• you bring good to my lonely life

CLAIRE AVERY

Abri meus olhos meio cansada e comecei a olhar para todos os lados. Não reconhecia o lugar que estava e era fato que eu não estava em casa. Olhei para a janela e vi que já era noite e, logo em frente a mesma, estava Brandon dormindo sentado na poltrona. Mexi meu braço esquerdo e vi que havia uma seringa, onde me passava soro. Eu estava no hospital.

— Brandon? – o moreno acordou meio sonolento, mas, ao ver que eu estava acordada, se levantou num pulo e sentou-se ao meu lado.

— Você tá bem? Pensei que não fosse mais acordar. – segurou em minha mão.

— Acho que sim. Por que estamos no hospital? – ele suspirou olhando para baixo mas logo voltou a olhar para mim.

— Claire... Eu sei que não é uma boa hora para fazer perguntas, mas... Por que você não me pediu ajuda? Você estava passando por problemas e não me disse nada.

— Brandon... Eu estou bem. – menti desviando meu olhar do dele.

— Não está não! O médico me disse que você tem bulimia Claire, bulimia. E que, pelo seu estado, não foi de um dia pro outro, você já faz isso há muito tempo e agravou uma anemia em você porque também não está comendo.

Abaixei a cabeça e funguei. Eu não tinha problema algum, eu estava bem. Eu acho.

— Isso tudo foi por causa do Austin? – voltei a olhar para ele e não o respondi.

Brandon se levantou e foi até a janela, onde ficou observando a paisagem em silêncio.

— Já faz seis meses que eu faço isso Brandon. Depois do fora que ele me deu, comecei a me sentir insuficiente, achei que o problema era comigo. Comecei a vomitar tudo o que eu comia porque achava que Maya era mais magra e mais bonita que eu, comecei a fazer exercícios ao extremo... Sei que é errado, mas me sinto culpada e acho que é por isso que isso tudo vem acontecendo comigo.

O moreno bateu no batente da janela e se virou para mim.

— Olha Claire, não é sua culpa por ele ter te largado. Ele que é um babaca! Você não é feia, não é insuficiente. Você é linda e, se ele não soube valorizar você, há quem valorize!

— Se não fosse por você eu não sei o que teria acontecido...  – murmurei e lágrimas caíram em meu rosto.

— Claire, por favor, não faça mais isso. Você é perfeita do jeito que é e não precisa mudar por ninguém e muito menos fazer essas besteiras. – se aproximou de mim e limpou minhas lágrimas.

— Por favor, não conta para os meus pais, muito menos para a Bailey. – apoiei meu rosto em seu peito.

— Eu não vou contar. – ele me abraçou mas fomos interrompidos pelo médico que entrou no quarto.

— Sra. Avery vou te liberar daqui há alguns minutos. Vou pedir que uma enfermeira venha te ajudar e, enquanto isso, preciso falar com o seu namorado. – olhei para Brandon, mas, antes que eu pudesse dizer que ele não era meu namorado, o garoto acompanhou o médico para fora do quarto.

Já estava arrumada, com o braço que havia levado soro enfaixado e só esperava Brandon aparecer para irmos embora.

Olhava para o relógio perto da porta quando Brandon entrou no quarto. Levantei-me num pulo e esperei alguma resposta sua, porém ele apenas ficou calado.

— E então? O que o médico queria? – perguntei.

— Ele disse que você só está sendo liberada porque ele não conseguiu falar com seus pais. Mas ele quer que urgentemente você faça tratamento com acompanhamento de um psicólogo e venha com seus pais. – retirou o casaco que usava e me deu.

— E você vai falar com eles?

— Eu disse para você que não ia contar a ninguém. Mas preciso que você se cuide e preciso que me dê um voto de confiança.

— Eu vou me cuidar. A partir de hoje, nada de comer e forçar o vômito em seguida. Eu prometo. – Brandon levantou seu mindinho direito e eu fiz o mesmo. Não demorou muito para que ele sorrisse e eu fiz o mesmo.

