• that is the question

Os beijos se intensificaram mais, seus toques estavam começando a me fazer ir ao delírio. Suas mãos subiram para minha coxa, seus beijos começaram a descer em direção aos meus seios e eu arfava. Porém, tudo isso foi interrompido pela campainha que havia tocado.

— Brandon, eu preciso atender. – empurrei seu corpo para trás.

— Foda-se quem está batendo. Se for importante vem outra hora. – o moreno se aproximou novamente beijando meu pescoço, mas a campainha novamente tocou.

— Brandon é sério. – ri o empurrando novamente para trás.

O maior pareceu decepcionado e se deitou no sofá, passando o polegar em seus lábios logo os umedecendo com a ponta da sua língua. Sorri negando com a cabeça, não demorando para abrir a porta. Era Austin.

— O que você está fazendo aqui? – cruzei os braços, revirando os olhos.

— Pessoas educadas convidam para entrar, sabia? – Austin ajeitou as mangas do casaco do time da escola que sempre usava.

— Mas eu não vou convidar você pra entrar na minha casa. Vai embora. – estava prestes a fechar a porta quando o moreno segurou a mesma.

— Eu quero voltar com você. – abri novamente a porta, sem acreditar no que havia acabado de escutar.

Ao ver que eu havia lhe dado a chance de falar, Austin sorriu e pegou do bolso de seu casaco uma caixinha.

— O que é isso? – perguntei confusa. Ele a abriu e pude ver que era seu anel que usávamos quando namorávamos.

Ele ainda o tinha guardado?

— Austin, eu não acredito que você guardou seu anel... – sorri, mas logo me recompus. — Mas agora você namora a Maya e eu já estou sabendo que está com outra, fazendo o mesmo que fez comigo com ela.

— Eu nunca estive com ela de verdade. E, sobre a outra garota, é tudo mentira. Inventei esse boato pra fazer ciúmes em você. Eu te amo de verdade Claire e sempre te amei. – ameaçou se aproximar de mim mas eu dei um passo para trás.

— E aquela conversa de você ter me usado? – o moreno abaixou a cabeça e sorriu.

— Era brincadeira, gatinha. – olhou para mim e, ao ver que eu não sorria, desfez seu sorriso e pigarreou. — Olha Claire, eu não sou nada sem você. Eramos Claire e Austin, Austin e Claire. Por que não podemos ser como antes?

Há seis meses eu não escuto Austin me chamar de gatinha. Seis meses que mais pareceram anos.

— Uma brincadeira que eu levei a sério por seis meses Austin! E não podemos ser como antes porque foi você que estragou tudo, você que jogou tudo no lixo e não eu! – minha voz falhou, mas eu me mantive firme.

— Claire, quem é? – Brandon se aproximou de mim. Assim que Austin o viu, sua expressão ficou séria e ele logo fechou os punhos.

— O que esse filho da puta faz aqui?

— Ei! Não chama minha mãe de puta! – Brandon fingiu estar ofendido, apontando para Austin. — Respondendo sua pergunta, eu estou com a minha namorada curtindo o dia. – sorriu sem mostrar os dentes, envolvendo seu braço em meu pescoço.

— Cai fora que a Claire voltou para mim.

— Eu não disse que voltei com você. – neguei com a cabeça e Brandon riu.

— Acho que isso é a deixa pra você cair fora daqui Austin. – o moreno ao meu lado ameaçou fechar a porta, porém Austin interveio.

— Claire, eu estou falando a verdade, acredita em mim. Se quiser conversar melhor comigo, me encontra hoje a noite naquela lanchonete em que nos encontramos pela última vez. – ele me entregou seu anel e foi embora, fazendo com que Brandon fechasse logo a porta.

— Você não vai se encontrar com aquele filho da puta, né? – perguntou indo para a sala.

— Eu não tenho certeza... – olhei para o chão e cruzei os braços.

— Como assim não tem certeza? – o moreno parou em minha frente parecendo bastante inconformado.

— Eu já te disse que ainda gosto dele...

— Claire, aquele cara te fez de otária, te humilha na frente de todos e você ainda vai dar uma chance pra ele? Desculpa, mas eu não consigo entender isso.

