Golden


Para a melhor experiência pra esse cap pfto, coloquem a música — Adore you - Harry Styles. Quando eu colocar esse "~" sinal, liguem a música.

Boa leitura pocs...

                                       🐟

Harry Potter pov:

Eu o escolheria também.

E esse sentimento assusta, decidindo deixar para pensar e resolver sobre, depois.

Sendo na manhã, acordando primeiro aos sons de falados em entonação maior, a ter os raios de sol contra a minha têmpora, me levanto esticando minha coluna e saio da tenda.

Observando ao redor, o gramado dos arredores, estavam molhados, os cavalos soltos, e as pessoas tomando o café da manhã, enquanto eu ainda nem tinha escovado os meus dentes, ou sequer Draco acordado.

— Bom dia para você também. — Sorrindo, Chris diz em animação, vindo em minha direção com uma caneca pequena de café.

— Ah — surpreso, pego a caneca acenando á ela, em um sinal de agradecimento e continuo dizer — obrigado e sinto muito por ontem.

— Se, se desculpar mais uma vez, eu mesma faço questão de te jogar aquela bacia. — Sem protestos, não falo nada, rindo em seguida junto com a mesma, onde a acompanho até um barril meio afastado das pessoas. saindo, me deixa lá por alguns minutos esperando, não tendo ideia do que ela estava fazendo, mas entendo quando a loira volta com peças de roupas e uma pasta de dente, entregando enquanto voltava a falar.

— Ontem não tivemos a chance de nos conhecermos melhor, de onde vieram? — Perguntando, ela aponta para uma árvore grande de ali perto, e vira de costas esperando eu me trocar.

— De vários lugares, não temos um específico. — Respondo-a com dificuldade, já de trás da árvore, colocando a calça marrom meio apertada e retirando a minha camisa suja, jogando de lado para colocar para lavar depois.

— Turistas então? — Em alguns minutos de dificuldade, a respondo, mentindo — turistas, e você? Está aqui a muito tempo? — Saindo de trás da árvore já vestido, vou até o barril d'água, molhando o meu rosto e escovando meus dentes rápido, escuto-a atento, analisando me por completo. — Fui expulsa de casa por simplesmente ser quem eu sou e quando estava desamparada, encontrei Arthur, e ele me acolheu e cuidou de mim como se fosse a filha dele, desde então os acompanho por todo canto.

— Por ser quem é? — A pergunto, de cenho franzido por não entender, voltando a caminhar até a mesa de madeira de perto das tendas. Chris, rindo meio sem jeito responde. — Fui apaixonada por minha melhor amiga, e estávamos tendo um caso a meses. Certa vez em meu quarto, meu pai nos flagrou e me expulsou de casa. minha mãe muito religiosa e rígida, simplesmente o apoiou e não me deixou levar uma peça sequer de roupa. e se eu voltasse para casa, iria para a forca.

— Sinto muito. — Em segundos de silêncio, sua voz melancólica, volta a ser energizada de antes — pare de se desculpar por tudo, você não tinha ideia. E tem mais um ponto que gostaria de esclarecer hoje. — A olho confuso, esperando continuar, quando a mesma diz colocando uma mecha loira por de trás da sua orelha. — Deveria se vestir assim mais vezes, combinou muito com seu estilo, e inclusive acho que seu melhor amigo vai adorar.

— Não sei se levo esse seu esclarecimento como uma verdade, ou como deboche.

— Um pouco dos dois. — Piscando de um olho só para mim, sorrindo, olha para o outro lado boquiaberta e estando curioso eu acompanho o seu olhar, entendendo o motivo.

Uma moça de cabelos negros presos ao um coque, sua pele branca com vestido de época que destacava seu belo corpo, ajudava a entregar livros até a mesa que estávamos indo, e por coincidência, era para o loiro birrento.

Estando já arrumado, escondido de trás de pilhas de livros, centrado e sério, não parecia a mesma pessoa de ontem. agora seus cabelos estavam bagunçados levemente de um jeito mais arrumado, sua roupa era preta e calça social preta, com alguns detalhes de prata.