— Ah! Eu te contei que hoje eu dei uma surra no Austin? – perguntou mudando de assunto enquanto abria a porta para eu passar.

— Mentira! Era para eu estar lá, adoraria estar lá para ver essa cena. – ri. 

Saímos em silêncio do hospital e, ao pararmos para atravessar a rua, soltei um suspiro pesado. 

— O que vamos fazer agora? Eu não quero voltar pra casa. – coloquei minhas mãos no bolso do casaco e olhei para ele.

— Quer dar uma volta na cidade?

— Ai Brandon, eu conheço a cidade toda já, não tem graça. – revirei os olhos desanimada.

— Mas eu não. Vamos lá, você precisa se divertir um pouco. – o moreno segurou em minha mão e atravessou a rua correndo comigo, indo em direção contrária do que deveríamos seguir.

Chegamos na fila de uma boate famosa aqui em São Francisco e eu desanimei assim que vi que ela estava enorme.

— Brandon, vamos embora. Ainda sou menor de idade e essa fila está imensa, será tempo perdido a toa.

— Não, não. Você precisa se animar um pouco, não vamos embora. – o garoto segurou em minha mão e saímos da fila, indo direto para o começo.

— Quem são vocês? – o segurança nos encarou seriamente.

— Nós estamos na lista vip. – olhei para Brandon não acreditando no que ele havia dito. — Kyle Anderson.

O segurança abriu o caderno que segurava e procurou o nome que Brandon havia dito. Demorou alguns minutos até que ele encarou meu amigo e eu fiquei apreensiva por já esperar que ele nos fizesse pagar mico na frente de todos, dizendo que não tinha ninguém com aquele nome na lista.

— Podem entrar. – ele deu passagem para nós e entramos.

— Você está louco? Brandon como você sabia que esse nome estaria na lista? – perguntei assim que entramos na boate.

— É o nome de um youtuber pouco conhecido daqui de São Francisco. Ele vive indo pra baladas e eu só tentei a sorte. – o moreno deu de ombros rindo. 

— Você é louco. – ri.

— Vamos apenas nos divertir, amor. – me puxou para a pista de dança onde logo começamos a dançar.

Eu não fazia a menor ideia de que horas eram. Só sabia que estava ali fazia um tempo ja e me divertia bastante com Brandon. Havia bebido umas e dançando muito — admito que fazia tempo que não me divertia assim. Agora eu estava sentada perto do bar, esperando a apresentação que haveria enquanto Brandon havia ido ao banheiro.

Dado alguns minutos, as luzes, que antes estavam azuis, ficaram vermelhas e uma garota subiu no palco não demorando a cantar. Sua voz era calma e doce e, enquanto eu a escutava cantar, observava Brandon vir em minha direção.

Me levantei e comecei a andar em sua direção, fazendo com que nós dois parássemos no meio da pista e começássemos a nos encarar sem dizer uma palavra. As pessoas a nossa volta prestavam atenção na garota em cima do palco e, naquele momento, elas pouco importavam para mim.

Sem hesitar, me aproximei mais de Brandon e o beijei. O beijei como se desejasse seus lábios há tempo, beijei como se aquela fosse a última vez que estaria com ele.

— Claire, você tem certeza disso? – Brandon perguntou colocando suas mãos em minha cintura.

Não o respondi, apenas o beijei novamente fazendo com que ele risse durante o ato. Aquilo estava bom, eu gostava de sua presença, eu gostava dele... Mas, em uma fração de segundos, tudo se foi. Meu corpo e minha cabeça começaram a doer; eu já não me sentia a mesma, sentia tudo ao meu redor girar.

Um embrulho veio em meu estômago e eu corri para o banheiro. Não consegui chegar a tempo na privada e joguei tudo para fora no chão mesmo. Limpei minha boca com a manga do moletom e senti uma mão fria em minha nuca. 

