Pudim e Dress.
Coloquem 𝙜𝙞𝙧𝙡 𝙞𝙣 𝙧𝙚𝙙- 𝙢𝙞𝙙𝙣𝙞𝙜𝙝𝙩 𝙡𝙤𝙫𝙚. 𝘿𝙪𝙧𝙖𝙣𝙩𝙚 𝙨𝙪𝙖 𝙡𝙚𝙞𝙩𝙪𝙧𝙖, 𝙖 𝙚𝙭𝙥𝙚𝙧𝙞ê𝙣𝙘𝙞𝙖 𝙨𝙚𝙧á 𝙥𝙛𝙩𝙖.
𝘽𝙤𝙖 𝙡𝙚𝙞𝙩𝙪𝙧𝙖 𝙥𝙤𝙘𝙨..
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Luna Lovegood pov:
Atitudes monótonas, tudo decorrendo de acordo como planejei, principalmente minha loja de diversos estilos como sempre sonhei, tendo a inspiração de uma certa ruiva totalmente perfeita, sendo do jeitinho rebelde que é, de seus cabelos levemente avermelhados em uma mistura do laranja sob reflexo do sol. Ela é minha amiga, e mesmo não sendo minha garota, está com quem gosta, e está tudo bem.
Quando ela veio até minha loja, as mesmas emoções e arrepios da época de Hogwarts voltou a tona, percebendo também que a minha ruiva não está nada bem, mesmo escondendo de todos com sorriso no rosto.
Sabe, meu pai sempre me disse durante meu crescimento e adolescência, que quando gostamos de uma pessoa ficamos cegas aos defeitos, porém, com os sentidos sobre aquela única pessoa ficam bem mais aguçado. ele tem a total razão. mesmo se não gostasse tanto dela, perceberia mesmo assim, tendo meus sentidos mais aguçados que antes ficando apenas no mundo de minha mente aos cuidados da loja.
E hoje esses sentimentos de tristeza e solidão tomou conta de meu peito que nem mesmo desenhar meus vestidos, ou costurar tecidos não estava funcionando para distração, da aquela angustia repentina.
Mudo meu foco para outras coisas, lendo e testando feitiços novos em plantas que meu pai pediu. Porém, quando peguei minha flor Citrus, que está murcha, e testei o uma das magias mais simples que não precisa de varinha.
Estando de coque e alguns fios soltos, vestido azul claro, colares, anéis em meus dedos, movimento delicadamente as pontas de meus dedos, concentro os sentimentos necessários para a flor voltar viva novamente, que para ter uma conexão, da raiz a pétala mais clara é preciso estar de energias positivas para ela poder florescer lindamente de seu brilho de antes.
-Audacis Vita. - Sussurro, sorrindo para a flor, depositando minha concentração e emoções de energias boas.
Sua raiz ergue as pétalas alaranjadas, abrindo-a no começo com o brilho de minha magia, mas volta a ficar murcha novamente.
Arregalando meus olhos bem naquele exato momento, percebo então o sinal.
Tranco a loja depressa, deixando um recado para meu pai em um bilhete. visto um casaco simples por conta da ventania, sentindo pelas brisas soltas junto aos raios amarelados, sumir entre nuvens cinzentas e apresso-me aparatando direto em frente a sua casa.
Bato na porta torcendo para que ela esteja ali, e espero alguns minutos, surpreendendo-me assim que a ruiva abre a porta. Seu brilho, o olhar cansado que mesmo eu estando ali e tenha uma pitada de alegria, sua energia parecia se esgotar-te, junto do aroma diferente que parecia tudo, menos um lar feliz.
Entro após cumprimenta-la e noto um ar de surpresa. começo a conversar normalmente, sentada em sua sala. notando o silêncio do local, questiono-a diretamente:
— Sinto que aconteceu algo, onde está Harry? — De seus fios soltos do coque, ela os ajeita por de trás de sua orelha delicadamente, mudando o olhar para o chão em seguida, estando notavelmente desconfortável com a pergunta.
-Ele não está, na verdade já faz dias que não o vejo. - Preocupada, percebo o silêncio que toma na sala e resolvo ir a fundo para descobrir e ajuda-la mais.