Dando um empurrãozinho de leve a Chirs, saio de perto dela deixando-a se resolver se ia ou não ia até a moça e vou até Draco, sentando na ponta da mesa, um pouco afastado dele, analiso seus livros, e a caneca que ele toma seu chá para ajudar a concentração na leitura.

— Pegue — ordenando, Draco me entrega um livro verde escuro grande — o que é isso? — Pergunto, referente ao que iríamos ler e porquê, porém ele me responde do seu jeito delicado. — Um livro, não é óbvio?

— Estou enxergando que é um livro — levantando uma sombrancelha, solto longo suspiro — mas o que exatamente estamos procurando nele? Sobre o que? — Após a minha pergunta, ele suspira sem paciência e coloca o mapa sobre a mesa. Com o dedo ele me chama para sentar mais perto, e escuto com atenção sua explicação.

— Estava reparando no mapa, e tem um número em específico e o outro par acompanhando ao lado do mesmo. então me lembrei, como estamos em um tempo antigo e não é de se confiar em ninguém — o olho sério com aquela última frase e ele se corrige depressa — você me entendeu. Continuando, tem uma técnica que muitos de época, utilizam, um número, uma página, já o outro seria a linha que essa frase está, se meu raciocínio estiver correto, então a resposta pode estar em um desses livros.

— Como chegou nessa conclusão? Alguém contou ou deu dica a você de onde procurar? — Pergunto embasbacado, e ainda confuso esperando ele terminar sua explicação — Vou ignorar essa sua pergunta ofensiva. Não, ninguém me deu dica nenhuma, isso era óbvio, já que em coordenadas estava impossível, e eu fiquei pensando, quando lembrei de um dos estudos meu sobre o modo que pessoas desse tempo, por meios seguros, se comunicavam assim.

— E você percebeu isso tudo, hoje de manhã?

— Sim, alguém aqui tem que ser o cérebro por nós dois, aliás, entendeu minha explicação? — Apenas o começo, pensei em responder, mas o encaro e aceno que sim fingindo que compreendi tudo, perguntando sobre os números que estão no mapa — Quais são os números e por onde eu começo?

— O número da linha é um, e procura em todos os livros na página quinze.

— Página quinze, linha um.. — Sussurrando, pego o livro e começo a pesquisa mandata e me aprofundo sobre.

Em minutos que pareciam horas de chatisse, mal tínhamos começado e mesmo assim já estava morrendo de preguiça. Já Draco estava terminando uma outra pilha de livros. Me debruço sobre a mesa e continuo a procurar e folhear várias e várias páginas que no momento era um beje de textura áspera, com uma maciez boa de se sentir. Momentaneamente, estava em ótimos cuidados, mas assim como esse lugar, tudo virará pó junto das páginas em poeiras totalmente amarelado.

Minha recém amizade com Chris, todas as pessoas daqui, irão ser como a poeira desses livros, e em questão de segundos, não os verei nunca mais, assim como todos os outros de minha verdadeira realidade.

Um certo desânimo toma conta, e bebo o chá que estava na caneca ao meu lado, continuando a ler os livros ainda meio entristecido.

— Potter, não é porquê te chamei para me ajudar com os livros que te dei o direito de beber em minha caneca. — Chamando minha atenção, levanto minha cabeça meio inclinada e sorrio com uma ideia brilhante.

Olho e pego todos os livros encontrando um de poesias e política com ironias.

— Draco, página 104, linha dez. — Pego o livro e ele me olha com curiosidade,  provavelmente achando que encontrei algo, por ter um brilho diferente em seu olhar.

—  "Seres que insistem em ter algo, normalmente escondem os seus, com ego, sarcasmo e birras, achando-se os melhores do mundo, sendo que na verdade não passam de idiotas" —  Indignado, coloca uma mão em sua cintura, batendo com um dos mapas em meu braço — Deixe-me ver uma coisa aqui, página 205, linha 25. "Outros que insistem em idiotas, são os mais, e os que agem na impulsividade, não passam do desgosto da Corvinal"

— Desgosto da Corvinal? — Solto a pergunta sem pensar, querendo revidar a ele, porém percebo o insulto segundos depois e o loiro solta uma longa gargalhada, fazendo-me franzir minha sombrancelha — Além de ser auto-explicativo, isso é muito engraçado — acalmando sua risada gostosa, limpa uma de suas lágrimas e continua a me zoar —  certeza que junto dessa sua cicatriz, seu cérebro foi afetado.

