Herácles de Atenas
Herácles vislumbrou o templo imponente que se erguia diante de si. Colunas em estilo jónico e dórico esculpidas pelas mãos habilidosas da Arquitetura suportavam o teto elevado do respeitado edifício religioso. No seu interior, uma das sete maravilhas do mundo antigo vigiava a justiça desportiva e o respeito pelas regras: a colossal estátua de Zeus, que quase batia com a cabeça na fronteira superior da construção, construída pelo magnífico Fídias. Igualavam-se à sua grandeza e à sua majestosidade a Pirâmide de Gizé, os Jardins Suspensos da Babilónia, o Farol de Alexandria e o Colosso de Rodes.
Apesar da beleza artística do santuário, ladeado pelo Monte de Cronos, aquele que os filhos engoliu e o tempo controla, a chama da felicidade acessa no coração de Herácles devia-se a outros motivos. A jornada até àquela honrada pólis¹ não fora fácil. Ainda assim, caminhar com as solas das sandálias gastas até ao grande centro do evento que unia todo o povo helénico não era o mais difícil. A ekecheiria² facilitava o caminho e mitigava temporariamente os conflitos bélicos entre os exércitos das várias pólis para que ninguém que àquela cerimónia realizada em honra do Rei dos Deuses se dirigisse tivesse a possibilidade de por terra cair com uma lança na cabeça banhada em sangue. Dura de trilhar havia sido a trajetória sublime dominada pela disciplina e pela honra. Cada prova vencida em Atenas era um passo rumo a Olímpia. Herácles sempre dera o seu melhor, como lhe haviam ensinado os seus mestres na paideia³. A preparação física e o culto do desporto eram um dos pilares da vida de qualquer jovem. O rapaz nunca pensara que um dia seria abençoado com uma visita a Olímpia e muito menos que àquele santuário regressaria.
A juventude e o principiar da liberdade adulta sorriam para Herácles, com o brilho ligeiramente ofuscado pela responsabilidade que acarretavam. Os tempos eram outros: já não era um mero rapazeco de catorze anos cuja velocidade chamara a atenção do seu professor e a Olímpia fora correr o Stadion, a corrida de menor distância em que o rápido e repetitivo movimento dos músculos das pernas e das coxas, quase mecânico, era determinante para a vitória. Aproveitando a deixa do tutor e o talento do miúdo para os animais, o seu pai convidara-o a inscrever-se também no Hippos, prova belíssima em que se contempla a magnificência da relação entre o cavalo e o cavaleiro que sobe na sua garupa selvagem sem sela.
Não trouxera a taenia⁴ nem o kotinos⁵ para casa. Mesmo assim, a pólis aplaudira grandemente a sua coragem como se tivesse derrotado um minotauro. População exagerada, talvez, mas a verdade era que não existia honra mais solene do que pisar como atleta o Santuário de Olímpia e representar a sua cidade-estado perante a Grécia inteira.
Volvidos oito anos, Herácles sentia com os pés descalços aquele solo sagrado, fonte de alimento da oliveira que Hércules plantara como comemoração do sucesso de um dos seus Doze Trabalhos. Seguia mais atrás, distanciado da multidão de atletas. Por ora, a túnica branca servia-lhe de cúmplice silenciosa do seu segredo de nascimento que se acentuara com a adolescência implacável. Que palavras das bocas alheias sairiam quando as arredondadas formas femininas no seu corpo vissem, ainda que ligeiras fossem? E quando prescrutassem mais abaixo, para aquela zona corpórea para a qual se olha nos bebés recém-nascidos e se afirma ser um menino ou uma menina? Mais dúvidas se levantariam, visto que o seu órgão era diminuto e ambíguo. O seu pai afirmava que a virtude estava na autenticidade. A sua mãe dizia que a sua estrutura física era uma benção dos Deuses, um presságio de glória e de grandes feitos. Alcibíades, o seu paidotribes⁶, defendia que Herácles tivera a dádiva de herdar a força do pai e a beleza da mãe.