-Ginny sei que faz tempo que não nos falamos mais, porém, sabe que ainda sou sua amiga, não sabe?- Ela acena em concordância e continuo - Pode sempre contar comigo para tudo, o que houve?
-Ele sumiu, ele.. Era de madrugada, foram até algum lugar que estão quase para descobrir e desapareceu, simplesmente desapareceu. - Sento ao seu lado, abraçando-a calmamente, enquanto sentia seu corpo rígido e quente colado ao meu, sendo nesse simples ato, se agarra deitando seu rosto sobre meu pescoço e peito, chorando silenciosamente em um jeito como se não quisesse que ninguém além dela, além de nós, descobrisse.
-"Sumiram"? Ele e mais quem?
-Malfoy. -Soando seu nome com uma ira bastante explicável.
-E as crianças?
-Estão nos gêmeos. -Limpo suas lágrimas que desciam pelo seu rosto liso e delicado, dando apoio para ela continuar. -Pedi para eles tomarem conta deles por hoje, com essa situação toda, precisava entreter as crianças com algo, elas estão tão abaladas com o desaparecimento deles. Ron nem se fala, ficou nervoso principalmente com o fato de que o bilhete onde Malfoy diz que vai tentar descobrir algo e que se caso não voltarem é por que aconteceu alguma coisa. E advinha?.....
-Sabe, quando meu pai estava ruim por conta da morte de minha mãe, ele continuava por um motivo, eu. Acho que seus filhos são a sua âncora, faça por eles. e está tudo bem chorar, pode desabafar comigo sempre, vou te apoiar em tudo.
Fora algo de segundos, quando ela se aconchega contra meu pescoço dando para sentir seu rosto molhado e a respiração pesada, chorando mais e mais como nunca tinha presenciado.
Em uma carícia leve sobre seu cabelo macio, solto ele do coque preso para ficar mais leve com o ato, fazendo carinho ao mesmo tempo.
Meia hora se passam, ficando na mesma posição de antes, com a ruiva mais calma agora, decido sugerir algo que sei fazer de melhor para distrair sua mente:
-Vem, tenho uma ideia para a gente se distrair disso tudo. - Levanto-me delicadamente junto dela, puxando para a cozinha, com a mesma me olhando em questionamento.
-Pegue os ingredientes que eu te falar, vamos fazer pudim.
-Pudim?
-Exatamente, agora vem.
Aos sons naturais do silêncio de todo o redor da casa, as gotas de garoa caem contra o vidro claro. Pego os ingredientes com Ginny, e junto da preparação, brinco com ela fazendo algumas cócegas que arrancam gargalhadas verdadeiras pela primeira vez em dias.
Deixando ele pronto, no ponto, faço um feitiço para esfriar mais rápido e coloco em dois copos para nós, puxando-a para o sofá novamente.
Peço para Ginny segurar os copos e subo em seu quarto não sendo muito difícil de me localizar ali, pegando uma coberta macia para nós duas, desço de volta até a sala e estendo a coberta, tiro meus sapatos e os dela também, deitando-nos delicadamente comigo sendo a concha maior e ela estando na ponta, colocando nossos copos na mesinha a nossa frente para comermos depois.
-Sabe que estou aqui para tudo, desabafa... Pode lhe fazer bem. - Fazendo carícias leves em seus cabelos ruivos e delicados, começo um cafuné.
Suspirando alto, ela vira para o meu lado e se aconchega em mim quando desabafa em um fôlego só, parecendo estar guardando aquilo por bastante tempo:
-Começa quando estavamos em hogwarts, eu sempre o amei, todos tem uma noção disso, mas mesmo comigo tentando de tudo, toda via era o desgraçado do Malfoy, sempre a inimizade deles, sempre eles se provocando e aquele loiro maldito chamando a atenção dele. e só piora no sexto ano quando Harry fica obcecado por ele. Sei que era por suspeitas mas resultou nisso e mesmo com eles se odiando, não se desgrudam nem por um segundo. onde um vai o outro ou acidentalmente ou propositalmente estão no mesmo local. Meu casamento foi por água a baixo e só piorou quando aquela cópia barata do Lucius veio morar aqui, parecendo com que todo esforço que fiz para tê-lo foi em vão e agora os dois somem juntos, não sabendo onde está, se está bem ou vivo e tudo que tenho que fazer agora é manter nossos filhos bem. Eu desisti de meus sonhos por ele, sou grata por ter salvado o mundo, sou mesmo de verdade, mas percebo que desistir de tudo por ele foi á pior merda que já fiz, tendo só nossos filhos como a melhor consequência de minha vida. eu o amo mas será que até isso Malfoy conseguira tirar de mim?.