Olhei para trás e vi que era Brandon, parecendo estar bastante preocupado comigo. Empurrei seu corpo para trás e me levantei com um pouco de dificuldade, correndo para fora da boate. Atravessei a rua e me sentei em frente a um prédio, onde logo comecei a chorar.

— Claire, o que aconteceu? – Brandon se sentou ao meu lado.

— Eu não devia ter feito isso. – olhei para o moreno com os olhos cheios d'água.

— Claire...

— Eu sou uma completa idiota achando que isso faria com que eu esquecesse tudo isso, principalmente essa... Dor. – coloquei minha destra próxima ao meu coração logo a fechando e abaixei a cabeça para chorar mais.

O garoto nada disse, apenas me puxou para mais perto de si onde ficamos em silêncio observando a frente da boate onde não havia mais fila.

O céu já estava claro e não demorou muito para que o despertador do meu celular começasse a tocar, indicando que já eram seis horas.

— Brandon precisamos ir, ainda temos aula. – me afastei do garoto, secando minhas lágrimas.

— Você vai querer ir pra escola mesmo? Não acha melhor ficar em casa?

— Se eu não for pra escola minha mãe me mata. – me levantei e andei em passos apressados até o ponto de ônibus. — Vem logo. – olhei para o garoto que ainda se levantava e começou a correr para me alcançar.

Por conta do ônibus que havia demorado, acabamos chegando atrasados na escola. Corremos para a escola e, ao chegarmos, vimos que ainda havia algumas pessoas no corredor.

Peguei meu celular e abri na minha câmera para me ver. Meu rosto estava pálido, tinha uma expressão de cansada, meu cabelo estava bagunçado e eu não parecia nada bem.

— Bom... Nos vemos depois. – olhei para Brandon que parecia meio sem graça. Assenti com a cabeça e seguimos para caminhos opostos.

Quando entrei na sala, vi que a aula já havia começado. Me sentei em silêncio na única mesa vazia e olhei ao meu redor, parando em Maya que me encarava. Ao ver que a olhei, rapidamente ela desviou seu olhar do meu.

Voltei meu olhar para o professor mas a aula foi interrompida pela porta que se abriu, entrando um policial e Brandon. Arregalei os olhos assustada e, por algum motivo, me encolhi na minha cadeira.

— Com licença professor. – o policial disse educadamente. — A aluna Claire Avery está? – naquela hora, todos olharam para mim e eu apenas levantei minha mão.

O policial fez um sinal para que eu o seguisse e eu me levantei. Antes de sair, olhei para Maya que olhava para mim com um sorriso debochado, o que me fez revirar os olhos.

— Sra. Avery e sr. Arreaga, onde vocês estavam ontem a noite? – o policial perguntou assim que fechou a porta.

— Ah... Nós estávamos juntos... – olhei para Brandon que me encarava.

— E onde estavam? – o homem nos encarou com uma sobrancelha arqueada. 

Se eu contasse onde passamos a noite juntos, certeza que teríamos encrenca. Entramos numa boate se passando por outra pessoa e ainda somos menores de idade. Quer mais problemas que isso?

— Desculpa xerife... Stuart. – Brandon interveio, olhando para o nome do homem bordado em seu uniforme de trabalho. — Depois da escola fomos estudar na biblioteca, perdemos a hora e acabamos indo esfriar um pouco a cabeça no parque, adormecemos lá. Eu avisei pro meu amigo, se quiser te mando o número dele para confirmar.

— Não precisa, eu confio em você. – suspirei aliviada. — Mas, da próxima, avisem a mãe de vocês. Elas me ligaram desesperadas dizendo que ambos estavam desaparecidos e não tinham dado notícias. Eu entendo como é namorar na adolescência mas tenham um pouco mais de responsabilidade.

— Ah, mas nós não... 

— Pode deixar xerife. – o moreno ao meu lado sorriu e o policial se despediu de nós logo indo embora.

— Eu sabia! Minha mãe vai me matar por ter passado a noite fora...  – me virei para o garoto que estava ao meu lado.