O grupo de atletas, que seguia em fila, atravessava um arruamento ladeado pela riqueza do mármore das inúmeras estátuas de Zeus que ali estavam dispostas. Na base de cada uma daquelas representações do Rei do Olimpo, figurava gravado o nome desonroso de um competidor desvirtuoso. As multas por falsificar as regras impostas pelos Hellanodikai⁷ eram pesadas, mas os dracmas⁸ ali acumulados não eram desperdiçados. Com o dinheiro recebido, pagava-se a grandes escultores para esculpirem aquelas obras de arte que lembravam aos atletas futuros o preço da falta de honestidade.
Terminada aquela procissão, o ajuntamento de homens e rapazes era chegado ao Bouleterion. Crepitante, a chama já acessa no Altar de Héstia pelas Sacerdotisas de Deméter aguardava a retidão, a lisura e a lealdade daquela gente que um lugar nos Jogos Olímpicos alcançara. O fogo balançava desconfiado, olhando de soslaio cada um dos atletas. Escutava atento o seu juramento a Zeus. Representante da pureza de um dos quatro elementos de Platão, a chama alaranjada que se manteria imperturbável até ao final do quinto dia que assinalava o fim dos Jogos vislumbrava aqueles que, perante o seu calor, prometiam manter a justiça. A larga maioria inscrevera-se em mais do que uma prova, como a tradição mandava. Em quantas mais competições um atleta comparecesse, maior era a sua virilidade física. O lume tentava adivinhar o que já tinha sido determinado por Nike, Deusa da Vitória. Quem seriam os vencedores daquele quadriénio?
Herácles, chegada a sua vez, acercou-se da fogueira. Com o coração, centro da razão como Galeno, o médico, afirmava (ainda que alguns dos seus adversários não se convencessem da natureza glandular do cérebro, cuja função se limitava a produzir secreções nasais), aos pulos pela emoção, o jovem jurou, com toda a sinceridade, ser cumpridor das regras.
Que se desse início aos Jogos Olímpicos!
***
Herácles, saído da palestra⁹, sacudia o azeite e o pó fino em que a sua pele nua fora envolvida imediatamente antes do Pale¹⁰. Alcibíades dizia que tinha sido uma prova bastante renhida. No calor da competição, o jovem esquecera-se das inseguranças que tinha com o seu físico. Ajeitava naquele momento o pano branco em que se enrolara à pressa depois da prova. O ânimo dececionado fizera-o sair veloz do edifício onde tinham lugar as provas de luta, depois de umas congratulações apressadas ao seu adversário. Ainda se culpava pela pequeníssima, minúscula, distração que determinara a sua terceira queda depois de já ter feito as costas do adversário tocarem o chão duas vezes.
Precisava apanhar ar, arejar o espírito. Teria outras oportunidades nos próximos quatro dias. Inspirou fundo o ar puro daquele santuário afastado das grandes acrópoles¹¹. Precisava de alcançar a paz na alma.
Porém, a sua missão interior foi em vão. Ao fundo, onde deveriam estar a decorrer recitais de poesia, reflexões filosóficas, apresentações artísticas ou discussões políticas, levantava-se um grande rebuliço. Ouviam-se gritos. Uma voz fula elevava-se acima de todas as outras, discursando ferozmente.
- Nós somos almas. Os corpos são apenas meios para nos movimentarmos neste plano da existência. A alma é a nossa essência. Como já dizia Platão, no mundo corpóreo, as ideias primordiais, simples e perfeitas, são distorcidas...
O atleta aproximou-se da multidão. No centro da confusão, um cão vadio, de cauda abaixada entre as pernas, olhava amedrontado o magote. Olhos atemorizados, corpo encolhido, focinho cauteloso.
- Não batas nesse cão! - Clamou o orador, apontando para um indivíduo em específico. - Sabes o teu amigo falecido? Ele pode ter encarnado nesse animal.
O público que se ajuntava, atraído pelo alarido, era numeroso. Ouviam atentamente o que aquele filósofo discursava e, às tantas, já o canídeo tinha desaparecido e estava gerada uma conversa intensa onde se discutiam teorias filosóficas e conceitos metafísicos. Ora aí estava um dos exemplos que tornavam os Jogos Olímpicos tão grandiosos. Não era só de corridas e lutas que as Olimpíadas se faziam. A arte, a filosofia, a política e a oratória tinham o seu palco em Olímpia, principalmente no dia de abertura, em que os recitais de poesia e as conferências públicas dominavam.