Como uma resposta tento chutar uma de suas pernas, porém ele a prende entre elas, puxando meu corpo para próximo de seu rosto, que dava para sentir seu hálito, analisar suas pequenas e delicadas sardas junto do leve rubor em suas bochechas. Um turbilhão de sentimentos, toma conta de meu corpo em si, os mesmo sentimentos de ontem, porém com muito mais intensidade. Um arrepio percorre em minha nuca, e concentro-me em seus olhos de pupilas dilatadas e um sorriso perfeito de lado.

— Por essa você não esperava, Potter. — Seu olhar em um triângulo, de meus olhos para minha boca, Malfoy sussurra em seu tom de voz rouca, não deixando de sorrir por estar no controle.

— A cicatriz e impulsividade me deram muitas coisas ao meu favor, seu idiota. — Sussurro, voltando o controle para mim e devolvo o sorriso provocativo, apertando contudo sua coxa.

Devagar, subo minha mão e o provoco fazendo movimentos de vai e vem, com uma tensão maior, sua reação, de costas levemente arqueada e uma respiração ofegante, percebo seu rubor ficar mais forte, e o olhar ir para onde minha mão está.

— Aqui não é o lugar — com a voz falha, o loiro fica rígido, e ficando alguns segundos o provocando, deixo de apertar, mas permaneço com minha mão no mesmo lugar. Eu o ver recuando não é novidade alguma, porém sempre me marcou um certo interesse, ter o controle nem sempre é ruim.

— Tem razão, Henry. — Sussurro novamente, voltando a olhar para frente diante dos livros e percebo Chris parada observando. Fico tenso, arregalando meus olhos levemente, e sinto meu sangue congelar-se, não sabendo quantos minutos estava, ou se presenciou tudo, mas pelo seu olhar e sorriso malicioso, já dizia muita coisa.

— Estou interrompendo algo? — Ainda segurando o riso, ela pergunta e rapidamente tiro a minha mão da coxa de Draco, permanecendo apenas com nossas pernas entrelaçadas.

— Não. Precisa de alguma coisa? — Nervoso, seu aperto em minha perna fica mais forte, obviamente está desconfortável, então, deixo ficar perto de mim o tempo que precisar para se acalmar. Sei que de algum lugar eu sou o conforto dele, assim como ele é o meu.

— Na verdade sim, estava pensando, já que eu e Dafne vamos a vila aqui perto, pensei em chamar vocês. — Falando de forma simpática, a moça de quem no começo ela quase babou, aparece sorrindo delicadamente. E o que antes era o aperto em minha perna, agora se torna um carinho confortável, pelo qual eu apelo ao tempo para parar e eu apreciar esse momento no qual sinto uma vontade inesperada de o abraçar e fazer um cafuné ali mesmo. deixando seu perfume invadir minhas narinas, como no da noite passada, assim como o seu toque segurando a minha mão, é o mesmo nesse momento no qual eu me seguro para não pular no pescoço do loiro e dizer o quão fofo ele é.

— Essa é a Dafne, veio recentemente para cá, receio que já a conheça — Diz olhando diretamente para o Malfoy, onde olha para mim meio nervoso mas apenas sorrio de lado, e a comprimento me apresentando — Sou Alex, muito prazer.

— E então? — Questiona Dafne.

— Vocês vão agora? — Elas acenam ao mesmo tempo, e eu volto o meu olhar para os tons claro de azul de Draco, percebo um certo receio, então eu respondo — Nos de um minuto, para organizar essas coisas e estaremos logo atrás de vocês.

— Perfeito então, estaremos esperando na saída de frente do barril. — Já andando, fala Chris, correndo em direção a morena para acompanha-la já que estava na frente nos esperando.

— Fique atento a todas as lojas, talvez seja A cidade. — Com uma entonação a mais, diz Draco, já saindo delicadamente do banco e me esperando. Entendendo o seu recado, e de qual cidade ele está falando, caminho ao seu lado, até a estrada, de frente do barril, onde Chris e Dafne estavam nos esperando, encima de uma carroça. O que é bem engraçado, principalmente pela cara do Draco, em subir, por medo de sujar a sua roupa, solto uma gargalhada de leve junto com as meninas, saindo do acampamento em que estávamos.