— Relaxa Claire, eu já dei uma desculpa para o policial. Ele deve dizer que estamos na escola e, quando chegar em casa, é só dizer o que eu falei. – deu de ombros e eu ri sem humor.

— As coisas não são fáceis como imagina, senhor Arreaga. – cruzei os braços. — Bom, eu preciso voltar pra aula, você deveria fazer o mesmo. Até mais tarde. – mudei de assunto, dando um beijo em sua bochecha e não demorei muito para entrar novamente na sala.

Todos na sala estavam fazendo dever enquanto o professor estava sentado em sua cadeira fazendo suas coisas. Fui até o meu lugar e me sentei.

Mal tinha me sentado e Bailey se virou para trás, curiosa para saber o que tinha acontecido.

— E aí? O que o policial queria? O que você e o Brandon aprontaram? 

— Bailey, faça o seu dever. – o professor chamou a atenção da loira sem desgrudar os olhos de seus afazeres.

— Desculpa professor... – ela se virou de lado, pegando seu caderno para o colocar em cima da minha mesa. — Diz logo! – exclamou num tom baixo para que o professor não chamasse sua atenção novamente. Olhei para o professor logo voltando meu olhar para a loira e ri fraco.

— Isso ficarei te devendo. Não é nada demais. – abri meu caderno logo começando a copiar o dever do caderno de Bae.

Depois de um dia normal na escola, dei graças a Deus por ter chegado em casa e por hoje eu não ter esbarrado com Austin e muito menos Maya ter me irritado. Abri a porta de casa e fui até a cozinha — por mais que eu não quisesse, comeria um pouco para manter a promessa a Brandon — onde logo vi meus pais.

— Mãe? Pai? – perguntei confusa, parando em frente a entrada da cozinha.

— Oi minha filha! – meu pai me cumprimentou enquanto passava ao meu lado segurando uma panela. Deu uma cutucada na ponta de meu nariz e eu sorri sem mostrar os dentes.

— O que está acontecendo? – entrei na cozinha e fui até a geladeira para beber um pouco de água.

— Nós temos um almoço de trabalho e seu pai resolveu marcar aqui. – minha mãe saiu da cozinha com pratos e talheres.

— Então eu vou me arrumar e comer numa lanchonete. – terminei de beber minha água e guardei novamente minha garrafinha dentro da geladeira.

— Nada disso mocinha, você vai ficar aqui. Você tem que participar desse almoço, pois meu chefe vai trazer o filho dele também. – revirei os olhos me negando a aceitar aquilo.

Eu não fiquei feliz de não ter visto o Austin hoje à toa. Eu não quero o ver nunca mais, muito menos em minha casa.

— Pai, você sabe que eu e o Austin terminamos... – cruzei os braços.

— Eu sei minha filha, mas o pai dele não sabe e, pelo jeito, quer vocês dois juntos a qualquer custo. Sem vocês dois juntos, sua mãe e eu podemos ser demitidos.

Assim que meus pais começaram a trabalhar na empresa do pai de Austin, ele marcou um jantar na casa dele e pediu para que eles me levassem junto. Lá, ele me apresentou para o Austin e começamos a namorar. O que me arrependo profundamente.

O pai dele quer que ele e eu nos casemos para assumirmos os negócios da família e, caso eu e Austin terminemos — o que já aconteceu — ele inventou que poderia despedir meus pais. O que eu não quero que aconteça, mas também sei que não aconteceria.

Austin sempre foi um pé no saco comigo, mas, por algum motivo, ele não contou para o pai dele que terminamos e por enquanto é melhor assim.

— Filha, ature o Austin pelo menos pelo seu pai. – minha mãe pediu, fazendo um carinho em minha bochecha.

— Pensei que vocês iam se divorciar. – meus pais se entreolharam e sorriram de canto.

— Nós chegamos a um acordo. – abriu um sorriso cúmplice ao meu pai e eu o encarei confusa. — Os adultos são difíceis de entender, um dia você vai saber do que estamos dizendo. – foi a única coisa que minha mãe disse. — E então? O que me diz?

