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Qualquer erro durante o capítulo me avisem, por favor. Pode ter passado despercebido durante a revisão.

Votem e comentem, please🍀 Ajuda a autora pra caramba.

"I'm not drunk"

Scorpius

O meu pai e eu pegamos a rede de Flu para a mansão Zabini. Assim como a nossa, a sala era ampla e com grandes janelas onde podíamos ver a neve caindo lá fora.

A parede com tons claros e os pequenos detalhes da decoração lembravam o dourado. Alguns itens da mobília tinham cores vivas e quentes, bem a cara da tia Pansy.

Vejo a mulher morena caminhar em nossa direção. O cabelo preto curto emoldurava o rosto dela, o vestido vermelho combinava com o tom do batom que a mesma usava.

- Draquinho! Scorpie! - ela gritou ao nos ver e veio nos abraçar e encher nossas bochechas de beijos.

A tia Pansy era de abraços calorosos e apertados.

- Pansy - meu pai a cumprimentou mais contido.

- Tia - falei animado e retribui o abraço.

- Cadê o Potter e a sombra desse aqui? - ela perguntou me abraçando pelo ombro.

- O Harry vai conversar com os filhos hoje - meu pai explica.

- E o Albus não é minha sombra não - me defendo.

- Ah - ela nega com a cabeça - Que indelicadeza minha. Seu "amigo".

- Cadê a Amy? - desconversei.

- Com o Devon na cozinha - ela responde.

- Vou lá - sorrio sem mostrar os dentes.

Me apresso para fugir do assunto Albus e encontro meu tio no caminho.

O terno vinho caia bem nele. O sorriso sempre acolhedor e o olhar terno.

- Tio Blaise - falo ao vê-lo.

- Pequeno Draco - ele sorri e me cumprimenta com um abraço - Cadê o seu Potter? - ele procurou em volta.

- Não é como se eu vivesse colado com o Albus - falei indignado.

- Mas vocês não se desgrudam - ele sorri, claramente gostando de me irritar.

- Do jeito que vocês falam - eu reviro os olhos - Parece que um não existe sem o outro.

- Acho que é algo assim - ele me provoca e vai em direção a sala.

Minha família adorava me irritar e me envergonhar.

Caminho para a cozinha e logo sinto o cheiro da comida que já estava pronta. Vejo a morena com o cabelo liso bagunçado, ela vestia preto assim como o namorado.

- Meu casal favorito - falo alto ao ver a Amy sentada na bancada da cozinha, balançando as pernas, enquanto o Devon comia algumas coisas escondido.

- Scorpius! - a Amy me abraça de cima da bancada e o Devon olha para nós.

- Eu deveria sentir ciúmes? - ele brinca, por causa da posição que estávamos.

- Não - nego com a cabeça - Nem se eu gostasse de garotas.

- Ei - ela me dá um tapa forte no braço - Me senti ofendida.

- O que eu quis dizer é que você é quase minha irmãzinha - explico apertando a bochecha dela.

- Bom - ela me abraça novamente.

- Você não consegue esperar o jantar? - pergunto ao Devon.

- Eu tô com fome - ele revira os olhos - Vocês demoraram.

- Ficamos pra nós despedir do tio Harry e do Albus.

- Ahh - a Amy sorri - Achei que aquele idiota viria.

- O natal dos Weasley é o tradição para eles - explico.

- Rolou alguma coisa? - o Devon se aproxima curioso - Ele ficou em sua casa...

- Nós somos amigos - murmuro.

- Se a gente acender um isqueiro junto de vocês, o local pega fogo de tanta tensão - o namorado da minha amiga dá de ombros.

- Não é assim - franzi as sobrancelhas negando com a cabeça - É? - encaro a Amy.

- As vezes vocês ficam se olhando ou conversando de um assunto próprio e parece que o resto de nós some - ela fala.

- É - o Nott afirma - Vocês ficam nessa bolha até um de nós interromper... Ainda não entendo, porque vocês não estão juntos. Além de quando se tocam, vocês fazem umas expressões estranhas.

