• you should listen to your mother, boy
CLAIRE AVERY
Depois de ter passado a noite em claro esperando uma ligação ou uma mensagem de Brandon para saber como foi o seu "encontro" com Ivy, — o qual não obtive nenhuma resposta — acabei dormindo tarde, o que me fez acordar atrasada para a escola.
Rapidamente tomei um banho rápido e escovei os dentes, logo colocando a primeira calça jeans e uma camisa qualquer que eu havia encontrado pelo meu quarto. Fiz um coque em meu cabelo e desci as escadas correndo enquanto calçava meu tênis.
— Claire, você não vai comer nada? – minha mãe perguntou enquanto eu pegava minha mochila e corria até a porta logo a abrindo.
— Hoje não, estou atrasada. Mas prometo comer na escola. – fui rápida em minha resposta enquanto saia de casa.
Depois de ter enfrentado um pequeno engarrafamento, finalmente consegui chegar à escola. Entrei no local e fui direto para o banheiro. Eu já tinha perdido alguns minutos da primeira aula, que mal faria chegar no segundo tempo?
Joguei minha mochila na bancada da pia e peguei de dentro dela uma escova de cabelo. Desfiz meu coque e comecei a pentear meu cabelo. Guardei novamente a escova de volta na mochila e peguei meu celular para ver se havia alguma mensagem de Brandon. Nenhuma. Estava começando a ficar preocupada, por isso resolvi ligar para ele. Fiquei um bom tempo esperando que ele atendesse mas só deu na caixa postal, o que logo estranhei, já que Arreaga nunca demorava a atender minhas ligações, muito menos deixava cair na caixa postal.
— Tentando ligar para o seu namoradinho? – olhei para o espelho e vi Bailey sair de uma das cabines.
— O que faz aqui? – virei-me para a loira.
Diferente dos outros dias, Bailey não usava seu uniforme de líder de torcida, mas sim, um top rosa bebê com uma saia sarja branca — até cílios postiços ela estava usando e Bailey sempre reclamou deles. Ainda não consegui me acostumar com ela não sendo mais minha melhor amiga; ver no que ela havia se tornado era tão decepcionante.
— Matando aula. – deu de ombros olhando para o seu reflexo no espelho. — Ah, o Brandon não pode atender ao telefone. – passou seu gloss.
— Como assim? – franzi o cenho confusa.
— Eu não o vi hoje e, com certeza, ele está fazendo algo melhor do que atender a ligação da "namoradinha". – riu debochadamente.
— O que você sabe Bailey? – cruzei os braços e arqueei uma de minhas sobrancelhas.
— Eu não sei de nada. – riu. — Mas, se o Brandon for homem de verdade, ele te contará. – sorriu debochadamente.
Eu estava confusa. Do que Bailey estava falando? O sinal para o fim da primeira aula tocou e a loira guardou suas coisas.
— Te vejo por aí, princesa. – riu provocativa antes de sair do banheiro.
Peguei minha mochila em cima da bancada e, ainda confusa com aquela conversa, saí do banheiro, dando de cara com o corredor cheio de pessoas andando para lá e pra cá. Senti meu celular vibrar no bolso de minha mochila e o peguei, vendo que uma mensagem havia chegado. Era de Brandon.
"Desculpa não ter ido a aula, acabei perdendo a hora."
"Tudo bem. Brandon... Por acaso você tem algo para me contar?" eu ainda estava muito intrigada com a conversa que tive com Bailey.
"Eu não. Por quê?" após dois minutos ele me respondeu.
"Por nada, era só coisa da minha cabeça então. Se cuida." eu estava escaldada demais. Claro. Horan só queria me provocar e eu caí na dela.
"Tudo bem meu amor. Te amo." o garoto me mandou um emoji de coração e eu respondi com o mesmo, antes de guardar novamente o meu celular.
Em passos apressados, fui para a sala onde seria minha próxima aula. Sentei-me em uma cadeira vazia e fiquei quieta esperando o professor chegar. Naquele momento eu não sabia mais quem estava ao meu redor, apenas pensava no que Bailey havia me dito. Será mesmo que era realmente apenas coisa da minha cabeça?
