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"Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existem."

-OSCAR WILDE

Scarlett Medici | point of view

Quando eu vim à Mystic Falls, eu vim em busca de um recomeço, uma chance de continuar a aproveitar a vida, uma chance de continuar a lutar por um mundo que aos poucos ia entrando em brigas e guerras, e também, para rever um velho amigo que eu não via há tempo, meu melhor amigo.

Quando Damon me mandou a mensagem, eu só desejei desaparecer, sumir da face da Terra, e por isso eu me tranquei em meu quarto pelo resto da noite com um feitiço de selamento para impedir que qualquer vampiro entrasse. Não é como se eu o odiasse e quisesse o mal dele, longe disso, eu só queria um momento de paz e com os Salvatores e o problema ambulante que era Elena Gilbert, não colaborava em nada.

O barulho incessante de passos pela casa me deixou acordada a maior parte da madrugada. Eu ouvia a conversa deles com uma tal de Rose, a mulher que transformou Katerina, ela os contava a história dela e o envolvimento com os originais, como Trevor foi um tolo apaixonado e tentou salvar Katherine de Klaus e, pelo que parece, os idiotas estão com um problemão.

Klaus quer a duplicata Petrova para completar a maldição e para assim dar um fim à ela, mas o que o tico e o teco não sabem é que o único dos originais que até agora sabe sobre a existência da mesma é o Elijah, na qual os mesmos acham que matou. Idiotas.

Algumas horas após o sol nascer, estávamos todos reunidos na sala a espera da princesa perdida. A Gilbert estava atrasada e enquanto a esperávamos, Damon não parou de fazer perguntas idiotas à Rose.

- Quer saber? Eu cansei. Cansei de esperar.

- Deixe de palhaçada, Scarlett. Ela já está chegando.- disse o Salvatore mais velho.

- Duvido muito- resmunguei baixinho.

Ao longe, graças a nossa super audição, era possível se ouvir o barulho do carro da duplicata, pelo menos eu ouvia já que não estava dando a mínima para o que eles conversavam.

Caminhando graciosamente em direção à porta, sobre o olhar atento de Stefan, eu ouvia quando a Gilbert descia do carro e batia na porta da pensão. Eu logo tratei de recepciona-lá.

- Olá, estranha. Quem é você?- perguntei fingindo que não sabia perfeitamente quem era a mesma.

- Gilbert. Eu sou Elena Gilbert, e você seria?- eu já sabia quem a mesma era, mas eu só queria uma confirmação por parte da mesma.

- DAMON, A DONZELA EM PERIGO CHEGOU!- gritei para o mesmo.

- Donzela em perigo?- me perguntou confusa.- Quem é você?

- Eu sou a Scarlett, e você provavelmente não deve ter ouvido falar de mim.

- É um prazer.- disse Elena me estendendo a mão na qual eu aguarrei e a balancei enquanto a analisava.- E não, eu nunca ouvi falar de você.

- Por que eu não estou surpresa? É o Damon, não é mesmo?

Enquanto caminhava até a sala com a Gilbert me seguindo, Stefan apareceu em nossa frente, com Rose logo atrás do mesmo, dizendo a duplicata que precisavamos conversar.

- Qual é o assunto?- perguntou receosa à Stefan.

O mesmo apenas deu um pequeno passo para o lado a possibilitando ver a vampira atrás do Salvatore.

- Você?- encarando Rose, a duplicata a via apertar os lábios em uma linha fina enquanto caminhava em receio com pequenos passos em sua direção, contida, Rose deu apenas um sorriso tímido a Elena.

Stefan logo tratou de cortar a troca de olhares entre as duas entrando na frente enquanto direcionava a Gilbert até a sala para que a vampira explicasse a garota a mesma história que havia os contado.


Eu já estava entediada com o falatório deles. Os mesmos discutiam sobre o que Rose falara, considerando se poderia ser verdade ou apenas um joguinho ridículo para nos manipular. Até o momento em que a Gilbert interrompeu o falatório deles:

- Então, você tá dizendo que o vampiro mais velho na história do mundo tá vindo atrás de mim?

- Sim e Não- respondeu Rose e Stefan ao mesmo tempo.

- O que eles estão dizendo é que se o que ela diz for verdade...

- E é.- disse Rose o interrompendo.

- Não está dizendo só para a gente não matar você.?.

- Eu não estou.

- Então é um grande... Talvez.

- Olha, o Elijah morreu, Tá? Ninguém mais sabe que você existe.- disse o loiro acobreado, se aproximando da duplicata enquanto nós a víamos tentar digerir a informação.

- Não que você saiba.- interrompemos Rose e eu em uníssono.

- Não estão ajudando.- exclamou o Salvatore mais velho ao lado da vampira.

- Olha, eu nunca conheci alguém que tivesse visto ele de perto.- começou Stefan, tentando acalmar a morena.- Estamos falando de séculos de verdade misturados com ficção. Não sabemos o que é para valer. Pelo o que a gente sabe, pode ser tudo histórinha de...- mais uma vez Rose o interrompeu.

- Ele é real. E não desiste. Se ele quer alguma coisa, ele consegue. Se não tem medo do Klaus, é um idiota.

- Concordo com a vampirinha aí- disse me pronunciando e a mesma me deu um sorrisinho agradecido.

- Tá bem, estamos tremendo, você conseguiu.

Todos observávamos quando a Gilbert levantou do sofá e arrumou a alça de sua bolsa em seu ombro, caminhando em direção à porta.

- Aonde é que você vai?- questionou Stefan

- Para o colégio. Estou atrasada.- se virando para o mesmo ela o respondeu.

- Então vou pegar minhas coisas. Vou com você.- respondeu, se levantando e caminhando em direção a mesma.

- Não. Tudo bem... eu sei onde fica.- falou a duplicata o interrompendo de seguir o seu caminho e sem dizer mais nada, a mesma seguiu até a porta com o olhar atento de todos sobre si.

- Ela tá em negação.- sussurrou Damon à mim e Rose.

- Verdade.- exclamei.- Não me surpreenderia se a mesma tentasse se esconder e acabasse sendo pega.

- Calem essas bocas.- mandou o namoradinho da Elena se virando em nossa direção.

Eu e Damon apenas enviamos um sorriso de lado para o mesmo.

- Já que a fofa da sua namorada te chutou, Stefan.- comecei enquanto todos na sala me olhavam.- Eu lhe darei a honra de me acompanhar até a escola. Vou pegar as minhas coisas e nos encontramos lá fora.

Com a velocidade vampírica eu cheguei rapidamente ao meu quarto e logo peguei a minha bolsa antes de descer as escadas e ouvir o Salvatore resmungar.

- Um conselho de irmão, Stefan; não reclame, porque se não, ela pode fazer essa carona se transformar no seu pior pesadelo.

- Grande conselho.- murmurou o mesmo, logo se dirigindo ao seu quarto.

Quando o mesmo passou por mim, o lançei um sorriso falso e inocente mas o mesmo apenas ignorou a minha presença.

- Idiota.

- Você sabe que ele pode ouvir, não sabe?- indagou a vampira em um tom óbvio.

- Mas é claro que eu sei, foi por isso mesmo que eu disse.

Rose apenas negou com a cabeça tentando conter um sorrisinho que se formava em seu rosto. Enquanto me observava caminhar até a porta e antes que eu saísse pela mesma, a vampira me desejou boa sorte.

I. Me desculpem pela demora, é que eu estava com um bloqueio criativo e não estava conseguindo de jeito nenhum escrever.

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