O - Corpo indefeso

A noite no cinema tinha sido muito boa, Harry por um momento havia esquecido quem era e deixado sua mente relaxar e se divertir.

Bobby e Trisha haviam levado e buscado os meninos no cinema de rua que eles escolheram ir, alegando que seria tarde demais para eles ficarem sozinhos pela cidade.

Quando deixaram o cacheado na casa dele, perceberam como o mesmo parecia triste pelo dia ter chego ao fim, mas Trisha disse que ele era bem vindo sempre, o coração de Harry se aqueceu com isso.

Trisha virou o corpo em direção ao banco de trás assim que Harry deixou o carro.

— O que vocês sabem, meninos?

— Sobre o que mãe?

— Niall James e Zayn Javadd... Tem algo muito sério sobre o amigo de vocês que eu acho que deveriam ter compartilhado comigo, como mãe e psicóloga! Foi esse garoto que vocês passavam aquele dia no hospital? Ele tentou se matar na escola algo assim ou...

— MÃE! — Disseram os garotos em uníssono ambos meio paralisados com a possibilidade de Harry tentar algo assim.

Zayn, olhando para o irmão, resolveu explicar. O pai dos garotos continuava na direção do carro em silêncio, apenas escutando.

— Ele não faria isso. Eu acho, na verdade. Não sabemos muito sobre ele.

— Explique. Pelo que percebi algo muito sério pode estar acontecendo com esse garoto. — Ela responde com os olhos regados de terror ao lembrar-se das marcas arroxeadas mas direções das pernas.

— Começamos a andar com ele no dia que ele precisou ir ao hospital... Ele não tinha amigos e uns garotos bateram nele por nada. Quando os médicos começaram a o examinar, tiveram que tirar suas roupas, ele estava usando muitas, como devem ter visto hoje e ele estava péssimo. Foi horrível.- Zayn se pôs a derramar algumas lágrimas e sendo afagado por Niall. — Além dos machucados daquele dia, haviam outros, e pelo que parecia, ele mesmo havia feito uma das marcas antigas e estava tão magro...

— Mas e a família? Quando levaram ele devem ter os alertado.

— O pai dele não mora aqui e talvez faça pouco caso do filho, a mãe estava viajando; ainda está, eu acho; e não parecia alarmada pelo filho no hospital, e o irmão dele... George. Talvez lembrem dele quando ainda estava no time da escola. Ele foi frio e o Hazz não pareceu melhorar nada.

Zayn estava abatido por segurar esse sentimento a dias.

Querendo ou não, se importava com o cacheado como se importava com Niall, de certa forma.

— Foi aí que nós resolvemos que tentaríamos pelo menos livrar ele um pouco da dor, ficar do de olho nele na escola para não apanhar mais... — Niall completa. — E tentar, não sei, conversar sobre o possível transtorno alimentar —Ele estava confuso. — O médico falou tanta coisa...

— Calma... — Trisha parecia chocada. — É muita carga para garotos assim carregarem sozinhos, deviam ter contado para nós, seus pais...

— Desculpa, mas é algo pessoal do Harry e não sabíamos se podíamos.

— Sempre podem Niall. Olhem, eu tenho uma ideia, posso ajudá-los em alguma coisa. Provavelmente o médico disse algo sobre acompanhamento psicológico, que obviamente o menino não está fazendo. Conversem com ele e quando acharem uma brecha falem que eu darei consultas de graça para ele, não posso falar isso a ele, paciente e psicólogo não podem se conhecer para não alterar no tratamento. Mas creio que não terá problemas eu ser mãe de vocês e atendê-lo, ele não pode fazer consultas sem os pais autorizarem, porém... — Da um meio sorriso a Bobby. — Como a situação é séria e o pai de vocês é um excelente advogado... Acho que dará certo.

Quando o carro para, eles abraçam a mãe e o pai entra no meio do abraço coletivo.

Era uma forma pura de demonstrarem o quão aliviados estavam por tirarem esse peso das costas, e poder enfim ajudar Harry.

Trisha estava melhor agora também, mas não iria se esquecer do estado que viu o garoto.

»

Harry entra em casa e toma um susto.

George estava sentado na sala com várias garrafas de bebidas alcoólicas o cercando.

Quando percebeu o caçula parado na porta, começou a olhá-lo meio irritado, mas não parecia ser ele o motivo.

— Sabe que alguém lá na faculdade espalhou para todos um boato... — Deu um gole em algo que estava em sua mão e continuou falando meio arrastado. — Que sou agressivo demais no sexo?

Harry sente um arrepio na espinha, um arrepio ruim e era como se seus machucados começassem a arder.

— Claro que não é verdade né? — Ele se levanta e meio cambaleante vai em direção ao irmão. — Você adora... Mas pelo visto as garotas estão me evitando, vou matar a desgraçada que falou isso. — Cospe no rosto magro e assustado do irmão.

Ele nem conseguia se mexer de medo, não queria que seu dia incrível fosse estragado com isso.

O mais velho prensa ele na parede e aperta sua bunda.

— Você que fica me provocando, rebolando quando anda... Pensa que não sei que é uma puta!

Ele sabia que o irmão tinha problemas com o corpo, depois do "vexame" de o fazer ir ao hospital e ter que ouvir coisas do médico da qual não ligava e as noites que usou do corpo indefeso, percebeu como era fácil manipula-lo utilizando peso e aparência.

O sexo era como bater em um saco de ossos de tão debilitado que o corpo estava, mas era melhor que uma boneca inflável ou ter que pagar para obter sexo.

Os boquetes não eram bons o suficiente e as lágrimas de Harry o irritavam, mas de certa forma ele gostava de como tinha total controle sobre o mesmo, e de como poderia continuar com esse passa tempo o tempo que quisesse, pelo resto da vida...

George era realmente alguém desprezível.

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