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Decidi continuar com a história, espero que continuem gostando.
Obrigada pelas mensagens de apoio. Durante a madrugada eu tive um momento de inspiração, enquanto relia o rascunho da história e resolvi postar logo como forma de agradecimento.
Votem e comentem (ajudem a autora) 🍀
“Scorose"
•Albus
Os olhos cinzas focados nos meus, os cabelos loiros bagunçados, a boca avermelhada entreaberta, enquanto ele respirava fundo depois da nossa guerra de travesseiros.
Percebo que estava encarando demais, então apenas jogo o travesseiro no rosto dele e me levanto da cama.
Mas o loiro me puxa pela cintura de volta para a cama e começa a me fazer cócegas.
- Golpe...baixo - falo ofegante.
- Desiste? - por que os lábios dele pareciam tão convidativos?
- Desisto - levanto as mãos em rendição e ele se joga ao meu lado.
- O que você achou do seu pai e o meu estarem juntos? - eu pergunto depois de um tempo. Me deito de lado e ele repete o ato para ficarmos frente a frente.
- Foi inesperado - o Malfoy sorri - Mas eu gosto do Tio Harry, pelo que eu vi, eles se dão muito bem.
- Também percebi isso - admito.
- Vamos ser irmãos - ele mostra a língua e dá um soco fraco em meu ombro.
- Irmãos - repito a palavra negando com a cabeça e estremecendo, enquanto ele gargalha.
Ficamos em silêncio nos olhando, seus olhos cinzas presos nos meus verdes.
Ele me puxa me fazendo deitar em seus braços e eu acabo pegando no sono com suas carícias em meus cabelos.
Acordo depois de um tempo com o Scorpius me chamando. Sento na cama e esfrego os olhos.
- Você dormiu por muito tempo - o loiro sorri de canto - Já está na hora de jantar.
- Já estou levantando - estico os braços para me alongar e percebo que ele guarda algumas folhas de pergaminho e a pena em uma gaveta - Fazendo atividade no feriado?
- Não - ele nega com a cabeça - Era besteira.
- Besteira? - eu arqueio uma das sobrancelhas em dúvida - Sou seu amigo, pode dividir comigo se quiser.
- Vai lavar esse rosto - ele me puxa para levantar, mudando de assunto.
- Você nem disfarça - eu nego com a cabeça e rio, andam em direção ao banheiro.
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A mesa da sala de jantar da mansão Malfoy era grande apenas para nós quatro, então resolvemos comer na cozinha mesmo.
Nós bebiamos hidromel e o sabor do cordeiro assado com abóbora estava realmente bom. Mesmo que o tio Draco dissesse que não era tão bom na cozinha.
- Vocês deveriam vir com a gente amanhã - o meu pai fala.
- Pra o jantar de natal na casa da família da sua ex mulher? - o Malfoy mais velho o olha sem entender - Desculpa, mas eu passo.
- Tem certeza? - meu pai insiste.
- Vai ser uma situação chata - o Draco suspira - E você e a Ginny precisam conversar com os meninos.
- Depois marcamos um dia para eles jantarem aqui - o Potter diz.
- Melhor - o Draco sorri - Eu e o Scorpius passaremos o natal na casa da Pansy - dá um beijo no meu pai.
- Acho que é hora de ir para cama - meu pai olha para mim e para o Scorpius.
- Nós não somos mais crianças - eu reviro os olhos, enquanto o Scorpius se levantava.
- Eu acho que seu pai está certo. Vem - me puxa pela mão e eu o olho confuso - Nos livramos da louça suja - ele murmura.
- Verdade, o senhor tem toda razão - falo ao me levantar - Boa noite! - aceno para os dois mais velhos.
Nós subimos a escadas e entramos em meu quarto.
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- Você está escrevendo romances Veela? - eu o provoco.
- Não - ele nega rapidamente.
- Me conta - peço fazendo bico.
- Como você é curioso - o loiro bufa e vai até a gaveta. Pega as folhas de pergaminho e leva até a cama.
- É lindo - eu falo surpreso ao olhar as folhas com desenhos de pessoas conhecidas por nós fazendo coisas banais - Você é bem talentoso!
Além do desenho, o Malfoy havia jogado um feitiço nas folhas para que os desenhos se movessem.
- Não é grande coisa - o loiro abaixa a cabeça envergonhado.
- Claro que é - rebati - Está incrível.
Continuo olhando as folhas e vejo um desenho inacabado em que o rosto do personagem lembrava o meu... E a paisagem era com certeza o quarto dele.
- Você estava desenhando enquanto eu dormia - eu afirmo surpreso.