Minutos que pareciam horas, na estrada antiga, nós conseguimos chegar a cidade que estava mais para uma vila de lugares caros, suas cabanas e barris ao lado de cada entrada de madeira, minis mercados e lojas de vestidos reluzentes contra a luz forte do sol.

Estando em uma boa movimentação, as pessoas pareciam alegres, sem desconfianças, ou algo parecido.

Chirs e Dafne estavam logo a frente, nos guiando, quando ambas param em uma loja bela e delicada de rosas, conversando animadamente sobre algo que deixei de prestar atenção quando puxo Draco para frente, e explorar a vila.

— Draco, não aja como se fosse o melhor do mundo. — Chamo sua atenção, percebendo seu modo de olhar para os caras de vestimentas menos adequadas. E o loiro com o nariz empinado, se achando o dono da cidade.

— Mas essa é o meu rosto normal. — De sombrancelha franzida, ele se aproxima mais de mim por trás, segurando na manga de minha blusa, discretamente, como eu fiz quando entramos no lugar abandonado para salvar o Lupin. Sendo até fofo, mas me contendo em não segurar sua mão, e ir para a forca imediatamente.

— Seu rosto "normal" aparenta que, tudo gira em torno de você. — O provoco, sorrindo de modo ingênuo olhando brevemente para o mesmo que sorri deixando sua covinha direita a mostra.

— Se o mundo não gira em torno de mim, nada tem graça. — Retruca, endireitando a coluna e voltando a julgar todos com o olhar e apreciar o local ao mesmo tempo.

Com uma senhora vendendo roupas e vestidos em uma carroça bem arrumada, o loiro para observando os detalhes, soltando de minha blusa, vai em direção da mesma, devagar, bastante admirado com tudo, entendendo logo após eu me aproximar ao seu lado.

Um colar delicado, refletindo aos raios claros da aquele dia dourado e alegre. O colar era fino nas correntes e na âncora sendo o pingente. Era lindo e chamativo porém discreto, de detalhes pratas meio esverdeados, dependendo da iluminação.

Ao lado, dava para escutar a mulher dizendo para os outros clientes "leve para a sua esposa esse vestido, ela irá amar, mulheres amam vestidos e jóias", quando percebo o loiro ao meu lado, deixar a jóia no mesmo felpudo azul. cabisbaixo e fechado, ficando chateado com aparentemente ao escutar o dizer da mulher.

— Aposto que ela era a bisavó de meu pai. — Diz, cuspindo ao referir seu pai, bastante enojado.

— Você vivia de jóias em suas mãos, eu ficava pasmo em quanto valia só na aqueles anéis que carregava para todos os lados nos corredores. — Solto depressa a fala, para voltar a ver aquele brilho nos seus olhos perfeitos, e parece funcionar quando o mesmo diz — então, quer dizer que reparava em mim? — Sorri devagar, voltando a encarar um vestido e depois pegando o colar novamente.

Mas ao perceber, era outro colar, dourado igualmente e reluzente ao prata, que ligava ao pingente que era uma corda trançada, ligada a âncora. Ele segura os dois colares, juntos, delicadamente em seus dedos finos e longos e com seu brilho de antes em seu olhar, sorri, mostrando novamente sua pequena covinha.

Uma criança de roupa azul, loira bem arrumada, esbarra no Draco fazendo-o quase derrubar os colares. Quando o mesmo, devolve para o lugar e com sua atenção à criança, começa a segui-la.

Me atrasando um pouco, pego os dois colares sem a mulher perceber, me desculpando mentalmente para a moça "perdão, mas ele gostou é importante, para aquele birrento" e saio correndo, torcendo para não terem visto ou percebido.

Seguindo o Malfoy, em minutos esbarrando em moças de vestidos de costuras caras, homens ricos e pessoas diversificadas, consegue segurar no braço da menininha que tinha-o trombado.

