— MEU AMOR! — Maggie exclamou, correndo para abraçar a filha com tanta empolgação que quase as derrubou.

— Mãe! — Billie a envolveu num abraço firme, rindo da intensidade do momento. Assim que Maggie se soltou, correu imediatamente para Demi.

— Mãe, pega leve, ela ainda está sensível! — Billie alertou, mas observou com um sorriso carinhoso enquanto as duas se abraçavam. Era um abraço longo e silencioso, carregado de emoções, com os olhos de ambas brilhando de lágrimas.

— Demi, nós nos conhecemos há pouco tempo, mas quero que saiba que você já é parte da nossa família. Pode contar conosco para tudo. Estamos com você. — Maggie acariciou as bochechas de Demi, que fungou, emocionada com a atitude acolhedora.

— Muito obrigada... — murmurou Demi, enxugando as lágrimas.

— Desculpem por aparecer sem avisar, mas eu precisava ver vocês. — Maggie sentou-se no sofá, tirando os sapatos. — Seu irmão estava subin...

— Oi, mana! — Finneas entrou no cômodo, abraçando Billie antes de cumprimentar Demi.

— Oi, mano. E papai, vem também? — Billie perguntou.

— Não. Ele ficou cuidando da empresa. Você sabe como ele é. Mandou um abraço pra vocês. — Maggie respondeu com um sorriso.

— Sei bem. — Billie revirou os olhos e, ao notar Finneas e Maggie ocupados em conversa, inclinou-se para sussurrar a Demi: — Tudo bem se eles ficarem?

— Claro que sim. A casa é sua, Billie. E eu gosto muito deles. — Demi respondeu com timidez.

— Ótimo. — Billie sorriu e acariciou a mão da morena antes de virar-se para a mãe: — Já que você está aqui, poderia nos salvar com sua culinária incrível?

Maggie sorriu, fingindo hesitar, mas cedeu diante do pedido.

A comida de Maggie foi tão deliciosa que não sobrou nada para o jantar. Mais tarde, Finneas pediu pizza e sorvete, e o grupo se divertiu ao redor da mesa. No fim do dia, Demi, que adorava observar o céu, subiu para o quarto após lavar a louça. Sentada perto da janela, olhou para a lua, murmurando uma prece silenciosa de gratidão enquanto as lembranças de sua mãe a faziam derramar lágrimas.

Ao descer as escadas, Demi ouviu Maggie e Billie conversando e, sem querer interromper, parou ao perceber que o assunto era sobre ela.

— Ela está reagindo bem, não é? — Billie perguntou à mãe.

— Está, filha. Depois de tudo o que passou, Demi é uma mulher incrivelmente forte. E eu estou muito orgulhosa de você por estar ao lado dela. Você está fazendo um trabalho incrível.

— Obrigada, mãe... — Billie fungou, sua voz embargada. — Mas eu tenho tanto medo de perdê-la. Eu... eu amo tanto ela. Nunca pensei que fosse possível amar alguém tão rápido.

— O amor é assim, Billie. É inesperado, intenso e verdadeiro. E, pelo que vejo, ela sente o mesmo por você. Não se preocupe tanto. Apenas ame e deixe as coisas fluírem.

Demi voltou para o quarto, o coração apertado e as lágrimas escorrendo pelo rosto. Quando Billie entrou momentos depois, Demi não hesitou. Jogou-se nos braços dela, abraçando-a com tanta força que ignorou a dor em seu próprio corpo.

— Eu também amo você. — Demi sussurrou, sua voz carregada de emoção.

— Você ouviu tudo? — Billie perguntou, surpresa.

— Ouvi... — Demi respondeu, envergonhada.

— Tudo bem. Acho que eu não imaginava que confessaria assim, mas... é verdade. Eu percebi o quanto te amo quando quase te perdi. Sempre soube que deveria estar ao seu lado. — Billie sorriu, enxugando as lágrimas da morena.

Demi retribuiu o sorriso, beijando-lhe a bochecha antes de descansar a cabeça na curva do pescoço de Billie.

— Obrigada por tudo. Por existir e por me ajudar tanto. Prometo que você não vai me perder. — disse Demi, com sinceridade.

— Bom saber... — Billie murmurou, beijando delicadamente o rosto de Demi.

Mais tarde, enquanto dormiam juntas, Billie começou a se mexer desconfortavelmente. Demi, sentindo o movimento, despertou.

— Está tudo bem? — perguntou, preocupada.

— Desculpa te acordar... É só a garganta... — Billie respondeu com dificuldade, mal conseguindo engolir.

Demi insistiu em procurar remédios. Pouco depois, voltou com uma garrafa de água e medicamentos. Enquanto cuidava de Billie, lágrimas escorriam de seus olhos.

— Ei, o que houve? — Billie segurou o rosto de Demi, preocupada.

— Eu tenho tanto medo de te perder... Não posso passar por isso de novo. — Demi confessou, soluçando.

— Você não vai me perder. Estou aqui. Sempre estarei. — Billie assegurou, secando as lágrimas de Demi antes de aconchegá-la nos braços.

Mais tarde, quando Billie adormeceu em seu colo, Demi continuou velando o sono da mulher que a fazia se sentir segura e amada, até que a luz do amanhecer tocou seus rostos, trazendo a promessa de um novo dia.