Mesmo com o monte de gente de toda a Grécia que ali se reunira entretanto, os olhos perspicazes de Herácles identificaram um rosto familiar. Feições jovens, ar sereno, expressão sábia, olhar altivo, gestos delicados e as íris de um castanho profundo tão bonito cuja beleza era impossível de igualar em toda a Hélade¹²...
- Sophonias? Sophonias de Atenas? - Perguntou a voz baixa o atleta, aproximando-se do outro jovem.
- Pensei que já não me conhecias, Herácles. Agora que te vais tornar um herói dos Jogos... - Retorquiu Sophonias, com um sorriso maroto nos lábios. - Anda, vamos até um dos jardins para pormos a conversa em dia. Lá estaremos mais à vontade.
***
Os ciprestes de ramadas flutuantes balançavam com a cadência da brisa. A aragem a quem os atletas, suados, transpirados e com os músculos rasgados, davam as boas-vindas com um sorriso de orelha a orelha, visitava os dois jovens tocando-lhes levemente no rosto. As flores abriam-se perante o astro de Apolo luminoso, emanando um aroma frutífero quase divino.
- Como as coisas belas são simples... - Murmurou Sophonias, enquanto se agachava junto a um canteiro onde deambulavam abelhas e borboletas atraídas pela suavidade floral. - Jacinto. A história desta flor entristece-me. Um disco mal lançado, desviado pelos ventos ciumentos de Zéfiro, e um amor para sempre perdido. Apolo, em memória do seu amado Jacinto, criou este agrupamento de tépalas lilases com o sangue derramado pelo jovem espartano, filho da realeza da sua pólis e da musa que tece a História no seu tear. Mas para ti, meu Herácles, reservo-te os lírios puros de Hera para que tenhamos um casamento feliz e as rosas graciosas de Afrodite em comemoração da tua beleza.
- Não seremos jovens para sempre, Sophonias. A adultez logo chegará. E somos atenienses.
- Qual o problema do nosso amor? Lá porque um dia seremos homens adultos e não nascemos espartanos, não podemos celebrar a simplicidade da emoção?
- Não é que seja proibido, mas sabes como a sociedade é. - Disse Herácles, cujo rosto se enchera de melancolia.
- Durante este último ano, em que estive separado de ti em Argos, só tive ainda mais certeza de uma coisa: ninguém neste mundo, nem humanos, nem heróis, nem semideuses, nem deuses, se equipara a ti, meu jardim florido.
- Palavras bonitas que me aquecem a alma. Que andaste a fazer desde a última vez que nos vimos, há um ano? Fizeste-te poeta?
- Poeta não, mas fiz-me filósofo. Depois da paideia e do serviço militar, viajei para Argos. É uma cidade de grandes artistas e de grandes pensadores. Lá, encontrei o meu mestre com quem continuarei os estudos. Ele veio a Olímpia debater as suas proposições e eu acompanhei-o até este santuário. Quiseram os Deuses os nossos caminhos se cruzassem. Pelo teu aspeto, deduzo que estejas a participar nos Jogos.
- Alcibíades convidou-me a inscrever-me outra vez nas Olimpíadas, volvidos oito anos.
- Participaste nalguma das lutas de hoje? - Quis saber o jovem filósofo.
- No Pale. Mas ainda não é desta que recebo o kotinos.
- Alcibíades é um bom paidotribes, ou não fosse o seu nome "força da força". Se te convenceu a entrares nos Jogos, é porque vê potencial para que Nike te escolha. Em que outras provas participarás?
- Amanhã vou repetir o Hippos com um dos cavalos do meu pai. Ainda ponderei o Pentatlo¹³, mas é muito duro, tanto que a categoria para rapazes pouco durou. Vou tentar o Diaulos¹⁴ daqui a três dias também. - Confessou o atleta.
- Vencer o Diaulos é uma das maiores honras dos Jogos Olímpicos! - Exclamou Sophonias, com os olhos castanhos a brilhar. - O atleta que conseguir esse feito recebe nas suas mãos a lampadedromia¹⁵!