Afobado, Draco começa falar, se agachando na altura da menininha — Qual o seu nome? — Continuando em silêncio, ele tenta novamente, fazendo-a dizer, após uns minutos conversando com a loirinha, em uma facilidade na qual me surpreendi. — Tori. — Diz com sua voz fofa, lembrando Lily nos seus três anos, quando estava aprendendo a falar. — Certo Tori, onde está seus pais? — Perguntando. Ela balança os ombros, com os olhos de choro e ele continua rapidamente, para acalma-la. — Tenho duas mulheres amorosas, que amariam brincar de boneca com você, mas para isso, preciso que devolva o que pegou de mim — de modo delicado, ele a acalma, levando para a sombra de uma cabana de frente dando para ver na nossa frente, as pessoas no campo dançando bastantes animadas, enquanto as outras ao nosso lado, soltando ofensas a qualquer um que incomodasse.

— Promete? — Pergunta Tori, mostrando o mindinho para o outro cruzar o mindinho também — Prometo — O loiro que simpatizou rápido com a criança, segura o mindinho dela imitando, e diz — agora cumpra a sua parte do trato, por favor Tori.

"Ele negociou com uma criança? E como percebeu tão rapidamente que ela tinha roubado alguma coisa dele?" penso comigo mesmo, onde a pequena devolve algo que não deu tempo de ver, por ele guardar rapidamente.

— Quantos anos tem, Tori? — Minha vez de interagir com a loirinha, pergunto-a,  sentando ao lado do loiro que estava com a menina ao seu lado.

— Tudo bem, ele é do bem, meio louco da cabeça porém do bem — Fala, o mesmo, percebendo o receio de Tori, quando ela ri, e eu o empurro com o cotovelo levemente, fingindo estar ofendido — Hey, assim vai assustar a criança. — Um tapa de leve em sua nuca, o mesmo solta gargalhadas com a criança que parecia se divertir com nós dois — eu não sou mais uma criança! — Afirma Tori, ficando em pé de frente para nós dois, com as mãos em sua cintura. — Certo, então quantos anos a nossa adulta aqui tem?

— Oito, e estou comemorando hoje, com uma grandeee festa no campo. — Pulando, Tori diz em alegria, dando a entender que as pessoas animadas estavam em começarão dela, mas sem ela.

— Uma aniversariante sem estar no aniversário, que graça teria aos outros? — Volto sua atenção a mim, persuadindo a criança, para ver se conseguimos leva-la perto e voltar para os pais.

— Ele está certo, seus pais estão morrendo de preocupação, o que acha de, te levarmos até lá? — Continua Draco, percebendo que estava dando certo. — Tudo bem então, e vou poder contar para a mamãe que achei dois novos amigos por aqui. — Diz animada. Então, levantando, Draco segura na pequena mão de Tori. Indo até ao outro lado da loirinha, seguro na sua outra mão, brincando de levanta-la como balanço, fazendo-na soltar gargalhadas.

Como a cidade parecia ser uma vila aberta, o campo a nossa frente não era muito diferente. A grama verde, uma cabana isolada com pessoas felizes dançando, bebendo e conversando, sendo bem diversificado e lindo de ser observado.

Concentrados, admirando o local que estávamos, meio afastados das pessoas estranhas, uma mulher que aparentava ter mais de cinquenta anos, vem na nossa direção, aparentando estar muito preocupada, ela pergunta, pegando Tori de nosso colo e surpreendendo Draco, com o nome da garotinha.  — Astoria, querida onde esteve?

Pálido, seu olhar ficou profundo e um pouco melancólico, dando um passo para trás, porém mantendo um sorriso no rosto, mostrando a mulher que não se abalou com o nome, mas mesmo a minha maior vontade era abraça-lo, para acolher e dizer que está tudo bem, entendo a sua dor de perda.

É algo horrível de se sentir, nos fazendo ficar perdido com tudo e todos, mas ainda temos um ao outro, dando para superar, com cicatrizes, mas nunca esquecer, e tudo o acontecer, juntos.

— Estava brincando como prometi mamãe, e encontrei dois novos amigos. — Fala animada. Sendo colocada novamente no chão e rapidamente explico para a mulher, enquanto Draco se recuperava. — Nós estávamos na cidade ao lado e encontramos ela sozinha por lá, ela nos contou onde estava e resolvemos trazer até aqui perto, para não se perder novamente.

