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When I'm with you
All I get is wild thoughts

Annabelle Lopez.

Eu nunca estive tão animada para uma noite como eu estou agora. Ajeito minha calça de camuflagem e meu cropped preto com um decote. Peguei meu celular para ver as horas e marcava dez horas em ponto.

- Eu estou muito animada, socorro. - April fala esfregando suas mãos.

- Eu estou é com medo. - Carly murmura. - Ouvi dizer que essas bolinhas machucam.

- Relaxa, neném. - digo. - Não deve machucar tanto.

- Assim espero. - diz.

Abro as duas portas que dão para a quadra e consigo observar várias pessoas nas arquibancadas enquanto meus amigos falavam entre si no meio da quadra. Nós andamos em direção à eles, com um sorriso estampado no rosto.

- Meninas! - exclama Nate. - Estávamos esperando as madames.

- Que fofos. - abro um sorriso para o mesmo, indo para o lado de Sammy.

Cameron pegou o microfone e começou a ditar as regras para os demais alunos. Era simples, iria ser separado em três equipes: vermelha, azul e amarela. E então, Dallas começou a falar os nomes das pessoas e em qual equipe ficaria. O objetivo era conseguir pegar a bandeira escondida, e a equipe que conseguisse pegar e coloca-la no mastro do campo de futebol americano, ganharia.

Já estava preparada para ir ao lado de April, que estava no time amarelo, até que o moreno me parou:

- Calma aí, Anna. - ri fraco. - Só porque é uma das organizadoras não significa que escolherá sua equipe. Você vai ser da equipe vermelha.

O lanço um olhar mortífero, fazendo-o rir mais ainda. Eu não estava com a Mês Quatro, Carly e nem com o Samuel, que maravilha! Estava orando para que Espinosa fosse da outra equipe só para atirar bem naquela cara dele. Mas infelizmente, o destino nunca colabora comigo.

- Droga, não vou poder atirar em você. - o garoto diz ao meu lado, como se tivesse lido meu pensamento.

- O mesmo. - cruzo meus braços.

Depois das últimas instruções como, quem for eliminado deveria voltar para a quadra, não vale roubar e a equipe perdedora deveria pagar uma prenda. Óbvio que iria ter uma prenda, sempre tem.

E então começou. Todos iriam se espalhar por toda a escola e quando o sinal tocar, o jogo iria começar de verdade. Eu não podia negar que eu estava aflita, principalmente por eu ser bastante competitiva.

- Ok, vamos ganhar isso porque eu não quero limpar a escola toda. - Jack Johnson faz uma careta. - Annabelle e Matthew, vão para o terraço para eliminar os outros adversários. Eu sei que vocês dois não se suportam mas são os mais ágeis e competitivos daqui, os outros teriam pena de atirar nos amigos.

Eu e Espinosa nos entreolhamos com os olhos cerrados.

- Relaxem que quando eu avisar no walkie tokie, os dois podem se separar e ajudar o resto à achar a bandeira. - Gilinsky fala.

- Tudo bem. - digo com convicção. - Se isso vai nos fazer ganhar.

Ajeitei meu cabelo em um coque apertado e vestimos os óculos especializados junto com os coletes vermelhos, para evitar acidentes. Depois de pegar também as armas e a munição de tinta, ao lado do loiro, corri para os corredores principais à caminho do terraço.

- Nós temos que ganhar. - ele dizia, enquanto subia as escadas depressa.

- Eu sei. - concordo.

Quando pisamos no lugar mais alto do colégio, o sinal tocara, nos fazendo trocar olhares apreensivos. Me posicionei com a arma apontada para o campus, esperando algumas pessoas dos outros times passarem.

Vejo uma garota com os cabelos morenos correndo perto da grande árvore do pátio e me preparo para atirar em suas costas.

- Deixa que eu atiro. - digo.

- E se você errar?

- Eu nunca erro, Lee. - murmuro, puxando o gatilho.

A pequena bolinha de tinta vermelha acertou bem nas costas da garota, que olhou pra cima, tirando seus óculos. Tentei segurar o riso quando vi quem era, mas eu não consegui quando vi seu dedo do meio levantado para mim.

- Tinha que ser você! - ouço April berrar.

Começo a gargalhar alto, esquecendo completamente que eu e o garoto estamos escondidos e se fizéssemos muito barulho, iria chamar atenção dos adversários. Em um ato rápido, Matthew pega meu rosto com as duas mãos e junta nossos lábios. Empurro o garoto da minha frente com força, o encarando com os olhos arregalados.

- Matthew Lee Espinosa. - digo lentamente.

- Isso foi nojento. - faz uma careta.

- Eu que digo! - exclamo estremecendo. - Ainda bem que foi um selinho.

- Ei! Eu já fui eleito o que tem o melhor beijo da escola. - fala.

- As pessoas são tão malucas nesses dias. - suspiro.

- Meu Deus, você é muito chata. - bufa. - Isso nunca aconteceu. Não quero que nenhuma garota pense que eu peguei herpes.

- Primeiro, você que me beijou. - me irrito. - Segundo, cala a sua boca.

- Eu não te beijei, eu fiz você parar de tagarelar. - retruca.

- Tanto faz. - grunho.

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