— Eu não disse que vou voltar com ele. Eu só vou vê-lo e ver o que ele tem a me dizer. – fui para a sala e me sentei no sofá.

— E dizer que agora você é do papai aqui? – sentou-se ao meu lado e me deu um selinho.

— Não estamos juntos Brandon. – sorri de canto.

— E o nosso beijo de minutos atrás não significou nada? Iriamos transar se o Austin não tivesse atrapalhado.

— Nos conhecemos a pouco tempo Brandon e eu não quero estragar tudo. – seu sorriso se desfez e ele pareceu um pouco confuso. — Você é legal, bonito mas... Não quero ir rápido demais.

— Eu te entendo Claire. Sou o novato que você mal conhece mas, desde a primeira vez que te vi, gosto de você. Não poderíamos continuar ficando e ir com calma?

— Bom... Eu acho que podemos tentar. – seu sorriso novamente apareceu e ele se aproximou para me beijar.

— Nada mais que amigos? – olhou para mim, acariciando meu rosto.

— Somente amigos. – sorri lhe dando um selinho.

Seu telefone tocou e o garoto pegou seu celular em cima da mesa de centro para ver a mensagem.

— Eu preciso ir. – se levantou, arrumando sua roupa. — Já está na hora do almoço e minha mãe quer saber que horas eu vou chegar em casa. Deu um beijo em minha testa e se despediu, correndo até a porta.

— Tudo bem. Tchau. – acompanhei com o olhar Brandon abrir a porta.

— Te vejo outra hora, amiga. – riu antes de ir embora.

Deitei-me no sofá e fiquei mais um pouco lá até criar coragem para me levantar e trocar de roupa. Eu precisava correr imediatamente.

— Não é preciso mais ficar triste, eu cheguei! – Bailey cantarolou assim que abri a porta.

— O que você trouxe? – ri fechando a porta enquanto olhava para a caixa quadrada que a loira colocava na mesa de centro da sala.

— Pizza! – sentou-se no sofá e começou a retirar sua bota.

— Amiga, eu preciso te contar algo... – Bailey olhou curiosa para mim enquanto segurava um pedaço de pizza.

— Então conte logo. Sabe que eu amo fofocas.

— Eu quase transei com o Brandon. – Bailey arregalou os olhos surpresa com a notícia, quase se engasgando com o pedaço de pizza que estava engolindo.

— MENTIRA! – gritou logo dando gritinhos eufóricos.

— E o Austin apareceu aqui em casa hoje. – a loira revirou os olhos assim que escutou o nome do garoto.

— E você ainda deu bola para esse cara?

— Ele pediu perdão, disse que ainda gostava de mim, que entre ele e a Maya não era nada real e me mostrou que ainda guardava nosso anel de namoro.

— E você, obviamente, não aceitou. Não é mesmo? – sorriu, mas seu sorriso foi desfeito após ver que eu estava séria.

Eu sei que ela sabia que eu ainda era apaixonada por Austin e, seu maior medo, era  me ver sofrer novamente.

— Não, eu não aceitei. Então ele disse que queria me encontrar hoje na lanchonete que fomos pela última vez pelo menos pra conversar.

Bailey não disse nada, apenas continuou a comer sua pizza. Eu sei que ela se ela abrisse a boca, seria para me dar uma dura e começaríamos uma discussão na qual eu não estava a fim de entrar. 

Meu telefone bipou indicando que uma mensagem havia chegado e eu li a mensagem, que era de Austin.

— Bae, olha só. – entreguei o celular para minha melhor amiga ver a mensagem.

"— Espero que você vá mesmo. Não espero um não como resposta."

— Você vai? – a loira devolveu meu celular, pegando outro pedaço de pizza.

— Eu preciso dizer algo para ele Bailey! Essa é a única oportunidade que terei... – abaixei e a escutei bufar. 

— Se você faz tanta questão de ir, então tudo bem. – olhei para ela novamente e abri um pequeno sorriso. — Vem. Irei te deixar bem bonita para o Austin ver o que perdeu. – jogou seu casaco de couro em cima do sofá e me puxou para o meu quarto.

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top