— Ela é uma garotinha esperta, nos guiou até aqui e é bastante falante também. — Draco fala, parecendo estar de volta. Com a moça rindo junto de nós pelo seu comentário.

— É sim, não iria saber o que fazer se algo acontecesse a minha pequena Tori, muito obrigado mesmo. — Nós agradece, estando bastante contente ao olhar a loirinha dançar no meio de todas aquelas pessoas, que pelo jeito, seria a família dela.

— A propósito, meu nome é Bella. — Apresentando-se, nós damos um aperto de mão e o loiro faz o mesmo, dizendo os "nossos" nomes. — Alex e eu sou o Henry, muito prazer. Aliás, não quero parecer chato, mas precisamos já ir embora.

— Não por favor, fiquem mais um pouco, vocês ainda não dançaram comigo. — Fala Tori, que aparentemente estava por perto, puxando o loiro para o meio da dança, sem deixar ele dizer uma palavra a mais.

— Vai lá, ela vai matar você se não ir dançar com ela também. — Diz Bella, me empurrando para direção da dança deles.

A música era alta, sendo alegre e cantando por várias pessoas ao mesmo tempo. Presto atenção no meio deles, e reparo em uma das cenas mais perfeita de minha vida, que pude observar.

Era ele dançando alegremente, com Tori em seu colo, onde seu cabelo se balançava conforme ele se movimentava aos passos. Ambos estavam com a bochecha vermelha, de dançar, mas não paravam por nada, parecendo uma conexão de pai e filha, mesmo com uma ventania leve, estava tudo perfeito em minha volta, tão perfeito que chegava a ser surreal. Sentindo-me nas nuvens novamente, acho que estar com ele nessa missão, causa sentimentos inexplicáveis. O mesmo da música alegre, que deixou de ser meu foco, desde que o vi dançando de modo feliz, sendo a primeira vez, tendo esse privilégio de primeira, ao vê-lo assim.

Estando distraído, um cara que estava com uma câmera antiga, mas tão antiga, que o flash ao mesmo tempo, que pega eles dançando, faz-o ver a câmera depois, mas resolve ignorar voltando a dançar com sua nova acompanhante.

Colocando ela no chão, ele tira os fios loiros do rosto da pequena e volta a olhar para a mim, sem jeito, porém bastante feliz.

Mas sou puxado por uma mulher forte, em um trenzinho formado por pessoas, e começam a dançar sem parar. Eu estava segurando no ombro de um cara baixo gordo e ela nos meus ombros também, não tendo saída a não ser entrar na onda da aquelas pessoas malucas felizes.

Aos raios do entardecer, já estando lá a bastante tempo, encontro Draco comendo com a Tori e soltando várias risadas em minha direção. Tentando fazer contato a ele com os olhos, consigo atrair sua atenção e peço ajuda, falando sem som, para que ele entenda, fazendo leitura labial. para me tirar da aquele trem de pessoas.

Sem nem perceber, de quando ele saiu do banco em que estava, ele me puxa contudo, fazendo quase cair no chão, mas impedindo imediatamente, quando sinto suas mãos fortes segurarem-me pela cintura, e a outra estava em minhas costas.

Meu estômago faz uma bagunça entre as borboletas, que ajudavam ao meu colapso interno.

O mesmo alaranjado do entardecer, ilumina seu olhar azulado, de pupila dilatada. destacando seu cabelo macio, que agora estava encostado em meu rosto. fazendo com que o mundo ao nosso redor, parasse imediatamente, existindo apenas nós dois.

Sua face, estava tão próxima de mim, que dava para desenhar os detalhes de cada parte dele, onde seus lábios finos, entre-abertos rosados, até às poucas sardinhas. Ao olhar de seus olhos, foco em sua boca, dando para sentir até seu hálito quente, onde aparentemente o mesmo tinha o mesmo foco aos meus também.

Me levanto sem jeito, agradecendo ele, ainda segurando em sua camisa social, sua mão permanece em minha cintura, querendo dessa vez não soltar.

— Mamãe sempre me falou, que devemos dançar com a nossa alma gêmea, para não perder para outra pessoa. — Aparece Tori, ao nosso lado, soltando essa, e correndo logo após.

Draco e eu nos separamos rapidamente, sentindo um rubor aparecer em minhas bochechas e ele ficar sem graça.