- Eu perdi o sono - ele dá de ombros - Desculpa, se isso for muito esquisito.
- Só um pouco - brinco com ele - Mas eu gostei, Posso ficar com esse?
- Claro - ele concorda com a cabeça e eu guardo o desenho com cuidado em minha mochila.
Jogamos Snap explosivo e comemos algumas varinhas de alcaçuz da Dedos de Mel.
Encarei uma partida de xadrez bruxo com o Malfoy mais novo e o mesmo acabou perdendo.
Eu tinha anos de prática com o tio Ron.
Como o Scorpius não havia dormido um pouco a tarde, ele pegou no sono rapidamente e eu apenas fiquei virando de um lado pro outra da cama sem conseguir dormir.
Levanto da cama, pego minha mochila e caminho para a poltrona próxima a janela.
Pego o desenho e começo a olhar os detalhes que pareciam tão realistas. Mas nesse desenho, eu possuia uma marca igual a dele próxima ao tornozelo, parte que o lençol não cobria.
Sorri com aquilo, não era só eu que ainda guardava os sentimentos...
Li um pouco de um livro novo sobre quadribol que o Devon tinha me indicado para ver se conseguia dormir. Mas acabei dormindo apenas de madrugada, depois de terminar o livro inteiro.
Acordamos numa mistura de pernas, braços, travesseiros e lençóis. Os cabelos loiros estavam em meu pescoço e eu sentia a respiração dele em meu peito.
Levanto com cuidado para não acordá-lo. Caminho para o banheiro para tomar banho e fazer minha higiene matinal, enquanto ele ainda dormia. Depois de pronto, eu o acordo e espero que ele esteja pronto para descermos juntos para o café da manhã.
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A neve cobria todas as plantas do grande terreno e mesmo agasalhados sentíamos o frio natalino do inverno.
Ficávamos sempre com as varinhas na mão murmurando o feitiço de aquecer.
Passamos um tempo praticando duelo no enorme jardim.
- Confringo! - o Scorpius grita e aponta a varinha em minha direção.
- Expelliarmus! - grito e vejo sua varinha voar para longe.
- É a terceira vez que você usa o mesmo feitiço - ele murmura irritado.
- O que eu posso fazer? - dou de ombros - É um feitiço muito útil.
- Vocês deviam mudar o sobrenome da família de vocês - ele revira os olhos - No lugar de Potter colocar Expelliarmus.
- Você não sabe perder - provoco.
- Idiota - revira os olhos.
Continuo o provocando e o loiro se aproxima para me socar, mas eu seguro o seu pulso. Ficamos nos encarando com a respiração pesada.
- Que tal a gente ir voar? - solto o braço dele tentando mudar o clima.
- É uma boa ideia - passa a mão pelos cabelos os deixando ainda mais bagunçados.
Como havia sido um brunch ( breakfast + lunch) uma espécie de café da manhã junto com almoço tipicamente britânica, já que havíamos acordado tarde, então não estávamos com fome.
Voamos durante a tarde pelo terreno. Voar era algo de que eu raramente cansava, mas estava frio demais e piorou quando voltou a nevar.
Voltamos para dentro da mansão e fizemos um lanche, antes de eu finalmente ir tomar banho para viajar para a Toca.
[...] Eu já havia me vestido para ir para a casa dos meus avós e arrumava ( lê-se jogava as roupas de qualquer jeito em minha mochila), enquanto o Scorpius me observava fazer isso. Ele acendia e apagava a varinha usando o Lumus/Nox, pois ele estava “no tédio", palavras do mesmo.
- Manda um beijo pro Teddy - o Scorpius pediu antes de eu ir embora.
- Por que? - o olho confuso franzindo as sobrancelhas.
- Ele é meu primo ué - ele dá de ombros - Faz tempo que eu não o vejo.
- Você vê ele na escola - reviro os olhos.
- Não é a mesma coisa - o loiro suspira - Além disso, ele não passa mais as festas com a gente e sim com vocês.
- Hum - concordo com a cabeça de forma debochada.
- Ciúmes? - ele sorri sacana.
- Eu não - respondo rapidamente e sorrio soprado - Só surpreso com essa demonstração de afeto repentina.
- Você sabe que você é minha pessoa preferida no mundo - o Malfoy aperta minha bochecha - Depois do meu pai, é claro... Só não conta para a Amy.
- Vou jogar na cara dela - brinco e pego minha mochila.
- Eu nego - ele ri e dá de ombros - Você não tem provas.
- Você joga sujo, Malfoy - mordo o lábio inferior e ele pisca para mim - Manda um abraço para Amy e para o Devon.