- Depois da marca, ele se afastou de mim - dou de ombros - Acho que ele pensa que eu procuro minha alma gêmea.

- Vocês por acaso conversaram sobre o assunto? - a morena perguntou.

- Não - neguei tristemente e minha amiga revirou os olhos

- Vocês precisam conversar - o Devon afirma.

- Se entender - minha amiga completa.

- Quando voltarmos a aula eu falo com ele - digo sem muita certeza.

- Fala mesmo - o garoto sorri - Não aguento vocês sofrendo pelos cantos.

- E seria meio que histórico - a Pansy sorri e faz gestos com a mão - Potter e Malfoy juntos.

- Mas pra isso nem precisa da gente... Nossos pais já vão fazer isso - dou de ombros.

Sempre fadados ao que eles fazem...

- Devon Nott! - ouço a voz estridente da tia Pansy.

- Desculpa - ele levanta as mãos em rendição se afastando das panelas.

- Vão para sala de jantar - ela manda e nós nos apressamos para sair da cozinha.

O jantar foi servido e estava muito bom. Aquilo com certeza havia sido preparado pelo tio Blaise, pois a tia Pansy não era muito boa na cozinha.
Comemos acompanhado de vinho quente e conversamos sobre diversos assuntos. Os risos e conversas baixas preenchiam a grande sala e a mesa iluminada por muitas velas.

Depois do jantar, voltamos a sala para trocar os presentes. Gostei muito das coisas que ganhei. Algumas roupas dos meus tios, uma pulseira de ouro branco do meu pai. Da Amy e do Devon ganhei o uniforme de quadribol.

- O que? - olho para eles sem entender - Eu ainda nem fiz o teste.

- Eu e o Albus estávamos observando seus treinos - o Devon dá de ombros - Você está no time.

- Isso é incrível - comemoro - Mas quero passar pelo teste como todos os outros.

Não queria ser acusado de favoritismo.

- Tudo bem - a Amy sorri - Mas eu tô confiante.

[...]
Meu pai conversava divertido com os meus tios, enquanto tomavam Whisky de fogo.
A Amy estava jogada em uma poltrona e o Devon estava jogado de maneira confortável no colo da garota.

Vejo um som vindo da lareira e me aproximo, logo vendo o rosto do Albus nas chamas da lareira.

- Hey, Potter - sorrio de canto.

- Se divertindo? - ele pergunta.

- Não tanto quanto eu gostaria - dou de ombros.

- Vem para cá - o moreno fala animado.

- Não sei, Al - falo olhando para os meus amigos que murmuram uns "Vai logo" "vai", enquanto faziam sinais com as mãos.

- Por favor - o Potter junta as mãos - Eu estou sozinho.

Dramático.

- Sozinho? Nos Weasley? - o olho incrédulo. Estava sempre saindo e entrando gente naquela casa.

- Bem... Não estou sozinho - ele sorri soprado - Sinto sua falta...

- Você não vive sem mim - falo convencido, brincando com ele.

- Não vivo mesmo - o moreno confirma - Vem, por favor.

- Pai? - olho para o loiro sentado no sofá - O Albus está me chamando...

- Vai - ele sorri.

- Você confia tanto assim nele? - olho incrédulo para o meu pai - Ao ponto de nem escutar o que vamos fazer.

- Eu confio em você - ele me olha suavemente.

- Tô indo - aviso ao Albus e logo vejo ele sumindo nas chamas.

Me despeço da minha família e uso a rede de Flu para chegar a Toca. A casa dos Weasley tinha a mesma aparência torta que aparentava não ser muito segura, mas eu já havia me acostumado com aquilo.
Não importa o que acontecesse, acho que aquela casa nunca cairia.

Limpo o pó das minhas vestes e vejo a sala pequena repleta de pessoas ruivas. Sou recebido pelo Albus que me abraça fortemente e eu sinto o cheiro do perfume que eu tanto conhecia.