O sinal para a saída tocou e, assim que eu recolhi meu material, saí da sala, não demorando a sair da escola. Por incrível que pareça, hoje eu não vi Maya, muito menos Austin. Eu fiquei sozinha o dia inteiro e, hoje, o que eu mais precisava era de alguém por perto. Cheguei apenas a ver Zion, mas ele estava no treino e não pôde me dar atenção.
— Ei Claire! – olhei para trás vendo Ivy se aproximar de mim.
— Oi. – forcei um sorriso.
— Aconteceu algo? – semicerrou os olhos por conta do sol. Neguei com a cabeça. — Tem certeza? Olha Claire, sei que não somos tão chegadas assim, mas se quiser desabafar eu estou aqui. – meus lábios se comprimiram e eu a abracei fortemente, afundando meu rosto em seu ombro esquerdo.
— Eu acho que o Brandon está me escondendo algo. – limpei uma lágrima teimosa que, por algum motivo, insistiu em cair.
— Que isso. Deve ser coisa da sua cabeça. – ela riu ao olhar pra mim. Talvez Ivy esteja certa, não deve ser nada de mais.
— Você tem razão. Deve ser bobeira minha. – ri. — Bom... Mas me diga, você queria algo? – limpei a garganta.
— Ah, não. – negou rindo. — É que eu te vi passando e quis te dar um oi.
— Ah sim. Então... A gente se vê amanhã. – sorri.
— Claro! E se quiser conversar, eu estou aqui. – assenti com a cabeça e segui tranquilamente meu caminho.
BRANDON ARREAGA
Depois de ter passado um bom tempo em meu quarto pensando no que eu faria depois de ter transado com Ivy, resolvi sair do quarto e preparar algo para comer. Afinal, já era meio-dia. Coloquei uma calça moletom e resolvi ficar sem camisa mesmo. Desci as escadas e fui até a cozinha, onde vi minha mãe preparando o almoço.
— Mãe? Por que não foi trabalhar hoje? – dei um beijo em sua bochecha esquerda.
— Hoje é meu dia de folga. E você mocinho? Por que faltou a aula hoje?
— Acordei tarde. – sentei-me na cadeira. Não, eu não acordei tarde. Mas eu não tive coragem de ir a escola, ver Claire e agir como se nada houvesse acontecido. Eu ainda não estava preparado.
— Faltar no segundo dia de aula não é bom, Brandon. Ainda mais no último ano. – virou-se para mim.
— Eu sei, mãe, eu sei... – suspirei e fiquei calado por alguns segundos. — Mãe... Eu posso conversar com você? – não tive coragem de encará-la.
— Ih... Se você não me olhou ao falar isso é porque é sério. – sentou-se à minha frente. Passei minha mão em minha nuca e finalmente a encarei.
— Vamos supor que eu tenha um amigo e esse meu amigo namore. Uma menina nova o chamou para sair e ele aceitou, só que, nesse encontro ele acaba... Acaba... Transando com ela. – suspirei pesado ao lembrar da burrice que fiz. — Ele ama a namorada dele, mas, por burrice, a traiu e agora ele se sente muito mal e não sabe o que fazer. Algum conselho para ele?
— Vamos supor que esse seu amigo está desesperado e foi pedir ajuda a mãe dele. – me encarou fixamente nos olhos. — Bom, ela diz que o certo, mesmo sabendo das consequências, é dizer a namorada dele a verdade. – sorriu sem mostrar os dentes, pondo um fim na conversa. Um silêncio se formou na cozinha, mas logo minha mãe o quebrou. — Brandon... Como você pôde fazer isso?
— Eu não sei mãe! Eu só sei que eu bebi, dancei e depois fiquei com ela... – desviei meu olhar do dela, lembrando-me da noite anterior.
— Olha, meu filho, você sabe que tem que contar a Claire mesmo sabendo que a magoará. Você não pode ficar quieto como se nada tivesse acontecido, a Claire não merece isso e você sabe. – levantou-se para terminar seus afazeres. Minha mãe estava certa, mas... Como eu faria isso?
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