envergonhado como ela ficou em sua visita ao sex shop, tenho certeza que ele seria firme e decidido… Como a mulher que entrou depois de mim.
— Ele tem controle remoto — anuncio, mesmo que ele muito provavelmente já tenha notado.
— Isso é muito interessante.
Não respondo. Apenas sinto meu rosto corar, Phillip então pega o último item na mão, a coleira, seus olhos se arregalam e não consigo decifrar o que passa por sua cabeça.
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