— Dizem que crianças não mentem. — Provoco-o, ainda nervoso e ruborizado.

— Oh, Cale a boca Potter! — Fala mais alto, mandando eu me calar, em uma entonação maior.  "~"

E quando eu menos esperava, o mesmo me puxa pelo braço na direção das pessoas que agora, estavam dançando em casal, não dando a mínima para o que vão pensar ou até mesmo dizer.

Ele guia as minhas mãos, com as suas, sendo macias, leva delicadamente até a sua cintura. e assim faço, apertando-a e puxando-o mais para perto, para ficar bem mais próximo de mim, tão próximo, que o mesmo coloca as suas, sobre os meus ombros.

Era de noite, nem percebemos o tempo que estávamos lá, entardecendo com o sol já não estando mais, quando o loiro me puxou para dançar, foi o tempo perfeito para que a noite viesse e a música calma, tão calma, quanto as gramas ao vear aos ventos, começassem à acompanhar também.

— Se caso pisar em um dos seus pés, você já está avisado, eu não sei dançar. — Aviso-o, soltando uma risada, enquanto dançávamos devagar, acompanhado, ritmo da música, estando com um sorriso ingênuo em meu rosto, por estar bem aqui, junto a sua companhia.

— Eu sei, no baile de inverno, faltava você derrubar a Patil, ou pisar nos pés dela. Se é que fez isso. — Provoca, em um tom que apenas nós dois iria escutar.

— Em minha defesa, fui pego desprevenido, não sabia que teria de levanta-la, mas pelo menos eu tinha um par. — Faço uma cócega breve em sua cintura, escutando sua risada contagiante. e segundos depois, que o mesmo me obriga a parar, ele se recupera, dando um belisco em meu braço direito.

— Por um momento tive inveja dela, mas depois que vi vocês dançando, passou rapidamente. — Ele diz em provocação, mas ignorando a última parte, algo em sua fala chama a minha atenção.

— Inveja? Por que? — Questiono, ansiando pela resposta.

— Porque na aquele momento, eu queria ser ela — faz uma breve pausa, desviando o seu olhar —  gostaria de ter ido com você. — Sua última fala, faz meu coração saltar de batimentos, me sentindo confortável e sem o que dizer.

Mesmo que na época nós não tivemos a chance de ter idos juntos, agora temos, e como Tori falou, irei dançar com minha alma gêmea, para dessa vez, não perde-lo para outra pessoa.

Eu começo a aumentar a velocidade de nossa dança, e giro-o delicadamente, voltando contudo em meu corpo novamente. Abraçado contra o meu corpo, escuto suas risadas perto de meu ouvido,  se tornando uma só com as minhas, serem as melhores que melodia de uma música que corria solto pela aquelas pessoas.

Antes a sensação de estar morto, vivia em meu cotidiano, e culpa por ser assim com os meus filhos e ter enganado a mulher incrível que Ginny é, mas aqui, com ele, sinto que tudo é possível, que tudo que sempre quis, consegui com apenas uma missão, desejando que fique para sempre em minha memória, como as fotografias de todos que eu amo, em movimento.

Minutos assim, eu diminuo a velocidade, e ergo seu queixo com a ponte de meus dedos, delicadamente e aproximo-me, para que escute bem. — Eu também gostaria que fosse você, no baile, mas aqui agora, sem dúvida alguma, você é o meu acompanhante, melhor em todos os aspectos, e que fique bem claro, Draco.

Sem precisar de mais palavras a serem ditas, seu olhar se ilumina, dando o primeiro de muitos que espero poder ver, seu sorriso ingênuo, o mais belo que pude presenciar. A música, o anoitecer, as pessoas não se importando por estarem bêbadas, o loiro aproveita e aproxima-se mais do meu rosto, deixando um selinho casto em minha bochecha, e um rubor se instala na mesma, sentindo as minhas pernas tremerem no mesmo instante.

E para a briga internamente entre a agitação e excitação contra a calmaria e felicidade ingênua, a felicidade e a calmaria toma conta de nós, que o mesmo deita sua cabeça em meu ombro em seguida, abraçando meu corpo, ao acompanhar nossa dança lentamente.

