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Just like nicotine, heroin, morphine
Suddenly, I'm a fiend and you're all I need

Annabelle Lopez

Meu coração estava na garganta e meu nervosismo aumentou mais ainda quando eu vi o cabeça platinada abaixada.

Seus olhos estavam focados em seus dedos e seus lábios se mexiam, como estivesse cantando uma música qualquer.

Engulo à seco mais uma vez e respiro fundo, pensando em frases de motivação. Não foi um lugar tão bom para marcar de conversar sobre esse assunto, levando em conta que estávamos no refeitório da escola.

- Ei.

- Ah, oi. - sentei.

- Olha, Sam... - começo e logo sou interrompida.

- Anna, me desculpa mesmo por tudo, eu não quero estragar nossa amizade. - levanta seu olhar para mim. - Eu te amo, não importa de que maneira e não quero me afastar de você ou algo do tipo. Eu sei seus problemas em relação à sentimentos e falar sobre eles e também sei como você odeia essas três palavras que eu acabei de falar, mas por favor não se afaste de mim por causa disso.

- Sammy, eu nunca vou me afastar de você, eu... - as palavras entalam na minha boca e eu apenas desisto, seguindo em frente. - Você é meu melhor amigo, meu parceiro de crime, meu amante e meu tudo, entende? Eu não quero te perder e eu sinto muito por não ser uma pessoa mais aberta em relação à isso tudo e eu queria muito sentir...

Minha voz falhou. Eu e Samuel nunca tivemos uma amizade em que falamos sobre o que sentimos e essa era a primeira vez que desabafamos sobre algo, principalmente pelo fato de que nós sempre ficamos.

Eu só falei a verdade, eu queria que fosse recíproco e que eu gostasse dele desse jeito também, mas não consigo.

- Você não é obrigada a gostar dos outros, Anna.

- Qual é, nós seríamos ótimos namorados. - sorrio triste e ele sorri da mesma forma, desviando o olhar.

- Eu posso te abraçar? - murmura.

- Óbvio que pode, seu idiota.

Ele se levanta e vem até mim, me apertando forte num abraço.

- Não quero que você mude seu jeito comigo, ok? - diz abafado no meu ombro. - Nossos selinhos de amizade não vão interferir em nada.

- Você que manda, Wilky.

Nos soltamos e rimos, nos surpreendendo com a aparição do pessoal na nossa mesa. Carly tinha uma feição estressada enquanto Johnson apenas esfregava a palma da mão no rosto, como se tivesse feito algo terrível. E com certeza fez.

- Parece que alguém vai dormir no sofá hoje. - alfineto e April me lança um olhar me repreendendo.

- Então, meus pequenos gafanhotos e amiguinhos do pai. - Taylor muda de assunto. - Como foi o encontro dos dois?

- Bem embaraçoso. - Matthew diz comendo seu salgadinho. - E quando eu digo isso, eu me refiro à Boneca do Mal.

- Vai contestar sobre, Anninha? - Aaron perfunta com as sobrancelhas arqueadas.

- Nah. - nego. - Foi embaroçoso. Ele escolheu o pior vestido para eu usar.

- Boa, Dino. - Nate levanta a mão para bater high-five com o loiro.

- Até você, Maria Fumaça? - pergunto fazendo biquinho.

- Desculpa, neném, mas eu faria o mesmo. - me manda uma piscadela e fecho a cara.

- Mas aí, JJ, tá quietinho por quê? - Gilinsky toca na ferida mais uma vez e gritamos um 'ih, vai deixar' e coisas do gênero. - Só a patroa que consegue calar essa tua boca de tagarela.

- Então descobrimos a arma secreta para o silêncio de Johnson. - digo surpresa. - As porradas do Cameron foram inúteis, a Carly é a nossa esperança.

A ruiva soltou uma risada fraca e percebi que ela realmente estava mal, mas mesmo assim não conseguira sair sem ser zoada pelos amigos.

- Ai, gente, deixa eles. - April fala. - O que vocês acham de planejarmos uma prank? Sinto falta das nossas pegadinhas.

- Eu amo um mês. - Nash diz e todos arregalaram os olhos.

Espera, ele disse que ama a Mês Quatro? No meio da mesa do refeitório? Coragem, amigos.

O sinal ecoa pelo local e o Grier mais velho pega suas coisas e sorri nervoso, correndo para fora antes que os seus amigos falem alguma coisa. Mês Quatro estava estática e em um transe sem fim.

Depois de gargalharmos por causa da cena cômica, olhei para Espinosa que tinha a cara fechada.

- Tá com ciúminho da melhor amiguxa? - aperto sua bochecha e ele dá um tapa na minha mão. - Ai, seu idiota.

Devolvo um tapa estalado na sua nuca e todos do refeitório param o que estavam fazendo para olhar a cena.

- De novo não. - ouço a moça da cantina resmungar.

Depois do olhar mortífero que eu recebi do garoto, comecei a correr pelos espaços entre as mesas e saí pela porta, ouvindo os passos acelerados atrás de mim aumentar.

Corro para o campus e me escondo atrás da árvore que tinha ainda tinta vermelha por causa do paintball que fizemos. Fechei meus olhos e tentei controlar minha respiração que estava ofegante.

- Você se esconde muito bem. - ouço seu tom sarcástico e sorrio sem abrir os olhos.

- Obrigada. - respondo no mesmo tom.

Abro os olhos de novo e ele desfaz o sorriso rapidamente, me fazendo arquear a sobrancelha.

- Vamos logo, Shawn está nos esperando.

Desencosto da árvore e franzo o cenho ao sentir algo me puxando para trás. Faço esforço de novo e ouço um barulho, nos fazendo arregalar os olhos.

- Meu caralho do céu. - murmuro ouvindo as gargalhadas de Matt. - Matthew! Me ajuda!

- Sua blusa de crochê rasgou, querida. Quer que eu faça o que? Ore? - diz ainda rindo.

- Você não está entendendo. - faço rangindo os dentes. - Rasgou muito.

- Quer que eu ore muito?

Com raiva e cansada da incompetência do garoto, desencosto com força da árvore e todo o meu cropped rasga.

- Que demora, dude. - Shawn surge do além e seu olhar cai sobre mim, arregalando os olhos. - Wow...

•••••

porque sua amiga eu vou pegar e laiaaiaia

não sei se voces gostam daquelas perguntas no final do capitulo mas irei perguntar para interagir :)

· qual é a sua escritora/wattpader preferida?

xoxo, lily

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