Be careful who you trust.
Para esse cap escutem - The Red means I love u- Mados Buckley
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Harry Potter pov:
À uma claridade na qual eu anseio em seguir. Formigamentos em minhas mãos, concentro-me ao redor, era gelado de sentimentos tão profundos, que me arrisco a ir em direção da porta no qual, do corredor escuro que eu estava, me guiava até em frente.
Por de baixo da porta, no reflexo, o luminar deixava óbvio de que tinha alguma coisa por trás de lá, mas o arrepio percorre por minha nuca, ao medo e sensação boas em meu peito, toma conta.
Aos passos leves, vou até a maçaneta redonda e delicadamente encosto na mesma, escutando risadas, acolhimento, lar, paixão e algo que não sabia descrever, mas ao abrir a porta...
Surpreendo, decepcionado, ela está trancada, olho ao redor, mas era breu, de total escuridão e só a luz por de baixo da porta, era presente naquele lugar.
A curiosidade em saber de o que me aguardava, o sinal na maçaneta, deixava-me nervoso, e bastante ansioso para procurar a chave. Ao voltar, de onde tinha o começo de visão para a porta, sinto uma forte dor em meu abdômen, rasgando as minhas entranhas na dor profunda, da qual nenhum ser humano comum seria possível aguentar.
Entro em desespero, desabo no chão, contudo batendo as costas contra no mesmo, de uma vez só, e aos gritos de dores de minhas pessoas amadas por mim, sentimentos avulsos em repulsa para mim, as cicatrizes nas quais não sabia que existia, se estende em abrir mais.
Grito para que a dor acabe, grito do fundo de meu peito perdendo a respiração, para que eu tire forças para socorrer as pessoas, para poder ser um pai melhor e não decepcionar eles de novo, não por culpa e sim por amar meus filhos demais e demonstrar de menos.
Sufocado de tanto gritar, até meus pulmões pedirem por mais um segundo de oxigênio, meu padrinho aparece em minha direção, morto, relembrando-me de que quando ele se foi, eu não queria ter levantado e sobrevivido, queria só ser criado por ele, com muito amor.
Ao tentar dizer algo, o corte se estende mais, junto das lágrimas que se misturavam ao suor de desespero. Essa guerra, já tirou muitas pessoas que eu amo, não aguento se todas as outras se forem também.
Mas ao repente, a dor vai diminuindo, e um cheiro de flor se estende deixando invadir minhas narinas, acalmando ao sentir algo quente e confortável em minha volta, os cortes continuam ali, mas a dor se torna suportável com um certo carinho, trazendo de volta, daquele pesadelo terrível.
Sussurros que pareciam melodias da maneira mais melancólica possível, dizia que tudo iria ficar bem, estamos a salvo.
Mas se estamos de fato á salvo, porque eu não consigo acordar desse maldito pesadelo?
Eu só queria que meu padrinho estivesse aqui para ver como Moony está bem, para ajudar nessa guerra na qual tenho medo de cair em um penhasco que sei que não irei sobreviver.
A dor é a que mais acompanhei, mas deitado no breu do corredor, se contorcendo de dor, me lembrava de quando Voldemort me torturou, lançando Crucio, matando o Cedrico na minha frente, foi a primeira dor que não consegui suportar e gritar.
Sei que estou sendo controlado por algo novamente, mas se Voldemort está morto? Como é possível?
Segundos depois, a dor diminui, fazendo-me soltar um alto suspiro de alívio, me levanto bastante manco, me escorando nas paredes do corredor estreito, quando a porta que antes iluminava por de baixo, se abre lentamente, em um som agoniante de rangir da porta.
Mas que antes era algo luminoso e belo, se tornou macabro e sem vida.
Entro sem escolha, sendo mais um corredor, mas retiro a minha mão contudo em uma dor forte na mesma que estava encostado na parede.
Olho devagar, para a mesma com a pouca iluminação que restava, e torço para não ficar mais nenhum minuto aqui.
As paredes eram uma mistura de víboras ao espinhos, não dando para saber qual me afetou.
Depois de passos cuidados, segurando a minha mão ferida e estando manco, percebo que entro em uma sala onde a iluminação focava em uma mulher.
Eu a conheço, o sentimento era genuíno igual quando éramos adolescentes, e ao perceber, seus longos cabelos macios, se mexiam conforme os movimentos de costas, acompanhando de seu corpo inteiro, com curvas incríveis.
Concentrado, fico boquiaberto ao saber quem é, e depressa tento me aproximar dela, mas a cicatriz só piora e sinto uma facada por de trás das minhas costas.