Sua respiração estava calma, seu contato estava tranquilo, e nós estávamos como um só, nossa sincronia parecia ser de realmente um alguém que foi destinado para o outro, e no luar que estava iluminando junto com a fogueira recém ascendia, brilhos em nossa volta aparece, dando para confundir com os estrelar da noite, os vagalumes ficaram minutos, e como mágica, fez com que eu o abraçasse mais ainda, fazendo um cafuné em seu cabelo enquanto observava a arte do universo, não precisando de quase mais nada, para estar completo á nessa noite, a  mágica mais perfeita de toda minha vida.

Ele é o meu conforto, meu lar, era ele em meu sonho de ontem a noite, enquanto segurava sua mão como se o acontecimento mais importante de minha vida fosse partir, e hoje aqui agora, estando em meus braços, conforme ao nosso próprio mundo, nosso próprio ritmo, com o brilho dos vagalumes vagando à nossa volta, sendo a perfeição de pinturas na qual eu gostaria de ter, era o sinal que precisava, eu irei lutar por nós dois, pelos meus filhos, por Lupin, para que seja parte de minha família. Minha família completa, sendo ele, o que faltava em minha vida.

Nós poderíamos ficar a noite inteira ali, só nós dois, sem se importar com mais nada, ao nosso ritmo, ao nosso mundo, porém somos interrompidos por Tori que nos convida para tirar uma foto, para ter de recordação.

— Claro, venha cá sua espertinha. — Fala Draco, se soltando devagar de meu abraço, e vai até ela fazendo cócegas enquanto pegava no colo para ir tirar a foto.

Sinto um frio e vazio, de não tê-lo em meus braços mas me recomponho, indo até os dois que já estavam preparados para a foto.

Draco estava segurando Tori no colo, e vou ao lado dela também, colocando um braço nas costas dele e segurando-na no seu bracinho, com o outro.

Momentos antes o cara por de trás da câmera que parecia um tijolo, grita — PRONTOS? AGORA FALEM X.

— X! — Gritamos todos juntos, sorrindo de maneira fofa e o flash da câmera bem alto é ligada, quando ele tira a foto.

Retirando a pequena foto, pego a imagem, e tento observa-la mas Draco, rapidamente me chama para ir embora.

Nos despedimos de Tori depressa, e sigo o mesmo que segue o campo reto enquanto corre. Seguindo-o, começo a correr também, tão rápido, como se nossas vidas dependesse disso, não ligando para os carrapichos da grama, deixando de perguntar ao loiro do porquê fugir assim de repente. Que, pelo seu desespero, era alguma encrenca.

— Espera! — Ordena, afobado de corrermos por minutos, com dificuldade para respirar, ele continua a dizer — Ali vamos entrar pela janela.

Confuso, olho para um hotel no qual o loiro avistou rapidamente no escuro que estava, seguindo-o e desejando para não sermos pegos.

O hotel não era tão alto, o que facilitava para a nossa escalada, mas algumas partes eram lisas por conta do cimento.

Subindo primeiro, vou ao quarto andar, em uma janela de cortina aberta, aparentando estar vazio e abro, pulando para dentro do quarto e dando sinal para Draco subir também.

Analisando o quarto, a porta estava trancada e a cama bem arrumada, tomo um susto de leve, com o loiro que pisa contudo no chão, depois de conseguir escalar também.

Encarando-o furioso, por fazer barulho, peço á ele para fazer silêncio, para não sermos pegos.

— Por que fugimos do nada? — Pergunto sussurrando, querendo respostas mas o mesmo parece me ignorar voltando até a janela e sussurrando — Vou fechar a janela, prepare-se que se fizer barulho, se esconda no armário.

— Barulho?.. — E como dito e feito, antes de terminar a frase, o barulho da janela se fechando ecoa por todo o quarto.

Minutos depois, no mesmo instante a tranca da porta começa a se mexer, fazendo minhas espinhas se gelar, e vou rapidamente até o armário junto do mesmo, fechando em seguida a porta, esperando a pessoa, ir embora.

Depois de vários acontecimentos em um dia só, achando que seria algo simples na ida até a cidade, tudo veio átona, com mais essa.... É Draco Malfoy, você tem muito para me explicar.

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