- Você vê eles todo dia na escola - ele me imita fazendo voz fina que nem de longe pareceria a minha.
- Touché - sorrio e mostro a língua.
Nos despedimos do Scorpius e do tio Draco e pegamos a rede de Flu para a Toca, já que eu ainda não podia aparatar.
A casa pequena estava cheia como sempre. O barulho das vozes com o qual eu já estava acostumado me fazia sentir em casa. Minha mãe corre para me abraçar ao me ver.
Eu estava com muita saudade, fazia tempo que eu não a via por causa do período da copa de quadribol.
- Al - ela me abraça forte e acaricia meus cabelos.
- Senti sua falta, mãe - falo para a ruiva.
- Eu achei que você viria ontem com os seus irmãos - ela me encara e depois ao meu pai.
- Eu dormi na casa do Scorpius - mordi o lábio e sorri incerto.
- Ahh - ela concorda com a cabeça - Eu já deveria saber. Você podia ter me avisado.
- Eu me esqueci - encolhi os ombros - Eu iria avisar pela rede de Flu, mas acabei encontrando meu pai lá...
- Você já está morando com o Draco? - a Weasley pergunta e meu pai assente.
- Você sabe que achamos melhor, você ficar com a casa - o Potter mais velho explica - As crianças já estão acostumadas, é onde elas cresceram.
- O Scorpius lidou bem com isso? - ela pergunta preocupada - E você, meu amor? - se dirige a mim.
- O Scorpius já havia passado por isso com a mãe dele, então com o Draco foi tranquilo - falo para a ruiva - E ele me ajudou a entender tudo.
- Fico feliz que você tenha ele por perto - aperta minha bochecha.
- Vamos conversar com seus irmãos depois do jantar - o moreno fala.
- Okay - concordo com a cabeça - Não vou comentar nada.
Entramos na cozinha, onde estava a maior concentração de pessoas. O mar de cabelos ruivos e alguns pontos pretos como eu e meu pai, alguns loiros (Fleur e Victorie) e o Teddy, com a inconfundível cabeleira azul.
Entre abraços e palavras carinhosas, sentei ao lado do James e percebi a marca preta em sua clavícula que ficava aparente pela camisa solta.
- Caralho - seguro o ombro dele - Como? Quando? Quem?
- Não, não é a marca - ele sorri para mim - É uma tatuagem.
Concordei com a cabeça, mas encaro surpreso e confuso o Teddy sentar ao lado do ruivo com uma tatuagem igual a do meu irmão na nuca.
- Tatuagem de casal? - aponto para o Teddy sorrindo.
- A dele é uma marca de verdade - o James dá um sorriso triste - Mas ele disse que eu sou a alma gêmea dele independente disso, então resolvi fazer.
- Incrível - falo sincero. Queria ter a mesma coragem como o James e propor isso ao Scorpius.
- A alma gêmea dele é a Victorie - o James confidencia - Mas ela está de boa com isso, ela até fez uma tatuagem por cima da marca.
- Legal da parte dela - falo sincero. Meu irmão seria feliz com o Edward, sendo almas gêmeas ou não.
- Hey, pirralho - o Teddy me cumprimenta.
- Fala, terceira idade - sorrio e bato na mão dele.
- Cadê o Scorpie? - ele pergunta ao me oferecer um copo de cerveja amanteigada.
- Na casa da Amy - explico - Ele pediu para te mandar um beijo, porque ele está com saudades - reviro os olhos.
- Ele é o meu loirinho - o Teddy sorri - Mas eu prefiro os ruivos - pisca para o James.
- Seu loirinho? - murmuro.
- Merlin! Que menino ciumento - o Teddy revira os olhos e aperta minha bochecha - Ele é como um irmão mais novo.
- Ai - passo a mão no lugar onde ele apertou - Não é ciúmes.
- Tá bom - ele concorda com a cabeça de forma debochada.
Agradeço ao céus quando o jantar é servido e eu posso me livrar daquele assunto. Me sinto mole por ter comido tanto, mas ainda tenho forças para brigar pelo último pudim com a Lils.
- Você já comeu três, Albus - ela murmura frustrada.
- Lils, você nem aguenta mais comer - falo irritado.
- Chega! - o tio Jorge pega o pudim e começa a comer - Vocês me cansam. Fui mais esperto.
Quando todos foram para as sala para conversar e beber. Nossos pais chamam a mim e meus irmãos para conversar no quarto antigo do tio Ron.
- É sobre a separação de vocês? - a Lily pergunta logo depois de sentar na cama - E o casamento do papai? Quem é a mulher?