Tento gritar, chamar seu nome, mas é em vão, saindo apenas sons mudos, não conseguindo emitir nenhuma fala, estava impossibilitado de dizer algo também, tornando tudo mais agoniante.
A luz se apaga, não vendo mais nada ao redor e o ar gélido, a dor de minha mão e os cortes abertos, voltam contudo, tento continuar a andar, mas sinto-me traído, arruinado, um covarde, uma facada nas minhas costas que faz-me cair contudo de joelhos no chão.
Continuo, me rastejando de dor, culpa, peso na consciência, medo mas o pior era a sensação de ter uma cobra esmagando suas entranhas, pescoço e boca impedindo de gritar, pedir ajuda, ou acabar com tudo aquilo.
Seus passos eram audíveis de longe, eram pesados, cheios de fúria. Fujo mas é impossível, indefeso, ela puxa meus pés, arrastando-me para onde levei a primeira facada nas costas e continua não parando mais.
— Isso, é por fazer-me te amar e perder quem realmente me amou — suas facadas eram brutas e sem piedade, junto do tom de sua fala que carregavam mágoa, raiva e sofrimento direcionado para mim - o único que deve morrer nessa guerra, é você, Harry Potter.
Eu sou o culpado, sei disso, se eu não nascesse meus pais estariam aqui, felizes e vivos, me perdoe por me vitimizar.
Tento dizer a ela, que está tudo bem, tudo bem fazer o que fez, eu mereço.
Ela vira meu corpo contudo para encarar seu olhar bruto, cheio de raiva e continua a passar lentamente a mesma faca que fincou em minhas costas diversas vezes, virando meu rosto para o outro lado delicadamente.
— Olhe o que você fez, você é o culpado disso. — Seu tom de dizer, era de vingança e melancólia, porque ela estava como eu, quebrada de estilhaços em pedaços, como se as facadas de tortura, deixasse mais vivo para sofrer mais, e ao olhar e ver diante de mim a perda mais cruel de todas, desejo-lhe que continue, até não sobrar nada de mim.
Lily a minha pequena, estava morta caída de bruços bem ao meu lado, e tudo que eu queria era partir, matar, me vingar.
Era para eu ser seu pai e herói, quando estivesse sangrando, era para eu rasgar minha própria blusa e estampar seus machucados dando a minha vida por ela.
Ela não merecia isso, meu peito dói tanto, mas tanto, que era a pior perda de minha vida.
A ruiva sai de cima de mim, e apenas fico imóvel, chorando em uma agonia que parecia ser eterna, de querer gritar, pega-la e dizer "tudo bem, papai está aqui com você, sou seu herói e vou te proteger de tudo minha pequena flor". E isso só me machuca, eu só quero minha família de volta, só quero ter o que todos conseguem, ser feliz.
Está piorando, e ao olhar para frente, me afogando em lágrimas, agarro meus próprios ferimentos, abrindo-o mais, me torturando, ao não aguentar tudo o que estava acontecendo.
Draco estava pendurado morto da forma mais cruel possível, com o colar que eu havia pegado para ele, a sua voz e da minha pequena me chamando por ajuda.
Junto de Albus e James, querendo ser salvo, gritando, chamando "papai onde está ele, porque ele não vem nos salvar?" Eles tem que estar bem... Meus filhos...
E um loirinho, agachado, chorando, e seu sentimento era como o meu, de abandono e culpa.
Decido continuar a abrir meus ferimentos, pela dor não ser das facadas e sim, do penhasco no qual queria evitar, de ver todos que eu amo morrer.
"A culpa é sua" escuto em meus pensamentos, "a culpa é sempre sua". Era de meus melhores amigos, chorando cansados, culpando-me por tudo.
E de uma coisa eu sei, ao meio essa agonia, essa dor, o monstro e culpado de tudo sou.
E com toda certeza darei um jeito de salvar a todos de mim mesmo, e acabar com todo esse pesadelo de vez. Fechando meus olhos agora, em definitivo pela dor e cansaso excessivo.
Os estilhaços a minha pele, não se compara a essa dor, não se compara ao querer ir com meu padrinho.
Agarro a pequena e delicada mão de minha filha, e choro, torcendo para uma solução, e ao cansaço de tanto chorar, de tanta agonia, acabo sendo deixado, me levar pela dor e sufoco, acabando assim com essa guerra, de uma vez por todas.
Em espinhos perfurando meu coração, essa não era a pior sensação de todas.
Fechando os olhos, finalmente o breu e silêncio toma conta de tudo, sendo eu o culpado por tudo.
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