De seus olhos vermelhos e levemente inchados por chorar, encara-me esperando eu lhe dar alguma solução ou apoio, de como sempre fiz e decido questiona-la, para ter finalmente base do que anda acontecendo e assim, tentar ajuda-la de minha forma:
-Acha que Harry está te traindo ou de que seria capaz disso? - A encaro, que a mesma pensa por alguns segundos, dando a resposta em seguida.
-Ele pode até sentir algo por Malfoy, mas eu não acho que ele seria capaz de cometer algo á esse nível. Eu espero que não, vou confiar nele.
-Por que se frustar então?
-Estou com medo. Medo de perder meus filhos, medo dessa batalha e perder outro irmão meu, eu estou com medo de perder até mesmo Harry e ficar sozinha nisso tudo. apenas aquela angustia de ver quem eu gosto partir, porém, a mais estranha e não tão surpreendentemente, á aproximação de Malfoy com o meu marido. Sei que estou sendo egoísta, mas estou errada por querer o bem de todos que amo? E o meu bem junto-vós? - Após uma curta pausa de respiração ela continua, dizendo palavras sobre a qual jamais pensei que diria e que precisa de minha ajuda, mais do que pensei. -As pessoas que amo sempre vão embora, sejam levadas para a morte eterna ou em busca de outras pessoas, eu cansei.
-Disse que todas as pessoas que ama ou gosta vão embora, mas eu estou aqui. Ginny eu não vou te abandonar, vou estar sempre com você, te dando todo o apoio e a valorização que merece. As vezes, está tentando com pessoas erradas, flores de outra constelação não se encaixa em nossa formação de estrelas e flores. Se precisar, como lutei na batalha passada por todos que amo, vou ajudar nessa também. Conte comigo nessa guerra.
Aprecio seu pequeno sorriso dando destaque as maçãs de seu rosto, fazendo-na uma leve carícia com minha mão direita, em seu rosto, colocando sua mecha por de trás de seu ouvido. Sorrio a ela, para dar conforto e entender que estou aqui para tudo que precisar, quando a ruiva entende o sinal e volta a se ajeitar em mim, nos tornando quase uma só, na aquele conforto debaixo de cobertores macios e quentes, estando abraçada a ela e escuto as gotas que antes eram garoa, aumentarem a força e vir a chuva forte contra sua janela em sua sala.
-Obrigada Luna, por tudo.. -Sussurra me agradecendo, com meus batimentos e conforto ficarem em um uma linha conjunta.
-Hey minha pequena Citrus.. Saiba que não és egoísta, e tem toda a razão. - Sussurrando de volta, dou uma última sugestão, antes de cair em silêncio estando apenas ao som de chuva em sons que deixava o redor mais melancólico e delicado que está.
-E se quiser, posso ficar aqui contigo até Harry e Malfoy voltarem, e te ajudar com tudo enquanto estão fora. - Percebo seu sorriso por debaixo de meu abraço.
-Por favor.. Sim.. - Não precisando de mais palavras a serem ditas, volto ao cafuné, percebendo minutos depois que ela, minha pequena Citrus, adormece se acalmando junto a chuva á fora, tendo só seu cheiro de lirio inundando e se misturando ao meu.
Tendo á total certeza de que eles podem ter vencido as primeiras guerras, mas a bagunça deixada em vida de meu amigo impulsivo, foi uma das mais danificadas de todas. Apenas no aguarde de que flores em campos que sobreviveram até agora, não se percam nessa batalha pesada que está por vir.
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𝙉/𝘼: Linny será em vários povs de Luna ou Ginny, pois, se Harry e os outros podem, as minhas Patroas também merecem um desenvolvimento bom, pq eu acho raro em fics, e que poucas tem.
Desculpem os erros, tive que fazer as pressas, e tentei revisar o máximo possível.
É isso. Espero que tenham gostado.
Até á próxima quarta pocs...
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