- E acende o lume no Altar dos Sacrifícios no Templo de Hera. - Completou o outro jovem. - Eu sei. Velocidade em distâncias curtas sempre foi o meu forte, tanto que fui o segundo a cortar a linha de chegada no Stadion quando era miúdo, mesmo que vencedor só seja o que primeiro chega, o melhor dos melhores. Sabemos que mesmo que o vento e os Fados¹⁶ estejam a meu favor, os Hellanodikai nunca permitiriam que alguém como eu tivesse essa honra.
- Os Hellanodikai são escolhidos entre os mais justos de Élis. - Disse o filósofo, enquanto secava com os dedos as ligeiras gotas salgadas que escorriam pelas órbitas oculares macambúzias do namorado. - O teu mérito está na tua autenticidade. Sê como és. Quiseram os Deuses que herdasses no corpo a força masculina e a virtude feminina, fazendo de ti o ser mais perfeito que conheço. És honesto, sincero, verdadeiro e a criatura mais bela de todas. Não receies mostrar quem és. É por isso que a ti entrego o meu amor.
Os lábios dos dois jovens tocaram-se levemente, num momento abençoado pela eternidade. As flores, testemunhas daquele franco amor, desabrocharam ainda mais as suas pétalas, libertando um perfume subtil que envolvia o casal na plenitude harmoniosa da paixão. O Sol, o astro de Apolo, intensificou o seu brilho, bendizendo aquela relação para que os invejosos olhares do preconceito não a destruíssem como sucedera consigo e com Jacinto.
- É um beijo de boa sorte. A minha alma diz-me que Nike já te escolheu como vencedor, meu herói.
***
Herácles agarrava-se firme à crina de Ánemos, o cavalo. Aquele animal era como um irmão para o jovem. Nascido no estábulo do seu pai, proviera do ventre da égua oferecida à sua mãe por ocasião do aniversário de casamento, que já brilhara triunfalmente na Heraea¹⁷.
Sentia a respiração ofegante do equino, a sua pulsação acelerada, o bater compassado dos seus cascos contra o chão arenoso do hipódromo. Cavalo e cavaleiro fundiram-se num só, correndo com o vento amigo como companheiro. Os seus ouvidos tornaram-se surdos perante os gritos e os aplausos do público vindo de toda a Hélade que assistia à prova. Concentraram-se unicamente na corrida, focados na meta, ignorantes à distração das alheias vozes exaltadas.
Cortaram a meta, provocando uma onda de aplausos e congratulações infinitas. Herácles e Ánemos recolheram-se para um canto mais sossegado, onde poderiam confraternizar pacificamente.
- Estou muito orgulhoso de ti, meu filho.
O jovem vislumbrou a figura do pai. Foi envolvido pelos entusiasmados braços familiares do ascendente, num abraço eufórico.
- Manda a tradição que os proprietários dos cavalos fiquem com os louros. - Continuou o homem, comovido. - Mas fica a saber, meu filho, que pouco ou nenhum mérito tenho nesta vitória. A glória é toda tua e do Ánemos.
O homem, com os olhos banhados por lágrimas felizes, acariciou o equídeo, abraçando em seguida Herácles uma vez mais.
***
Terceiro dia das Olimpíadas, um dos mais esperados pelo estômago. A animação no banquete noturno fundia-se com as conversas animadas dos atletas, paidotribes, espetadores e oradores.
As pernas dos bois sacrificados pela manhã e assadas lentamente durante todo o dia estavam suculentas. Porém, o paladar de Herácles não estava para grandes jantares. Alcibíades aconselhara-o a privilegiar as frutas e os legumes naqueles dias duros. Além disso, os nervos do Diaulos que teria lugar no dia seguinte não o deixavam deglutir grande coisa.
- Eu confio em ti, meu herói.
As palavras pronunciadas pelo namorado durante o banquete ressoavam nos seus ouvidos. Sophonias até podia confiar, já a Grécia...
***
Rezava a lenda que Hércules era capaz de percorrer a distância do Diaulos num só fôlego. Herácles carregava no seu nome uma homenagem ao semideus e herói, filho de Zeus, nascido em Tebas.