- Calma - a mamãe acaricia os cabelos dela - Sempre apressada... Sim é sobre a nossa separação.
- Vocês devem ter visto no profeta diário que eu encontrei minha alma gêmea - o Potter mais velho começou a explicar.
- E que você vai casar - o James complementa e eu continuo ouvindo calado.
- Eu já tinha a marca antes de casar com a mãe de vocês, mas ela ficou adormecida com o tempo - o papai continua explicando - Mas eu acabei reencontrando minha alma gêmea e houve um evento que fez nossas marcas ficarem escuras de novo.
- Já tinha? - a Lily os olhou chocada.
- É - a mamãe concorda - Eu sabia que o Harry ficaria comigo a vida toda ou encontraria a alma gêmea dele de novo... Mas eu estou bem - ela sorri para nós e aperta a mão do papai - Ele está feliz e eu espero encontrar essa felicidade também.
- Nós não deixamos de nos amar - o Harry explica - Nós temos uma história, mas é diferente agora.
- Mas quem é? - o James pergunta curioso.
- O Draco - o papai respondeu direto.
- Draco Malfoy? Pai do Scorpius? - a Lils olha para ele chocada.
- É uma longa história - meu pai ri soprado e eu sorrio de canto.
- Você sabia? - a ruiva mais nova me olha da forma acusativa.
- Fiquei sabendo ontem com o Scorpius - explico para meus irmãos - Mas eu só ia saber junto com vocês.
- Vocês estão realmente bem com tudo isso? - o James pergunta preocupado.
- Sim - a mamãe reponde - Pode ficar tranquilo, filho.
- Onde vamos morar? - a Lils olha para os nossos pais confusos.
- Metade das férias com a mãe de vocês, metade comigo - o papai explica - Feriados ainda temos que combinar.
- Bom saber que não vamos nos afastar - a Lily fala sincera e abraça os dois, o que acaba levando a um abraço desajeitado entre todos nós.
- Agora mudando de assunto - a mamãe encara o James - Quero saber sobre o seu namoro com o Teddy.
- Agora? - murmura envergonhado.
- Eu conto! - me animei.
- Fala algo que eu te azaro, garoto - me ameaça pegando a varinha.
- Mãe! Pai! - me escondo atrás deles para fugir do Jamie.
O James acaba contando a história da tatuagem e sobre como o namoro deles começou. Depois do nosso tempo em família, descemos para a sala para ficar com o resto da família.
Sentei no sofá e a Rose sentou ao meu lado. Os cabelos cacheados escuros caiam pelas costas e seu rosto estava corado pelo álcool da cerveja amanteigada.
- O Scorpius não vem? - ela apoia o queixo em meu ombro.
- Não - nego com a cabeça - Ele está na casa da Amy.
- A que namora o Devon, né? - ela pergunta e eu concordo - Ele ainda fala sobre mim?
- Como? - a olho confuso.
- Nós tivemos um encontro uma vez - ela sorri saudosa.
- Isso foi no segundo ano - sorrio para ela - Faz tempo.
- Mas não haveria uma chance de acontecer algo? - ela arqueia uma das sobrancelhas - Você bem que podia me ajudar, já que é melhor amigo dele.
- Ajudar com o que? - a encaro curioso.
- Com o Scorpius - ela olha para mim como se fosse algo óbvio - Fazer Scorose acontecer.
- Scorose - repito para mim mesmo - Ele gosta de outra pessoa - me sinto mal por mentir.
- Ahh - ela enrruga o nariz.
- Na verdade - suspiro e resolvo falar a verdade - Eu gosto do Scorpius, por isso não posso te ajudar.
- Nossa, Albus - ela ajeita a postura e parece desconcertada - Eu não deveria ter pedido isso.
- Não tem problema - nego rindo tristemente - Ele tem a marca com alguém.
- Você sabe que isso não impede nada - ela aperta o meu ombro - Falo tanto para mim quanto para você. Você viu seu irmão e o Teddy.
- Você está me incentivando a me aproximar do Scorpius, mesmo gostando dele também - eu observo.
- Por mais que eu não queira “competir" com você, eu não posso te impedir de gostar dele - ela dá de ombros e me dá uma garrafa de cerveja amanteigada.
- Você é bem madura - admito.
- É uma arte que algumas pessoas possuem - ela sorri e me abraça pelo ombro.
Realmente, tinham pessoas que acabavam se apaixonando por sua alma gêmea (no caso do meu pai) e outras como o Jamie e o Teddy que lutavam contra a marca e eram felizes.
Talvez desse certo para mim e o Scorpius.
🍀🍀🍀
- Ella
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