Prólogo

Aynia desembarcou no porto de Boston, olhando ao redor antes de começa a caminhar na direção da estalagem.

— Aynia — Robert se aproximou, a encarando com um olhar arrogante. — Como é voltar para casa?

— Essa não é minha casa... — ela olhou ao redor, desviando de um grupo de guardas de casaco vermelho e pensando por um momento na pequena vila costeira de onde ela veio. — Lá está a estalagem.

A velha placa balançou com o vento, fazendo com que ela apertasse o casaco verde. O interior da taverna era quente e aconchegante, fazendo-a sorrir. Robert entrou com vários resmungos, olhando ao redor por um momento antes de ir para as escadas.

— Fale com o taverneiro. — Ele continuou seu caminho enquanto ela suspirava antes de se aproximar do balcão.

— Como eu posso te ajudar, jovem senhorita? — o taverneiro sorriu gentilmente para ela, recebendo um sorriso doce.

— Dois quartos para algumas noites. — Ela deixou sobre a mesa a sacola com algumas moedas sobre a mesa. — De preferência, um pouco distantes um do outro.

O homem riu dela enquanto contornava o balcão, levando-a para as escadas. Ela apontou para um pequeno e confortável quarto com uma pequena lareira de frente para as escadas.

— Esse é para você, jovem senhorita. É um pouco pequeno, mas você verá que ele é bem confortável. Para o seu amigo, este é maior e, penso eu, que ele não se importará de o dividir com mais um viajante. — O homem apontou para o quarto do lado oposto, a última porta do corredor.

Robert a atravessou como olhar enquanto ela tentava conter uma risada. Aynia entrou no quarto, deixando sua bagagem aos pés da cama e seu corpo cair sobre o colchão macio.

— Finalmente, algum tempo para descansar. — O toque gentil em sua perna a fez abrir preguiçosamente os olhos, encarando a mulher de aparência gentil e bochechas rosadas.

— Deite direito. — Ela sorriu, jogando um pouco de lenha no fogo. — Durma por algumas horas, querida. Eu venho chamá-la quando o jantar estiver pronto.

— Obrigado. — Ela sorriu, virando seu corpo antes de sentir a manta a cobrir e adormecer.

*

— Como esse homem estúpido foi tão longe? — Aynia rolou os olhos antes de olhar através da luneta, procurando por seu alvo.

— Vamos Aynia. Nós não temos tempo. Vamos entrar no forte, agora! — Robert gritou para ela, se afastando da rocha. Ela desceu, suspirando e o encarando por um segundo.

— Aí está minha resposta. — Ela seguiu Robert pelos arredores do local, se escondendo atrás de uma árvore depois de ver o pequeno grupo. — Droga. Imperiuns, esse é a porra de um forte imperium. Eu não posso acreditar nisso. Quão poderosos eles são aqui?

Ela ficou ali por alguns minutos, mantendo seus olhos bem abertos e seus ouvidos atentos, esperando até que fosse seguro deixar seu esconderijo, correndo o mais rápido que podia.

— Maldição. Onde está Robert? — ela olhou ao redor, temendo que ele tivesse sido capturado pelos imperiuns antes de começar a ir para a taverna.

— Onde você estava? Eu procurei por você por minutos, sua aprendiz de libertatem estupida. — Ele a cruzou com um olhar, se aproximando dela após ela atravessar a porta. — Eu pensei que os imperiuns tivessem te capturado. Eu estava a ponto de enviar uma carta para Crawley.

— Eu estou bem. Eu apenas me escondi atrás de algumas árvores e esperei. E você? — ela suspirou quando ele a ignorou, subindo as escadas. — Boa noite para você também...

Ela se aproximou do balcão, sentando em um banco e encarando um ponto qualquer.

— Olá, querida. Você parece horrível. — Ela riu para o homem gentil, levantando o olhar para ele. — Parece que você precisa de um drink. Um bem forte.

— Sim, por favor... Meu corpo está cansado e a minha cabeça dói. Eu preciso de algo para esquecer sobre o meu parceiro estúpido e meu estúpido mentor que pensa que eu sou incapaz de pegar aquele vigarista sozinha. — Ela suspirou, apoiando a cabeça a uma das mãos e sorrindo docemente.

— É claro, minha querida. — O homem uma garrafa de rum doce e um copo a sua frente, deixando-a sozinha por um tempo. Aynia suspirou, pensando sobre suas escolhas, as coisas que a levaram por esse caminho e sentindo um pouco de arrependimento.

Haytham encarou o homem à sua frente, que movia nervosamente as mãos e olhava para qualquer lugar, exceto ele.

— Bem, senhor Taylor... — Haytham começou, se levantando e contornando a mesa. — Me conte mais sobre os eventos que o trouxeram até aqui.

Ele ouviu cuidadosamente o homem lhe contar sobre sua fuga de um par de libertatens, como ele quase foi pego e como eles cruzaram o oceano atrás dele.

— A mulher... Ela é perigosa, ela tem alguma habilidade de ver por trás dela. Ela me viu fugindo em meio ao caos de poeira e pessoas enquanto lutava contra três soldados ao mesmo tempo, ela é... aterrorizante. — Haytham o encarou com desconfiança e incredulidade antes de voltar seu olhar para o home parado a porta.

— Shay — o homem se aproximou alguns passos, encarando Taylor por alguns momentos.

— Bem, libertatens recebem um bom treinamento. Ela pode ser uma Mestra ou algo assim. — O homem com uma grande cicatriz cruzando o lado esquerdo de sua face olhou para Haytham. — Eu gostaria de lembrá-lo, senhor, que os libertaten também podem ter algumas habilidades especiais, como nós.

— Obrigado — havia um tom de zombaria na voz de Haytham. — Certo, me dê algo para acreditar em suas palavras, senhor Taylor, e você pode estar sob a minha proteção.

— Muito obrigado, mestre Haytham. Eu não vou desapontá-lo. — Taylor deixou o escritório de Haytham, acompanhado de Shay.

— Outro bajulador. — Ele suspirou, revirando os olhos enquanto ia para a janela, olhando para o forte. — Às vezes, sinto falta de Brigit e sua atitude atrevida.

— Ela vai ficar feliz de ouvir isso. — Shay sorriu para ele, ignorando sua a raiva em seu olhar. — Ele não é tão esperto, mas parece estar dizendo a verdade. Porém, eu não gosto dele, por alguma razão ainda oculta para mim.

— O mesmo. — Haytham manteve seus olhos na floresta, vendo um pequeno brilho entre as árvores. — Envie alguns homens para patrulhar ao redor do forte, próximo da floresta. Talvez nossos amigos libertatens estejam aqui.

*

— Hm, ele é um pouco... arrogante. — Haytham olhou através da janela, levando a xícara de chá aos seus lábios.

— Bem, vindo de você, isso me deixa curioso. — Shay olhou sobre seu ombro, vendo o homem do outro lado da rua, entre um grupo de civis. — Esse é um disfarce muito ruim.

— Como eu disse, ele é arrogante e tolo. — Ele desviou o olhar, procurando pela mulher. — Mas ela... ela é bastante interessante. Boa em passar despercebida, mas um pouco distraída.

— Talvez seja algum tipo de truque, para parecer mais comum do que é. — Shay apontou para a pequena mulher com um casaco e capuz discreto. Haytham sorriu vendo-a voltar para a estalagem após seu parceiro arruinar seu disfarce. — Você vai atrás dela?

— Sim. Ela parece esperta, talvez ela possa ser inteligente e se juntar a nossa causa. — Haytham se levantou, pegando seu casaco e saindo.

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