Olhei para o meu pai que usava seu terno da sorte e depois para minha mãe que estava tão bem-arrumada quanto ele. Eu não queria estragar tudo por causa do Austin. Encarei os olhos esverdeados de meu pai e mordi meus lábios.

— Tudo bem. – me rendi. — Vou só tomar um banho e já ajudo vocês a arrumarem a mesa.

— Sabia que podíamos contar com você! – minha mãe me abraçou parecendo estar orgulhosa.

— Ah! Filha. – meu pai me chamou enquanto eu subia as escadas. — Onde você passou a noite? Estávamos preocupados com você, sua mãe até avisou ao xerife da cidade. 

— Bom... Depois explico melhor. – corri para o segundo andar, indo direto para o meu quarto para separar a roupa que eu usaria.

Depois de tudo pronto, finalmente desci as escadas indo para a sala de jantar. Usava um vestido preto com renda acima dos joelhos e um salto pequeno da mesma cor que o vestido.

Chegando à sala de jantar, vi minha mãe, meu pai, o pai de Austin, uma mulher e ninguém menos que ele: Austin. Sentei-me na cadeira que havia sobrado ao seu lado e o sr. Porter sorriu assim que me viu.

— Bom podemos comer agora que ela chegou? – o moreno bufou.

— Austin, respeito! É assim que se trata uma mulher? – seu pai o repreendeu.

— Oi meu amor, como vai? – o garoto sorriu forçado olhando para mim.

— Ah tudo bem, gatinho. – sorri forçadamente, o dando um beijo de esquimó.

A vontade que eu tinha era de dar um tapa na cara dele, porém, me segurei o suficiente e não dei.

— Vamos nos servir! – minha mãe exclamou abrindo uma panela cheia de lagostas. Todos pegaram seus pratos e começaram a se servir.

Depois do almoço, o sr. Porter nos apresentou a mulher que estava conosco e eu simpatizei muito com ela. Seu nome era Gina e ela havia dito que tinha um filho da nossa idade e que estudava na mesma escola que Austin e eu. O moreno ao meu lado ficou interessado em conhecê-lo, principalmente eu. Pelo que ela disse sobre ele, ele parece ser uma pessoa muito legal.

— Bom, que tal agora vocês dois subirem enquanto nós aqui conversamos sobre o trabalho? – o sr. Porter olhou para nós sorridente.

Austin e eu assentimos e, contra minha vontade, subimos para o meu quarto.

— Por que você não contou pro seu pai que terminamos? – perguntei assim que entramos em meu quarto.

— Porque eu estaria sendo infantil colocando assuntos nossos contra os seus pais. Fazer seus pais serem despedidos por sua culpa... Não é o que eu quero. – fiquei a sua frente enquanto ele se sentava na beira de minha cama.

— Pensei que quisesse me ver mal... – olhei para o chão.

— E eu quero. – se levantou, ficando a minha frente. — Mas há outras maneiras de acabar com você. – encarei-o por um segundo e fechei meus punhos.

— Você é um idiota, não é mesmo Austin? Você já acabou com a minha vida faz tempo mas eu não vou abaixar minha cabeça pra você. Jamais.

— Como é?

— Você escutou, não é surdo. – dei de ombros e peguei meu celular que estava em cima do criado-mudo logo indo para a varanda.

Não demorou muito para que eu sentisse mãos em meus ombros e meu corpo virou-se num ato brusco, fazendo com que eu quase derrubasse meu celular no chão.

— Claire, sem joguinhos... – Austin me prensou na varanda e apertou minha cintura.

— Me solta. – grunhi tentando me desgrudar dele, mas sem sucesso já que ele era mais forte que eu.

— Não seja malvada, eu estou apenas querendo brincar com você. – riu maldosamente, abaixando uma das alças do meu vestido.

Filho da puta! Eu não acredito que ele quer fazer isso comigo!

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