- Feliz natal, Malfoy - ele fala em meu ouvido.

- Feliz natal, Potter - dou uma risadinha.

Ele solta o meu corpo, mas segura em minha mão e entrelaça nossos dedos, me deixando confuso.
Cumprimento as pessoas ainda envergonhado. Com certeza minhas bochechas estavam coradas.

- Scorpiusssss! - a Lily, irmã do Albus corre para me abraçar.

- Lils - abraço e a giro de um lado para o outro.

- Vim te abraçar logo - ela me encara rindo - Antes que o Albus te leve para longe de todos.

- Hey, Scorpie - a Rose acena para mim. Ela estava jogada em um dos sofás, o cabelo cacheado escuro caia pelas costas e seu rosto estava um pouco vermelho, acho que pela bebida que estava tomando.

- Rose - sorrio de canto e retribuo o aceno.

- Vem - o Al me puxa pela mão - Vamos pegar uma cerveja amanteigada.

O sigo em direção a cozinha e lá encontramos o James e o Teddy se pegando, mas param ao nos ver.

- Já estamos saindo - o Albus fala pegando duas garrafas de cerveja amanteigada.

- Hey, casal - aceno e sorrio para eles.

- Oi, casal - o Teddy pisca para mim.

- Cunhado - o James sorri e eu prendo o riso, enquanto o Albus me puxava pela cintura em direção às escadas.

- Pra onde estamos indo? - o olho curioso.

- Tem uma espécie de varanda aqui em cima - ele explica, enquanto subiamos mais escadas.

Chegamos a parte de madeira, o vento frio parecia balançar aquela parte da casa, deixando-me um pouco aflito.

Ele me entrega uma das garrafas e logo sinto o sabor doce em meus lábios. Observo o famoso sweater da senhora Weasley. O Al usava um vermelho com um "A" na cor azul.

O que me fez lembrar que minha camisa cinza de botões não era quente o suficiente para aguentar o vento frio do inverno. Abraço o meu corpo com os braços para tentar me aquecer.

Ele sorri de canto ao observar meu ato e envolve meu corpo com seus braços, passando o calor do seu corpo para o meu.

- Melhor? - ele pergunta próximo ao meu rosto.

- Sim - murmuro não entendendo muito bem essa aproximação repentina. Nos últimos tempos ele parecia fugir de mim.

Ficamos calados, apenas aproveitando a companhia um do outro. Era algo comum em nossa amizade, não era necessário palavras para preencher o momento. O silêncio era confortável.

- Queria te beijar - ele me encara e eu travo.

- Você tá bebado - respiro fundo e dou uma risada.

- Eu não tô bêbado - ele afirma sério e eu via verdade nos olhos dele.

- Por que isso agora? - me afasto um pouco, buscando o ar - Depois de todo esse tempo? - o olho confuso.

- Por que eu não me importo mais com a marca - ele sorri tristemente.

- Que? - murmuro tentando entender.

- Scorpius, eu tô cansado de tentar esconder isso... - ele murmura - Eu gosto de você.

- Al - seguro o rosto dele com as duas mãos o olhando nos olhos.

- Dane-se essa marca - ele fala firme - Se você quiser... Eu só precisava falar... Você pode querer encontrar quem é sua alma gêmea, eu vou entender... Mas eu não podia guardar isso só para mim - se afasta, mas eu o puxo juntando nossos lábios.

Meus dedos correm pela nuca dele, enquanto ele segura firme o meu corpo. Minha boca se abre e sinto sua língua junto a minha, então o sabor da cerveja amanteigada fica mais forte. O Albus dá uma leve mordida em meu lábio inferior me fazendo sorrir devagar, o que o faz sorrir também.

- Eu gosto de você, Potter - falo bem próximo ao rosto dele, tão proximo que até nossos narizes ainda estavam encostados.

🍀🍀🍀

Comecei uma nova fanfic Drarry. Ela vai ser um pouco diferente das outras, vão lá dar uma olhada no prólogo de “Pretend"

- Ella

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