Os adversários que acompanhavam o jovem na corrida eram de peso. Vindos dos vários cantos da Hélade, os atletas concorriam quase lado a lado, exaltando o público. Atenas, a cidade da Deusa da Sabedoria e da Estratégia em Batalha, encarnada em Herácles, curvou agilmente quando terminou o primeiro comprimento de estádio. Uma boa parte dos corredores perdera velocidade durante a curva, embora a prova continuasse arriçada.
Herácles manteve o movimento ritmado das pernas, inspirando e expirando. Abstraiu-se dos sons ao seu redor, escutando apenas o baque surdo dos pés descalços a empurrarem o chão do estádio. Os seus olhos tornaram-se cegos à multidão. Focou-se na meta, o único ponto que precisava de ver naquele momento.
Quando finalizou o segundo comprimento de estádio, olhou para a frente, em busca do vencedor para o congratular. A procura mostrou-se infrutífera, ainda que a plateia aplaudisse de pé um indivíduo que Herácles não encontrava, por mais que olhasse.
Quando soube a identidade do vencedor do Diaulos, o coração do jovem palpitou desconcertadamente, numa euforia que compartilhou com os pais, Alcibíades e sobretudo com Sophonias.
***
Um burburinho percorria Olímpia derivado da demora do transportar da lampadedromia. Os Jogos Olímpicos eram um evento muito sério. A retidão e a honestidade eram as palavras de ordem para não provocar a fúria de Zeus nas comemorações em sua honra.
O vencedor do Diaulos provara o seu valor desportivo perante toda a Hélade. Ainda assim, as opiniões sobre a dignidade da sua figura divergiam num intenso e infinito debate em que a pólis anfitriã das Olimpíadas mergulhara desde o final do quarto dia e que estendia pelo quinto amanhecer adentro.
Os Hellanodikai foram convocados com urgência. Os cidadãos de Élis debateram demoradamente entre si. Casos como aquele eram difíceis de decidir. O vencedor afigurava-se como um misto entre masculino e feminino numa prova que celebrava a virilidade e a força do homem. No entanto, a verdade era que aquele jovem sempre fora tratado como um cidadão masculino. Frequentara a paideia como qualquer outro rapaz, cumprira o serviço militar e, inclusive, tivera uma belíssima prestação nas Olimpíadas durante a adolescência. Além disso, a sua inscrição nos Jogos fora aceite e o povo de Atenas não levantara questões de maior ruído quando escolhera aquele atleta para representar a sua pólis. Portanto, uma questão era levantada: porque é que os ânimos transcenderam astronomicamente a sua exaltação quando, e apenas quando, aquele cidadão mostrara o seu valor olímpico?
A resposta era simples: não correspondia à conceção preconceituosamente traçada por alguns indivíduos, aqueles que maior ruído levantavam, de atleta olímpico. Mas Nike decidira entregar àquele jovem a taenia e o kotinos. E a sua vontade deveria ser satisfeita.
Herácles, nu e sem receios, com a coroa de oliveira na cabeça e a fita vermelha na mão, recebeu de bom grado a lampadedromia. Acendeu a fogueira no Altar dos Sacrifícios no Templo de Hera, cuja chama revigorante celebrou alegre o seu sucesso olímpico e a beleza da genuinidade em ser quem se é.
Notas:
1 - Cidade-estado da Grécia Antiga
2 - Tréguas Sagradas
3 - Educação ateniense formal e obrigatória, até cerca dos 20 anos para os rapazes
4 - Fita vermelha entregue aos vencedores dos Jogos Olímpicos
5 - Coroa de folhas de oliveira
6 - Treinador de um atleta que se apresenta nas Olimpíadas
7 - Elementos do júri
8 - Moedas gregas
9 - Local onde decorriam as provas de luta
10 - Luta livre
11 - Centro das pólis gregas
12 - Grécia Antiga
13 - Prova constituída por lançamento do disco, lançamento do dardo, salto em comprimento, Stadion e luta livre
14 - Corrida de ida e volta correspondente a dois comprimentos de estádio
15 - Tocha
16 - Entidades do Destino
17 - Versão feminina das Olimpíadas
(3000 palavras)
Monte, 2024
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